EXCLUSIVISMO OU PLURALISMO: QUAL POSTURA CABE AO ESTADO DEMOCRÁTICO?

Everton Diego Teles

Resumo


O objetivo deste estudo é apontar que o exclusivismo não se justifica (ainda que atenda critérios epistemológicos), como modo institucional de um Estado entender a diversidade religiosa, especialmente, nas discussões públicas. Para tanto, num primeiro momento, apresentamos o exclusivismo como a posição que defende apenas uma reivindicação de verdade religiosa como verdadeira, sendo todas as outras falsas. Esse pensamento parece inadequado a um Estado democrático, por tender a deixar de lado o respeito pelas crenças que diferem da religião eleita verdadeira, permitindo privilégios políticos a uma determinada crença. Assim, além de ser a posição mais fraca entre as principais abordagens da diversidade religiosa, o exclusivismo não cabe ao Estado democrático. Num segundo momento, propõe-se como saída mais plausível uma variação de uma posição pluralista da diversidade religiosa. No geral, abordagens pluralistas defendem que todas as reivindicações podem ser igualmente legítimas, sem qualquer tipo de absolutismo religioso justificável. De modo mais específico, a abordagem aqui proposta pede que diferentes religiosos e não religiosos assumam uma postura de humildade epistêmica uns diante dos outros. Assim, a conclusão será a de que o pluralismo cabe ao Estado democrático por parecer adequar melhor as religiões nas discussões públicas com diferentes religiosos e não-religiosos. 


Palavras-chave


Pluralismo. Exclusivismo. Diversidade Religiosa.

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ISSN 2179-9180

 

 

 
 
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