Artigo_4_-_7674

Competências docentes sob a ótica dos discentes de Ciências Contábeis

Teaching competencies from the perspective of Accounting students

DOI: http://www.doi.org/10.5935/2177-4153.20240016

Kelvia Santiago Lopes1, Cíntia Vanessa Monteiro Germano Aquino2,

Joelma Leite Castelo3 e Clayton Robson Moreira da Silva4

1 Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Brasil, Bacharel em Ciências Contábeis,

e-mail: kelvialopes.2016@gmail.com:

2 Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Brasil, Mestrado em Administração e Controladoria,

e-mail: cintiavmg@gmail.com, ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4317-6773

3 Universidade Estadual do Ceará (UECE), Brasil, Doutorado em Administração e Controladoria,

e-mail: joelma.castelo@uece.br, ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3457-6185

4 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI), Brasil, Doutorado em Administração e Controladoria,

e-mail: clayton.silva@ifpi.edu.br, ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0717-2713

Recebido em: 15/02/2024 - Aprovado em: 30/09/2024 - Disponível em: 31/03/2024

Resumo

Esta pesquisa buscou analisar as competências docentes sob a ótica dos discentes de ciências contábeis. Trata-se de um estudo quantitativo e descritivo, conduzido por meio de survey, com uma amostra de 318 discentes matriculados no curso de ciências contábeis das universidades estaduais do Ceará. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Em relação aos resultados obtidos, observou-se que as competências docentes mais importantes foram, respectivamente: postura; relacionamento; didática; conhecimento; experiência; e tecnologia. Especificamente, os estudantes consideram como principais atributos para um bom professor: possuir ética (postura); apresentar conteúdos de forma clara e objetiva (didática); ter comprometimento com a atividade docente (postura); aproximar a teoria com a prática (experiência); e ser organizado nas atividades docentes (postura). Como contribuições teórico-metodológicas, este estudo amplia a reflexão sobre as competências docentes, incluindo a tecnologia ao escopo da análise. Além disso, ao evidenciar os atributos que são mais valorizados pelos alunos, a pesquisa permite que os docentes busquem meios de aperfeiçoamento em sua prática docente. Alinhado a isso, a gestão pública pode elaborar políticas públicas educacionais de formação continuada de professores, priorizando as competências mais valorizadas pelos discentes e, consequentemente, otimizando o processo de ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: Competências Docentes. Discentes. Ciências Contábeis.

Abstract

This research aimed to analyze teaching competencies from the perspective of accounting students. It is a quantitative and descriptive study, conducted through a survey, with a sample of 318 students enrolled in the accounting sciences course at the state universities of Ceará. The data were analyzed through descriptive statistics. Regarding the results obtained, it was observed that the most important teaching competencies were, respectively: posture; relationship; didactics; knowledge; experience; and technology. Specifically, students consider the main attributes for a good teacher to be: possessing ethics (posture); presenting content in a clear and objective manner (didactics); being committed to the teaching activity (posture); bridging theory with practice (experience); and being organized in teaching activities (posture). As theoretical-methodological contributions, this study expands the reflection on teaching competencies, including technology in the scope of analysis. Moreover, by highlighting the attributes that are most valued by students, the research allows teachers to seek ways to improve their teaching practice. Aligned with this, public management can develop educational public policies for the continuous training of teachers, prioritizing the competencies most valued by the students and, consequently, optimizing the teaching-learning process.

Keywords: Teaching Competencies. Students. Accounting Sciences.

1 INTRODUÇÃO

A docência como profissão fundamenta-se no pensamento de que o ensino necessita de saberes essenciais (Slomski, 2007). Para o autor, como qualquer outra profissão, exige formação profissional e demanda por competências, saberes e habilidades próprias para o seu ofício. Contudo, o papel do professor não se concentra em apenas ensinar, envolve competências pessoais e afetivas que podem proporcionar aos discentes uma experiência mais favorável e positiva em sua trajetória acadêmica (Vasconcelos et al., 2021).

Para Vasconcelos et al. (2010), as competências dos docentes influenciam de maneira formidável o processo de aprendizagem. Além disso, elas permitem que os docentes desenvolvam técnicas para melhor lidar com as situações existentes no ambiente acadêmico e possibilitam a orientação do discente a respeito de suas próprias responsabilidades dentro do processo ensino-aprendizagem (Vasconcelos, 2010).

Ressalta-se que as Instituições de Ensino Superior (IES) estão se concentrando no processo de ensino-aprendizagem, abrangendo a relação do professor com os alunos (Hernández-López et al., 2016). As universidades são instituições que possuem a responsabilidade social de formar profissionais, mas, essencialmente, cidadãos que possuam conhecimentos não só acadêmicos, mas, sobretudo, político-econômicos e sociais (Pereira, 2003).

Nessa situação, as IES passam por um processo de reestruturação e adaptação inerentes a esse ambiente dinâmico, sendo o papel desempenhado pelo docente essencial para a formação dos futuros profissionais, o que requer uma preparação para enfrentar esses desafios existentes (Rezende et al., 2013). Com o passar dos anos, os docentes ficam mais conscientes de que, para desempenhar seu papel enquanto professores universitários, torna-se indispensável uma capacitação específica (Masetto, 2012). Dessa forma, cabe aos docentes refletirem sobre o modo como ensinam suas práticas, posturas e o seu papel enquanto educadores (Souza-Silva et al., 2018).

Além disso, o estudo sobre as práticas e competências dos professores pode ser considerado como uma oportunidade para melhorar o processo de desenvolvimento do profissional docente, e consequentemente, o processo de ensino-aprendizagem (Farias et al, 2018).

Logo, levando em consideração que a ciência contábil se transforma a cada dia, havendo uma necessidade de manter-se sempre atualizado e entendendo a importância de um ensino em contabilidade com qualidade (Vasconcelos et al., 2021), a pergunta que norteia este estudo é: Quais as competências de um bom professor sob a ótica dos discentes de ciências contábeis? Para tanto o objetivo dessa pesquisa é analisar as competências docentes sob a ótica dos discentes de ciências contábeis. A pesquisa foi realizada com estudantes do curso de ciências contábeis das universidades estaduais do Ceará.

O presente estudo justifica-se por contribuir com informações aos docentes sobre os atributos que são valorizados pelos alunos, sendo possível contribuir para o aperfeiçoamento da prática docente. Além disso, identificando as características mais significativas pelos alunos, será possível definir os principais pontos a serem trabalhados pelos docentes (Kuhl et al., 2013). Do mesmo modo, estudar formas que permitam e favoreçam o processo de ensino-aprendizagem eficiente é importante para o campo da pesquisa em contabilidade, uma vez que pode ter efeitos na formação da identidade do profissional contábil (Vasconcelos et al., 2021).

Este estudo está organizado em cinco seções. Após a introdução apresentada nesta seção, aborda-se o referencial teórico, onde se encontram as teorias e fundamentos referentes ao tema. Em seguida, descrevem-se os procedimentos metodológicos utilizados para realização do estudo. Logo após, são apresentados os resultados encontrados e as respectivas discussões. E, por último, as considerações finais a respeito dos achados da presente pesquisa.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Competências docentes

Segundo Fleury e Fleury (2001), competência é a qualificação do ser humano para o desenvolvimento de atividades, a qual abrange do crescimento social ao indivíduo, assim como do desenvolvimento econômico à instituição envolvida. Araújo et al. (2021) afirmam que os docentes devem ter o seguinte conjunto de competências: conhecimento, habilidades e atitudes para maior qualificação do profissional. Os autores complementam que esses saberes essenciais no ensino vão além do conhecimento teórico adquirido no âmbito acadêmico, englobando também a experiência no exercício da docência, as características das próprias personalidades desses professores e os conhecimentos que eles têm em comum com os alunos, à medida que ambos convivem em um mesmo espaço: a sala de aula.

Zarifian (2001) considera que competência profissional combina conhecimento, “saber fazer”, experiências e comportamento de um indivíduo diante de um contexto preciso e mostra sua evidência diante de sua utilização profissional. Paiva (2007), por sua vez, acrescenta ao conceito de competência a ideia de competência profissional, que é influenciada por fatores como a personalidade e a função que o profissional ocupa, relativos à organização e ao ambiente.

Nesse contexto, Norahmi (2017) aborda a ideia de “professor reflexivo”, o qual deve descobrir e buscar novos valores, novos idealismos e novas competências para lidar com novas situações. Dessa forma, o exercício da docência exige uma preparação específica, pois assim como qualquer outra profissão, é necessário que os docentes tenham os conhecimentos e as habilidades que são requeridas para que sejam capazes de cumprir com as responsabilidades que lhe serão atribuídas enquanto professores (Araújo et al., 2021).

Nogueira, Nova e Carvalho (2012) abordaram as competências docentes em quatro construtos considerados mais importantes na perspectiva da geração y: Planejamento, Conhecimento e Didática, Relacionamento, Tecnologia e Atributos Pessoais. Para Lipkin (2010), a geração y é conhecida como a Geração da Internet ou a iGeração, nascidos entre os anos de 1980 e 2000, na era da tecnologia, aquela que muda continuamente. Em contrapartida, Kühl et al. (2013) analisaram as competências docentes consideradas mais relevantes na opinião dos discentes do ensino a distância e, para isso, classificaram as competências em cinco grupos: Didática, Conhecimento, Experiência, Relacionamento e Postura.

Nesse viés, analisando os estudos de Nogueira, Nova e Carvalho (2012) e Kühl et al. (2013) foram classificadas seis competências que serão comentadas a seguir: Conhecimento, Didática, Experiência, Postura, Relacionamento e Tecnologia.

2.1.1 Conhecimento

Conhecimento é o saber teórico adquirido por uma pessoa ao longo de sua vida por meio de aprendizados ou de vivências que são entendidos, conceituados e incorporados de forma intelectual e cognitiva (Pereira, 2007). Para Souza-Silva et al. (2018), conhecimento trata-se do domínio do assunto a ser ensinado, então, é crucial que as informações sejam transmitidas de forma eficaz e que o responsável possua conhecimento sobre o conteúdo abordado. Logo, o domínio do docente sobre determinado assunto facilita a exposição de seus conhecimentos e influencia os discentes na produção de trabalhos, fazendo-os ampliar e desenvolver seus conhecimentos, visando à expansão crítica (Vasconcelos, 2010; Pereira, 2007).

Costa e Barreto (2007) defendem que o docente necessita ter um domínio amplo de conhecimento e não somente aquele específico que está programado para ser dado em sala de aula. Entretanto, a relevância do conhecimento é modalizada pela necessidade das demais competências docentes, pressupondo-se que conhecimento não é o suficiente para ser considerado um bom professor (Gradyohl et al., 2009).

2.1.2 Didática

A didática está relacionada com a capacidade do docente em elaborar uma metodologia de ensino capaz de facilitar e desenvolver a aprendizagem (SOUZA-SILVA et al., 2018). A didática também pode ser vista como uma arte, na qual reflete e representa a busca do desenvolvimento do ensino e da aprendizagem dos alunos, além do aperfeiçoamento do conhecimento (Masetto, 2012).

Para Gradyohl et al. (2009), a didática é a habilidade de ensinar empregando técnicas específicas, adotando uma observação crítica com intuito de, através dos diálogos, as partes chegarem a novas descobertas e ao conhecimento verdadeiro. Os autores afirmam ainda que, dessa forma, envolve aspectos de postura e dinâmica docente, como também o uso de ferramentas diversas e atividades práticas de facilitação do aprendizado.

Para Masetto (2012), o professor no processo didático necessita de algumas habilidades centrais, tais como: fazer uso da instrumentalização técnica; possuir a aptidão de apresentar a disciplina com clareza e nitidez; ressaltar aos alunos a importância da disciplina na formação e como ela está interligada às demais matérias da grade curricular; planejar as aulas e expor o conteúdo com exemplos; e, relacionar-se bem com a turma e estimulá-los.

2.1.3 Experiência

A formação acadêmica conectada à experiência na profissão contábil contribui de forma considerável para a qualidade do ensino ministrado (Vasconcelos, 2010). Para Gradyohl et al. (2009), o saber do professor e a prática educativa por ele utilizada estão relacionadas com o potencial prático que esse profissional ampliou ao longo de sua jornada.

Gomes e Marins (2004) defendem a importância de um conhecimento docente em nível teórico e prático, o que promove a transformação de conceitos e representações em práticas, e ressaltam ainda que é responsabilidade do docente aproximar os conhecimentos teóricos da realidade que os alunos irão vivenciar em suas vidas pessoal e profissional. Além disso, quanto mais experiências o docente possuir, maiores são as contribuições que este pode conceder a seus alunos (Vasconcelos, 2010). As habilidades adquiridas em anos de trabalho e estudo, por meio do relacionamento entre a prática e o conhecimento, consolidam a experiência de mercado de um professor (Gradyohl et al., 2009).

2.1.4 Postura

Para Pereira (2007) a competência postura é definida como o saber comportamental, relacionado com a disposição de um indivíduo de querer fazer alguma coisa, normalmente ligado a aspectos do campo social ou afetivo. Kühl et al. (2013), ao abordarem essa competência, referiram-se, além da postura ética, a comprometimento, organização, proatividade e comunicação do docente.

Ao ser ético, o docente ensina valores aos seus alunos que devem ser aplicados não só em sua vida profissional, mas também no pessoal (Vasconcelos et al., 2021). Dessa maneira, cabe aos docentes refletir sobre o modo como ensinam, suas práticas, posturas e o seu papel enquanto educadores (Souza-Silva et al., 2018).

2.1.5 Relacionamento

O relacionamento refere-se ao convívio e à interação de um sujeito com o grupo do qual faz parte (Gradyohl et al., 2009). Segundo Souza-Silva et al. (2018), o ensino do professor refere-se à capacidade do docente em utilizar o diálogo e o aconselhamento para a resolução de problemas e, assim, promover o aprendizado e o relacionamento positivo entre os estudantes.

Segundo Masetto (2012), a relação entre professor e aluno deve ser estudada a partir de uma visão de parceria no processo de aprendizagem, uma vez que ambos são participantes e responsáveis pelo processo. Nessa perspectiva, um relacionamento saudável entre professores e alunos é pré-requisito para o envolvimento dos discentes em atividades de aprendizagem (MISBAH et al., 2015).

Para Lowman (2007), as salas de aula são consideradas arenas interpessoais complexas, nas quais possuem uma variedade de reações emocionais que podem ajudar na aquisição de conhecimento e em como os participantes se sentem. Darido (2005) enfatiza que, nessa relação, o diálogo deve ser valorizado, e é de responsabilidade do professor promover um ambiente de reflexão e trocas.

Nesse contexto, a construção do relacionamento entre professor e aluno ocorre quando o professor assume uma postura mais aberta e flexível, permitindo um relacionamento maduro e responsável entre as partes, com trocas de experiências e de conhecimentos, visando o alcance da aprendizagem (Vasconcelos, 2010; Pereira, 2007). Além disso, o apoio emocional do professor em demonstrar preocupação, cuidado e respeito com os alunos é capaz de influenciar positivamente os níveis de motivação e envolvimento dos alunos em sala de aula (RUZEK et al., 2016).

2.1.6 Tecnologia

Uma das competências necessárias para lecionar no século XXI é a utilização das novas tecnologias (Whale, 2006). A utilização de diferentes tecnologias atende finalidades e interesses diversos, de maneira a contribuir para oferecer praticidade, qualificação de atividades, informações, conhecimento e ampliar possibilidades de comunicação social (Bortoline et al., 2012).

Destaca-se que a tecnologia deve ser utilizada de forma que facilite e qualifique a vida dos indivíduos, e, para tanto, é necessário que o ser humano desenvolva diferentes habilidades que possibilitem lidar com estes recursos de forma competente (Bortoline et al., 2012). Nessa perspectiva, o docente deve possuir características que envolvam, além do conhecimento e das técnicas de aprendizagem, a utilização de tecnologia, criando um caminho de possibilidades que conduza os alunos a uma correta apropriação do assunto e sua aplicação a situações práticas do cotidiano (Vidal et al., 2020).

As tecnologias permitem ampliar o conceito de aula, de espaço e tempo, e estabelecer pontes novas entre o presencial e o virtual (Whale, 2006). Dessa maneira, o uso de novas tecnologias contribui de forma significativa para que, na área educacional, se procedam às necessárias transformações, ou seja, exige que o sistema educativo e os seus docentes acompanhem às constantes mudanças dos tempos atuais (Vidal et al, 2020).

2.2 Estudos e Pesquisas Relacionadas

Nogueira, Nova e Carvalho (2012) verificaram as características do bom professor de acordo com a percepção dos discentes do curso de Ciências Contábeis pertencentes à geração Y ou geração da internet. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário eletrônico com 108 alunos respondentes. Em relação ao público pesquisado, os alunos eram de quatro universidades diferentes, sendo uma do Estado de São Paulo (27 respondentes) e três do Paraná (81 respondentes), dentre as quais duas eram particulares e duas públicas. Todas ofereciam curso de Ciências Contábeis na modalidade presencial. Foram analisadas as características de relacionamento/comportamento, de planejamento, conhecimento e didática, de adoção de tecnologia, de atributos pessoais, de motivação e de nível de exigência.

Com a análise dos resultados da pesquisa, computaram-se as médias de todos os itens do questionário, bem como seu desvio-padrão e outras medidas da estatística descritiva que incluem a mediana, o mínimo, o máximo e a soma. Verifica-se que o domínio do conteúdo apresenta-se como primeira característica mais relevante, seguida da capacidade de explicar. Dessa forma, ao analisar as características isoladamente, os bons professores são aqueles que, além de conhecer o conteúdo, transmitem-no de forma clara aos alunos, os resultados da pesquisa indicam que as características essenciais em um professor, como Conhecimento e Didática, mantiveram-se com o tempo. Ao realizar uma análise dos resultados em conjunto, pode-se inferir que características essenciais ao professor (conhecimento e didática), não se alteraram com o tempo, mas que as novas gerações, isto é, a Geração Y, pode demandar do docente outros e a inclusão das novas tecnologias na sala de aula.

Kühl et al. (2013) analisaram a percepção de discentes da modalidade a distância quanto às competências docentes. Foi realizado um estudo descritivo com 200 alunos de cursos de pós-graduação lato sensu ofertados pela Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO), na modalidade a distância, ligados ao Departamento de Administração.

A coleta dos dados foi realizada por meio da disponibilização de questionário estruturado autoaplicável on-line, composto essencialmente de questões fechadas. A análise objetivista hipotético-dedutiva dos dados alicerçou-se na Análise Fatorial Exploratória, por meio da utilização do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), além da utilização de outras técnicas estatísticas paramétricas. Também foi utilizado o teste de adequação, não paramétrico. As técnicas estatísticas paramétricas e não paramétricas foram utilizadas para verificação da confiabilidade da escala e da representatividade da amostra, respectivamente. Em todos os testes utilizou-se com padrão 0,05 como nível de significância. Os resultados indicaram as competências consideradas mais relevantes pelos discentes na seguinte ordem: Postura, Didática, Relacionamento, Conhecimento e Experiência.

Guelfi et al. (2018) evidenciaram as características de um bom professor na visão dos discentes de Ciências Contábeis da Geração Y. A coleta de dados ocorreu por meio de um questionário aplicado em duas instituições privadas e uma pública. A população é composta por 458 acadêmicos do curso de Ciências Contábeis das Instituições de Ensino Superior da cidade de Pato Branco (PR). O questionário foi aplicado em sala de aula, presencialmente, com a obtenção de 329 respostas, sendo que destes, 265 são válidos e 64 foram não válidos. Dos 64 não válidos, 11 questionários são de respondentes não pertencentes à Geração Y e 53 são de questionários respondidos de forma incompleta. Os resultam indicam que os discentes consideram em ordem de importância as seguintes competências: conhecimento e domínio de conteúdo; clareza nas explicações, didática e preparo de conteúdo; relacionamento entre os acadêmicos e os docentes e a tecnologia em meio ao ensino superior; e atributos pessoais dos docentes.

Souza-Silva et al. (2018) identificaram as competências que compõem o perfil do professor excelente na área de Administração sob a ótica dos estudantes. O público foi formado por 87 estudantes universitários em Administração de três instituições da Bahia. A partir da análise do material empírico, os autores identificaram os fatores que caracterizam o perfil do docente excelente, selecionaram 22 competências e as agruparam em três grupos: Habilidades Didático-Pedagógicas; Habilidades Humanistas e Habilidades Conceituais. Nesse sentido, para Souza-Silva et al. (2018) o professor excelente é aquele que dispõe de uma boa metodologia, um bom relacionamento com os alunos e possui conhecimento sobre a disciplina que ministra.

3 Procedimentos Metodológicos

Trata-se de uma pesquisa com abordagem quantitativa, descritiva por meio de um levantamento (survey). Como instrumento de coleta de dados foi utilizado o questionário estruturado e dividido em dois blocos: i) refere-se a uma breve caracterização do respondente, com os dados demográficos; ii) concerne-se 25 afirmativas do tipo escala Likert sobre as competências docentes para o respondente marcar o grau de concordância com as assertivas, escala Likert de 5 pontos, sendo 1, totalmente insignificante; 2, insignificante; 3, não é importante e não é insignificante; 4, importante; e 5, totalmente importante. Ressalta-se que essa parte do questionário foi baseada nos estudos de Kühl et al. (2013), conforme observa-se no Quadro 1.

Quadro 1 - Variáveis Componentes das Competências.

Fonte: Adaptado de Kühl et al. (2013).

A pesquisa foi realizada com os discentes matriculados no curso de ciências contábeis das universidades estaduais do Ceará. Os questionários foram aplicados, de forma presencial, no mês de maio de 2023. Foram respondidos 343 questionários, mas foram considerados válidos apenas 318, uma vez que 24 não estavam completamente respondidos. Os dados foram tabulados com auxílio do Microsoft Excel© e na análise dos dados foram utilizados percentual, média e desvio-padrão.

Na primeira parte foram elaboradas perguntas referentes ao perfil do discente, após a coleta de dados, os resultados foram tabulados e expostos em tabelas. Na parte do perfil, exibiu-se a frequência e percentual de cada variável. Já em relação à segunda parte referente às competências docentes calculou-se a média e desvio-padrão de cada assertiva e de cada variável. Por meio da média foi possível identificar quais os fatores apresentam maior peso dentro de cada construto e, também, o grau de importância atribuída para cada variável, em relação às demais.

Ainda no que diz respeito à segunda parte do questionário, às respostas caracterizadas como importante (٤) atribuiu-se o número ٥ e às respostas caracterizadas como insignificante (٢) atribuiu-se o número ١. Em relação às respostas caracterizadas como não importantes e não insignificantes permaneceu o número 3. Dessa maneira, as respostas concentraram-se em apenas três alternativas sendo elas: número 5 para respostas atribuídas como importantes e totalmente importantes; número 3 para aquelas caracterizadas como indiferentes, isto é, não é importante e não é insignificante; e número 1 para aquelas respostas apontadas como insignificantes e totalmente insignificantes. A descrição e a análise dos dados estão expostas na próxima seção.

4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Para melhor apresentação e explicação da análise e descrição dos dados, esta seção está dividida em duas partes. A primeira aborda a definição sobre o perfil dos respondentes, enquanto a segunda parte aborda a análise das competências docentes.

4.1 Perfil dos respondentes

Em relação ao perfil da amostra da pesquisa, foram avaliadas informações referentes à faixa etária, gênero, semestre, turno, renda familiar, etnia e se já atuou na área de contabilidade. Na Tabela 1 apresenta-se a frequência e o percentual dessas informações.

A partir da Tabela 1, observa-se que o gênero feminino representa 51,26% da amostra. Além disso, a maioria dos respondentes possui faixa etária entre 21 e 25 anos de idade (47,17%). Em relação ao semestre atual, percebe-se que em relação ao semestre 50,63% dos respondentes são iniciantes (1° ao 4° semestre) e que 49,57% concluíram mais de 50% do curso (5° ao 8° semestre) e 77,36% dos respondentes estudam no período noturno. Sobre a renda familiar, 33,65% dos alunos possuem renda entre um e dois salários mínimos.

Dentre os estudantes pesquisados, 237 deles concluíram o ensino médio em instituições públicas, o que representa 74,53% do total da amostra. O total de 225 estudantes atuam no mercado de trabalho atualmente, sendo 33,96% em área distinta da contabilidade e 36,79% na área da contabilidade. Dentre os respondentes 51,26% nunca atuaram na área de contabilidade, ou seja, metade da amostra. Na categoria etnia, a maior parte da amostra declara-se como pardo (58,18%).

Tabela 1 – Perfil dos respondentes

Fonte: Dados da pesquisa (2023).

Dessa forma, a maior representatividade da amostra são alunos jovens, de semestre iniciante do curso de ciências contábeis, com renda média entre um e dois salários mínimos, etnia parda, advindos de escola pública e que trabalham na área de contabilidade.

4.2 Análise das competências docentes

Na segunda parte do questionário verificaram-se as competências docentes através da importância média atribuída a cada uma das variáveis do estudo, conforme demonstrado na Tabela 2.

Tabela 2 – Análise descritiva dos itens das competências docentes

Fonte: Dados da pesquisa (2023).

De acordo com a Tabela 2, em relação à competência Didática, a variável que apresenta maior média é clareza (4,66), que destaca que um bom professor é aquele que apresenta os conteúdos de forma clara e objetiva, seguida das variáveis: utilizar metodologias e atividades práticas para exposição dos conteúdos que facilitem a aprendizagem; utilizar formas dinâmicas de aprendizagem, que promovam a participação do aluno; e buscar interligar os conteúdos com os de outras disciplinas do curso.

Em relação à composição do construto Conhecimento, destaca-se a variável conhecimento específico, que manifesta a importância de possuir profundo conhecimento da disciplina em que atua, com média de 4,49. Seguida da variável conhecimento prático, que relata a importância de ter conhecimento prático baseado em experiências adquiridas fora do ensino formal, com média 4,35 e da variável conhecimento geral, que descreve a relevância de possuir nível elevado de conhecimento geral.a variável referente ao conhecimento amplo teve média abaixo das demais variáveis desse construto, com média de 4,02. Esse resultado indica que a importância atribuída ao conhecimento específico da disciplina é superior à atribuída ao conhecimento prático, ao conhecimento amplo e ao conhecimento geral.

Destaca-se também a menor média obtida entre todas para a variável experiência desvinculada, com média de 3,36, indicando que ela é considerada totalmente insignificante ou insignificante para a maioria dos respondentes. Dessa forma, estar ou ter atuado em atividade fora da docência não relacionada às disciplinas ministradas não é considerado importante para os discentes.

Na composição da competência Experiência, os discentes atribuíram maior importância às variáveis relacionadas à aproximação com média 4,63 e aplicação com média de 4,55, destacando a importância de aproximar os conteúdos teóricos ao conhecimento prático e a utilização em sala de aulas exemplos concretos de aplicações práticas dos conceitos teóricos.

Dentro do construto Relacionamento, todas as variáveis obtiveram médias relativamente altas (acima de 4,37). Contudo, destaca-se a média da variável acessibilidade que obteve a maior importância média 4,57, pouco acima da disposição de ajudar com média de 4,56, segunda maior média do construto, seguida da variável tolerância com média 4,46 e por último a variável ser flexível nas relações com os alunos, com média de 4,37.

É importante destacar que as médias de importância atribuídas às variáveis que compõem a competência Postura foram todas altas, apresentando médias acima ou igual a ٤,٥٤. É válido ressaltar que as variáveis ser ético, organizado e comprometido estão entre as cinco maiores médias de todas as ٢٥ variáveis analisadas.

Na competência Tecnologia a variável que mais se destaca é prática com média 4,18 que destaca a inclusão de recursos tecnológicos para simular a prática profissional, seguida das variáveis recursos audiovisuais e recursos tecnológicos. Já a variável domínio apresentou média 3,83, considerada a segunda média mais baixa em relação às demais variáveis.

Com base nos resultados evidenciados na Tabela 2, destaca-se a média da importância atribuída pelos discentes à variável ser ético referente à competência Postura, que apresenta a média de 4,69, a maior de todas as variáveis e bastante próxima à importância máxima (5,0), indicando que essa variável foi considerada bastante importante pela maioria dos alunos.

Evidencia-se também a variável clareza que pertence à competência Didática, com média de 4,66 e as variáveis, comprometimento com média de 4,65 e organização com média de 4,63 que pertencem à competência Postura, por fim a variável aproximação com média de 4,63 do construto Experiência, que obtiveram resultados considerados relevantes em relação aos demais.

Tabela 3 – Análise descritiva das competências docentes

Fonte: Dados da pesquisa (2023).

Com base na Tabela 3, ao analisar a média por competência destaca-se o construto Postura com média de 4,62, em seguida do Relacionamento com média de 4,49 pouco acima da competência Didática com média de 4,45. Essa análise acompanha o resultado obtido por Kühl et al. (2013), no qual essas mesmas competências obtiveram as maiores médias no seu estudo, que são Postura (4,40), Relacionamento (4,34) e Didática (4,28).

Esta primeira ideia é confirmada também pela revisão de literatura, anteriormente, apresentada por Souza-Silva et al. (2018), na qual um professor excelente é aquele que sabe ensinar com simplicidade e clareza, ou seja, transmite o conteúdo da melhor forma, facilitando a compreensão dos discentes. Além disso, outra confirmação, é que os discentes entrevistados por Souza-Silva et al. (2018) não apontaram o construto tecnologia como fator relevante. Isso é constatado na Tabela 2, diante das seis competências analisadas, a competência tecnologia ficou na última posição, o que afirma que os discentes não classificam como uma competência essencial de um bom professor.

Os resultados obtidos por Guelfi et al. (2018) indicaram a grande necessidade do domínio do conteúdo e formação didática por parte do docente. Além disso, na pesquisa de Nogueira, Nova e Carvalho (2012) confirma-se que os discentes consideram mais importante o conhecimento e a didática. Nesse viés, conclui-se que a competência didática é um construto essencial de um bom professor na visão dos discentes.

Dessa forma, para os discentes, um bom professor é aquele que demonstra postura ética, apresenta os conteúdos de forma clara e objetiva, é organizado nas atividades docentes e demonstra comprometimento com a atividade docente e aproxima os conteúdos teóricos ao conhecimento prático.

Tabela 4 – Caracterização das respostas das competências docentes

Fonte: Dados da pesquisa (2023).

Com base nos resultados evidenciados na Tabela 4 é possível destacar as cinco variáveis consideradas mais relevantes na visão dos discentes, evidenciando-se: demonstrar postura ética; ser organizado nas atividades docentes; ser comunicativo; demonstrar comprometimento com a atividade docente; e aproximar os conteúdos teóricos ao conhecimento prático.

Nesse viés, destacam-se as cinco variáveis consideradas menos relevantes: estar ou ter atuado em atividade fora da docência não relacionada às disciplinas ministradas; incluir recursos tecnológicos em sala de aula (e.g., lousa digital, computador, tablet, internet, projetor multimídia, etc.); utilizar recursos audiovisuais para tornar a aula mais dinâmica; Ter amplo domínio do uso dos recursos tecnológicos; e estar ou ter atuado em atividade fora da docência relacionada às disciplinas ministradas.

Ressalta-se a importância atribuída a competência Postura, na qual suas cinco variáveis apresentaram porcentagem acima de 93%, isso significa que mais de 295 respondentes concordam que o construto postura é uma característica indispensável para o docente seja considerado um bom professor na visão dos discentes.

Além disso, destaca-se que a experiência desvinculada, caracterizada pelo docente estar ou ter atuado em atividade fora da docência não relacionada às disciplinas ministradas, foi a única variável que apresentou porcentagem inferior a 50%. O total de 134 respondentes, o que correspondem a 42,14%, compreendem que essa variável é importante ou totalmente importante. Em contrapartida, 39,94% dos discentes compreendem que a experiência desvinculada não é importante e não é insignificante e 17,92% atribuíram que essa variável é insignificante ou totalmente insignificante.

Ressaltam-se ainda as variáveis que possuem porcentagem abaixo de 2% em relação a serem consideravas insignificantes ou totalmente insignificantes, destacando-se a variável clareza referente a competência didática com frequência de apenas 4 respondentes o que corresponde a 1,26%, seguida da variável organização referente a competência postura com frequência de apenas 5 respondentes o que equivale a 1,57% dos respondentes e da variável ser ético com frequência também de apenas 5 respondentes. Destaca-se, dessa forma, que essas variáveis são consideradas importantes e obtiveram um percentual baixo para serem consideradas insignificantes pelos discentes.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho teve como objetivo analisar as competências docentes sob a ótica dos discentes de ciências contábeis. Para tanto, realizou-se um estudo descritivo e quantitativo, por meio de levantamento (survey), com 318 estudantes de IES públicas do Estado do Ceará. Ao analisar o perfil da amostra, verificou-se que a maior representatividade dos respondentes se caracteriza por mulheres (51,26%), entre 21 e 25 anos (47,17%), entre o 1º e o 4º semestres (50,64%), de renda de até dois salários mínimos (55,03%), de etnia parda (58,18%), advindos de escola pública (74,53%) e que trabalham (70,75%). Além disso, 51,26% da amostra nunca atuou na área de contabilidade.

Em relação aos resultados obtidos sobre as competências docentes mais relevantes, observou-se a seguinte ordem: Postura, Relacionamento, Didática, Conhecimento e Experiência, corroborando com os resultados de Kuhl et al. (2013). Evidencia-se que a competência Tecnologia, adicionada no presente estudo, foi considerada a de menor importância pelos discentes. Tal fato pode ser justificado pelo contexto analisado (IES públicas), tendo em vista que tais instituições possuem restrições financeiras, o que pode diminuir a inclusão de recursos tecnológicos dentro da sala de aula.

Com base na média das respostas, destaca-se que os estudantes consideram como principais atributos para um bom professor: possuir ética (Postura); apresentar conteúdos de forma clara e objetiva (Didática); ter comprometimento com a atividade docente (Postura); aproximar a teoria com a prática (Experiência); e ser organizado nas atividades docentes (Postura). Além disso, é possível afirmar que todas as competências apresentadas foram consideradas importantes pelos estudantes.

A principal contribuição metodológica do presente estudo foi a elaboração das variáveis da competência Tecnologia. A escala de Kuhl et al. (2013) é amplamente aplicada na seara de ensino em gestão e negócios, contudo, não inclui a competência Tecnologia, elemento de grande relevância no atual contexto educacional. Desse modo, este estudo aprimora a escala, tornando-a um instrumento mais completo e atualizado ao cenário do Ensino Superior.

Em linhas gerais, considera-se que este estudo contribui para uma reflexão sobre as competências docentes, uma vez que estudar formas que permitam e favoreçam o processo de ensino é indispensável. Além disso, a pesquisa fornece informações aos professores sobre os atributos que são mais valorizados pelos alunos, sendo possível o aperfeiçoamento da prática docente. Alinhado a isso, a gestão pública pode elaborar políticas públicas educacionais de formação continuada de professores, priorizando as competências mais valorizadas pelos discentes e, consequentemente, otimizando o processo de ensino-aprendizagem. Como limitações, aponta-se a aplicação apenas no Estado do Ceará. Sugere-se, dessa maneira, que haja replicações desta pesquisa em outros contextos, obtendo amostras mais representativas, para ampliar a discussão dessa temática.

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