Humanidade como natureza racional na filosofia moral de Kant

Emanuel Lanzini Stobbe

Resumo


O objetivo do presente artigo é apresentar e discutir o conceito de humanidade [Menschheit], que Kant trata no decorrer de sua filosofia moral. Dado o conceito de humanidade (no sentido ao qual Kant se refere), apenas seres humanos seriam possuidores (ou possíveis possuidores) de dignidade? Ou “humanidade” abrange mais do que apenas seres humanos? A hipótese a ser aqui lançada é de que Kant entende por “humanidade” natureza racional, de tal sorte que a moralidade (da qual se implica a humanidade) é a única condição sob a qual um ser racional pode ser fim em si mesmo. Defendo tal posição partindo de três principais aspectos: (a) a diferença entre o entendimento comum de "humanidade" (antropológico) e o conceito kantiano; (b) a busca pelo princípio supremo da moralidade, que, para Kant, implica afastar-se de qualquer antropologia (empírica); e (c) a análise dos conceitos de autonomia, dignidade e o de humanidade daí implicado, atestando os três como conceitos não antropológicos - mas sim racionais. Partindo disto, temos que o conceito kantiano de humanidade não se refere meramente a seres humanos (no sentido comum), mas a todo ser racional que seja capaz de moralidade, logo, de humanidade.

Palavras-chave


Humanidade. Kant. Moral.

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ISSN 2179-9180

 

 

 
 
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