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Pesquisa em secretariado na pós graduação stricto sensu: levantamento de teses e dissertações produzidas no Brasil

 

Research in secretariat in postgraduate stricto sensu: thesis and dissertations

survey produced in Brazil 

 

Daniela Giareta Durante1, Emiliano Sousa Pontes2 e

Ana Gabriela Matos de Medeiros Barros3

 

1 Universidade Federal do Ceará, Brasil, Mestrado em Desenvolvimento, e-mail: danielagiareta@gmail.com

2 Universidade Federal do Ceará, Brasil, Mestrado em Administração, e-mail: emipontes@gmail.com

3 Universidade Federal do Ceará, Brasil, Bacharelanda em Secretariado Executivo, e-mail: gabrielamedeirosbarros@gmail.com

 

Recebido em: 07/11/2017 - Revisado em: 10/07/2018 - Aprovado em: 28/09/2018 - Disponível em: 01/01/2019

Resumo

A pós-graduação encontra-se consolidada no Brasil. Tem como base e missão a pesquisa, a fim de criar conhecimento para responder as necessidades do mercado e da sociedade. Não existe curso stricto sensu em Secretariado nem no Brasil e nem no exterior, mas, mesmo assim, o Secretariado é discutido em programas de pós-graduação. Por isso, objetiva-se neste estudo identificar como o Secretariado é abordado em teses e dissertações produzidas em cursos de pós-graduação stricto sensu brasileiros, por meio de panorama dos programas, temáticas e características metodológicas. O panorama aqui proposto vem atender uma demanda da área de saber as caraterísticas do conhecimento produzido no âmbito do stricto sensu por se tratar de estudos aprofundados com alto impacto acadêmico, profissional e social. Trata-se de um estudo bibliométrico descritivo com abordagem predominantemente qualitativa. A coleta de dados foi realizada por meio da pesquisa bibliográfica, mediante a disposição do conteúdo das teses e dissertações encontradas em bases de dados secundárias de consulta pública. A abordagem teórica vale-se de estudos sobre a trajetória da pós-graduação no Brasil e sobre a pesquisa científica. Os achados indicam que a discussão do Secretariado no nível stricto sensu vem ganhando força desde os anos 2000, mediante o estabelecimento de problemáticas de pesquisa comuns a outras áreas do saber e num processo colaborativo. Mesmo não sendo programas em Secretariado, os estudos têm potencial para promover a ampliação dos conhecimentos e a evolução científica da área.

Palavras-chave: Produção Científica. Pesquisa em Secretariado. Pós-graduação stricto sensu.

 

Abstract

Postgraduate studies are consolidated in Brazil. It has as base and mission the research, in order to create knowledge to answer the needs of the market and of the society. There is no stricto sensu course in Secretariat in Brazil or abroad, but even so, the Secretariat is discussed in postgraduate programs. Therefore, the objective of this study is identifying how the Secretariat is addressed in theses and dissertations produced in Brazilian stricto sensu postgraduate courses, through overview of programs, thematic and methodological characteristics. What is proposed here is answering a demand of the area to know the characteristics of the knowledge produced in the stricto sensu because they are in-depth studies with high academic, professional and social impact. This is a descriptive bibliometric study with a predominantly qualitative approach. The data collection was conducted through bibliographic research, through the arrangement of the contents of theses and dissertations found in secondary databases in public consultation. The theoretical approach is based on studies on the trajectory of postgraduate studies in Brazil and on scientific research. The findings indicate that the discussion of the Secretariat in the stricto sensu has been gaining strength since the 2000s, through the establishment of research problems common to other areas of knowledge and in a collaborative process. Even though they are not Secretariat programs, the studies have the potential to promote the expansion of knowledge and the scientific evolution of the area.

Keywords: Scientific Production. Research in Secretariat. Postgraduate stricto sensu.

1. INTRODUÇÃO

A pós-graduação encontra-se consolidada no Brasil e seu sucesso é reconhecido. Num curto espaço de tempo desenvolveu-se uma cultura de produção de conhecimento no país (BALBACHEVSKY, 2005, SILVA, 2010). A pós-graduação stricto sensu, última etapa da educação formal, tem como base e missão a pesquisa, a fim de criar conhecimento para responder as necessidades do mercado e da sociedade. É considerada, portanto, a maior produtora de conhecimento novo, capaz de gerar e impulsionar a inovação (GAZZOLA, FENATI, 2010).

No Brasil, o reconhecimento e avaliação dos programas de pós-graduação são realizados pelo Ministério da Educação (MEC), através da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Para ilustrar, o ano de 1965 é considerado um marco na história da pós-graduação, ano da primeira regulamentação, ocasião em que também foram classificados 27 cursos no nível de mestrado e 11 no de doutorado, totalizando 38 no país. Atualmente, são 4.381 programas de pós-graduação recomendados e reconhecidos pela Capes, compreendendo 6.471 cursos, sendo 3.495 de mestrado acadêmico, 771 de mestrado profissional e 2.205 cursos de doutorado (CAPES, 2017).

Apesar dessa trajetória de sucesso da pós-graduação stricto sensu brasileira, ela inexiste no Secretariado Executivo, visto não haver curso nem de mestrado nem de doutorado, tanto no Brasil quanto no exterior. Os secretários executivos que continuam a formação em programas stricto sensu o fazem em outras áreas do conhecimento e geralmente voltam suas pesquisas para a área do curso (MAÇANEIRO; KUHN, 2013; DURANTE et al., 2016), pois os programas são avaliados pela Capes pela coerência entre área de concentração, linhas de pesquisa e teses/dissertações defendidas, entre outros critérios Tal situação gera prejuízos para o secretariado pois os esforços de pesquisa são canalizados para outras áreas e não para o desenvolvimento do secretariado (PICCOLI et al., 2016). O prejuízo ocorre sobretudo pelas pesquisas da pós-graduação stricto sensu serem as principais geradoras de conhecimento novo e por isso com potencial para provocar mudanças na profissão.

Mesmo assim, verifica-se o desenvolvimento de estudos no âmbito de mestrados e doutorados nacionais, de diversas áreas, que abordam direta ou indiretamente o secretariado em teses e dissertações. A pesquisa de Souza, Galindo e Martins (2015) levantou cinco teses e 20 dissertações que possuem o secretariado como objeto de pesquisa. De maneira similar, estudo de Sabino (2017) levantou a existência de 53 trabalhos, sendo seis teses e 47 dissertações produzidas no período entre 1989 e 2015.

Diante dessa realidade, surgiu o seguinte questionamento: de que forma o secretariado é abordado em teses e dissertações? Objetiva-se neste artigo, portanto, apresentar um panorama das teses e dissertações que abordam o secretariado, produzidas nos cursos de pós-graduação stricto sensu brasileiros. Para tanto, definiram os seguintes objetivos específicos: i) levantar as teses e dissertações produzidas no Brasil que abordam o Secretariado; ii) identificar os programas de pós-graduação stricto sensu em que o Secretariado é investigado; iii) identificar as temáticas que são abordadas nas dissertações/teses e; iv) verificar as características metodológicas dos estudos.

O panorama aqui proposto vem atender uma demanda da área de saber as caraterísticas do conhecimento produzido no âmbito do stricto sensu por se tratar de estudos aprofundados com alto impacto acadêmico, profissional e social. Detectar o estado deste conhecimento ajuda a compreender como a identidade científica do secretariado está se estabelecendo e as perspectivas para criação de curso de pós-graduação stricto sensu específico da área, bem como o estabelecimento enquanto área de conhecimento, ideias corroboradas por diversos autores (NONATO JÚNIOR, 2009, DURANTE, 2012; MAÇANEIRO, 2012; MARTINS et al., 2012; NASCIMENTO, 2012; PICCOLI et al., 2016).

Registra-se que este estudo foi desenvolvido no âmbito do Grupo de Estudos e Pesquisas em Secretariado Executivo (GEPES) do curso de Secretariado Executivo da Universidade Federal do Ceará, e é um recorte do projeto pesquisa “Secretariado Executivo: revisão da produção científica do período 2000-2016”, que buscou mapear a produção científica nos principais meios de publicação e suas características.

O texto segue com a revisão da literatura, que aborda a pós-graduação no Brasil e a produção do conhecimento. Na sequência, descrevem-se os procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa, a apresentação e análise dos resultados; e, por fim, as considerações finais e as referências.

 

2 A PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL E A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO

A pós-graduação stricto sensu é, antes de tudo, um sistema de cursos instituído para favorecer a pesquisa científica e o treinamento avançado. Atualmente, os cursos são de mestrado acadêmico, mestrado profissional e doutorado. Dá-se o nome de Programa de Pós-Graduação quando este congrega mais de um curso na mesma área do conhecimento (CAPES, 2017).

O curso de mestrado culmina com a produção de uma dissertação enquanto o doutorado com a produção de uma tese. Ambas são consideradas monografias, diferenciando-se pela profundidade. A tese é o nível mais aprofundado e também se caracteriza pela originalidade. A palavra monografia vem do grego monos (um) e graphein (descrever), por isso, significa descrição completa de um tema específico (RAUBER et al., 2008).

O objetivo da pós-graduação stricto sensu “é proporcionar ao estudante aprofundamento do saber que lhe permita alcançar elevado padrão de competência científica ou técnico-profissional, impossível de se adquirir no âmbito da graduação” (CAPES, 2017). Para além destes interesses práticos imediatos, a pós-graduação tem por finalidade oferecer as condições necessárias para a realização da livre investigação científica, visando à geração de novos conhecimentos para garantir o desenvolvimento da sociedade e o desenvolvimento e emancipação humana e social (CAPES, 2017). A pós-graduação stricto sensu tem, portanto, o compromisso com a pesquisa de alto impacto social.

Os programas de pós-graduação estão sob a gerência da Capes, que foi criada em 11 de julho de 1951, pelo Decreto nº 29.741, com o nome de Campanha Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Estabelecida no início do segundo governo Vargas, cuja palavra de ordem era desenvolvimento e independência. Desde então, a Capes vem implementando políticas visando à expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu no Brasil. As políticas, metas e trabalho da Capes são estruturados por plano, intitulado Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG). O primeiro plano, do total de cinco, teve vigência entre 1975-1979 e surgiu da necessidade de planejar e organizar a expansão dos cursos. Os planos foram fundamentais no estabelecimento de políticas e metas que permitiram o desenvolvimento consistente da pós-graduação no país (CAPES, 2017).

 

Os Planos Nacionais de Pós-Graduação (PNPG), em suas edições, constituíram-se em elementos essenciais na construção, desenvolvimento conceitual e enquadramento da pós-graduação no país. Entendida como subsistema do conjunto do sistema educacional, a pós-graduação foi contemplada nos diferentes Planos Nacionais por uma direção macro-política com a realização de diagnósticos e estabelecimento de metas e de ações, articulada por amplo sistema de financiamento governamental de ciência, tecnologia e meio ambiente (BRASIL, 2012, p. 19).

Antes dos planos nacionais, a pós-graduação era de pequena dimensão e encontrada em algumas universidades; as iniciativas eram isoladas e de pouco impacto. O primeiro modelo institucional de pós-graduação foi trazido ao Brasil por professores estrangeiros que vieram ao país em missões acadêmicas, com o apoio de governos europeus, e por exilados. O treinamento que esses professores ofereciam ao alunado era informal e centrado na elaboração da tese (BALBACHEVSKY, 2005).

Apenas em 1965, sob a égide do regime militar, o CNE regulamentou essas experiências, reconhecendo como um nível de ensino, por meio do Parecer nº 977, que ficou conhecido como Parecer Sucupira. O maior avanço, no entanto, ocorreu no início dos anos 1970 quando a pós-graduação passou a integrar as políticas de apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico. O governo buscou articular o desenvolvimento científico com uma estratégia mais ampla de desenvolvimento econômico do país (BALBACHEVSKY, 2005).

As ações seguiram com projeto de capacitação de pesquisadores brasileiros no exterior que no retorno trouxeram conteúdo acadêmico para a pós-graduação brasileira. Outra ação efetiva foi o estabelecimento de um fundo de suporte ao desenvolvimento tecnológico pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES). O fundo foi institucionalizado e nos anos seguintes se transformou no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Depois, em 1976, implementaram-se os primeiros processos de avaliação do stricto sensu, estabelecendo padrão de qualidade, que com as experiências se tornaram cada vez mais complexos e efetivos. Com essas ações e num processo dinâmico, a pós-graduação brasileira alcançou rápida expansão qualitativa e quantitativa (BALBACHEVSKY, 2005).

Martins (2000), entre outros autores, também reconhece que a pós-graduação se desenvolveu de forma planejada e orientada pelos PNPG, paralelamente aos investimentos sistemáticos dos órgãos de fomento nacionais e internacionais. Nas palavras do autor: “a expansão da pós-graduação foi o resultado de uma política indutiva orientada e conduzida pelo poder central” (MARTINS, 2000, 55).

Silva igualmente destaca o sucesso do sistema implementado, destacando que “num período relativamente curto, em país de escassa tradição universitária, conseguiu-se criar um ambiente acadêmico, estabelecer um leque abrangente de programas de boa qualidade e consolidar uma cultura de produção de conhecimento” (SILVA, 2010, p. 193-194).

O PNPG em vigor (2011-2020) refere como uma das metas a formação de recursos humanos para o desenvolvimento do país e estabelece que tal formação deve voltar-se para diversos segmentos, dentre eles destacam-se dois segmentos que são demandas concretas do Secretariado Executivo: formação de pessoal para o ensino superior e aperfeiçoamento de profissões (OLIVERIA; SIQUEIRA, 2010, p. 32).A avaliação dos programas é tida como atividade essencial da Capes para assegurar e manter a qualidade da pós-graduação no país. O sistema de avaliação compreende dois processos: a) avaliação das propostas de cursos novos e b) avaliação periódica dos cursos em andamento. Tal avaliação é feita por áreas, no total de 49 vigentes em 2017, mas seguem a mesma sistemática e quesitos básicos (CAPES, 2017). Deste modo, a criação de um novo curso somente é possível submetendo a proposta a Capes e obtendo a aprovação, caminho esse a ser percorrido pelo Secretariado para ingressar na pós-graduação stricto sensu.

A submissão da proposta de novo curso deve ocorrer em uma das 49 áreas, que estão agrupadas em nove grandes áreas (Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Ciências Exatas e da Terra, Engenharias, Multidisciplinar, Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas e Linguística, Letras e Artes).

A escolha da área recai na identidade do curso proponente. A respeito da identidade científica do secretariado, alguns estudos apontam caminhos como de Nonato Júnior (2009), Sabino e Marcheli (2009), Nascimento (2012) e Durante e Pontes (2015). Pode-se dizer que a identidade científica do secretariado encontra-se em desenvolvimento e a existência de curso de mestrado em secretariado, canalizando o potencial de pesquisa para a profissão, contribuiria para o seu estabelecimento.

A criação de curso de mestrado em secretariado é uma demanda da comunidade secretarial, cujos prejuízos da não existência foram apontados entre outros autores por Piccoli et al. (2016): profissionais com formação continuada em outras áreas, pesquisas em outras áreas, publicações em outras áreas, falta de professores com formação específica em Secretariado, cursos de graduação coordenados por professores de outras áreas, não reconhecimento como área de conhecimento.

A criação de curso de mestrado em secretariado, por fim, atenderia a meta do Plano Nacional de Pós-Graduação de formação de professores para o ensino superior na área e o aperfeiçoamento da profissão de modo geral. Também atenderia os objetivos do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) que visa à formação de docentes em todos os níveis de ensino, a formação de recursos humanos mais qualificados para o mercado de trabalho e o fortalecimento das bases científica, tecnológica e de inovação (CAPES, 2017).

 

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Com intuito de apresentar um panorama das teses e dissertações que abordam o secretariado produzidas nos cursos de pós-graduação stricto sensu brasileiros, realizou-se este estudo denominado “estado da arte” ou “estado do conhecimento”, definido como de caráter bibliográfico e que busca mapear e discutir uma certa produção acadêmica em diferentes campos do conhecimento, tentando responder que aspectos e dimensões vêm sendo destacados e como é elaborada essa produção em determinado período (FERREIRA, 2002). Também pode ser delineado como bibliométrico, método que mede índices de produção e disseminação do conhecimento, de modo a quantificar os processos de comunicação escrita e identificar suas características (ARAÚJO, 2006; FERREIRA, 2010).

Quanto a sua natureza, esta pesquisa possui abordagem predominantemente qualitativa, pois objetiva-se obter um panorama profundo, intenso e holístico do contexto de estudo, buscando entender fenômenos dentro de seus contextos específicos (GRAY, 2012), utilizando-se da interpretação baseada nos significados dos dados e frequentemente envolvendo o uso de uma lente teórica (CRESWELL, 2010). Quanto aos fins, é descritiva, já que se tem o propósito de especificar características importantes do fenômeno analisado – as teses e dissertações – de modo a descrever como é e como se manifesta (SAMPIERI; COLLADO; LUCIO, 2013).

A coleta de dados foi realizada em bases de dados de consulta pública, a saber: banco de teses e dissertações da Capes (http://bancodeteses.capes.gov.br/) e biblioteca digital brasileira de teses e dissertações do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) (http://bdtd.ibict.br/). A consulta foi feita utilizando o termo “secretariado” em qualquer parte do texto (título, palavras-chave, resumo, corpo do texto). No banco de teses da Capes, os resultados trouxeram 128 trabalhos e na biblioteca do IBICT, 77, totalizando 205 resultados. A consulta foi finalizada no dia 04 de junho de 2017. Parte dos textos consta em ambas as bases, por isso foi necessário excluir os repetidos. Os demais foram capturados e realizada a primeira leitura visando identificar se tratavam do secretariado.

Nesta primeira leitura alguns textos foram eliminados porque tratavam de outros assuntos e o secretariado era citado apenas como uma informação secundária. A título de exemplo, a dissertação intitulada “Avaliação da aprendizagem de pessoas com deficiência no ensino superior: concepções de alunos, professores e coordenadores da FEAAC-UFC” retornou nos resultados desta pesquisa porque o curso de Secretariado Executivo faz parte da FEAAC-UFC. Outro exemplo, para justificar a eliminação de vários textos que abordam questões políticas e governamentais, é a dissertação “A tensão entre direito e política no cenário internacional: uma análise crítica e estrutural do conselho de segurança das Nações Unidas na atualidade”. Neste caso, o secretariado é citado como um cargo/função do governo.

Com a leitura e análise dos textos, permaneceram na pesquisa 58 textos que discutem o secretariado direta ou indiretamente, sendo 50 dissertações e oito teses, compreendendo o período 1988 a 2016. Não foi localizado o texto completo de 10 produções por isso a identificação de algumas informações destes ficou prejudicada.

O próximo passo foi a análise aprofundada dos 58 textos. Nesta fase foram coletadas informações como título, ano, autor, IES, programa, palavras-chave, linhas de pesquisa, áreas de concentração, objetivo e procedimentos metodológicos, que foram dispostas em planilha do excel para auxiliar a análise dos resultados. Outra informação que se julgou importante para os objetivos do estudo, foi a área de graduação dos autores. Neste caso, recorreu-se aos currículos lattes, no entanto, não foi localizada a informação de oito autores. Na análise das temáticas e procedimentos metodológicos utilizou-se a técnica de análise de conteúdo e inferência dos pesquisadores.

 

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os 58 textos (teses e dissertações) estão distribuídos no decorrer do tempo, entre o período 1988, que foi a primeira dissertação encontrada, a 2016 (Gráfico 1). Nos primeiros onze anos (1988-1998) foram produzidos apenas dois estudos. Os anos 2000 também iniciaram de forma tímida, porém, desde 1999 nenhum ano ficou sem produção. Os dados evidenciam que a preocupação com a pesquisa em secretariado realmente é algo recente, comparando com o início da pós-graduação stricto sensu no país, que data de meados de 1965. Por outro lado, mesmo não existindo pós-graduação stricto sensu em secretariado, a profissão tem atraído interesse de pesquisadores e programas em produzir conhecimento neste campo.

Gráfico 1 – Evolução anual das teses e dissertações que abordam Secretariado

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Fonte: Dados da pesquisa (2017)

Para melhor visualização, no Quadro 1 são apresentadas as dissertações e teses produzidas em Secretariado, com respectivo ano, programa de pós-graduação, instituição e estado.

Quadro 1 – Dissertações e teses que abordam o Secretariado

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Fonte: Dados da pesquisa (2017)

Observa-se que os títulos das dissertações/teses já expressam o Secretariado, evidenciando que o objeto da investigação e o conhecimento produzido interessam à profissão. O programa em que o estudo foi desenvolvido merece ser analisado, pois indica as áreas que estão dialogando com o Secretariado.

Os estudos foram realizados em 27 diferentes Programas, mas é notável o predomínio dos estudos em cursos de Letras e Linguística (21 estudos) Administração (10 estudos) e Educação (10 estudos), evidenciando que as referidas áreas colaboram significativamente com a evolução do conhecimento em Secretariado, assim como o Secretariado contribui com essas áreas por meio do estudo de fenômenos comuns. Importante registrar que nenhum programa possui linha de pesquisa direcionada ao Secretariado.

O diálogo com essas áreas pode ser justificado pelo Secretariado ter relação direta com esses campos de saber na graduação, visto que as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos bacharelados em Secretariado Executivo estabelecem o ensino de conteúdos básicos e específicos que abrangem conhecimentos dessas áreas como, língua portuguesa e estrangeira, administração e planejamento estratégico, organização e métodos (BRASIL, 2005). Da mesma forma, a prática secretarial exige domínio de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades dessas áreas, como de gestão, comunicação em línguas nacional e estrangeiras, redação de textos, entre outros.

Resultado semelhante foi obtido com a revisão dos artigos publicados em dois periódicos referência de Secretariado, a revista de Gestão e Secretariado (Gesec) e Revista Expectativa, em que se identificou que boa parte da produção de secretariado dialoga com essas áreas do conhecimento (DURANTE; PONTES, 2015; DURANTE et al., 2016).

A diversidade de programas em que o conhecimento em secretariado está sendo discutido ratifica a característica interdisciplinar presente na área, fato já defendido por pesquisadores como Sabino e Marchelli (2009) e Nascimento (2012).

Ainda acerca dos programas, é pertinente analisar as IES de origem e respectiva localização geográfica. As produções foram realizadas no âmbito de 38 diferentes IES, e a maioria tem apenas uma produção. A quantidade maior registrada foi seis estudos na PUC-SP, seguida da UFC, UFBA e UFSC com quatro produções cada. As 38 IES estão localizadas em 14 estados da federação, o que significa que vários estados encontram-se descobertos. O estado de São Paulo reúne 15 produções, seguido do Paraná com cinco. Nestes dois estados também se concentra o maior número de cursos de graduação em Secretariado Executivo do país, sendo São Paulo com 21,4% e Paraná com 17,1% do total de cursos de graduação ofertados no território nacional (CIELO; SCHMIDT; WENNINGKAMP, 2014).

Em termos de regiões do país, todas estão representadas, no entanto, as regiões norte e centro-oeste com apenas uma produção cada. A região sudeste concentra quase 50% do total das produções, com 28 teses/dissertações. Esta região, que tem característica econômica diferenciada do restante do país, também é a que mais emprega profissionais de secretariado (BISCOLI; DURANTE; BULGACOV, 2016). A região sul e nordeste tem 15 e 13 produções, respectivamente. Outra observação a registrar é que 27 estudos foram realizados em IES privadas e 31 em públicas, ou seja, existe certo equilíbrio entre IES pública e privada.

Outra análise que merece ser feita para ajudar a entender o conhecimento em secretariado e sua interação com demais áreas é das temáticas que são abordadas nas teses e dissertações. Como já explicitado, os 58 trabalhos abordam o secretariado; em alguns textos, o Secretariado é tratado como objetivo principal e em outros, no entanto, a discussão é transversal como no ensino de idiomas estrangeiros, correspondência comercial e docência. Sabino (2017, p. 36) já identificou essa perspectiva: “Observou-se que as pesquisas sobre o campo do Secretariado se adensam como lócus para a compreensão sobre o processo de ensino e da aprendizagem em idiomas”.

Com a leitura detalhada do material foi possível apreender as temáticas em discussão e agrupá-las em torno de quatro áreas, conforme Quadro 2. Ao lado da temática, é informada a quantidade de dissertações/teses em que ela se repete.

Quadro 2: Temáticas das dissertações e teses que abordam o Secretariado

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Fonte: dados da pesquisa (2017)

Ficam em evidencias as temáticas de secretariado, que mesmo em programas stricto sensu de outras áreas tem espaço para discussão. As temáticas vêm comprovar a interação que o secretariado faz com outros campos do saber. Neste processo recebe contribuições de várias áreas, ficando em evidencia neste estudo as áreas de Letras, Linguística, Educação e Administração. Ao mesmo tempo, o Secretariado contribui com o desenvolvimento dessas áreas, mediante problematização e compreensão de fenômenos que interessam a ambos. O secretariado se constitui num lócus de pesquisa e seus conceitos profissionais e práticas de trabalho ajudam outras áreas a compreenderem seus objetos de investigação. Necessário registrar que mesmo os estudos agrupados em Letras, Linguística, Educação e Administração utilizaram como aporte teórico também o conhecimento da profissão secretarial, sua história e seu desenvolvimento profissional e científico.

Ainda a respeito da interação com outras áreas, buscou-se saber a origem, em termos de formação em nível de graduação, dos autores das 58 dissertações e teses, se são graduados em Secretariado ou não. A esse respeito, a tabela 1 demonstra que 48% dos autores são graduados em Secretariado enquanto ou outros 52% não, destacando-se 26% que são graduados em Letras. Esse fato comprova que o Secretariado se constitui num campo de investigação que interessa também a pesquisadores de outras áreas.

Tabela 1: Graduação dos autores das dissertações e teses

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Fonte: Dados da pesquisa (2017)

O conhecimento produzido na pós-graduação stricto sensu, por seu caráter aprofundado, principalmente no nível de doutorado, segue linhas de pensamento ancoradas em concepções filosóficas, a saber, a ontologia (forma de entender como as coisas são), que determina a epistemologia (forma como se entende que o conhecimento é gerado) e ambas, por sua vez, definem o tipo de pesquisa a ser realizada e os métodos de investigação e as técnicas de coleta e análise de dados empregados (SACCOL, 2009). Com essa base, buscou-se saber as características metodológicas das 58 dissertações/teses. A Tabela 2 apresenta o tipo de pesquisa das dissertações e teses produzidas no âmbito do Secretariado.

Tabela 2: Tipo de pesquisa

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Fonte: Dados da pesquisa (2017).

É observado que a maioria dos trabalhos tem abordagem qualitativa. Esse resultado alinha-se ao fato de as dissertações e teses terem sido produzidas em programas de pós-graduação das Ciências Sociais e Ciências Humanas, áreas que se dedicam a compreender fenômenos de maneira qualitativa (CRESWELL, 2010). Tal resultado corrobora resultados de estudos anteriores (DURANTE; PONTES, 2015; DURANTE et al., 2016), que também evidenciaram a predominância da abordagem qualitativa nas pesquisas em Secretariado, levando a crer que o conhecimento secretarial é construído em um nível de realidade não quantificável. Por outro lado, os resultados evidenciam a deficiência de pesquisas quantitativas.

Em relação à classificação da pesquisa, 38 (65,5%) textos são descritivos, sete (12%) exploratórios, e seis (10%) descritivos e exploratórios. Nos demais 12% não foi possível identificar. Esse resultado diverge dos resultados encontrados na análise dos artigos publicados nas revistas GeSec e Expectativa, em que ficou mais evidente a pesquisa exploratória (DURANTE; PONTES, 2015; DURANTE et al., 2016). A pesquisa descritiva possibilita analisar como é e como se manifesta determinado fenômeno (SAMPIERI; COLADO; LÚCIO, 2013), por isso é mais utilizada no âmbito do mestrado.

No tocante aos métodos de pesquisa (Tabela 3), observa-se diversidade nas escolhas metodológicas dos pesquisadores na pós-graduação stricto sensu, mediante a identificação de oito diferentes métodos de investigação, em que mais de 50% são estratégias de pesquisa de campo. Este resultado corrobora os achados de Durante e Pontes (2015), em que mais de 40% das pesquisas em Secretariado publicadas na GeSec valem-se de procedimento empírico. Na Expectativa, porém, observou-se a preferência pelos ensaios teóricos (DURANTE et al., 2016).

Tabela 3 – Método de pesquisa

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Fonte: Dados da pesquisa (2017).

O estudo de caso, comumente utilizado em pesquisas de natureza qualitativa, foi o método mais adotado, com mais de 30% de frequência. Segundo Yin (2005), o estudo de caso é uma estratégia de investigação empírica que analisa um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real. Na leitura das teses e dissertações identificou-se que os casos investigados, em sua maioria, correspondem a cursos de Secretariado em instituições de ensino (contexto).

Em relação à coleta de dados, as estratégias utilizadas constam na Tabela 4. Por haver, em alguns casos, a combinação de procedimentos, técnicas e instrumentos de coleta, a soma dos percentuais ultrapassa 100%.

Tabela 4 – Coleta de dados

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Fonte: Dados da pesquisa (2017)

O questionário e a entrevista são os instrumentos mais utilizados, presentes em 88% dos estudos, corroborando com os resultados de estudos anteriores (DURANTE; PONTES, 2015; DURANTE et al., 2016). Em relação à análise de dados, registra-se que nas pesquisas quantitativas, as técnicas ficam mais evidentes que nas qualitativas. As estratégias recorrentes são: análise de conteúdo (17%), estatística descritiva (15,5%) e análise do discurso (7%).

De modo geral, ao se analisar a estruturação metodológica das teses e dissertações que discutem o secretariado, observam-se características ontológicas e epistemológicas desse conhecimento presentes no interpretativismo/construtivismo, fortemente relacionado a pesquisas de natureza qualitativa (SACCOL, 2009). De igual forma, a recorrência das pesquisas descritivas, do estudo de caso e das diversas técnicas de coleta e análise de dados, ilustra a interação entre pesquisador e objeto, aspecto presente nessa corrente.

 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de até o momento não existir curso stricto sensu em Secretariado, o Secretariado vem sendo abordado em teses e dissertações de programas de outras áreas, em maior proporção nos programas em Letras e Linguística, Administração e Educação. O levantamento de 50 dissertações e oito teses que investigam problemáticas do Secretariado como objetivo principal ou como transversal demonstra aceitação por parte dos outros campos do saber e, ao mesmo tempo, abertura para esse universo de pesquisa.

As temáticas discutidas nos estudos encontram-se na essência do Secretariado, quer seja as questões relativas à profissão como mercado de trabalho, perfil e identidade profissional, quer seja as temáticas que discutem a educação ou formação em Secretariado, ou a aquisição e aplicação da língua materna e estrangeira ou, ainda, as da Administração. A produção científica em secretariado tem apontado o forte diálogo com essas áreas do conhecimento como consequência de um processo intrínseco, já que o trabalho do secretário executivo é na área administrativa, na assessoria aos processos gerenciais. Na mesma proporção o envolvimento com a Letras e Linguística, pois a comunicação e informação caracteriza o trabalho do secretário, seja comunicação pessoal ou escrita, seja na língua materna ou estrangeira. A interação com a Educação é natural pelo Secretariado ser uma formação acadêmica demandando pesquisa nesse campo. Assim, as problemáticas de pesquisa surgem desses contextos e interessam a ambas as partes, uma complementando a outra, constituindo um processo interdisciplinar.

A interação com outras áreas é reforçada pela formação, em nível de graduação, dos autores. Quase metade das dissertações e teses é de autoria de graduados em Secretariado, possivelmente num esforço de propor discussões que interessam ao programa e ao mesmo tempo contribua com a evolução do Secretariado. A outra metade, com graduação em outras áreas, também debruçou-se sob discussões que contribuem com o melhor entendimento do Secretariado, seja no âmbito prático ou intelectual, e ao mesmo tempo, possibilitam entender ou problematizar fenômenos das suas áreas de origem. Esses achados levam a reflexões de que a falta de programas stricto sensu em Secretariado não impede que esse seja discutido em teses e dissertações e, logicamente, não impede a criação de conhecimento de ponta com potencial para promover o desenvolvimento da área.

Concluiu-se, portanto, que a discussão do Secretariado no nível stricto sensu é recente, seu início data de 1989, mas vem ganhando força desde os anos 2000, mediante o estabelecimento de problemáticas de pesquisa comuns a outras áreas do saber e num processo colaborativo. Deste modo, a pós-graduação stricto sensu, mesmo não sendo em Secretariado tem permitido a ampliação dos conhecimentos e evolução científica da área. A criação de curso stricto sensu em Secretariado, no entanto, intensificaria a evolução e possibilitaria canalizar os esforços em torno pesquisa de alto impacto social que levassem o Secretariado ser reconhecido como uma área do conhecimento.

Considera-se que os objetivos delineados foram alcançados mediante o mapeamento das dissertações e teses, identificação dos programas, das temáticas e das características metodológicas de cada produção. Os textos podem ser ainda explorados em termos de escolhas paradigmáticas e epistemológicas. Além disso, surgiu o interesse em melhor conhecer o perfil dos autores, especialmente os que não são graduados em secretariado a fim de identificar motivos da escolha de pesquisa, ficando como sugestão de futuros estudos. Outra sugestão é a realização de pesquisas quantitativas já que se identificou um pequeno número de estudos com essa característica.

 

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