Hobbes: o mecanicismo na política

Ediovani Antônio Gaboardi

Resumo


O objetivo deste artigo é demonstrar que a argumentação de Hobbes baseia-se na aplicação à política de pressupostos da racionalidade mecanicista. Tais pressupostos permitem desconsiderar a liberdade humana enquanto capacidade de autodeterminação fundada em valores. O indivíduo não é, necessariamente, mau, mas, com certeza, naturalmente egoísta e antissocial, determinado pelo imperativo natural de autopreservação. A razão é reduzida a uma faculdade de cálculo, que concebe a associação com outros apenas utilitariamente. A liberdade, aqui, não é autonomia, mas apenas ausência de impedimentos. Esse esvaziamento torna o ser humano um átomo social, cujas leis de interação podem ser descritas objetivamente.


Palavras-chave


Hobbes. Mecanicismo. Epistemologia.

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ISSN 2179-9180

 

 

 
 
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