Expressividade e representação no jogo de linguagem das sensações

Mirian Donat

Resumo


O artigo tem como ponto de partida o parágrafo 300 das Investigações Filosóficas, em que Wittgenstein afirma que, no jogo de linguagem com as palavras “ele tem dores” entra a representação da dor, apenas não como imagem. O objetivo é esclarecer a distinção entre representação e imagem e o modo como a primeira entra no jogo de linguagem das sensações, já que não é como imagem, e como, nesse processo, a representação da sensação resulta de uma articulação entre expressão e linguagem. Para isso, trataremos dos seguintes pontos: primeiro apresentaremos a crítica de Wittgenstein às concepções de significado que se baseiam em uma noção de representação como uma imagem na mente, causada pela experiência do sujeito. Depois, contra essa noção, mostraremos que, para Wittgenstein, a representação é linguística e que a experiência não pode ser considerada de uma única forma, mas a partir da multiplicidade de significados que recebe em nossas formas de vida. Por último, consideramos o papel da expressividade no jogo de linguagem das sensações, para mostrar como esta função da linguagem pode esclarecer os modos como a experiência e a linguagem se articulam para formar uma representação da dor.


Palavras-chave


Expressividade. Representação. Imagem. Experiência.

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ISSN 2179-9180

 

 

 
 
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