O MAL E A CONVERSÃO EM A RELIGIÃO NOS LIMITES DA SIMPLES RAZÃO DE KANT

Dilson Brito da Rocha, Kátia Simone Villanova

Resumo


Nosso interesse neste ensaio centra-se no enfrentamento engendrado por Immanuel Kant (1724-1804) da problemática que gira em torno do mal e da conversão, uma das empreitadas fulcrais no panorama geral de seu investimento filosófico. Grosso modo, em A Religião nos Limites da Simples Razão, obra de sua autoria, datada de 1793, sobre a qual nos debruçaremos, ele assegurará que o mal origina no próprio homem, tendencioso ao vício, dado o desregramento interior. Todavia, devido os ditames da razão, sua égide, é impelido à direção contrária, chamando-o à conversão, seja na esfera moral, seja na religiosa, visto a possibilidade de coadunação das áreas, ressalvadas as devidas peculiaridades, e ao fato de que a religião não pode se furtar ao compromisso proeminentemente moral. Ocorre, pois, que perante o mal, tratado por Kant não como uma espécie de entidade real e ontológica, como se dá no maniqueísmo, ad exemplum, o filósofo proporá categoricamente a conversão (retorno, reforma) ao bem como sendo um caminho de via única a ser buscado livremente e de maneira ininterrupta pelo homem.


Palavras-chave


Mal. Conversão. Moral. Religião.

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ISSN 2179-9180

 

 

 
 
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