Epicuro e a guerra: dois avisos de Brentano para um Brasil em colapso

Evandro Oliveira de Brito, Camila Bozzo Moreira

Resumo


Apresentamos aqui a tradução de um pequeno texto de Franz Brentano sobre a 1ª Guerra Mundial, antecedido de uma introdução destinada a apontar dois traços de um egoísmo que poderíamos hoje chamar de tipicamente brasileiro. O texto “Epicuro e a Guerra” foi escrito por Franz Brentano, em 1916, como nota de repúdio ao artigo homônimo publicado por Paul Hiestand, no "Internationale Rundschau", em 10 de dezembro de 1915. O ponto central da crítica brentaniana sustentava que, sob a correta tese defendida por Hiestand, (a saber, a tese de que se inverte a relação entre meios e fim ao se tomar a vida dos indivíduos como meio para prosperidade econômica ou política do Estado), há um ataque infundado ao verdadeiro espírito cristão filosófico. Em uma defesa curta e direta do teísmo filosófico, Brentano responsabiliza o egoísmo epicurista defendido por Hiestand pela origem da 1ª Guerra em andamento. Há nesse debate dois traços do que poderíamos chamar de egoísmo tipicamente brasileiro. Assim, ainda que de modo breve, trataremos de apontá-los com forma de explicitar a atual cegueira cultural do país. O primeiro deles é teórico econômico e está no egoísmo imbricado na ilusão de alguns intérpretes brasileiros da teoria austríaca do valor econômico, os quais sustentam que vidas humanas podem (e devem) ser usadas como meio para garantir a prosperidade econômica brasileira. O segundo é teológico e está no egoísmo implícito na ilusão de alguns defensores do cristianismo neopentecostal brasileiro, os quais se deixam seduzir pela moral egoísta de um estado bélico e desvirtuam o cristianismo de seu caminho para a paz

Palavras-chave


Brentano, Hiestand, Epicuro, Guerra, Brasil.

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ISSN 2179-9180

 

 

 
 
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