Poesia, a linguagem do indizível

Keila Mara de Souza Araújo Maciel

Resumo


Analisa-se a poesia enquanto criadora de língua e realidade. Na perspectiva do filósofo Vilém Flusser, o poeta excede o ambiente da conversação, aproxima-se do indizível e devolve o espanto à palavra. A poesia mantém a língua viva, pois ao dizer originariamente o que diz, como se fosse a primeira vez, mais que versar sobre a realidade, desvela o abismo no qual essa realidade se sustenta. A poesia, em clima de suspensão, cria novos significados para as palavras, novas regras de sintaxe e morfologia, desmembra e reorganiza os discursos criando o espanto, estranhamento e, portanto, in-formação.


Palavras-chave


Linguagem poética. Realidade. Indizível.

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Analecta - Guarapuava - ISSN 1518-6520 - Paraná - Brasil

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