A ÉTICA DE RICOEUR: PERSPECTIVA DA VIDA BOA COM E PARA OS OUTROS EM INSTITUIÇÕES JUSTAS

Claudia Aita Tiellet

Resumo


Na filosofia contemporânea, a reflexão ética que parece mais estimulante é dada por Paul Ricoeur nos estudos sete, oito e nove de O si mesmo como um outro (1991).Minha pequena ética (mon petit éthique), como Ricoeur singularmente se refere na supracitada obra, abarca duas importantes tradições filosóficas: a ética teleológica de Aristóteles, por meio do predicado bom, remetendo-o à exigência de uma vida pelas virtudes, com a intenção de felicidade, e a moral deontológica de Emanuel Kant, por meio do predicado obrigatório, em que vale a atitude moral e universal. Ricoeur faz essa distinção, num primeiro momento, para confirmar uma relação de reciprocidade entre estas duas compreensões. Para ele tanto a ética teleológica quanto a moral deontológica recorrem uma à outra para superar seus conflitos e para encontrar uma fundamentação para seus argumentos e tornam-se uma necessidade em situações singulares, sobretudo nos conhecidos casos difíceis (hard cases) do Direito, nas quais somente o recurso à moral não é suficiente para dar alguma solução, haverá que se retornar à intenção ética e até fazer o caminho inverso, dando lugar, como saída, à sabedoria prática, ou seja, à capacidade de agir de modo prudente e conveniente frente a estas conjunturas.


Palavras-chave


Paul Ricoeur. Ética. Moral. Sabedoria prática. Casos difíceis.

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ISSN 2179-9180

 

 

 
 
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