Percepção dos agricultores familiares em relação à destinação dos resíduos sólidos no rural: estudo de caso no município de Vitorino, Paraná

Grasielle Adriane Toscan Lorencetti, Cristiane Maria Tonetto Godoy, Thiago de Oliveira Vargas, José Ricardo da Rocha Campos

Resumo


Um dos maiores desafios da sociedade atual está em conciliar a produção excessiva de resíduos sólidos com um descarte ambientalmente seguro. A baixa abrangência dos serviços públicos e políticas inadequadas agravam a situação, sobretudo no meio rural. Neste trabalho, procuramos compreender sobre a destinação dos resíduos gerados pelos agricultores familiares do município de Vitorino, sudoeste do Paraná, sendo realizadas vinte e duas entrevistas, no momento das palestras da Universidade, em conjunto com a Prefeitura Municipal. Como resultados, podemos verificar que a maioria não recebe coleta pública dos resíduos domésticos e recicláveis por parte da coleta pública municipal, levando a uma destinação inadequada. Nesse sentido, é necessário criar e/ou ampliar o sistema de coleta para a área rural do município, além de implementar atividades voltadas à educação ambiental das comunidades, auxiliando assim na promoção do desenvolvimento rural sustentável.


Palavras-chave


Resíduos sólidos, Saneamento rural, Agricultura familiar, Sustentabilidade

Texto completo:

PDF

Referências


ABRELPE - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil. Edição 2016, pub. 2017. São Paulo – PR. Disponível em: . Acessado em: 05 de out. 2018.

ARIAS - Associação dos Revendedores de Insumos Agrícolas do Sudoeste do Paraná. Estatísticas de coleta de embalagens 2017. Disponível em:> http://www.ariaspr.com.br/wp/>. Acesso em: 25 out. 2018.

ABNT [Associação Brasileira de Normas Técnicas], NBR 10.004:2004 - Resíduos Sólidos, ABNT, Rio de Janeiro, 2004.

ABNT [Associação Brasileira de Normas Técnicas], NBR 13.591:1996 - Compostagem, ABNT, Rio de Janeiro, 1996.

BRASIL. Lei n.º 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF. Disponível em:> http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm>. Acesso em: 02 nov. 2018.

BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. 03 ago. 2010. Disponível em: . Acesso em: 08 out. 2018.

BRASIL. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Lei de Crimes Ambientais. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm. Acesso em: 08 out. 2018.

BRASIL. Decreto nº 7.217, de 21 de Junho de 2010. Regulamenta a Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 jun. 2010.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Indicadores de Desenvolvimento Sustentável. 2010. Disponível em: < https://ww2.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/ids/default_2010.shtm>. Acesso em: 20 out. 2018.

BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/vitorino/panorama. Acesso em: 15 out. 2018.

BRASIL. PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS – PNAD. Dados do saneamento básico por municípios brasileiros. Rio de Janeiro, 2012. Disponível em:< https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.php?id_pesquisa=40>. Acesso em: 10 de set. 2018.

BIDONE, F. R. A.; POVINELLI, J. Conceitos básicos de resíduos sólidos. São Carlos: EESC-USP, 1999. 124p.

CAJAIBA, R. L.; CORREIO, W. B. da S. Composição gravimétrica dos resíduos sólidos de escolas pública da zona urbana e rural do município de Uruará, PA. Rev. Saúde e Biol., v.11, n.2, p.01-06, mai./ago., 2016.

CERETTA, G. F.; SILVA, F. K. S.; ROCHA, A. C. da. Gestão Ambiental e a problemática dos resíduos sólidos domésticos na área rural do município de São João – PR. Revista ADMPG Gestão Estratégica, Ponta Grossa, v. 6, n. 1, p.17-25, 2013.

DAROLT, M. R. Lixo Rural: Entraves, estratégias e oportunidades. Ponta Grossa, 2002.

DEBONI, L.; PINHEIRO, K. D. O que você faz com seu lixo? Estudo sobre a destinação do lixo na zona rural de Cruz Alta/RS. Passo dos Alemães. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, n. 1, p. 13 – 21, 2010.

FUJISAWA, D. S. Utilização de jogos e brincadeiras como recurso no atendimento fisioterapêutico de criança: implicações na formação do fisioterapeuta. 2000. 147 f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2000.

GÓMEZ, G. R.; FLORES, J. G.; JIMÉNEZ, E. G. Metodología de la investigación cualitativa. Málaga: Ediciones Aljibe, 1996, 378p.

GOMES, M. H. S. C.; OLIVEIRA, E. C. de; PEREIRA, R. da S.; BRESCIANI, L. P. Perspectivas de cumprimento da Lei 12305/2019 que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos: um panorama geral dos municípios brasileiros com recorte de estudo no estado de São Paulo e região do ABC. In: Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente, Anais ... XV ENGEMA, São Paulo: FEA/USP, 2013

INSTITUTO DAS ÁGUAS DO PARANÁ. Sistema Integrado de Coleta Seletiva: um Programa Inovador que atrai prefeitos. Disponível em: http://www.aguasparana.pr.gov.br/pagina-326.html. Acesso em: out. 2018

INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL – IPARDES. Perfil avançado do município de Vitorino. 2017. Disponível em: > http://www.ipardes.gov.br/perfil_municipal/MontaPerfil.php?codlocal=122&btOk=ok>.. Acesso em: 15 de out. 2018.

LIMA, A. A. et al. Lixo rural: o caso do município de João Alfredo (PE). Caminhos de Geografia, v.1 n. 16, p. 1-5, out/2005

MARTINI, R.; COSTA, C. D.; BOTEON, M. Gestão do lixo: um estudo sobre as possibilidades de reaproveitamento do lixo de propriedades hortícolas. In: XLIV Congresso da Sober. 2006.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Fundação Nacional de Saúde. Manual de orientações técnicas para elaboração de projeto de melhorias sanitárias domiciliares. Brasília: Funasa, 68 p. 2014.

MINAYO, M. C. D. (Org.). Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Brasília, 2011. Versão Preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Disponível em: http://www.mma.gov.br/estruturas/253/_publicacao/253_publicacao02022012041757.pdf. >Acesso em: 24 de out. 2018.

OLIVEIRA, E.F. et al. Logística Reversa: Importância Econômica, Social e Ambiental. Anais: 8º Fórum Internacional de Resíduos Sólidos. Curitiba-PR, 2017.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Atlas do Desenvolvimento. 2014. Disponível em: http://www.pnud. org.br.>. Acesso em: 22 de out. 2018.

PREFEITURA MUNICIPAL DE VITORINO. Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PMGRS). Elaboração: Cerne Ambiental LTDA. Vitorino – PR, 2015. 100p.

ROSSETO, R.; SAMBUICHI, R. H. R. Resíduos Agrosilvopastoris II: resíduos inorgânicos e resíduos domésticos da área rural. Relatório de Pesquisa, IPEA. 2013.

ROVERSI, C. A. Destinação dos Resíduos Sólidos no Meio Rural. 2013. 49f. Monografia (Especialização em Gestão Ambiental em Municípios). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2013.

RODRIGUES, F. A. Educação Ambiental e os Resíduos Sólidos em Área Rural: um estudo de caso de uma escola do Campo em Guaíra- PR. 2017. 125f. Dissertação (mestrado). Marechal Candido Rondon, 2017.

SCHALCH, V. Gestão e gerenciamento de resíduos sólidos. São Carlos: Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São Carlos, 2002.

SOARES, L. G. C. et al. Educação ambiental aplicada aos resíduos sólidos na cidade de Olinda, Pernambuco – um estudo de caso. Revista Pernambuco, Ano 1, n.1, p.1-9, jul./dez.2007.

UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME. Waste Characterization and Qualification with Projections for Future. In: Developing Integrated Solid Waste Management Plan, Training Manual, v. 1, 2009.




AMBIÊNCIA

ISSN 1808-0251 (Print) - Ambiência ISSN 2175-9405 (Online)
QUALIS-CAPES 2017-2020: B4