Husserl: da subjetividade transcendental ao problema do solipsismo teórico

Arthur Ricardo de Aguiar Weidmann

Resumo


O objetivo geral deste trabalho consiste em examinar o percurso metodológico adotado por Edmund Husserl para aceder à subjetividade transcendental em sua tentativa de estabelecer a filosofia como uma ciência de fundamentos. A metodologia utilizada articulou tópicos específicos em uma reconstrução sistemática de conceitos fundamentais do texto husserliano com base na obra Meditações Cartesianas e o auxílio de bibliografia especializada. Em um primeiro momento fez-se um exame e explicitação do ponto de partida cartesiano adotado por Husserl tendo em vista a sua intenção de buscar um fundamento indubitável para proceder metodologicamente até a noção de ego transcendental como princípio fundante de toda objetividade possível, e, portanto, um fundamento sólido para estabelecer uma crítica geral a todo saber vigente tendo como elemento fundante o sujeito cognoscente. Dessa forma, surge o seguinte problema: a ciência fenomenológica, por estar fundada na subjetividade pura, que por sua vez é autofundante e fundamento de si, não incorreria em um solipsismo teórico?  A hipótese com a qual iremos trabalhar é a de que a via fenomenológica solipsista revela a falta de sentido a que seria reduzida uma experiência que não fosse a “minha”, a do sujeito cognoscente, sujeito dos limites e possibilidades do conhecimento. Portanto, esse recurso metodológico parece ser exercido no intuito de revelar, prioritariamente, o entrelaçamento da vida intencional ao invés de simplesmente aniquilá-lo.


Palavras-chave


Fenomenologia. Subjetividade transcendental. Intencionalidade. Epoqué. Solipsismo.

Texto completo:

PDF


 

ISSN 2179-9180

 

 

 
 
Image result for logo latindex
Image result for indexador de revistas
 
Image result for sumários.org
 
 
 
 Image result for qualis capes