Perfil industrial das exportações do Estado do Paraná e a hipótese de desindustrialização

Industrial profile of the Parana State exportation and the deindustrialization hipotesis

Daniel Arruda Coronel, Leonardo Sangoi Copetti

Resumo


Este trabalho tem como objetivo analisar o perfil industrial do Estado do Paraná do Brasil, visando responder à seguinte questão: está ocorrendo um processo de desindustrialização no Estado do Paraná? Nesse sentido, foram ajustados dois modelos Vetorial de Correção de Erro (VEC), com as seguintes variáveis dependentes: exportações da indústria de transformação (alta intensidade, média-alta, média-baixa e baixa intensidade) do Estado do Paraná e exportações de produtos não industriais do Estado. As variáveis independentes foram taxa de câmbio real efetiva; índice de preços das commodities; e coeficiente do grau de abertura comercial. Os resultados indicaram que as exportações dos produtos não industriais apresentaram um aumento maior do que os produtos por intensidade tecnológica. Em relação às importações dos produtos não industriais, constatou-se uma queda, e um aumento dos produtos por intensidade tecnológica. Com relação à estimação do VEC, os resultados indicaram que a desvalorização cambial estimula as exportações, que a abertura comercial foi extremamente prejudicial às exportações e que a variável índice de preço das commodities apresentou sinal contrário ao esperado. Por fim, conclui-se que há fortes evidências do processo de desindustrialização no Estado do Paraná.
Este trabalho tem como objetivo analisar o perfil industrial do Estado do Paraná do Brasil, visando responder à seguinte questão: está ocorrendo um processo de desindustrialização no Estado do Paraná? Nesse sentido, foram ajustados dois modelos Vetorial de Correção de Erro (VEC), com as seguintes variáveis dependentes: exportações da indústria de transformação (alta intensidade, média-alta, média-baixa e baixa intensidade) do Estado do Paraná e exportações de produtos não industriais do Estado. As variáveis independentes foram taxa de câmbio real efetiva; índice de preços das commodities; e coeficiente do grau de abertura comercial. Os resultados indicaram que as exportações dos produtos não industriais apresentaram um aumento maior do que os produtos por intensidade tecnológica. Em relação às importações dos produtos não industriais, constatou-se uma queda, e um aumento dos produtos por intensidade tecnológica. Com relação à estimação do VEC, os resultados indicaram que a desvalorização cambial estimula as exportações, que a abertura comercial foi extremamente prejudicial às exportações e que a variável índice de preço das commodities apresentou sinal contrário ao esperado. Por fim, conclui-se que há fortes evidências do processo de desindustrialização no Estado do Paraná.

Palavras-chave


Indústria de Transformação.Taxa de Câmbio. Vetor de Correção de Erros.

Texto completo:

PDF HTML

Referências


ACEMOGLU, D.; ROBINSON, J. Por que as nações fracassam: as origens do poder, da prosperidade e da pobreza. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

BANCO CENTRAL DO BRASIL (BC). Penetração de importados e coeficiente de exportação da indústria de transformação. 2019. Disponível em: . Acesso em: 21 de nov. 2019.

BARROS, O. de; PEREIRA, R. R. Desmistificando a tese de desindustrialização: reestruturação da indústria brasileira em uma época de transformações globais. In: BARROS, O. de; GIAMBIAGI, F. (Org.). Brasil Globalizado. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

BENDER FILHO, R. ; CORONEL, D. A. Desindustrialização na economia gaúcha: evidências a partir de indicadores de orientação externa. In: CALANDRO, M. L.; MIEBACH, A. D.; ALVIM, A. M. (Org.). Inovação, sustentabilidade e desenvolvimento no RS. Porto Alegre: FEE, 2017.

BENJAMIN, C. Desindustrialização: pode o Brasil sobreviver sem um expressivo setor industrial? Boletim Conjuntura Brasil, Fundação João Mangabeira, n. 2, out. 2015.

BONELLI, R.; PESSOA, S. Desindustrialização no Brasil: um resumo da evidência. Centro de Desenvolvimento Econômico, FGV, 2010. (Texto para Discussão). Disponível em:

. Acesso em: 04 maio 2017.

BONELLI, R.; PESSOA, S.; MATOS, S. Desindustrialização no Brasil: fatos e interpretação. In: BACHA, E.; BOLLE, M. B. (Org.). O futuro da indústria no Brasil: desindustrialização em debate. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.

BOX, G. E. P.; PIERCE, D. A. Distribution of residual autocorrelations in autoregressive integrated moving average time series models. Journal of the American Statistical Association, v. 65, n. 332, p. 1509-1526, 1970.

BRANDT, P. T.; WILLIAMS, J. T. Multiple Time Series Models. California: Sage, 2007.

BROOKS, C. Introductory Econometrics for Finance. New York: Cambridge University Press, 2008.

BRESSER-PEREIRA, L. C. Getúlio Vargas: o estadista, a nação e a democracia. 2009a Disponível em: . Acesso em: 15 fev. 2019.

BRESSER-PEREIRA, L. C. Globalização e competição: porque alguns países emergentes têm sucesso e outros não. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009b.

BRESSER-PEREIRA, L. C. A taxa de câmbio no centro da teoria do desenvolvimento. 2011. Disponível em: . Acesso em: 03 jun. 2019.

BRESSER-PEREIRA, L. C. Desprotecionismo e desindustrialização. 2012. Disponível em:

. Acesso em: 10 de out. 2019.

BRESSER-PEREIRA, L. C. 40 anos de desindustrialização. 2019. Disponível em: . Acesso em: 03 nov. 2019.

BRESSER-PEREIRA, L C; OREIRO, J L; MARCONI, N. Macroeconomia desenvolvimentista. Rio de Janeiro: Campus. 2016.

BREUSCH, T. S. Testing for autocorrelation in dynamic linear models. Australian Economic Papers, v. 17, 1978.

BUENO, R. L. S. Econometria de séries temporais. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2015.

CANO, W. A desindustrialização no Brasil. Economia e Sociedade, v. 21, Número Especial, p. 831-851, 2012.

CANO, W. (Des)Industrialização e (Sub)Desenvolvimento. Cadernos do desenvolvimento, v. 9, n. 15, p. 139-174, 2014.

COLOMBO, A. O.; FELIPE, E. S.; SAMPAIO, D. A desindustrialização no Brasil: um processo, várias vertentes. In: ENCONTRO INTERNACIONAL DA ASSOCIAÇÃO KEYNESIANA BRASILEIRA. Anais... Campinas (SP) IE-UNICAMP, 2019. Disponível em:. Acesso em: 21 de nov. 2019.

CORONEL, D.A. Impactos da política de desenvolvimento produtivo na economia brasileira. Curitiba: Prismas, 2013.

CORONEL, D. A.. Processo de desindustrialização da Economia Brasileira e possibilidades de reversão. Revista de Economia e Agronegócio, v. 17, n.3 p. 389-398, 2019.

CORONEL, D.A. Análise do processo de desindustrialização na região Sul do Brasil: uma abordagem por meio de econometria de séries temporais. Monografia (Especialização em Estatística e Modelagem Quantitativa) – Universidade Federal de Santa Maria, 2020.

CORONEL, D. A.; AZEVEDO, A. F. Z. de; CAMPOS, A. C. Política industrial e desenvolvimento econômico: a reatualização de um debate histórico. Revista de Economia Política, v. 34, n. 1, p. 103-119, 2014.

DICKEY, D. A.; FULLER, W. A. Distribution of the estimators for autoregressive time series with a unit root. Journal of the American Statistical Association, v. 74, n. 366, p. 427-431, 1979.

DICKEY, D. A.; FULLER, W. A Likelihood ratio statistics for autoregressive time series with a unit root. Econometrica, v. 49, n. 4, p. 1057-1073, 1981.

ENDERS, W. Applied Econometric Time Series. 4. ed. Nova Jersey: Wiley, 2015.

ENGLE, R. F.; GRANGER, C. W. Co-integration and error-correction: representation, estimation and testing. Econometrica, Chicago, v. 55, n. 2, p. 251-276, 1987.

FERREIRA, P. C.; HAMDAN, G. Política industrial no Brasil: ineficaz e regressiva. Econômica, Rio de Janeiro, v. 5, n. 2, p. 305-316, 2003.

FUNDAÇÃO CENTRO DE ESTUDOS DO COMÉRCIO EXTERIOR (FUNCEX). Estatísticas. Disponível em: . Acesso em: 18 ago. 2019.

GELATTI, E. et al. Desindustrialização no brasil: uma análise à luz das exportações e importações - 1997 a 2018. In: SALÃO DO CONHECIMENTO - BIOECONOMIA: DIVERSIDADE E RIQUEZA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - UNIJUÍ - XXIV Jornada de Pesquisa, 2019, Panambi-RS-Brasil. Anais... Panambi-, 2019.

GODFREY, L. G. Testing against general autoregressive and moving average error models when the regressor include lagged dependent variables. Econometrica, v. 46, n. 6, p. 1293-1302, 1978.

GREENE, W. H. Econometrics Analysis. 6. ed. New Jersey: Pearson Education, 2008.

HAMILTON, J. D. Time series analysis. New Jersey: Princeton University Press, 1994.

HARRIS, R.I.D. Using cointegration analysis in econometric modelling. London: Prentice-Hall-Harvester Wheatsheaf, 1995.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS – IBGE. Contas Regionais do Brasil. Disponível em: . Acesso em: 30 out. 2019.

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. IPEA. Macroeconômico. Disponível em: . Acesso em: 14 jul. 2019.

JANK, M. S. et al. Exportações: existe uma "doença brasileira"? In: BARROS, O. de; GIAMBIAGI, F. (Org.). Brasil Globalizado. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

JOHANSEN, S. Statistical analysis of cointegration vectors. Journal of Economic Dynamic and Control, v. 12, n. 2-3, p. 231-254, 1988.

JOHANSEN, S. Times series cointegration. Creates Research Paper, n. 38, 2014.

KALDOR, N. A model of economic growth. Economic Journal, v. 67, n. 268, p. 591-624, 1957.

KALDOR, N. Causes of the slow rate of economic growth of the United Kingdom. Cambridge: Cambridge University Press, 1966.

KALDOR, N. Causes of the low rate of growth of the United Kingdom. Further Essays in Economic, Growth, London Duckworth, 1978.

KOOP. G. Analysis of financial data. New Jersey: John Wiley & Sons Ltd, 2006.

KWIAKOWSKI, D. et al. Testing the alternative of stationary against the alternative of a unit root: how sure are we that economic time series have a unit root? Journal of Econometrics, v. 54, p. 159-178, 1992.

KUPFER, D. Política industrial. Econômica, Rio de Janeiro, v. 5, n. 2, p. 281-298, 2003.

LIBÂNIO, G.; MORO, S.; LONDE, A. C. Qualidade das exportações e crescimento econômico nos anos 2000. ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA-ANPEC, 42. Anais... Natal, 2014.

LJUNG, G. M.; BOX, G. E. P. On a measure of lack of fit in time series models. Biometrika, v. 65, n. 2 p. 297–303, 1978.

LÜTKEPOHL, H. New introduction to multiple time series analysis. New York: Springer, 2007.

LÜTKEPOHL, H. Vector autoregressive models. EUI Working Paper, n.30, 2011.

MARCONI, N. A doença holandesa e o valor da taxa de câmbio. In: OREIRO, J. L.; DE PAULA, L. F. de.; MARCONI, N. (Org.). A teoria econômica na obra de Bresser-Pereira. Santa Maria: Ed. UFSM, 2015.

MARCONI, N.; ROCHA, M. Desindustrialização precoce e sobrevalorização da taxa de câmbio. Brasília: IPEA, 2011. (Texto para discussão 1681).

MATTEI, L.; SCARAMUZZI, T. A taxa de câmbio como instrumento do desenvolvimento econômico. Revista de Economia Política, v. 36, n. 4, p. 726-747, 2016.

MINISTÉRIO DO DESENVOLIMENTO INDÚSTRIA E COMERCIO EXTERIOR (MIDIC). Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). Disponível em: . Acesso em: 31 dez. 2018.

NASSIF. A. Política industrial e desenvolvimento econômico: teoria e propostas para o Brasil na era da economia digital. In: FEIJO, C.; ARAÚJO, E. (Orgs.). Macroeconomia moderna: lições de Keynes para economias em desenvolvimento. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.

OREIRO, J. L.; FEIJÓ, C. A. Desindustrialização: conceituação, causas, efeitos e o caso brasileiro. Revista de Economia Política, v. 30, n. 2, p. 219-232, 2010.

ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO – OCDE. Industry and entrepreneurship. Disponível em: . Acesso em: 28 out. 2019.

PALMA, J. G. Four sources of deindustrialization and a new concept of the Dutch disease. In: OCAMPO, J. A. (Ed.). Beyond Reforms. Palo Alto: Stanford University Press, 2005.

PACK, H.; SAGGI, K. Is there a case for industrial policy? A critical survey. The Word Banck Research Observer, v. 21, n. 2, p. 267-297, 2006.

PEREIRA, W. M.; CARIO, S. A. F. Indústria, desenvolvimento econômico e desindustrialização: sistematizando o debate no Brasil. Economia e Desenvolvimento, v. 29, n.1, p. 587-609, 2017.

PERES, W. The slow comeback of industrial policy in Latin America and the Caribbean. CEPAL Review, Chile, v. 88, n. 1, p. 71-88, 2006.

PERES, S.C. et al. Uma investigação sobre os determinantes da desindustrialização: teorias e evidências para países desenvolvidos e em desenvolvimento (1970-2015). In: ENCONTRO DE ECONOMIA DA REGIÃO SUL (ANPEC-SUL), 21., 2018, Curitiba-PR-Brasil. Anais... 2018.

PINHEIRO, M. C. et al. Porque o Brasil não precisa de política industrial. Rio de Janeiro: FGV, 2007. (Texto para discussão 644).

PINTO, N. G. M. ; SILVA, M. L.; CORONEL, D. A. O processo de desindustrialização: um levantamento sobre a produção científica na base do Scopus. Revista de Administração da UEG, v. 6, n. 3, p. 78-88, 2015.

POCHMANN, M. Brasil sem industrialização: a herança renunciada. Ponta Grossa: Editora da UEPG, 2016.

REINERT, E. S. Como os países ricos ficaram ricos... e porque os países pobres continuam pobres. Rio de Janeiro: Contraponto, 2016.

ROWTHORN, R.; RAMASWAMY, R. Growth, trade and deindustrialization. Washington: International Monetary Fund Staff Papers, v. 46, n. 1, 1999.

SHUMWAY, R. H.; STOFFER, D. S. Times series analysis and its applications with R examples. New York: Springer, 2006.

SILVA, J.A. A desindustrialização na região Sul. Cadernos Metropolitanos, São Paulo, v. 21, n. 45, p. 531-550, 2019.

SILVA, M. L. et al. O setor industrial brasileiro frente à integração econômica. Belo Horizonte: Poisson, 2019.

SOARES, C.S. ; CORONEL, D. A.; MARION FILHO, P. J. A recente política industrial brasileira: da política de desenvolvimento Produtivo ao Plano Brasil Maior. Perspectivas Contemporâneas, v. 8, n. 1 p. 1-20, 2013.

SONAGLIO, C. M. et al. Evidências de desindustrialização no Brasil: uma análise com dados em painel. Economia Aplicada, v. 14, n.4, p. 347-372, 2010.

SOUZA, I. E. L. de; VERÍSSIMO, M. P. Produção e emprego industrial nos estados brasileiros: evidências de desindustrialização. Nova Economia (UFMG), v. 29, n. 1, p. 75-101, 2019.

SQUEFF, G. C. Desindustrialização: luzes e sombras no debate brasileiro. Brasília: IPEA, 2012. (Texto para discussão 1747).

STRACK. D.; AZEVEDO, A. F. Z. A doença holandesa no Brasil: sintomas e efeitos. Economia e Desenvolvimento, v. 24, n. 2, p. 68-91, 2012.

STUMM, M. G.; NUNES, W.; PERISSINOTTO, R. Ideias, instituições e coalizões: as razões do fracasso da política industrial lulista. Revista de Economia Política, v. 39, n.4, p. 736-754, 2019

SZIRMAI, A. Industrialisation as an engine of growth in developing countries, 1950-2005. Structural change and economic dynamics, v. 23, n. 4, p. 406-420, 2012.

TEIXEIRA, F. O. et al. Grau de especialização da cesta de exportações e sua relação com o crescimento econômico dos estados brasileiros. In: ENCONTRO DE ECONOMIA DA REGIÃO SUL (ANPEC-SUL), 21., 2018, Curitiba-PR-Brasil. Anais... 2018.

TEIXEIRA; F. O. CORONEL, D. A. OREIRO, J. L. principais determinantes do comportamento e da intensidade tecnológica das exportações brasileiras. In: ENCONTRO INTERNACIONAL DA ASSOCIAÇÃO KEYNESIANA BRASILEIRA. Anais... Campinas (SP) IE-UNICAMP, 2019. Disponível em: . Acesso em: 21 nov. 2019.

VERÍSSIMO, M. P.; Doença holandesa no Brasil: Ensaios sobre taxa de câmbio, perfil exportador, desindustrialização e crescimento econômico. 2010. Tese (Doutorado em Economia) – Universidade Federal de Uberlândia, 2010.

VERÍSSIMO, M. P.; ARAÚJO, S. C. Perfil Industrial de Minas Gerais e a hipótese de desindustrialização estadual. Revista Brasileira de Inovação. Campinas, v. 15, n.1, p. 113-138, jan./jun. 2016.

WORLD BANK. World Bank Commodity Price Data. Disponível em: . Acesso em: 01 ago. 2019.




Direitos autorais 2023 Daniel Arruda Coronel, Leonardo Sangoi Copetti

Revista Capital Científico – Eletrônica (RCCe) Rua: Padre Salvador, 875 – Bairro Santa Cruz CEP: 85015-430  Guarapuava-Paraná-Brasil Campus Santa Cruz – Editora UNICENTRO ISSN  2177-4153 (Online)

Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 3.0 Unported License.