SARTRE: CONSCIÊNCIA DE SI E INSTANTANEÍSMO

Luiz Henrique Luiz Henrique Alves de Souza

Resumo


O artigo descreve como, nas primeiras obras de Sartre, o procedimento reflexivo é criticado com a finalidade de purificar os dados da consciência. A rejeição da interioridade do psíquico é acompanhada por uma restrição temporal da reflexão. Nesse ponto, há uma ambiguidade na filosofia sartreana: por um lado, ela apela para uma rede de intenções temporais para unificar a consciência e assim dispensar o Ego como polo unificador, por outro lado, exige que a intuição reflexiva se atenha ao vivido presente. Desse modo, para superar a afirmação husserliana de um Ego transcendental, Sartre vai, em relação às descrições de Husserl que ligam a intenção presente imediatamente a um horizonte temporal, recuar para um cartesianismo radical, que busca a adequação imediata da consciência de si no presente.

Palavras-chave


Sartre; Consciência de si; instantaneísmo, fenomenologia, cartesianismo

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ISSN 2179-9180

 

 

 
 
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