Efeito de composto de lixo urbano no desenvolvimento inicial de três espécies florestais nativas

Urban garbage-compost effects upon the initial development of three native forest species

Sérgio Denega, Marcelo Furlan Maggi, Sidnei Osmar Jadoski, Álvaro Felipe Valério, Gênesis Ivaniski Queroz, Elio Oscar Iachinski

Resumo


Uma das grandes preocupações da humanidade é a geração crescente de lixo urbano. Esse fato pode causar sérios problemas ambientais na sua disposição sem critérios seguros. A maneira mais adequada de manejo é através do tratamento do lixo domiciliar, sendo que deste processo origina-se o composto de lixo. Nesse contexto, com o objetivo de avaliar o efeito do composto de lixo urbano no desenvolvimento de espécies florestais nativas, foi realizado um experimento no viveiro florestal do Núcleo de Estações Experimentais da UNIOESTE (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), no município de Santa Helena, PR, numa parceria com a Itaipu Binacional, utilizando como solo o Latossolo Vermelho, sendo o composto proveniente da usina de reciclagem de lixo urbano do Município de Marechal Cândido Rondon, PR. Foram utilizadas 3 espécies florestais: Corticeira - Erythrina crista-galli L., Timburi - Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong e Guapuruvu - Schizolobium parahyba (Vell.) Blake, com 6 tratamentos e 4 repetições: T1 (90% solo + 10% composto), T2 (80% solo + 20% composto), T3 (70% solo + 30% composto), T4 (60% solo + 40% composto), T5 (50% solo + 50% composto), T6 (100% solo (Testemunha). Foram avaliados os parâmetros: diâmetro do caule (mm), altura de planta (cm), comprimento radicular (cm), massa da matéria seca da parte aérea (g planta-1), massa da matéria seca radicular (g planta-1). Os resultados permitiram concluir que a espécie guapuruvú apresentou o melhor crescimento da parte aérea, e comprimento radicular, sendo que o maior peso radicular foi obtido pela espécie corticeira. As diferentes proporções de lixo urbano não influenciaram estatisticamente no desenvolvimento das mudas das espécies florestais nativas. O uso do solo da região como substrato para essas espécies é suficiente para que as mesmas possam ser levadas à campo.

Summary

One of greatest worries of humankind is the growing production of urban garbage, which may cause serious environmental problems when its disposal does not follow safety rules. The most adequate management is through the treatment of home garbage, the process which generates garbage compost. Provided this context, in order to evaluate the effect of the urban garbage compost in the development of native forest species, an experiment was set in the forest fi shery of the Nucleus of Experimental Stations of the UNIOESTE, in the city of Santa Helena-Paraná (PR), Brazil, a partnership with the Binational Itaipu. The soil used was the Red Latossolo, while the compost provenance was the plant of urban garbage recycling of Marechal Cândido Rondon City - PR. Three forest species were used: “Corticeira” - Erythrina crest-galli L., Timburi - Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong and Guapuruvu - Schizolobium parahyba (Vell.) Blake, with 6 treatments and 4 repetitions: T1 (90% ground + 10% composition), T2 (80% ground + 20% composition), T3 (70% ground + 30% composition), T4 (60% ground + 40% composition), T5 (50% ground + 50% composition), T6 (100% ground (Witness). The following parameters were evaluated: tree diameter (mm), tree height (cm), root length (cm), weight of the dry substance of the aerial part (g planta-1), weight of the dry substance of roots (g planta-1). The results allow for the conclusion that the species Guapuruvu presented optimum growth of the aerial part, and root length, while the greatest root weight was reached by the Corticeira species. There was no statistical influence of the different ratios of urban garbage upon the development of the native forest species trees. The use of the soil of the region as substratum for these species is enough for them to be taken to the field.


Palavras-chave


decomposição; sustentabilidade; lixo orgânico; composto orgânico.

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AMBIÊNCIA

ISSN 1808-0251 (Print) - Ambiência ISSN 2175-9405 (Online)
QUALIS-CAPES 2017-2020: B4