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Inovação, produtividade e sustentabilidade: reflexões a partir do Programa Brasil Mais Produtivo na Região Sul do Brasil

Innovation, productivity and sustainability: reflections from the Programa Brasil Mais Produtivo in the Região Sul of Brazil

Leandro Hupalo1 e Levi Hülse2

1 Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP), Brasil, Mestrado em Educação,

e-mail: leandrohupalo.lh@gmail.com, ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8914-577X

2 Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP), Brasil, Doutorado em Ciência Jurídica,

e-mail:levi@uniarp.edu.br, ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9974-6325

Recebido em: 16/01/2024 - Revisado em: 10/03/2024 - Aprovado em: 14/03/2024 - Disponível em: 31/03/2024

Resumo

O estudo investigou a relevância das práticas sustentáveis para a produtividade de empresas da Região Sul do Brasil participantes do Programa Brasil Mais Produtividade. Seu objetivo principal foi identificar essa importância atribuída pelas empresas analisando dados de empresas nos setores de comércio, serviços, indústria, agropecuária e construção civil considerando o período de julho de 2022 a junho de 2023. Possui abordagem predominante quantitativa, natureza aplicada, descritivo quanto aos objetivos e de levantamento em relação aos procedimentos. Foram analisados dados gerenciais internos do Sebrae a partir da ferramenta Radar da Inovação para medir a maturidade em inovação das empresas e sua relação com práticas sustentáveis. Aponta para uma evolução nos indicadores de inovação, controles gerenciais e práticas sustentáveis, porém, com baixa priorização destas últimas. Aumentos expressivos na produtividade foram associados à redução de custos variáveis e ao crescimento do faturamento, embora setores ainda enfrentem desafios nesse aspecto.

Palavras-Chave: Práticas sustentáveis. Empresas. Programa Brasil Mais. Produtividade. Indicadores.

ABSTRACT

The study investigated the relevance of sustainable practices for the productivity of companies in the Southern Region of Brazil participating in the Brazil More Productivity Program. Its main objective was to identify this importance attributed by companies by analyzing data from businesses in the sectors of commerce, services, industry, agriculture, and construction, considering the period from July 2022 to June 2023. Has a predominantly quantitative approach, applied nature, descriptive regarding objectives, and survey in relation to procedures. Internal managerial data from Sebrae were analyzed using the Innovation Radar tool to measure the innovation maturity of companies and its relationship with sustainable practices. Indicates an evolution in innovation indicators, managerial controls, and sustainable practices, albeit with low prioritization of the latter. Significant increases in productivity were associated with the reduction of variable costs and revenue growth, although sectors still face challenges in this regard.

Keywords: Sustainable practices. Companies. Programa Brasil Mais. Productivity. Indicators.

1 INTRODUÇÃO

Na era da informação, a sustentabilidade emerge como um imperativo social. Empresas enfrentam o desafio de equilibrar eficiência de recursos e demandas do mercado, enquanto mantêm responsabilidade econômica, social e ambiental. Pressionadas por expectativas sociais e regulatórias, buscam produzir de forma mais sustentável, preservando a competitividade e contribuindo para empregos e impostos.

O Programa Brasil Mais Produtividade do Governo Federal apoia essas iniciativas, oferecendo soluções para gestão, inovação e redução de desperdícios. Assim, empresas são incentivadas a adotar práticas que promovam a sustentabilidade, essenciais para garantir um futuro próspero para as próximas gerações (Sebrae, 2023).

As empresas, principalmente pequenas e médias, têm investido na criação de ambientes mais colaborativos e criativos, a fim de absorver o melhor de cada colaborador, se beneficiando com o aumento da capacidade de cooperação, além de profissionais mais motivados a crescer e inovar. Tendo como base os conceitos apresentados, o presente estudo tem como pergunta norteadora: Qual a importância atribuída pelas empresas da Região Sul participantes do Programa Brasil Mais Produtividade às práticas sustentáveis para o aumento da produtividade?

Para responder à pergunta definiu-se como objetivo principal identificar a importância atribuída pelas empresas da Região Sul participantes do Programa Brasil Mais Produtividade às práticas sustentáveis para o aumento da produtividade. O estudo tem ainda como objetivos específicos: a) caracterizar o Programa Brasil Mais Produtividade; b) apresentar o perfil das empresas participantes do estudo e os indicadores do radar da Inovação e; c) relacionar a variação do indicador produtividade com as soluções implantadas pelas empresas.

Desta forma, o estudo justifica-se pela possibilidade de elevar competitividade das empresas dos segmentos atendidos pelo Sebrae, que dispõe de ferramentas de gestão e acompanhamento através dos Agentes Locais de Inovação (ALIs) vinculados ao Programa Brasil Mais Produtividade, sobretudo em empresas de pequeno e médio porte.

O presente estudo é divido em cinco seções. A introdução apresenta a pergunta norteadora do estudo, os objetivos e a justificativa, além de uma contextualização do cenário do tema estudado. Na sequência, apresentam-se o referencial teórico, os procedimentos metodológicos adotados no estudo e a análise e a discussão dos resultados e os impactos das principais ações implementadas pelas empresas acompanhadas. Por fim, são apresentadas as considerações finais do estudo.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O termo sustentabilidade tem sido objeto de inúmeras discussões, sem alcançar um consenso definitivo. Originário do latim sustentare, o verbo “sustentabilidade” simboliza a ação de defender, favorecer, apoiar, conservar ou cuidar. Nos dicionários, é conceituado como a capacidade de sustentar ou apoiar uma ou mais condições (Oliveira et al., 2017).

Existem estudos que consideram os termos sustentabilidade e desenvolvimento sustentável como sinônimos, enquanto outros os veem como distintos (Feil; Schreiber, 2017). Portanto, compreender a sustentabilidade em um sentido amplo demanda sua análise em múltiplas dimensões, variáveis de acordo com o estudo, relatório ou trabalho acadêmico, bem como com a aplicação pretendida (De Benedicto et al., 2020).

Sachs (2002) identifica oito pilares fundamentais que compõem o conceito de sustentabilidade: social, cultural, ecológico, ambiental, territorial, econômico, político-nacional e político-internacional. Contudo, Feil e Schreiber (2017) demonstram que essa não é a única maneira de compreender a concepção de sustentabilidade e suas respectivas dimensões.

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, resultante de negociações encerradas em setembro de 2015, estabeleceu os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), também conhecidos como Objetivos Globais. Tal documento representa um plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade. Os ODS substituíram e atualizaram os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, visando guiar políticas nacionais e atividades de cooperação internacional até 2030 (Nações Unidas Brasil, 2015).

Os ODS não devem ser compreendidos como partes isoladas, mas sim como ferramentas complementares, integradas e sistematizadas para abordar problemas complexos, que exigem diversas perspectivas (Sugahara et al., 2022). A Agenda 2030 destaca cinco elementos-chave, conhecidos como “5 P’s da Agenda 2030”: Planeta, Pessoas, Prosperidade, Paz e Parceria (Rosati; Faria, 2019). Os três primeiros pilares demonstram as dimensões ambientais, sociais e econômicas da sustentabilidade, enquanto os dois últimos realçam as dimensões políticas e institucionais que guiam a eficácia da governança da agenda global.

No contexto organizacional, a consultoria britânica SustainAbility desenvolveu, na década de 1990, a ideia da “tríplice linha de base”, conhecida como “tripé da sustentabilidade”. Este modelo de mudança social propõe a integração entre as dimensões ambiental, social e econômica como fundamentos da sustentabilidade (Ipiranga et al., 2011; Loviscek, 2020). Para o Sebrae (2023), o tripé da sustentabilidade não busca apenas atender às demandas dos clientes e regulamentações governamentais, mas garantir vantagem competitiva em busca de espaço de destaque no cenário corporativo.

Quadro 1 – Os pilares da sustentabilidade empresarial

Fonte: adaptado de Amorin (2009).

Elkington (1999) define a sustentabilidade como um modelo de gestão cujo objetivo principal é o retorno financeiro para os acionistas, aliado ao desenvolvimento social e à proteção dos recursos naturais. Apesar de críticas recebidas por sua rápida adoção, inclusive por corporações multinacionais sem histórico consistente de práticas ambientais, segundo Loviscek (2020), o modelo não é invalidado como uma maneira de implementar práticas consistentes com o desenvolvimento sustentável (Barbieri, 2020).

A dimensão econômica da sustentabilidade está relacionada ao lucro da empresa. A abordagem dessa dimensão demanda uma busca de sustentabilidade econômica a longo prazo. Portanto, é necessário avaliar os impactos da organização nas condições econômicas de seus stakeholders e nos sistemas econômicos locais, nacionais e globais. A dimensão ambiental está associada aos impactos da organização nos sistemas naturais vivos e não vivos, incluindo ecossistemas, terra, ar e água (Elkington, 2018).

As abordagens principais da dimensão social permeiam a qualidade de vida e o bem-estar humano. Visam garantir que todas as pessoas tenham condições iguais de acesso a bens e serviços de qualidade para uma vida digna, baseada no desenvolvimento para a expansão de liberdades substantivas (Elkington, 2018; Sen, 2010).

Dentro da nova agenda de desenvolvimento sustentável, as empresas e a sociedade civil adquirem um papel fundamental para o sucesso dos objetivos e metas propostos. A Agenda 2030 ressalta a participação empresarial na promoção de mudanças para padrões de consumo e produção não sustentáveis, na mobilização de recursos financeiros e na transferência de tecnologias ecologicamente corretas para países em desenvolvimento, além de impulsionar a produtividade, o crescimento econômico inclusivo e a criação de empregos (Nações Unidas Brasil, 2015).

As empresas precisam ter uma responsabilidade que vai além de oferecer produtos aos consumidores e pagar salários aos funcionários (Silva, 2021). É necessário preservar o meio ambiente e gerar bem-estar e qualidade de vida para as pessoas. No entanto, isso depende de informações precisas e técnicas, considerando que os gestores necessitam de parâmetros para suas ações, a fim de visualizar um horizonte de ação confiável em relação à realidade (Silva; Siena, 2020).

Para alcançar os objetivos e metas da Agenda 2030, é necessário um esforço coordenado não apenas nos níveis governamentais, mas também na iniciativa privada, em ONGs e em toda a sociedade brasileira (Roma, 2019). Nesse sentido, a cooperação contribuirá para alcançar o potencial da agenda global, induzindo o desenvolvimento sustentável e conquistando os benefícios desejados pela sociedade.

No contexto das organizações, debates e práticas sustentáveis estão presentes no cotidiano de muitas delas. Além da sustentabilidade financeira tradicional, muitos gestores têm realizado ações focadas na diversidade, responsabilidade social, direitos humanos, transparência e ética, com ênfase em posturas éticas, promoção e estímulo à participação em projetos sociais e ambientais, entre outras ações (Dias; Marques, 2017).

Empresas investem em uma cultura sustentável e socialmente responsável, impulsionadas por um compromisso real com agendas sociais e ambientais, indo além de um simples marketing superficial. Considerando este ponto de vista, muitas empresas são responsáveis porque acreditam que devem sê-lo, não porque outros as demandam a ser (Baraibar-Diez; Sotorrío, 2018). Assim, a aparente contradição entre sustentabilidade e o mundo corporativo cede lugar à necessidade de ambos caminharem juntos para construir uma sociedade igualitária, inovadora e desenvolvida, gerando oportunidades e prosperidade, dentro do quadro de uma economia descentralizada em que os mercados desempenham um papel decisivo, mesmo que não exclusivo (Abramovay, 2012).

É inegável a relação entre sustentabilidade e desempenho organizacional. A ausência de efetividade da sustentabilidade pode até mesmo ameaçar a perpetuidade das atividades de uma empresa no mercado (Dias; Marques, 2017). Portanto, o monitoramento das iniciativas das organizações e sua contribuição para um mundo mais sustentável torna-se relevante.

O uso de indicadores de sustentabilidade é fundamental, pois é por meio deles que as equipes de gestão podem se situar tanto na fase inicial do processo quanto no final do ciclo (Fahy; Rau, 2013). Termos como “metas” e “objetivos” costumam ser indicadores qualitativos e quantitativos que direcionam o trabalho e os recursos, indicando uma direção a ser seguida (Mariosa et al., 2019).

Os Fatores Críticos de Sucesso (FCS) são indicadores essenciais para diferentes níveis de uma organização, conforma apontam Schaefer et al. (2022). Rockart (1978) define esse modelo como ferramentas para identificar informações necessárias para o sucesso das atividades, garantindo resultados favoráveis que asseguram o desempenho competitivo de indivíduos, departamentos ou organizações.

Identificar os FCS é fundamental para a gestão de uma organização. Ao apontar os FCS, áreas ou atividades que merecem a concentração de recursos auxiliam no planejamento e, portanto, na gestão bem-sucedida da organização. Esses fatores contribuem para “melhorar mapas mentais e ajudar a definir habilidades, tecnologias e conhecimentos essenciais para alcançar um desempenho melhor” (Lima et al., 2012, p. 250).

Em muitas indústrias, normalmente há de três a seis fatores que determinam o sucesso e as principais atividades devem ser realizadas de maneira a contribuir para o alcance desse sucesso (Banales; Adam, 2007). Desta forma, os FCS emergem como um poderoso framework no contexto organizacional, podendo significativamente auxiliar na gestão de projetos (Martuchelli; Goldman, 2019; Rodriguez Serna et al., 2022).

Embora a área da sustentabilidade – com um foco na sustentabilidade organizacional – tenha uma produção científica relevante e aumentado sua participação nas atividades empresariais e na sociedade, ainda há necessidade de abordagens que apontem para os FCS como instrumentos que impulsionarão o desempenho das organizações (Silveira et al., 2022).

3 METODOLOGIA

O estudo caracteriza-se por uma abordagem predominantemente quantitativa. Para Fonseca (2002), a pesquisa quantitativa se centra na objetividade, pois, ao ser influenciada pelo positivismo considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa caracteriza-se, ainda, como aplicada com objetivos para a aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos que envolvem verdades e interesses locais (Gerhadt; Silveira, 2009).

No que se refere aos objetivos a pesquisa caracteriza-se como descritiva. De acordo com Triviños (1987), este tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade, exigindo do pesquisador uma série de informações sobre o que se deseja pesquisar. Em relação aos procedimentos, a pesquisa caracteriza-se como de levantamento, geralmente utilizado em estudos exploratórios e descritivos. Segundo Fonseca (2002), através da pesquisa de levantamento obtém-se dados agrupados em tabelas que possibilitam uma riqueza na análise estatística.

Os dados que originaram as análises foram obtidos através de relatórios gerenciais internos do Sebrae Nacional obtidos a partir da solicitação à Coordenação Estadual do Programa Brasil Mais de Santa Catarina referentes aos Ciclos 1 e 2 do Programa Brasil Mais Produtividade realizado entre julho de 2022 e junho de 2023 nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, compreendendo a Região Sul do Brasil. Os dados foram coletados a partir das ações de acompanhamento às empresas participantes do programa realizadas pelos Agentes Locais de Inovação.

Como categorias de análise utilizadas no estudo considerou-se: (a) as empresas participantes dos Ciclos 1 e 2; (b) as empresas enquadradas como Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) e; (c) as empresas não desistentes, ou seja, que realizaram as medições inicial e final do radar da Inovação tendo participado de todas as etapas do Programa Brasil Mais Produtividade. Nesse sentido, considerou-se para o estudo 5.042 empresas distribuídas nos setores da agropecuária, comércio, construção civil, indústria e serviços.

Para a análise dos resultados relacionados à sustentabilidade das empresas foi utilizado o Radar da Inovação, sendo este um instrumento que tem o objetivo de medir a maturidade no grau de inovação das Micro e Pequenas empresas, com base em alguns fatores que visam à competitividade (Carvalho et al., 2016). Essa ferramenta é utilizada pelos Agentes Locais de Inovação para realizar a medição na maturidade das empresas atendidas pelo Programa Brasil mais Produtividade, com o intuito de identificar as reais necessidades da empresa quanto a inovação, e assim, elaborar um plano de ação com sugestões práticas para a empresa com soluções inovadoras. Para o tratamento dos dados foram utilizadas ferramentas de planilhas eletrônicas através de estatística descritiva.

4 RESULTADOS

Nesta subseção serão apresentados o Programa Brasil Mais Produtividade e sua metodologia no âmbito nacional, os resultados do programa nos Ciclos 1 e 2 em relação as medições inicial e final da dimensão sustentabilidade e os resultados relacionados ao aumento do indicador produtividade das empresas a partir do acompanhamento dos Agentes Locais de Inovação, conforme os objetivos específicos definidos para este estudo.

4.1 O Programa Brasil Mais Produtividade

O Programa Brasil Mais, uma iniciativa conjunta do Ministério da Economia (ME) em colaboração com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), tem como objetivo fundamental elevar a competitividade e a eficiência das empresas brasileiras. Para alcançar esse fim, foca em implementar melhorias rápidas, de alto impacto e baixo custo, visando à gestão eficaz, inovação de processos e redução de desperdícios para microempresas (MEs) e empresas de pequeno porte (EPPs) (Krumenauer; Hupalo, 2022)

Nesse contexto de transformação digital, o Programa Brasil Mais evoluiu a partir dos êxitos do programa Brasil Mais Produtivo e expandiu sua atuação, contando com a expertise, estrutura e abrangência do Senai e Sebrae. A meta é atender até 120 mil empresas até dezembro de 2022, como parte de uma estratégia mais ampla para modernizar o setor produtivo (Sebrae, 2020).

A iniciativa busca aprimorar as competências gerenciais das empresas, desenvolvendo habilidades como percepção, pensamento crítico, planejamento a curto e longo prazo, liderança, controle, capacidade decisória, reorganização produtiva, estabelecimento de uma cultura de melhoria contínua e identificação de oportunidades de investimento. Isso ocorre por meio do desenvolvimento de capacidades de gestão em áreas cruciais para o bom funcionamento das empresas, abrangendo gestão de desempenho, indicadores, operações, vendas, qualidade, estratégia, produção, capital humano, digitalização, entre outras (Gasser, 2020).

As atividades do Programa Brasil Mais foram retomadas em outubro de 2020, visando impulsionar a produtividade e competitividade das empresas em meio ao cenário de transformação digital, após uma pausa causada pela pandemia. Dirigido aos setores da indústria, comércio e serviços, o programa proporciona ferramentas para aprimorar a gestão e inovar processos, embasando-se nas melhores práticas globais (Hupalo, 2022).

Essa iniciativa tem como foco principal a elevação da produtividade das empresas, aprimorando suas competências gerenciais e digitais por meio de intervenções rápidas e acessíveis. Desde conteúdos digitais na plataforma do programa até assistência direta, o Brasil Mais atende empresas de diversos setores, incluindo comércio, serviços e indústria (Sebrae, 2020).

A metodologia adotada se desdobra ao longo de seis meses, com o Agente Local de Inovação (ALI) mantendo contato com os empresários inscritos e qualificados para atendimento. Durante esse período, é aplicada uma metodologia específica do programa, focalizada na identificação e solução dos problemas empresariais por meio da aplicação de ferramentas de gestão. Segundo Vanucci, Ferreira e Da Silva (2023), os motivos de maior relevância relacionados à mortalidade das empresas estão relacionados à gestão empresarial exercida na empresa e à forma como são conduzidas as ferramentas de gestão nas organizações.

4.2 Perfil das empresas

Entre as empresas analisadas a maioria concentra-se em Santa Catarina (53,61%), seguido do Rio Grande do Sul (27,57%) e do Paraná (18,82%). Ao todo, 175 ALIs realizaram o trabalho de campo de acompanhamento das empresas encontrando um problema e propondo uma solução aos empresários durante cada ciclo. Em relação aos ciclos, 2.338 empresas participaram do Ciclo 1 e 2.704 do Ciclo 2, apresentando um aumento de 15,65% de atendimentos entre o 2° semestre de 2022 e o 2° semestre de 2023. Em média, cada ALI atendeu 28,81 empresas durante o período analisado, com destaque para Santa Catarina, com uma média de 31,80 atendimentos.

Uma das características do Programa Brasil Mais Produtividade é atender pequenos e médio empresários, independentemente região onde se encontra em cada estado e da natureza de seu negócio. Nesse sentido, cabe destacar que 366 (30,73%) municípios da Região Sul do país tiveram, ao menos, uma empresa atendida no período analisado, com destaque para Santa Catarina que atingiu a maior capilaridade de atendimentos em relação aos demais estados, com 41,36% dos municípios atendidos, demonstrando a importância do programa em regiões interioranas. A Tabela 1 apresenta a distribuição das empresas de acordo com o setor econômico a que pertencem.

Tabela 1 – Distribuição das empresas de cada estado por setor econômico

Fonte: o autor (2024).

A partir da Tabela 1 evidencia-se que o setor econômico com o maior número de atendimentos na Região Sul é o comércio (45,97%), seguido do setor de serviços (36,49%) e da indústria (14,64%). Os setores de agropecuária e construção civil, juntos, correspondem a 2,90%. Ainda em relação ao setor de comércio, proporcionalmente aos seus atendimentos, Santa Catarina destaca-se com 47,28% das empresas, ou seja, quase a metade, demonstrando a importância do setor econômico para o estado em relação aos pequenos e médios empresários.

No que tange ao porte das empresas participantes do estudo, 83,26% são MEs e 16,74% EPPs, o que evidencia a importância do programa no auxílio ao crescimento dos pequenos negócios a partir da implantação de soluções de baixa complexidade em com resultados significativos. Segundo Braz et al. (2023), uma ME possui faturamento anual de até R$ 360 mil, enquanto uma EPP fatura, por ano, entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões. A Figura 1 apresenta as etapas da jornada do ALI no Programa Brasil Mais Produtividade.

Figura 1 – Jornada do ALI no Programa Brasil Mais Produtividade

Interface gráfica do usuário, Aplicativo

Descrição gerada automaticamente

Fonte: Sebrae (2022).

Conforme a Figura 1 apresenta, a jornada do ALI, também chamado de ciclo do programa, é dividida em quatro etapas: a identificação do problema, a definição da solução do problema, a implantação da solução do problema e a avaliação da implantação da solução. Ao todo, são realizados nove encontros com os empresários, sendo seis individuais e três coletivos, com outros empresários que estão sendo acompanhados pelo mesmo ALI no ciclo. No início do ciclo ocorre a medição inicial (T0) e, ao término, a medição final (TF) com uso da ferramenta Radar da Inovação com o objetivo de demonstrar ao empresário os pontos fortes e fracos de sua empresa, bem como as oportunidades de melhoria que podem ser implantadas (Sebrae, 2020). O Gráfico 1 apresenta a medição inicial e final dos indicadores do radar da Inovação das empresas participantes do estudo.

Gráfico 1 – Medição inicial (T0) e final (TF) dos indicadores do Radar da Inovação

Fonte: o autor (2024).

No Gráfico 1 são apresentadas as medições T0 e TF do Radar da Inovação de acordo com a metodologia do Programa Brasil Mais Produtividade do Sebrae. O ALI, em sua atividade de campo junto aos empresários, realiza duas medições relacionadas aos indicadores de controles gerenciais, gestão de operações, práticas de inovação, marketing, práticas sustentáveis e transformação digital. A primeira medição ocorre no primeiro encontro em que é realizado o diagnóstico da empresa antes da definição do problema da mesma e a segunda medição ocorre ao final do período de acompanhamento do ALI, quando a solução definida são foi ou está em processo de implantação, gerando, desta forma, em uma pontuação que varia de 1 a 5 para cada indicador, de modo que quanto maior o indicador, em melhores condições a empresa se encontra naquele indicador.

Nesse sentido, a partir do Gráfico 1, percebe-se que, de modo geral, em todos os indicadores avaliadores houve evolução entre o T0 e o TF, com destaque para o indicador controles gerenciais que na Região Sul apresentou elevação de 32,65%. O segundo indicador com maior evolução entre as medições foi gestão de operações, com um aumento de 23,52% e o terceiro foi o indicador práticas sustentáveis, subindo 22,30%.

Ainda segundo o Gráfico 1, percebe-se que o indicador com melhor avaliação na medição T0 na Região Sul é o marketing, com destaque para o Paraná com a marca de 3,02 na Radar da Inovação. Nesse sentido, evidencia-se que há uma pré-disposição dos empresários a conhecerem ou até mesmo utilizarem ferramentas de gestão e realizarem práticas empresariais relacionadas ao marketing em seu negócio, seja ele digital ou físico. Em contrapartida, o indicador de práticas sustentáveis possui a menor avaliação inicial o Radar da Inovação, com apenas 1,82. Tal indicador possui relação direta com os temas gestão de energia, gestão de água e redução de desperdícios que, associados, compõe uma escala de práticas sustentáveis adotadas pela empresa. O Quadro 2 apresenta as perguntas de diagnóstico do radar da Inovação realizadas ao empresário para a aferição do grau do indicador de práticas sustentáveis.

Quadro 2 – Diagnóstico do indicador práticas sustentáveis

Fonte: Sebrae (2022).

Cabe destacar, desta forma, que em relação ao demais indicadores do Radar da Inovação, o de práticas sustentáveis é o mais negligenciado pelas empresas participantes do estudo, pressupondo que o empresário pouco tem se preocupado com questões relacionadas ao uso correto de recursos energéticos e naturais e à redução de desperdícios, dando mais atenção à divulgação de seu negócio através do marketing, por exemplo.

Para Lima, Da Silva Costa e Da Silva Pereira (2020), existe uma correlação positiva entre o desenvolvimento das atividades de inovação e a adoção de ações sustentáveis, de modo que a inovação pode ter um papel importante no reforço da sustentabilidade, minimizando, por sua vez, o impacto ambiental e trazendo vantagens competitivas para as empresas. Nesse sentido, empresas que adotam práticas sustentáveis tendem a se destacar no cenário empresarial, seja pela visibilidade da marca ou pelos aspectos econômicos.

4.3 Aumento da produtividade

Além dos indicadores relacionados ao Radar da Inovação, também é aferido nas empresas participantes do programa o indicador de produtividade composta por três variáveis: custos variáveis, faturamento e número de pessoas ocupadas, conforme a Equação 1.

Equação 1 – Indicador de produtividade

Fonte: Sebrae (2022).

A partir da Equação 1 obtém-se o indicador de produtividade das empresas, sendo calculado, no início do acompanhamento do ALI o indicador inicial (T0) e o final (TF), ao término do programa. A Tabela 2 apresenta a medição inicial e final do indicador produtividade.

Tabela 2 – Medição inicial (T0) e final (TF) do indicador produtividade

Fonte: o autor (2024).

A partir da Tabela 2 evidencia-se que as empresas participantes do estudo da Região Sul atingiram o indicador produtividade de R$ 8.303,41 por pessoa, com destaque para Santa Catarina, que atingiu o maior índice do referido indicador. Para que o aumento do indicador produtividade tenha condições de ocorrer, de acordo com a Equação 1, o cenário ideal é a queda dos custos variáveis, aumento do faturamento e manutenção ou queda do número de pessoas ocupadas, corroborando com os dados da Tabela 2. O Gráfico 2 apresenta a variação do indicador produtividade entre a medição inicial e final.

Gráfico 2 – Variação da medição inicial (T0) e final (TF) do indicador produtividade

Fonte: o autor (2024).

O Gráfico 2 aponta para uma queda dos custos variáveis, exceto o Paraná, que elevou seus custos em 6,79%; para um aumento do faturamento bruto, exceto o Rio Grande Sul, que reduziu em 1,27% o faturamento e; para uma leve queda no número de pessoas ocupadas nas empresas. De modo geral, na Região Sul, o indicador produtividade por pessoa ocupada na empresa obteve um aumento de 19,60%, com destaque para o Paraná, que elevou sua produtividade em 23,29% no período analisado.

Conforme a metodologia do Programa Brasil Mais Produtividade, após ser identificado o problema é definida e implantada a solução do mesmo. Nesse sentido, as principais categorias de problemas identificados foram processos internos, faturamento e marketing/divulgação, estando presentes em mais da metade das empresas. E, para a solução dos problemas identificados, as principais categorias foram processos internos, marketing e divulgação e gestão financeira, sendo adotada por quase a metade das empresas.

Nesse sentido, embora o objetivo deste estudo não seja analisar as soluções implantadas, percebe-se que se trata de problemas de fácil resolução que, muitas vezes, estão associados à falta de conhecimento do empresário. Segundo Vanucci, Ferreira e Da Silva (2020), o perfil empreendedor pouco desenvolvido entre a maioria dos que abrem uma empresa, a falta de planejamento do negócio antes de sua abertura, a má gestão empresarial durante os primeiros anos de atividade e a má gestão financeira na empresa estão entre os principais motivos que levam as empresas à mortalidade.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo apresentado buscou analisar a importância atribuída pelas empresas da Região Sul participantes do Programa Brasil Mais Produtividade às práticas sustentáveis para o aumento da produtividade. Ao longo da pesquisa, foi possível observar um cenário desafiador em que as organizações se encontram, buscando equilibrar a eficiência operacional, a competitividade no mercado e a adoção de práticas sustentáveis em suas operações.

A análise do perfil das empresas participantes revelou que a maioria delas concentra-se nos setores de comércio, serviços e indústria, com destaque para Santa Catarina como o estado com maior número de atendimentos, demonstrando a capilaridade do programa nas regiões interioranas. Além disso, observou-se que a grande maioria são microempresas, evidenciando a relevância do programa no auxílio ao crescimento desses pequenos negócios.

Ao analisar os resultados relacionados aos indicadores do Radar da Inovação, foi possível constatar uma evolução significativa em áreas como controles gerenciais, gestão de operações e práticas sustentáveis. No entanto, chama atenção a baixa priorização das práticas sustentáveis pelas empresas, indicando uma lacuna na conscientização e na implementação de ações voltadas para a redução de impactos ambientais e a gestão eficiente de recursos naturais.

Outro aspecto relevante foi a análise do indicador de produtividade, que evidenciou um aumento expressivo na produtividade das empresas da Região Sul, principalmente associado à redução dos custos variáveis e ao aumento do faturamento bruto. Contudo, é importante ressaltar que, apesar do avanço na produtividade, alguns setores ainda enfrentam desafios em termos de custos e faturamento.

As soluções implantadas pelas empresas, identificadas por meio do programa, destacaram problemas principalmente relacionados a processos internos, faturamento e marketing/divulgação. A implementação dessas soluções revelou-se de importância estratégica para a melhoria dos processos e da gestão empresarial, embora muitas vezes estivessem associadas à falta de conhecimento ou planejamento dos empresários.

Diante desses resultados, percebe-se a relevância do Programa Brasil Mais Produtividade como uma ferramenta eficaz para o aprimoramento das empresas. No entanto, ainda há espaço para a conscientização e o desenvolvimento de práticas sustentáveis. A relação entre inovação, produtividade e sustentabilidade se mostra como um caminho promissor para o crescimento empresarial, fornecendo não apenas benefícios econômicos, mas também contribuindo para a preservação do meio ambiente e a construção de uma sociedade mais sustentável.

Portanto, recomenda-se que as empresas continuem investindo não apenas em melhorias de gestão e inovação, mas também na adoção de práticas sustentáveis, buscando um equilíbrio entre o crescimento econômico e a responsabilidade socioambiental, contribuindo assim para um desenvolvimento mais equitativo e duradouro. Sugere-se, ainda, que o estudo tenha continuidade analisando com maior profundidade as soluções implantadas para o aumento da produtividade e a relação com as ações de práticas sustentáveis adotadas.

REFERÊNCIAS

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