O itinerário concupiscente do desejo: signos perversos em Pierrô da caverna, de Rubem Fonseca

Frederico de Lima Silva, Hermano de França Rodrigues

Resumo


A pedofilia, termo que designa a parafilia caracterizada pelo desejo persistente de um adulto em relação a indivíduos pré-púberes e adolescentes, tomando-os de fato, ou na fantasia, como objetos sexuais, representa um dos temas mais incômodos no discurso social, haja vista constituir uma ação que, segundo o entendimento criminal, viola o corpo infantil. Historicamente, as relações sexuais entre adultos e infantes não possuíam a mesma conotação marginal dos dias até o final do medievo, inscrevendo-se, inclusive, no organograma de muitas das culturas que alicerçaram as bases da grande maioria das sociedades ocidentais. A literatura, enquanto matéria marcada no transcurso histórico humano, revela-nos índices de como essa manifestação, tida como marginal no hodierno, perdeu seus status frente às mudanças no processo civilizatória, como podemos observar em inúmeras narrativas contemporâneas. Por meio do esteio teórico psicanalítico, este artigo propõe uma análise no conto Pierrô da caverna, de Rubem Fonseca, a partir do qual pretendemos evidenciar como o vínculo entre o protagonista, homem de cinquenta anos, e Sofia, de doze, caracteriza os signos do desejo pedofílico, o qual se encontra assentado na estrutura perversa.

Palavras-chave


Literatura; Psicanálise; Rubem Fonseca; Pedofilia

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ISSN 2179-9180

 

 

 
 
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