Clusters das estratégias à luz dos dendogramas dos programas de Stricto Sensu das Instituições de Ensino Superior do Brasil da área de Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo
Clusters of the strategies in the light of the dendograms of the Stricto Sensu Programs of the Institutions of Higher Education of Brazil in the Public Administration and Business, Accounting and Tourism
Henrique César Melo Ribeiro1 e Sergio Henrique Arruda Cavalcante Forte2
1 Universidade Federal do Piauí, Brasil, Doutorado em Administração, e-mail: hcmribeiro@gmail.com
2 Universidade de Fortaleza, Brasil, Doutorado em Administração, e-mail: sergiohenriquearrudacavalcanteforte@gmail.com
Recebido em: 21/09/2019 - Revisado em: 10/03/2020 - Aprovado em: 30/03/2020 - Disponível em: 01/07/2020
Resumo
O objetivo deste estudo foi identificar os clusters das estratégias à luz dos dendogramas dos programas de stricto sensu das Instituições de Ensino Superior do Brasil da área de administração pública e de empresas, ciências contábeis e turismo nos cenários prospectados para o período de 2019 a 2030. Utilizou-se a metodologia de cenários sugerida por Blanning e Reinig. Os resultados evidenciam, por meio dos dendogramas dos clusters das 47 estratégias identificadas neste estudo por cenários (otimista, realista e pessimista) e em conjunto, tendo com isso uma visão macro de como as estratégias prováveis dos programas de pós-graduação stricto sensu das áreas objeto de pesquisa influenciam e contribuem a posteriori para criar vantagem competitiva sustentável e alavancar o valor acadêmico e institucional. Os resultados vislumbrados neste estudo, contribuem para criar valor científico ao tema cenários, no âmbito dos programas de pós-graduação, colaborando consequentemente para seu alargamento, difusão, disseminação e socialização no panorama científico nacional, cooperando concomitantemente para seu crescimento mediante outros estudos científicos análogos a esse no contexto literário acadêmico nacional.
Palavras-chave: Prospecção de cenários; Programas de stricto sensu do Brasil; Área de Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo; Dendograma; Estratégias.
Abstract
The objective of this study was to identify clusters of strategies in the light of the dendograms of the stricto sensu programs of the Higher Education Institutions of Brazil in the area of public administration and companies, accounting sciences and tourism in scenarios prospected for the period from 2019 to 2030. We used the scenario methodology suggested by Blanning and Reinig. The results show, through the dendograms of the clusters of the 47 strategies identified in this study by scenarios (optimistic, realistic and pessimistic) and together, with a macro view of how the probable strategies of the graduate programs stricto sensu of the areas the research object influence and contribute a posteriori to create sustainable competitive advantage and leverage the academic and institutional value. The results envisaged in this study contribute to create scientific value to the subject scenarios in the scope of postgraduate programs, collaborating consequently for its extension, diffusion, dissemination and socialization in the national scientific panorama, cooperating concomitantly for its growth through other similar scientific studies to this in the national academic literary context.
Keywords: Prospecting scenarios; Stricto sensu programs in Brazil; Area of Public Administration and of Companies, Accounting Sciences and Tourism; Dendogram; Strategies.
1 INTRODUÇÃO
Perguntas como: “Qual o propósito e a natureza dos estudos na pós-graduação, em um momento de aceleradas mudanças? Que valor seu produto tem para as pessoas, para as organizações e a sociedade?” (MORITZ et al., 2013, p. 23), contribuem para os gestores das Instituições de Ensino Superior (IES) públicas e particulares numa perspectiva de repensar suas respectivas instituições, estrategicamente e competitivamente, no mercado acadêmico brasileiro (SOUSA; FORTE; OLIVEIRA, 2012). Os cenários são veículos para a exploração das causas e resultados da interação entre as forças no ambiente contextual que impulsionam o futuro do desdobramento no contexto da questão focal (BRADFIELD; CAIRNS; WRIGHT, 2015). Em outras palavras, são exposições, realçadas em hipóteses aceitáveis, do que poderá ocorrer, admitindo, com isso, se tomar (PHADNIS; CAPLICE; SHEFFI, 2016) e apoiar decisões estratégicas (POSTMA; LIEBL, 2005), que sejam admissíveis para todos os futuros presumíveis, possibilitando a prospecção de cenários e suas respectivas análises (SOUSA; FORTE; OLIVEIRA, 2012).
No Brasil, o emprego de estratégias de cenários como um mecanismo de administração eficiente e eficaz ainda não atingiu sua maturidade na maioria das pequenas e médias empresas, públicas e ou privadas. Similarmente, para as grandes organizações, ainda é embrionária a sua utilização, fazendo com que a análise de cenários não seja parte de uma rotina para o processo decisório e, consequentemente, para a tomada de decisão. Os casos de maior representatividade e sucesso aconteceram em empresas estatais, sobretudo na área da energia e organizações governamentais (MORAIS; FORTE; OLIVEIRA, 2015). A pesquisa de prospecção de cenários vem se tornando um instrumento valoroso para a educação superior (RIECKMANN, 2012) nas IESs públicas e privadas do Brasil, pois contribui para a estratégia dos programas de pós-graduação, sobretudo para o planejamento estratégico (LINDGREN; BANDHOLD, 2003) alicerçado em uma investigação prospectiva de cenários/futuros prováveis/preferidos (HICKS; GIDLEY, 2012; ITHNIN et al., 2018).
O foco desta pesquisa, após ser realizado um levantamento da análise de cenários relacionados à área de educação, mas propriamente da pós-graduação, em especial do stricto sensu, constatou-se que poucos estudos investigaram a aplicação e o uso dos métodos de cenários no setor da educação superior (HEINZEN, 2015). Justifica-se, também, a realização deste estudo, ao entender, compreender e constatar que estudos nacionais, tais como os de Cenários, ainda são embrionários no contexto acadêmico internacional (HADDAD et al., 2017). A questão de pesquisa que orientou e norteou este estudo que foi: Quais os dendogramas dos clusters das estratégias dos programas de stricto sensu das Instituições de Ensino Superior do Brasil da área de administração pública e de empresas, ciências contábeis e turismo nos cenários prospectados para o período de 2019 a 2030? Versa-se assim o objetivo do estudo que foi identificar os clusters das estratégias à luz dos dendogramas dos programas de stricto sensu das Instituições de Ensino Superior do Brasil da área de administração pública e de empresas, ciências contábeis e turismo nos cenários prospectados para o período de 2019 a 2030.
Justifica-se a temporalidade de 12 anos em virtude deste abranger o período de três governos do Brasil (2019-2022, 2023-2026 e 2027-2030); e porque a horizontalidade de tempo do cenário, em média, pode ser de dez anos (SILVA, 2016). Justifica-se realizar esta pesquisa por ter constatado que o número de estudos sobre cenários ainda ser muito pequeno na literatura acadêmica nacional (CARLOS et al., 2002) e também internacional (PEREIRA et al., 2015), e, portanto, existe um espaço macro para a pesquisa acadêmica sobre o citado tema. Ademais, pesquisas futuras são importantes e necessárias para, por exemplo, se identificar como vem ocorrendo a utilização dos processos e métodos de prospecção de cenários nas organizações (MORITZ; NUNER; PEREIRA, 2008).
Entretanto, o debate e as discussões sobre estratégia de cenários precisam ser aprofundados na literatura academia nacional, e as diretrizes e iniciativas devem ser aprimoradas e implementadas já, de maneira a se promoverem os avanços necessários na intensificação e disseminação da qualidade da educação do Brasil de hoje e, principalmente, no cenário do amanhã, sobretudo na pós-graduação (MORITZ et al., 2013). Diante disso, ressalva-se outra justificativa para a concepção deste estudo que é o ambiente de intenso debate quanto ao papel e os escopos da pós-graduação no Brasil e da qualidade de suas propostas acadêmicas, em um instante em que se demandam programas de pós-graduação que respondam à grande variedade de desafios sociais, tecnológicos, políticos e ecológicos. Nesse contexto, é de grande importância e relevância refletir sobre as condições e contribuições atuais e o cenário futuro desejável para estas pós-graduações (MORITZ et al., 2013), em especial o stricto sensu.
Acredita-se que este estudo poderá suprir as demandas de um cenário melhor para os programas stricto sensu das IESs públicas e privadas do Brasil da área de Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo mediante a oferta das metodologias e das ferramentas que a literatura disponibiliza, além da identificação e realce dos eventos-chaves que possam ter elevado impacto na mencionada área do conhecimento. Em suma, pretende-se, assim, com esta pesquisa, oferecer uma contribuição para o Brasil chegar, o mais perto possível, dos cenários desejados (POLESI, 2006), para os Programas Stricto Sensu das IESs públicas e privadas da área de Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo. Como consequência disso, cabe proporcionar, a posteriori, ao Brasil um futuro economicamente dinâmico, socialmente justo, regulado por um regime democrático eficaz e substantivo e com inserção internacional coerente em especial na área de educação (POLESI, 2006).
2 CENÁRIO, ESTRATÉGIA E PÓS-GRADUAÇÃO BRASILEIRA
Prospecção remete à estratégia e essa estratégia é baseada em cenários (GODET, 2010). Diante disso, entende-se que o planejamento de cenários é uma ferramenta que é amplamente utilizado no planejamento estratégico (BOWMAN, 2016). Neste panorama, versa-se que a atitude prospectiva não espera pela alteração e depois reage, ela visa dominar a mudança esperada (preatividade) e induzir uma transformação desejada (proatividade). Preatividade é o que orienta todas as abordagens para futuros estudos, previsão, planejamento de cenários e prospecção. A proatividade é mais voluntarista, e visa trazer as modificações desejadas por meio do planejamento estratégico. O que se força a pensar: é importante repensar os problemas para avançar (GODET, 2010).
Posto isto, salienta-se que dentre os métodos desenvolvidos para assessorar o pensamento estratégico e prospectivo, a metodologia de cenários (SCHOEMAKER, 1995) contraiu uma particular popularidade, pois, de maneira geral, é visto como uma ferramenta útil para a análise prospectiva e, assim, um instrumento de auxílio ao processo decisório. O planejamento de cenários lida com o domínio do possível e do provável, ou seja, com o mundo da especulação, sendo, assim, importante para a prática crucial da gestão do pensamento estratégico em geral (ALIGICA, 2005).
Neste sentido, observa-se que, embora a metodologia de cenário que for estabelecida possa ser adequada em casos que as incertezas representam as várias condições novas, para situações mais turbulentas, é plausível evidenciar que essa metodologia deve ser modificada e esticada. Originalmente, aplicar certa causalidade e estrutura de consistência, na qual os atributos dos elementos de cenário escolhidos poderiam assumir (exclusivos) valores diferentes, estão inequivocamente relacionados uns com os outros na construção de cenários. Nisso, um cenário representa uma combinação de valores alternativos de algumas incertezas (POSTMA; LIEBL, 2005).
Entretanto, é notado que a metodologia de cenários, ainda é pouco estudada pelos autores da área de administração, sobretudo em estratégia (WALTER; BACH, 2013). O planejamento de cenário tornou-se importante como estratégia, independentemente do porte da empresa nos setores público, privado e terceiro setor nos últimos anos, podendo ser vista como uma metodologia útil e atraente na gestão estratégica (GOODWIN; WRIGHT, 2001), no contexto das redes inter e intraorganizacional (BOWMAN, 2016), pois, em um ambiente de rápida mudança, tal metodologia pode evitar as armadilhas de métodos mais tradicionais de gestão. Além disso, fornece um meio de abordar a incerteza sem recorrer ao uso de probabilidades subjetivas, que podem sofrer de sérias tendências cognitivas (GOODWIN; WRIGHT, 2001).
Em suma, um cenário é uma descrição de um possível futuro eleito pelos gestores (ITHNIN et al., 2018). O futuro é constituído por eventos de interesse, como mudança na estrutura de mercado, as reações de um concorrente, ou a promulgação de uma legislação reguladora. Assim, um cenário contém eventos organizados em temas. Estes temas são: otimista, pessimista e realista, sendo estes usados para identificar eventos significativos e atribuir para estes cenários (BLANNING; REINIG, 1998). Neste estudo, será utilizado o método de cenário trabalhado por Blanning e Reinig (1998). Estes pesquisadores proporcionam uma metodologia de cenário estruturado de cálculo das variáveis nos cenários estabelecidos, além de debaterem sua implementação mediante um estudo de caso.
As IESs podem, devem e precisam utilizar a metodologia de cenários, pois esta protege essas instituições, por meio da identificação de suas principais variáveis sociais, econômicas e estratégicas, vislumbrando seus prováveis futuros (MORITZ et al., 2013), preparando-as, com isso, para as diferentes possibilidades e probabilidades (GOODWIN; WRIGHT, 2001) de ocorrências futuras (MORITZ; NUNER; PEREIRA, 2008), dando-lhes condições para um processo decisório (MORAIS; FORTE; OLIVEIRA, 2015) e, consequentemente, para decisões mais estratégicas e proativas (GODET, 2010), com maior eficácia e, por conseguinte, tornando-as capazes à formulação de um planejamento estratégico organizacional coerente (LINDGREN; BANDHOLD, 2003), harmônico e com a imprescindível visão de futuro.
Moritz et al. (2013) formularam a seguinte questão de pesquisa: O que esperar da pós-graduação para 2020? A metodologia de cenário utilizada foi o método Delphi. Concluíram que o que se espera da pós-graduação para 2020 é que ela aja com uma mentalidade social fomentada, atenta às condições para aprendizagens expressivas e aos novos tempos humanos, em que estudo e trabalho são extensões que não se excluem, e os que nela atuam necessitam usar de suas competências para encontrar alternativas de modificação por meio de práticas inovadoras nos mestrados e doutorados, de tal forma que sua contribuição à qualificação consistente dos novos e diferentes contingentes profissionais, cujas divergentes demandas iniciam a colocar-se no presente, seja de fato importante para um renovado e inovador Brasil do futuro.
Neste contexto, ressalta-se que as universidades, governo e sociedade podem e devem empregar a metodologia de cenários, pois ela ampara essas instituições, identificando seus principais eventos sociais e econômicos futuros, preparando-as para as várias probabilidades de acontecimentos futuros, dando-lhes condições para decisão mais estratégicas e proativas, com maior eficácia e efetividade e, logo, tornando-as propensas à implementação e formulação de um planejamento estratégico apropriado, harmônico, flexível e com a imprescindível visão de prospecção de cenários futuros (MORITZ et al., 2013).
Entretanto, as investigações sobre a prospecção de cenários em universidades precisam ser aprofundadas na literatura academia nacional, e as diretrizes e iniciativas devem ser formuladas e implementadas já, de forma a se promoverem os avanços necessários, na ativação da qualidade da educação superior do Brasil de hoje, e, especialmente, no de amanhã (MORITZ et al., 2013), justificando, assim, a necessidade e a importância deste estudo para o alargamento, fomento, difusão e socialização do tema cenários em IES no contexto literário brasileiro, especialmente no panorama da pós-graduação stricto sensu (MACCARI et al., 2009; MACCARI; LIMA; RICCIO, 2009; MACCARI; RICCIO; MARTINS, 2013).
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Com o objetivo de identificar os clusters das estratégias à luz dos dendogramas dos programas de stricto sensu das Instituições de Ensino Superior do Brasil da área de administração pública e de empresas, ciências contábeis e turismo nos cenários prospectados para o período de 2019 a 2030. Este estudo prospectou os pareceres de gestores dos Programas de Stricto Sensu, embasada pela metodologia sugerida por Blanning e Reinig (1998). Entende-se, com isso, que, essa investigação é o tipo exploratória e descritiva. O universo deste estudo foram os Programas Stricto Sensu das Instituições de Ensino Superior Públicas e Privadas do Brasil da Área de Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo. Em razão de este universo contribuir para o aperfeiçoamento de cursos de doutorado e mestrado por meio do trabalho científico (MACCARI et al., 2009); e se verificar que a pós-graduação stricto sensu é um sucesso em termos de nações emergente, justifica-se, assim, focar este estudo neste universo de pesquisa.
Evidenciam-se que os Programas Stricto Sensu das Instituições de Ensino Superior Públicas e Privadas do Brasil da Área de Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo existentes e associados a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (ANPAD) fizeram parte do universo de estudo desta pesquisa. Versa-se que a amostra dos Programas Stricto Sensu das Instituições de Ensino Superior Públicas e Privadas do Brasil da Área de Administração para se realizar este estudo foi feita por acessibilidade. A amostra foi composta pelos Programas Associados a ANPAD, composto por 126 programas. A primeira etapa de coleta de dados da referida pesquisa, que ocorreu em meados de junho de 2017, foram as entrevistas com cinco peritos, todos doutores e vinculados a programas de pós-graduação stricto sensu da área de Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo.
Os mesmos foram selecionados mediante acessibilidade. Com estes cinco entrevistados iniciou-se a construção de uma lista de eventos, pois, estes peritos são sabedores de informações úteis, de observações e impressões importantes para esses eventos futuros (BLANNING; REINIG, 2002). Dando continuidade à construção dos eventos, uma listagem destes eventos foi enviada, por meio de perguntas, utilizando uma survey a 35 peritos, conseguindo uma devolutiva de 29 (ocorreu em meados de setembro de 2017), para que indicassem a probabilidade de ocorrência destes eventos e o quão favorável e pertinentes estes serão caso ocorra em uma linha graduada de zero a dez. Ressalva-se que os dados foram coletados mediante uma survey online, hospedada na plataforma Survey Monkey e distribuída por diversas mídias para os 35 peritos. A survey foi conduzida de forma que o respondente deliberadamente respondia ao questionário.
Aplicou-se o questionário de acordo com o método de sugerido por Blanning e Reinig (1998). Salienta-se que, no que tange a estrutura do questionário, foi embasado e norteado nos conceitos de pertinência (MARCIAL; GRUMBACH, 2002) e de favorabilidade e probabilidade (BLANNING; REINIG, 1998). Com isso, em relação à pertinência, os peritos aferiram em uma escala tipo Likert de zero a cinco, em que (zero = sem influência; um = muito pouca influência; dois = pouca influência; três = razoável influência; quatro = forte influência; e cinco = extrema influência). De maneira geral, os peritos focaram sobre a pertinência da ocorrência ou não de algum evento na construção dos cenários, sendo o critério pertinência (importância) livre da possibilidade de ocorrência deste evento ou não (MARCIAL; GRUMBACH, 2002).
No que se refere à favorabilidade, que versa sobre o quanto o evento é aderente para a construção dos cenários. Com isso, para esse critério, foi utilizada a escala (zero a 100%, com intervalos de 10% em 10%). Para o discernimento da perspectiva de ocorrência das variáveis na construção dos cenários, também foi utilizada a escala de zero a 100%, com intervalos de 10% em 10% (BLANNING; REINIG, 1998). Logo em seguida, foi realizada a construção de uma matriz de eventos, colocando no eixo horizontal as expectativas de ocorrência destes eventos (P) e, no eixo vertical, o quanto cada evento é apto ou contrário (F) para as instituições que estão sendo desenvolvidas as análises (BLANNING; REINIG, 1998).
Ressalta-se que o processo de filtragem dos eventos foi feito por meio das seguintes ações: (i) cinco especialistas indicaram admissíveis e possíveis eventos; (ii) uma survey a 29 peritos; e (iii) busca na literatura científica destes eventos (MACCARI et al., 2009; MACCARI; LIMA; RICCIO, 2009; MACCARI; RICCIO; MARTINS, 2013; MORITZ et al., 2013; MORITZ; NUNER; PEREIRA, 2008; SOUSA; FORTE; OLIVEIRA, 2012). Foi feito uma consolidação destes eventos, evitando assim duplicidade e ou redundância destes, surgindo com isso 14 eventos (Quadro 1).
Fonte: Dados da pesquisa
Para se conseguir responder e alcançar a questão de pesquisa e o objetivo deste estudo, foi realizada uma outra survey. A survey foi administrada de maneira que o respondente deliberadamente respondia ao questionário. Os procedimentos estatísticos adotados foram realizados no ambiente de software SPSS v. 023 e no Excel 2016.
Ao todo, 41 respondentes formaram a amostra dos dados. Enfatizando que as 41 respostas foram entregues, todas elas em meados de dezembro de 2017. Este estudo utilizou técnicas estatísticas, tais como estatística descritiva. Ao todo, 47 estratégias (Quadro 2) foram submetidas à avaliação dos respondentes, cada uma sendo avaliada em três cenários: pessimista, realista e otimista.
As estratégias foram redigidas sob afirmações e avaliadas em uma escala likert de zero a cinco. Ressaltam-se que as citadas estratégias foram elencadas e organizadas por meio das suas respectivas posturas mediante uma revisão da literatura, utilizando estudos, sobretudo, de artigos publicados em revistas científicas (MACCARI et al., 2009; MACCARI; LIMA; RICCIO, 2009; MACCARI; RICCIO; MARTINS, 2013; MORITZ et al., 2013; MORITZ; NUNER; PEREIRA, 2008; SOUSA; FORTE; OLIVEIRA, 2012).
Quadro 2: Estratégias competitivas
Continua........
Fonte: Dados da pesquisa
Após a análise descritiva dos dados, indicando quais as estratégias mais prováveis de serem utilizadas em cada cenário, foi utilizada a análise de conglomerados. A partir da análise do planejamento de aglomeração e do dendograma (MANSILHA et al., 2018), foi possível comprovar, de forma exploratória, que a utilização de três clusters é compatível para agrupar as estratégias. Os dendogramas dos clusters das estratégias são apresentados nas Figuras 1, 2, 3 e 4. Percebe-se que a maior parte da área pode ser cortada transversalmente, atingindo três retas, e assim, compreende-se de forma exploratória que três cenários são capazes de representar bem as estratégias estudadas.
Os dendogramas são apresentados com os eixos X (que apresenta as distâncias euclidiana de um item até outro numa escala de 0 a 25) Y (Estratégias). É importante aqui um adendo para informar que a distância euclidiana, é a distância entre dois pontos, cuja localização é especificada mediante coordenadas cartesianas, sendo usada com o propósito de realizar os agrupamentos (LUCENA; PINTO; LACHTERMACHER, 2010; MACIEL; HOCAYEN-DA-SILVA; CASTRO, 2008) entre os respondentes e das estratégias evidenciadas neste estudo.
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
4.1 Dendograma dos clusters das estratégias no cenário otimista
Os dendogramas das estratégias para cada cenário podem ser visualizados nas Figuras 1, 2, 3 e 4. Os resultados mostram ser semelhantes em todos os cenários. A combinação de cluster de distância entre a escala 20 e 25 é o trecho onde o recorte indica a formação de dois clusters para cada cenário. Um cluster com mais estratégias e outro cluster com o restante das estratégias. Em todos os cenários (otimista, realista e pessimista), esse comportamento é notado. Pode ser inferido que, mesmo dentro dos cenários, há a formação de clusters, indicando diferentes opiniões dentro dos cenários. No entanto, em poucas estratégias, essa diferença de opinião é percebida, visto que em todos os cenários há um grupo ou cluster bem maior do que o segundo grupo.
Diante disso, e ao analisar a Figura 1, constata-se o aparecimento de dois clusters das 47 estratégias competitivas para o cenário otimista. O primeiro, está entre as estratégias 21 e 5 (totalizando 31 estratégias), e o segundo, localiza-se entre as estratégias 6 e 12 (somando 16 estratégias). Com isso, percebe-se um ameno equilíbrio entre os dois agrupamentos das estratégias para o cenário otimista. Tal panorama pode ser explicado, pois o cenário otimista para este estudo pode ser composto por estratégias que acomodam alta perspectiva de ocorrência e que são muito aderentes para os programas de pós-graduação ora analisados neste estudo. Posto isto, é preponderante que os programas de stricto sensu objeto de estudo procurem formular, adotar e implementar estratégias competitivas para futuros cenários otimista para sustentar ou conseguir as notas de excelência da CAPES.
Sendo que tal ação, poderá influenciar no maior incentivo a publicação de qualidade, auxiliado, embasado e orientado por um corpo professores/pesquisadores de alto desempenho, sendo isto visto como recurso estratégico ímpar e que gera vantagem competitiva sustentável, fazendo surgir, a posteriori, recursos estratégicos valiosos, raros, de difícil ou demorada imitação e substituição, fazendo com que os programas em análise tornem-se bem administrados no âmbito nacional e, quiçá no contexto internacional, propiciando com isso que os programas alcancem a internacionalização (MORITZ et al., 2013; CAPES, 2016).
Figura 1: Dendograma das estratégias competitivas para o cenário otimista
Fonte: Dados da pesquisa
* Eixo X - apresenta as distâncias euclidiana de um item até outro numa escala de 0 a 25; e Eixo Y – apresentam as estratégias competitivas
**A numeração correspondente à estratégia é análoga a ordem das variáveis apresentadas no Quadro 2
4.2 Dendograma dos clusters das estratégias no cenário realista
Ao analisar o dendograma das estratégias do cenário realista, observa-se que este é o que apresenta o segundo menor cluster se comparado aos demais cenários, otimista e pessimista. O primeiro agrupamento vai da estratégia 11 a 7 (somando 36 estratégias) e o segundo agrupamento é composto por 11 estratégias, iniciando em 29 e finalizando em dois. Observa-se com isso uma disparidade de opiniões no que tange as estratégias para o cenário realista.
Este achado pode ser esclarecido em consequência de que o cenário realista é constituído por estratégias com elevada expectativa de ocorrência, podendo com isso ser essenciais para os programas de pós-graduação ora analisados. Diante disso, e devido ao número de 47 estratégias competitivas elencadas para este estudo, resultou num certo desequilíbrio entre os clusters apresentados na Figura 2.
Figura 2: Dendograma das estratégias competitivas para o cenário realista
Fonte: Dados da pesquisa
* Eixo X - apresenta as distâncias euclidiana de um item até outro numa escala de 0 a 25; e Eixo Y – apresentam as estratégias competitivas
**A numeração correspondente à estratégia é análoga a ordem das variáveis apresentadas no Quadro 2
Contudo, é importante salientar que as estratégias escolhidas como as mais potencialmente favoráveis para o cenário realista para os programas de pós-graduação stricto sensu em análise poderão ser estimulantes e facilitadoras para a formação de novos docentes/pesquisadores, contribuindo, com isso, para o desenvolvimento de pesquisas científicas de qualidade, incitando a ascensão da internacionalização dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu objeto de estudo.
4.3 Dendograma dos clusters das estratégias no cenário pessimista
Ao tentar identificar as pequenas diferenças entre os dendogramas das estratégias de cada cenário, é perceptível que há maior divergência de opiniões quando se trata do cenário pessimista. O menor cluster dos dois presentes nesse cenário, é o maior se comparado ao segundo cluster dos outros dois cenários. Com isso, é possível afirmar que houve maior divergência de opiniões entre os respondentes no que tange as estratégias de cada cenário nessa ordem: pessimista, realista e otimista.
Figura 3: Dendograma das estratégias competitivas para o cenário pessimista
Fonte: Dados da pesquisa
* Eixo X - apresenta as distâncias euclidiana de um item até outro numa escala de 0 a 25; e Eixo Y – apresentam as estratégias competitivas
**A numeração correspondente à estratégia é análoga a ordem das variáveis apresentadas no Quadro 2
Tal fato pode ser explicado ao entender que o cenário pessimista é mesclado por eventos que expõem médias e elevadas perspectivas de virem a acontecer e que não são favoráveis para os programas ora analisados, influenciando, com isso, nas distorções de opiniões entre os respondentes no que se refere as estratégias competitivas, como pode ser visualizado na Figura 3.
4.4 Dendograma dos clusters das estratégias nos cenários otimista, realista e pessimista
E, por fim, evidenciam-se, por meio dos dendogramas (representação gráfica dos clusters) (MACIEL; HOCAYEN-DA-SILVA; CASTRO, 2008), os três clusters em conjunto das estratégias competitivas para os cenários otimista, realista e pessimista (Figura 4).
Figura 4: Dendograma das estratégias competitivas dos três cenários em conjunto
Fonte: Dados da pesquisa
* Eixo X - apresenta as distâncias euclidianas de um item até outro numa escala de 0 a 25; e Eixo Y – apresentam as estratégias competitivas
**A numeração correspondente à estratégia é análoga a ordem das variáveis apresentadas no Quadro 2
Antes de tudo, é interessante reiterar e reforçar que a Figura 4 manifesta em seu bojo 141 estratégias [três cenários: otimista, realista e pessimista (47 estratégias para cada cenário)]. Sendo assim, a Figura 4 evidencia o surgimento de dois clusters, o primeiro, está entre as estratégias de número 36 e 86; e o segundo, entre as estratégias de número 37 e 121. Em suma, e de certa forma, vislumbra uma análoga coerência de opiniões dos respondentes no enfoque das estratégias competitivas, ou seja, entre os dendogramas das estratégias dos cenários otimista, realista e pessimista e o dendograma das estratégias dos três cenários em conjunto.
5 CONCLUSÃO
O objetivo deste estudo foi identificar os clusters das estratégias à luz dos dendogramas dos programas de stricto sensu das Instituições de Ensino Superior do Brasil da área de administração pública e de empresas, ciências contábeis e turismo nos cenários prospectados para o período de 2019 a 2030. Metodologicamente utilizou-se o método de cenários sugerida por Blanning e Reinig (1998).
No que se refere aos dendogramas das estratégias por cenário (otimista, realista e pessimista), foi verificado a partir da análise de cluster hierárquica, se há formação de grupos das estratégias em cada cenário. Os resultados foram divididos para cada cenário, com foco no agrupamento de estratégias. Os resultados podem ser verificados nas Figuras 1, 2 e 3. Os achados demonstram que, nos cenários otimista e realista, há a formação de dois grupos de estratégias. Estes resultados indicam que há estratégias de maior aceitação em cada cenário, mas em todos os cenários, existe pelo menos um grupo representativo de estratégias com menor aceitação dos respondentes. No cenário pessimista, representado pela Figura 3, o dendograma indica a formação de três grupos de estratégias. Os grupos menores são formados por nove e seis estratégias, respectivamente.
Conclui-se que os cenários prospectados neste estudo, definiram e estabeleceram estratégias competitivas para os cenários otimista, realista e pessimista (BLANNING; REINIG, 1998) para os programas de pós-graduação stricto sensu da área de administração, ciências contábeis e turismo para o período de 2019 a 2030, contribuindo para melhor entender e compreender a prospecção de cenários no ensino superior brasileiro, sobretudo no stricto sensu, trazendo, em seu bojo, algumas estratégias, que, de acordo com propósitos diferentes, podem ajudar tais programas em suas respectivas continuidades e na criação de vantagem competitiva no mercado.
Outra conclusão plausível para este estudo é constatar que, apesar dos cenários alternativos, os programas de pós-graduação stricto sensu terão para o futuro (MORITZ et al., 2013), munidos de estratégias competitivas, estes deverão estar sempre harmonicamente e intrinsicamente ligados ao mercado, a sociedade, buscando com isso, se adequar as imprevisibilidades e aos riscos (GODET, 2000) que sempre alicerçaram e nortearam a gestão destes programas, buscando assim criar vantagem competitiva sustentável, mediante seus processos internos que geram valor acadêmico e de pesquisa (RIECKMANN, 2012), alargando e robustecendo seus resultados e a continuidade destes respectivos programas analisados neste estudo.
Salienta-se também que a aplicação da metodologia de cenários prospectivos viabiliza a criação de estratégias que irão promover e agilizar os caminhos mais prováveis, possibilitando com isso o avanço do conhecimento sobre o tema em análise, promovendo a construção de caminhos possíveis para a superação de cenários adversos (POSTMA; LIEBL, 2005) e a melhoria das políticas e dos processos dos programas de pós-graduação stricto sensu, norteada por suas respectivas IESs, mediante uma melhor orientação aos gestores destas IESs, refletindo as iniciativas necessárias durante o processo de implementação e formação das estratégias mais prováveis de acordo e à luz dos cenários prospectados e alternativos deste estudo (GOODWIN; WRIGHT, 2001).
Outra contribuição que este estudo traz para a literatura científica da área é trazer em pauta um alargado e robusto número de estratégias que poderão viabilizar contribuições importantes para as IESs e seus respectivos programas de pós-graduação stricto sensu da área de administração, contabilidade e turismo em cenários de incertezas (POSTMA; LIEBL, 2005) e desafios em decorrência da competitividade, perseguindo e alçando a posteriori melhores níveis de performance organizacional.
De maneira geral, o que se espera dos programas de pós-graduação stricto sensu no Brasil para 2030 é que ela aja com uma consciência estratégica alargada e robusta, atentando às condições para performar a aprendizagem humana do futuro, por meio de uma atuação mais pujante e conjunta dos docentes(pesquisadores)/discentes/gestores/instituições contribuindo para o fomento da qualidade da pesquisa nos mestrados e doutorados, e, concomitantemente, colaborando diretamente na qualificação sólida de novos e diferentes egressos, impactando em uma maior inserção social, cooperação interinstitucional e crescimento da qualidade da produção científica do conhecimento da área em análise neste estudo.
Como limitação do estudo, enfatiza-se o longo período de espera para concluir a última etapa de coleta de dados, porém tal entrave não causou prejuízo no que concerne a responder e a alcançar a questão e o objetivo da pesquisa, respectivamente. Segue adiante algumas sugestões para estudos futuros: (i) replicar o referido estudo, abarcando, não somente a área de administração pública e de empresas, ciências contábeis e turismo, mas também, outros campos do saber; (ii) contrapor o citado estudo, agora, ampliando o foco para o exterior, e, consequentemente e a posteriori, vislumbrar análises comparativas entre o âmbito nacional e o internacional; e (iii) complementar o mencionado estudo, agora, robustecendo a análise, mediante uma pesquisa qualitativa, buscando, com isso, melhor entender o uso de possíveis estratégias mais realçadas nesta pesquisa, podendo, usar os métodos de grupo focal e ground theory.
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