Determinação de clorofila em mudas de Balfourodendron riedellianum (Engl.) Engl. e Cedrela fissilis Vell. submetidas à desfolha artificial

MARIA EUNICE LIMA ROCHA, Patrícia Gibbert, Tatiane Priscila Chiapetti, Marlene de Matos Malavasi, Ubirajara Contro Malavasi

Resumo


O objetivo do trabalho foi avaliar a variação de clorofila a, b e totais em mudas de Balfourodendron riedellianum (Engl.) Engl. e Cedrela fissilis Vell. sobre desfolha artificial pelo método destrutivo e não destrutivo. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, composto de 2 tratamentos (com e sem desfolha artificial) e 20 repetições, totalizando 40 unidades experimentais por espécie. As espécies não foram comparadas estatisticamente, já que apresentam constituição geral totalmente diferente, dessa maneira, são tratadas como experimentos distintos. Ao final do experimento foram determinados os teores de clorofila pelo método bioquímico e analítico, com o uso do clorofilômetro. Em relação ao maior teor de clorofila encontrado em mudas de cedro submetidas a desfolha artificial, isso pode ser explicado pela característica da espécie perder as folhas em determinadas fases de desenvolvimento (caducifólia), ou seja, esta já apresenta estratégias para compensar a fotossíntese mesmo com o número de folhas reduzido. Os teores de clorofila totais determinados pelo método destrutivo foram crescentes nas espécies, enquanto que as médias obtidas em mudas expostas a desfolha artificial foram de 58,12 e 47,62 μmol m2, em cedro e pau marfim. Em relação aos métodos de determinação dos pigmentos fotossintéticos, é perceptível que ambos são eficientes na quantificação desse parâmetro, dependendo do objetivo proposto.

Palavras-chave


Destrutivo; Fenológicos; Lenhosas;

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