Revista de Estudos em Organizações e Controladoria - REOC, UNICENTRO, Irati-PR, v. 1, n. 1, p. 100-121, jan./jun., 2021. Revista de Estudos em Organizações e Controladoria - REOC, UNICENTRO, Irati-PR, v. 1, n. 1, p. 100-121, jan./jun., 2021.
ATIVOS INTANGÍVEIS: CARACTERÍSTICAS DAS PUBLICAÇÕES EM
PERIÓDICOS NACIONAIS DA ÁREA DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
INTANGIBLE ASSETS: CHARACTERISTICS OF PUBLICATIONS IN NATIONAL
JOURNALS IN THE FIELD OF ACCOUNTING SCIENCES
ELCIO ANDRÉ ROTH
E-mail: elcioandreroth@gmail.com
RESUMO
Esta pesquisa explorou a produção acadêmica que abordou Ativos Intangíveis, nos periódicos nacionais
classificados como da área de Ciências Contábeis, pela Associação Nacional de Cursos de Pós-Graduação em
Ciências Contábeis (ANPCONT) e com Qualis na CAPES. O período analisado foi de 2001 a 2018. Foram
pesquisados 36 periódicos e selecionados 89 artigos de 23 revistas. Na seleção dos artigos foram empregados os
seguintes termos: ativos intangíveis; intangível; contabilização do intangível; reconhecimento de intangíveis;
mensuração de intangíveis. As análises envolveram: periódicos, palavras-chave, autores e coautores, ano de
publicação, instituição dos autores e coautores, método e técnica de pesquisa, citações, referências, entre outros
dados. A partir do estudo bibliométrico, os resultados evidenciaram que o ano de 2014 foi o com maior número
de publicações com o tema, destacou-se o periódico Pensar Contábil como a principal revista para o tema Ativo
Intangível, entre os anos de 2001 a 2018, com onze publicações sobre o tema. Prevaleceram publicações em
coautoria e a predominância de referências bibliográficas de artigos em periódicos, com 33% do total das
referências. As instituições de ensino com mais autores foram a Universidade Regional de Blumenau e a
Universidade Federal de Santa Catarina. A análise bibliométrica, utilizando a Lei de Lotka, revelou que o
número de autores com uma única publicação é maior do que o indicado pelo padrão de Lotka, e que as áreas da
contabilidade detêm de um padrão bibliográfico específico. As palavras de maior frequência nos artigos
analisados, Lei de Zipf, foram: Intangível, Ativo, Empresa, Contábil, Resultado, Informação.
Palavras-chave: Intangíveis; Ativos intangíveis; Pesquisa bibliométrica.
ABSTRACT
This research explored the academic production that addressed Intangible Assets, in national journals classified
as in the area of Accounting Sciences, by the National Association of Postgraduate Courses in Accounting
Sciences (ANPCONT) and with Qualis at CAPES. The period analyzed was from 2001 to 2018. 36 journals
were searched and 89 articles from 23 journals were selected. In the selection of articles, the following terms
were used: intangible assets; intangible; accounting for intangible assets; recognition of intangibles;
measurement of intangibles. The analyzes involved: journals, keywords, authors and co-authors, year of
publication, the institution of authors and co-authors, research method and technique, citations, references,
among other data. From the bibliometric study, the results showed that 2014 was the year with the highest
number of publications on the subject, highlighting the journal Pensar Contábil as the main journal for the topic
Intangible Assets, from 2001 to 2018, with eleven publications. Co-authored publications prevailed and the
predominance of bibliographic references of articles in journals, with 33% of the total references. The
educational institutions with more authors were the Regional University of Blumenau and the Federal University
of Santa Catarina. Bibliometric analysis using Lotka’s Law revealed that the number of authors with a single
publication is larger than indicated by the Lotka standard and that the areas of accounting hold a specific
bibliographic standard. The most frequent words in the analyzed articles, Zipf’s Law, were: Intangible, Active,
Company, Accounting, Result, Information.
Keywords: Intangible; Intangible Assets; Bibliometric research.
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1 INTRODUÇÃO
A globalização e os avanços da tecnologia da informação estão acirrando a competição
entre as empresas, forçando-as, cada vez mais, a se diferenciarem de seus concorrentes.
Ativos intangíveis, como marcas, patentes, concessões públicas e capital intelectual, por
exemplo, são ativos singulares, cujas características únicas poderiam permitir a diferenciação
entre as empresas e a obtenção de vantagens competitivas. Nesse contexto, a geração de
riqueza nas empresas estaria diretamente relacionada com os ativos intangíveis, pois esses
ativos seriam responsáveis por desempenhos econômicos superiores e pela geração de valor
aos acionistas e, ainda, que uma maior presença de ativos intangíveis não contabilizados
poderia explicar as lacunas entre o valor de mercado das empresas e o valor refletido pela
contabilidade tradicional (PEREZ; FAMÁ, 2006).
O valor econômico de uma empresa é resultado da soma dos seus ativos tangíveis e
intangíveis. Os ativos intangíveis em particular têm crescido em importância na formação
desse valor. Uma evidência disso é o aumento do valor de mercado das companhias em
relação ao seu valor contábil (KAYO et al., 2006).
A era do conhecimento trouxe novas possibilidades, tecnologias e novos conceitos
para as organizações, com isso um novo olhar sobre os ativos intangíveis ganharam forma e
em alguns casos chegam a superar os ativos tangíveis em valor, como por exemplo, nas
empresas de tecnologia, que tiveram grande valorização de seu patrimônio graças a nova
maneira de contabilização de tais ativos (SCHMIDT; SANTOS, 2009).
Segundo Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC 04 (2010), o intangível é um
ativo não monetário identificável sem substância física. Moraes Júnior (2009) descreve que
são várias as classificações que podem se enquadrar dentro da definição de Ativo Intangível,
sendo elas: softwares, patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, lista
de clientes, direitos sobre hipotecas, licenças de pesca, quotas de importação, franquias,
relacionamentos com clientes ou fornecedores, fidelidade de clientes, participação no
mercado e direitos de comercialização.
Contudo, somente serão reconhecidos como ativos intangíveis os itens que atendem
aos critérios de identificabilidade, de controlabilidade e da existência de esperados benefícios
econômicos futuros, caso contrário, o gasto para adquirir ou gerar internamente tais itens
intangíveis é reconhecido como despesa (CARVALHO; LEMES; COSTA, 2009).
A contabilidade, assim como outras ciências que atuam em um ambiente muito
complexo e dinâmico, necessita permanentemente aperfeiçoar seus fundamentos teóricos com
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o objetivo de conseguir responder às demandas dos profissionais da área e, também,
aprimorar as questões teóricas que têm implicações pragmáticas, tanto para os usuários
externos como para os internos da informação contábil (LIMA; GERIGK; RIBEIRO, 2016).
O canal qualificado de disseminação dos avanços teóricos e empíricos, decorrentes das
pesquisas científicas, tem sido os periódicos, que contam com a avaliação da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), por meio do sistema Qualis. Este
sistema de avaliação consiste em um conjunto de procedimentos utilizados para a
estratificação da qualidade da produção intelectual dos programas de pós-graduação
brasileiros. Como resultado, disponibiliza a classificação dos veículos utilizados pelos
programas de pós-graduação para a divulgação de suas pesquisas. Dessa forma, o Qualis afere
a qualidade dos artigos e de outros tipos de produção intelectual, a partir da análise dos meios
utilizados para a sua divulgação, ou seja, os periódicos científicos (CAPES, 2017).
A publicação em periódicos é importante, pois, tem função precípua na concepção da
qualidade da pesquisa e incremento do conhecimento. Para Larocca, Rosso e Souza (2005), na
análise da qualidade formal e do progresso do conhecimento científico são considerados dois
aspectos essenciais: avaliação constante e comunicação da produção científica. De acordo
com Pizzani, Silva e Hayashi (2008) a ciência pode ser considerada como um amplo sistema
social no qual uma de suas funções é disseminar o conhecimento. E uma das formas de se
transmitir conhecimentos é por meio da divulgação científica.
As pesquisas que têm por objeto as publicações científicas são relevantes, pois
fundamentam a ideia de que é imprescindível aos pesquisadores ficarem atentos para a forma
que o conhecimento foi gerado em seu campo de estudo. As principais formas de análises
destes estudos são as pesquisas bibliométricas, que elaboram levantamentos sobre estudos
publicados anteriormente.
A pesquisa bibliométrica é um instrumento de mapeamento e avaliação de
informações relevantes, auxiliando na elaboração de novas pesquisas e contribuí no
planejamento de futuras publicações, por indicar o que existe de pesquisa sobre determinado
tema. As principais leis empregadas em estudos bibliométricos são: a Lei de Bradford (lei da
dispersão), a Lei de Lotka (lei do quadrado inverso) e a Lei de Zipf (lei do mínimo esforço).
Para Lima, Diniz e Silva (2012) os estudos bibliométricos estão ganhando
proeminência entre os pesquisadores de todas as áreas no Brasil, e na contabilidade não é
diferente.
Nesse contexto, a presente pesquisa tem por finalidade de apresentar as
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especificidades das publicações brasileiras com o tema ativos intangíveis e será norteada pelo
seguinte problema de pesquisa: quais são as características bibliométricas dos artigos que
abordam o tema ativo intangível nos periódicos brasileiros da área de contabilidade?
A contribuição teórica da pesquisa está baseada na possibilidade de observar o estágio
em que se encontra o tema ativo intangível, junto aos meios apropriados de divulgação das
pesquisas científicas (periódicos), detectando seus aspectos bibliométricos mais relevantes.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O referencial teórico aborda o entendimento conceitual da área contábil quanto os
ativos intangíveis, também, acerca da bibliometria e suas principais leis: Lei de Bradford, Lei
de Lotka e a Lei de Zipf.
2.1 Ativo Intangível
O termo intangível tem sua origem do latim tangere ou do grego tango, cujo
significado é tocar. Logo os bens intangíveis o os que não podem ser tocados porque não
possuem corpo físico, porém relacionar a etimologia da palavra à aplicação no ambiente
contábil não tem sido tarefa fácil desde que a contabilidade nacional vem se equiparando a
contabilidade internacional (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999).
Segundo CPC 04 (2010), o intangível é um ativo que geralmente não possui substância
física e que, pode ser resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem
benefícios econômicos futuros para a entidade. Para Padoveze (2010) são considerados ativos
intangíveis os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos, destinados a manutenção da
companhia ou exercidos com essa finalidade.
Quando se avalia uma rentabilidade ou o desempenho de uma empresa, se observa o
retorno do investimento ou do patrimônio líquido, assim, faz-se necessário redobrar a atenção
em relação aos ativos intangíveis.
Segundo Freire (2013), para as empresas não foi fácil adequar o método tangível de se
contabilizar seus ativos para o método intangível, os estudos quanto aos ativos intangíveis na
área contábil são relativamente novos, os primeiros são datados da década de 1980, desde
então os intangíveis começaram a receber atenção das empresas quando o termo capital
intelectual foi cunhado e apresentado como uma das novas riquezas dos negócios.
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A denominação de capital intelectual é encontrada na literatura sob várias formas,
termos relacionados como patrimônio do conhecimento, gestão do conhecimento, ativos
intangíveis, competências e habilidades, inteligência competitiva, gestão de pessoas e,
inclusive, ativos do conhecimento e processos do conhecimento (OLIVEIRA; BEUREN,
2003).
Kapferer (2000) exemplifica a natureza dos ativos intangíveis da seguinte forma: o que
direciona os compradores de carro a escolher uma Mercedes? Segundo o autor, vários são os
pressupostos que regem os compradores, sendo eles: status, tradição, alta tecnologia,
estabilidade, sua dirigibilidade mesmo em altas velocidades, conforto entre outros. Os dois
primeiros itens (status e tradição) têm essencialmente a natureza intangível, os outros itens
mencionados, como a tecnologia, possuem a natureza tangível, pois podem ser manipulados.
Pode-se concluir que cada tipo de ativo exerce um tipo de influência no comprador, como
status e tradição são direcionadores de natureza intangível, conclui-se que a marca seja um
ativo intangível.
Antes da Lei nº 11.638/2007, os ativos intangíveis não eram mensurados corretamente,
após sua promulgação, foi necessário que esse ativo fosse descrito nos balanços patrimoniais
das empresas, principalmente naquelas que comercializam ações nas bolsas de valores
(MANTOVANI; SANTOS, 2014).
As principais alterações introduzidas com a Lei 11.638/2007 foram nos artigos 178
e 179, conforme afirmam Braga e Almeida (2008), sendo elas:
a) Extinção do procedimento de reavaliação espontânea de bens do ativo
imobilizado e formação do grupo de contas de Ajustes de Avaliação Patrimonial.
b) Criação do grupo de contas de ativos intangíveis.
c) Capitalização de arrendamentos mercantis, decorrentes de operações que
transfiram a companhia os benefícios, riscos e controle de bens.
Nos últimos anos as empresas têm buscado cada vez mais incorporar ativos intangíveis
em seus patrimônios, principalmente àqueles que lhes proporcionem diferenciação no
mercado (RITTA; CUNHA; KLANN, 2017). Pode-se afirmar que os ativos intangíveis são
relevantes para condução dos negócios e como fonte de alavancagem do desempenho
organizacional.
Os ativos intangíveis podem ser definidos como um conjunto estruturado de
conhecimentos, práticas e atitudes da empresa que, interagindo com seus ativos tangíveis,
contribuem para formação de valor da empresa (KAYO, 2002). Para Kayo et al. (2006, p. 73):
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O valor econômico de uma empresa é resultado da soma dos seus ativos tangíveis e
intangíveis. A grande valorização de companhias que se utilizam intensamente dos
ativos intangíveis tem mostrado a crescente importância desses ativos na
manutenção de suas vantagens competitivas e, consequentemente, dos seus valores
econômicos, contribuindo sobremaneira para a obtenção de benefícios com melhores
condições para contratar empréstimos e financiamentos.
Os ativos intangíveis se tornaram uma das fontes competitivas de maior importância
nos dias atuais, o conhecimento que faz parte desse processo é uma fonte de recurso
econômico, lidar com esse julgamento e com o tema intangível, se constitui em um dos
maiores desafios para a contabilidade atual. É necessário que a mensuração e o
reconhecimento dos ativos intangíveis sejam realizados de maneira correta para que se
melhore a gestão organizacional, avaliando e orientando as decisões dos provedores de capital
(PEREZ; FAMÁ, 2006).
Os ativos intangíveis são geradores de recursos às empresas, basicamente um dos
campos que mais gera riquezas são as descobertas, as práticas organizacionais e os recursos
humanos, apesar dos recursos humanos serem parte tangível do processo, é nesse ambiente
que surge grande fonte de benefícios intangíveis que são habilidades, ideias e capacidade
mental (SCHMIDT; SANTOS, 2009).
Os ativos intangíveis são apontados com um diferencial e conseguem contribuir para a
obtenção de vantagens competitivas nas organizações. Isto se deve a uma característica
especial do ativo intangível: sua singularidade. Os ativos tangíveis são adquiridos com
relativa facilidade como, por exemplo: máquinas, equipamentos, fábricas etc. Porém, os
ativos intangíveis, são únicos e de propriedade de uma organização (KAYO; et al., 2006).
Barbosa e Gomes (2002) recorrem a uma metáfora para melhor exemplificar a
intangibilidade de certos ativos e recursos de uma empresa. Comparam a empresa a uma
árvore, cujo tronco, ramos, folhas e frutos seriam os representantes dos ativos e recursos
tangíveis, enquanto os intangíveis (invisíveis) seriam representados por suas raízes que, na
maioria das vezes, correspondem a mais da metade da massa da árvore. Embora a análise de
seus frutos e folhas possa nos dar uma boa ideia da saúde presente da árvore, somente uma
investigação de suas raízes é que nos daria uma ideia da sua saúde futura.
Usando uma forma sintetizada os ativos intangíveis podem ser definidos como um
conjunto estruturado de conhecimentos, práticas e atitudes que a empresa possui que,
interagindo com seus ativos tangíveis (ativo fixo e capital de giro), contribuem para formação
do valor das empresas (KAYO, 2002).
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2.2 Bibliometria
A bibliometria é um dos métodos de pesquisa acadêmica, entende-se a bibliometria,
segundo Araújo (2006, p. 12), como uma “técnica quantitativa e estatística de medição dos
índices de produção e disseminação do conhecimento científico”. Inicialmente desenvolveu-
se pela utilização de leis empíricas, dentre as principais estão o método de medição da
produtividade de cientistas de Lotka (1926), a lei de dispersão do conhecimento científico de
Bradford (1934) e o modelo de distribuição e frequência de palavras de Zipf (1949).
Para Lopes et al. (2012), a bibliometria é uma técnica quantitativa e estatística, usada
para medir índices de produção e para melhor disseminação do conhecimento, serve também
para acompanhar os desenvolvimentos de determinada área científica, os padrões de autoria e
publicações e o uso dos resultados das investigações. Para Araújo (2006), o início da
bibliometria se deu no século XX, inicialmente como uma “ferramenta” para que fosse
acompanhado o crescimento e desenvolvimento das diversas áreas da ciência.
A bibliometria, no começo, era aplicada na medição de livros, ou seja, medir a
quantidade de edições e de exemplares, a quantidade de palavras contidas nos livros, espaço
ocupado pelos livros nas bibliotecas e estatísticas relativas à indústria do livro, principalmente,
em acervos bibliotecários. Aos poucos foi se voltando para o estudo de outros formatos de
produção bibliográfica, tais como artigos de periódicos e outros tipos de documentos, para
depois ocupar-se, também, da produtividade de autores e do estudo de citações (ARAÚJO,
2006).
No Brasil, os estudos bibliométricos cresceram rapidamente a partir da década de 1970.
Principalmente com a utilização da bibliometria como instrumento de estudo pelo Instituto
Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD), fundado em 1954 para apoiar o controle
bibliográfico. Atualmente, denominado Instituto Brasileiro de Informação Científica e
Tecnológica (IBICT). No entanto, na década de 1980 houve uma queda nas produções
bibliométricas, retomando a produtividade na década de 1990, devido às possibilidades e as
facilidades trazidas pela tecnologia da informação e comunicação (ARAÚJO, 2006).
Os principais objetivos da bibliometria são os seguintes: i) Identificar as tendências e o
crescimento do conhecimento em uma área; ii) Identificar as revistas do núcleo de uma
disciplina; iii) Mensurar a cobertura das revistas secundárias; iv) Identificar os usuários de
uma disciplina; v) Prever as tendências de publicação; vi) Estudar a dispersão e a
obsolescência da literatura científica; vii) Prever a produtividade de autores individuais,
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organizações e países; viii) Medir o grau e padrões de colaboração entre autores; ix) Analisar
os processos de citação e co-citação; x) Determinar o desempenho dos sistemas de
recuperação da informação; xi) Avaliar os aspectos estatísticos da linguagem; xii) Avaliar a
circulação e o uso de documentos num centro de documentação; xiii) Medir o crescimento de
determinadas áreas e o surgimento de novos temas (VANTI 2002).
O início do Século XX houve a necessidade do estudo e da avaliação das atividades de
produção e comunicação científica. Assim, surgiu a necessidade de desenvolver leis empíricas
sobre o comportamento dessa literatura. O principal marco do desenvolvimento dessa técnica
foi o surgimento das leis da bibliometria, como o método de produtividade de cientistas de
Lotka (1926), a lei da dispersão do conhecimento científico de Bradford (1934) e o modelo de
distribuição e frequência de palavras de Zipf (1949) (ARAÚJO, 2006).
A Lei de Bradford, segundo Araújo (2006), tem como preocupação de análise a
produtividade dos periódicos, sua premissa básica é descobrir a extensão na qual artigos de
um assunto científico específico apareciam em periódicos destinados a outros assuntos, esses
estudos, que em 1934, culminaram na criação da fórmula da dispersão. Dispondo os
periódicos em ordem decrescente de produtividade de artigos sobre um determinado tema,
encontraremos um núcleo de periódicos mais particularmente devotados ao tema e vários
grupos ou zonas que incluem o mesmo número de artigos que o núcleo, sempre que o número
de periódicos existentes no núcleo e nas zonas sucessivas seja de ordem de 1: n: n2: n3 e
assim sucessivamente.
Observa-se então, como parâmetro da Lei Bradford que na medida em que são
produzidos os primeiros artigos sobre um novo assunto, eles serão submetidos a uma pequena
seleção por periódicos apropriados e são aceitos. A sequência do processo é que esses
periódicos, inicialmente selecionados, acabam atraindo mais artigos, da mesma área ou
assunto. Porém, em contrapartida, outros artigos começarão a ser escritos sobre o mesmo
assunto. Enfim, no final, o assunto começa a se desenvolver e surge assim um novo núcleo de
periódicos mais produtivos, no que se refere à edição de artigos sobre o assunto. Esse
fenômeno é conhecido como o “mecanismo do sucesso gerando sucesso” (BROOKES, 1969,
p. 954).
A Lei de Bradford, estabelece que os periódicos devem ser ordenados por ordem
decrescente de produtividade, com soma parcial. O total de artigos deve ser somado e
dividido por três; o grupo que tiver mais artigos, até o total de 1/3 dos artigos, é o core
daquele assunto (grupo de periódicos altamente produtivos). O segundo e o terceiro grupo são
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as extensões (cada um deles sucessivamente com menor produtividade). A razão do número
de periódicos em qualquer zona pelo número de periódicos na zona precedente é chamada
“multiplicador de Bradford”: à medida que o número de zonas for aumentando, o
multiplicador diminuirá (ARAÚJO, 2006).
A Lei de Lotka, conhecida também como Lei dos Quadrados Inversos, objetiva
determinar a produtividade dos autores. Considera que uma grande porção da literatura
científica é produzida por um pequeno número de autores, e um grande número de pequenos
produtores se iguala em produção, a pequena quantidade de grandes produtores. Tendo como
fórmula a lei dos quadrados inversos: y
x
= 6/p
2
x
a
, onde y
x
é a frequência de autores
publicando número x de trabalhos e a é um valor constante para cada campo científico
(ARAÚJO, 2006).
Para Ferreira (2010) essa lei consiste em que um número de autores que tenham
publicado exatamente (n) trabalhos é inversamente proporcional a (n²). Em um respectivo
período de tempo, levando em consideração um número n de artigos analisados, o número de
autores que escreveram dois artigos seria correspondente a 1/4 dos autores que escreveram um
artigo, e autores que escreveram três artigos corresponderiam a 1/9 dos autores que
escreveram um artigo, e assim sucessivamente (GUEDES; BORSCHIVER, 2005).
Para a correta aplicação da Lei de Lotka, uma das questões que mais tem relevância
refere-se as três possíveis formas de contagem da autoria: i) direta: quando se atribui crédito
apenas ao autor nomeado em primeiro lugar; ii) completa: quando se atribui crédito a todos os
autores; iii) contagem ajustada: o crédito é fracionado entre outros autores. Na opinião dos
pesquisadores que utilizam essas leis em seus estudos a contagem direta e ajustada conduz a
pesquisa a resultados similares (ALVARADO, 1984).
A terceira lei clássica da bibliometria é a Lei de Zipf, também conhecida como Lei do
Menor Esforço, foi formulada em 1949, com o intuito de descrever a relação entre a ordem da
série de uma palavra em um determinado texto suficientemente grande, assim mensurando a
frequência da ocorrência de palavras em um determinado texto (SANTOS, 2015).
Zipf observou que num texto suficientemente longo, existia uma relação entre a
frequência que determinada palavra ocorria e sua posição no ranking de palavras ordenadas
de forma decrescente segundo sua frequência de ocorrência. Assim, a palavra de maior
frequência de ocorrência tem ordem de série 1, a de segunda maior frequência de ocorrência,
ordem de série 2 e, assim, consecutivamente. Consistindo na definição de que o produto de
uma ordem de séries de determinada palavra multiplicado pela frequência de ocorrência em
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um texto era aproximadamente constante em uma variável aproximada de 26500.
Representada pela fórmula: r.f = k, onde: r é a posição da palavra; f é a sua frequência; e k é a
constante (GUEDES; BORSCHIVER, 2005).
A partir dessa constante Zipf formulou o princípio do menor esforço, definiu que em
um texto suficientemente longo existe uma economia do uso de palavras, as palavras com
menos letras são utilizadas com maior frequência, tornando o texto mais fácil de ser lido, uma
mesma palavra será usada muitas vezes (ARAÚJO, 2006).
O termo bibliometria surgiu em 1969, trazido por Alan Pritchard, o termo surgiu após
Pritchard substitui-lo do termo “bibliografia estatística” que vinha sendo usado desde 1922,
quando Edward Whyndham Hulme apresentou o método em um estudo pioneiro de Cole e
Eales de 1917 acerca da bibliografia de anatomia (VANTI, 2002).
Na área contábil a pesquisa bibliométrica surge impulsionada pela necessidade de
conhecer o avanço surgido na área com a divulgação de informações relevantes para a
comunidade científica. A produção científica na área contábil é marcada fortemente no século
XX, incentivada sobre tudo pelas mudanças sociais e econômicas ocorridas na sociedade
(MENDES et al., 2015).
A pesquisa contábil brasileira principalmente desempenhada por docentes e discentes
despertam a atenção, para disseminação dos estudos em periódicos e eventos científicos.
Valorizando-se os aspectos e a importância desses meios de proliferação do conhecimento
científico, destaca-se como de suma importância o estudo da produção científica como fator
relevante para a ciência contábil (OLIVEIRA; CARVALHO, 2008).
3 METODOLOGIA
A finalidade dessa pesquisa é apresentar e descrever, com base na metodologia aqui
especificada, as características bibliométrica das publicações das pesquisas brasileiras que
abordaram o tema ativo intangível em periódicos nacionais da área de contabilidade. Quanto
aos objetivos o estudo é caracterizado como descritivo, os procedimentos empregados foram
pesquisa bibliográfica e documental e a abordagem é quantitativa, além de configurar-se
como um estudo bibliométrico.
O objetivo geral do estudo é expor os aspectos das publicações científicas nacionais
com a temática ativos intangíveis, sob o enfoque da bibliometria. A Figura 1 resume os
procedimentos empregados nesta pesquisa.
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Esquema para o desenvolvimento da pesquisa
1. Escolha dos periódicos
Pesquisa na ANPCONT
Associação Nacional dos
Programas de Pós-graduação
em Ciências Contábeis
Periódicos brasileiros classificados como da área de Contabilidade
2. Escolha dos artigos
Período: 2001 a 2018
Busca, nas páginas dos periódicos, de artigos com termos (palavras-chave):
1.Intangível(is) - 2. Ativo(s) Intangível(is) -
3.Contabilização do Intangível - 4. Reconhecimento de Intangíveis - 5. Mensuração
de Ativos Intangíveis.
As buscas serão realizadas no Título, no Resumo e nas Palavras-chave.
3. Caracterização dos artigos
Análise dos artigos selecionados, de acordo com os seguintes aspectos: periódico, autor(es), ano de publicação,
instituição, autores e coautores, método e técnica de pesquisa empregada, citações, referências entre outros dados.
4. Organização dos dados coletados em informações
Elaborar panorama sobre o tema pesquisado nos periódicos analisados
Figura 1 Esquema para o desenvolvimento da pesquisa
Fonte: O autor (2021).
Os artigos analisados foram os constantes nos periódicos indicados pela Associação
Nacional de Cursos de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (ANPCONT), como da área de
Ciências Contábeis. Este recorte tem por objetivo analisar os artigos que se encontram nos
periódicos considerados como da área de contabilidade, devido à especificidade da temática.
E o período de análise foi entre os anos de 2001 a 2018.
A seleção dos artigos deu-se por meio dos seguintes termos: intangível(is), ativo(s)
intangível(is), contabilização do intangível, reconhecimento de intangíveis e mensuração de
intangíveis. A busca foi realizada levando em conta o Título, o Resumo e as Palavras-chave,
dos artigos. Os periódicos nacionais, indicados pela ANPCONT como da área de Ciências
Contábeis, totalizaram 36 revistas. A amostra analisada na pesquisa resultou em 89 (oitenta e
nove) artigos selecionados, de 23 desses periódicos.
No que se refere a delimitação, os dados foram obtidos da seguinte forma: seleção dos
periódicos, caracterização dos mesmos levando em conta autores e coautores, métodos e
técnicas empregadas, referências, entre outros.
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Após a seleção dos artigos foi realizado tratamento dos dados para as análises
descritivas, para apresentar e descrever as principais características das publicações, bem
como, proceder à aplicação das leis de Bradford, de Lotka e de Zipf ao conjunto dos artigos
pesquisados.
4 RESULTADOS DA PESQUISA
A primeira questão abordada refere-se à identificação das publicações sobre os ativos
intangíveis e os periódicos nacionais que os fizeram entre os anos de 2001 a 2018. A Tabela 1
apresenta a quantidade de artigos selecionados que abordaram o tema Ativo Intangível.
Tabela 1 Distribuição dos artigos por periódicos - 2001 a 2018
Fonte: Dados da pesquisa (2021).
O número obtido resultou em 89 (oitenta e nove) artigos selecionados, tendo como
critério publicações em revistas classificadas, pela Associação Nacional de Cursos de Pós-
Graduação em Ciências Contábeis (ANPCONT), como da área de Ciências Contábeis,
independentemente do seu Qualis/CAPES. A seleção deu-se por meio dos seguintes termos:
Periódicos
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Total
Revista Pensar Contábil 2 1 1 1 1 1 3 1 11
Revista Catarinense da Ciência Conbil 1 1 2 2 1 7
ConTexto 1 2 1 1 1 6
Revista Contabilidade e Finanças 1 2 1 1 1 6
Base - Revista de Adm. e Contabilidade 1 1 2 1 5
ReCont 2 1 2 5
Revista Contemporânea de Contabilidade 1 1 2 1 5
Revista Enfoque Contábil 1 1 1 1 1 5
Revista Mineira de Contabilidade - RMC 1 1 2 1 5
Brazilian Business Review 1 1 2 4
Revista Contabilidade e Organizações 1 1 1 1 4
Revista de Contabilidade do Mestrado 1 2 1 4
Revista Ambiente Conbil 1 1 1 3
Revista de Contabilidade e Controladoria 1 1 1 3
Revista Gestão, Finanças e Contabilidade 1 2 3
Revista TECAP 3 3
Revista Universo Contábil 1 2 3
Revista Brasileira de Gestão de Negócios 1 1 2
Advances in Scientific and Applied Acc 1 1
CAP - Accouting and Amangement 1 1
Revista Evidenciação Contábil & Finanças 1 1
Revista Sinergia (ICEAC) 1 1
Revista Sociedade, Contabilidade e Gestão 1 1
Total 1 2 3 0 2 4 4 5 2 3 6 9 11 12 11 5 5 4 89
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intangível(is), ativo(s) intangível(is), contabilização do intangível, reconhecimento de
intangíveis e mensuração de intangíveis, presentes no Título, Resumo e/ou Palavras-chave.
Os critérios de seleção indicaram que dos 36 periódicos nacionais analisados, 23
apresentaram publicações com o tema ativo(s) intangível(is). Tendo como média geral 4,94
artigos sobre a temática, no conjunto total de periódicos brasileiros da área de contabilidade.
Destaca-se o ano de 2014, período com o maior número de artigos publicados abordando a
temática, com 12 (doze) artigos. No período de 2004, no entanto, não foram encontradas
publicações sobre o tema, no conjunto de revistas analisado.
A Revista Pensar Contábil mostrou-se como a principal periódico para o tema Ativo
Intangível, entre 2001 a 2018, considerando os critérios de seleção dos artigos empregados
pela pesquisa, com 11 (onze) publicações, sendo três no ano de 2015, duas publicações no ano
de 2006 e uma publicação nos anos de 2007, 2011, 2012, 2013, 2014 e 2018.
Considerando a Lei de Bradford estabeleceu como escore o número 29,67 (89/3). O
core principal foi composto por 4 revistas: Revista Pensar Contábil (11 artigos), Revista
Catarinense da Ciência Contábil (7 artigos), ConTexto (6 artigos) e a Revista Contabilidade &
Finanças (6 artigos). O segundo core teve 6 revistas: Base Revista de Administração e
Contabilidade, ReCont, Revista Contemporânea de Contabilidade, Revista Enfoque Contábil,
Revista Mineira de Contabilidade RMC (todas com 5 artigos) e a Brazilian Business
Review (com 4 artigos). E o terceiro core contou com 13 revistas (Tabela 1).
A Tabela 2 apresenta o número de artigos por autor e compara-se com o Padrão de
Lotka (60,80%). Os resultados mostram que 83,14% dos autores publicaram apenas 1 artigo,
o que representou pouco mais de 22 pontos percentuais acima do padrão estabelecido pela Lei
de Lotka. Os pesquisadores com duas publicações tiveram porcentagem inferior aos padrões
de Lotka, porém com 4 e 5 publicações os resultados foram superiores ao Padrão de Lotka.
Tabela 2 Número de artigos publicados por autor 2001 a 2018
Número de artigos por autor
Frequência registrada por autor
(%) Pesquisa
Padrão Lotka (%)
1 artigo
74
83,14
60,80
2 artigos
2
2,24
15,20
3 artigos
0
0,00
6,80
4 artigos
8
8,98
3,80
5 artigos
5
5,61
2,40
6 artigos
0
0,00
1,70
7 artigos
0
0,00
1,20
Mais de 7 artigos
0
0,00
8,10
Total
89
100,00
100,00
Fonte: Dados da pesquisa (2021).
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O resultado deste estudo segue o padrão de áreas correlatas da contabilidade, como os
encontrados nos estudos de Ribeiro (2013), que analisou as publicações na Revista
Contemporânea de Contabilidade durante o período de 2004 a 2012, e de Leite Filho (2008), o
qual teve como temática a análise dos padrões de produtividade na área de contabilidade em
congressos nacionais. Ambos estudos identificaram padrões próximos dos encontrados nesta
pesquisa.
A pesquisa identificou os autores como o maior número de publicações abordando o
tema ativo intangível, segundo os critérios da presente pesquisa. A Tabela 3 apresenta o
ranking dos autores com maior número de publicações no período avaliado.
Tabela 3 Ranking dos autores com maior número de publicações 2001 a 2018.
Autores
Quantidade
Frequência relativa
José Luiz Santos
5
5,62%
Maria Thereza Pompa Antunes
4
4,49%
Geovane Dias de Moura
4
4,49%
Valnir Alberto Brandt
2
2,25%
Outros
74
83,15%
Total
89
100%
Fonte: Dados da pesquisa (2021).
Conforme mostra a Tabela 3, o autor mais produtivo sobre o tema ativo intangível,
sem considerar coautorias, foi José Luiz Santos, responde por 5,62% do total das publicações
analisadas (5 de 89 publicações), com 4 publicações e respondendo por 4,49% do total das
publicações temos Maria Thereza Pompa Antunes e Geovane Dias de Moura com 4
publicações cada, e com duas publicações respondendo por 2,25% do total das publicações
temos Valnir Alberto Brandt, os outros setenta e quatro autores publicaram apenas um artigo
no período analisado, 2001 a 2018. O Quadro 1 apresenta os artigos do autor com maior
número de publicações.
Quadro 1 Publicações autor mais produtivo no tema ativo intangível 2001 a 2018
José Luiz Santos
Análise e Evidenciação da Propriedade Intelectual
Ativos Intangíveis
Ativos Intangíveis - Análise das Principais Alterações Introduzidas pelos FAZ 141 e 142
Ativos Intangíveis: Fonte de Vantagem Competitiva
A Importância do Capital Intelectual na Sociedade do Conhecimento
Fonte: Dados da pesquisa (2021).
A quantidade de autores por artigo é evidenciada na Tabela 4. Identifica-se que 13%
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dos autores escreveram sozinhos, resultados que são diferentes aos encontrados em outros
estudos de áreas semelhantes, como os de Mendes et al. (2015) e de Santos (2015). Nesse
estudo, diferente da Lei de Lotka, a maioria dos artigos foi escrito por 3 autores, 33% do total
de artigos; seguido dos com 2 autores que representaram 27% do total das publicações; com 4
autores 17% do total e com um autor 13% das publicações. As publicações em coautorias
foram de 87%, observa-se, assim, preferência em publicar em conjunto.
Tabela 4 Quantidade de autores por artigo 2001 a 2018
N° de autores
Quantidade de artigos
%
1 autor
12
13%
2 autores
24
27%
3 autores
29
33%
4 autores
15
17%
5 autores
9
10%
Total
89
100%
Fonte: Dados da pesquisa (2021).
Em relação ao gênero dos autores, a Tabela 5 evidencia que na temática pesquisada,
ativos intangíveis, a maioria dos autores principais são do sexo masculino 48, o que
representa 54% do total dos autores, do sexo feminino foram 46%, ou 41 autores.
Tabela 5 Gênero dos autores 2001 a 2018
Gênero dos Autores
Total
Percentual
Feminino
41
46,07%
Masculino
48
53,93%
Total
89
100,00%
Fonte: Dados da pesquisa (2021).
A diferença quantitativa encontrada entre homens e mulheres, foi inferior a pesquisa
feita por Leite Filho (2008), que encontrou um resultado em que 70,8% dos autores eram do
sexo masculino e apenas 29,2% do sexo feminino. Também analisando estudos de Santos
(2015), verifica-se uma tendência para a redução da diferença quantitativa entre os gêneros no
decorrer dos anos.
A Tabela 6 apresenta a quantidade de artigos explorando o vínculo institucional do
autor principal da publicação, o objetivo é detectar qual(is) foi(ram) a(s) Instituição(ões) com
o maior número de autores no período avaliado.
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Tabela 6 Universidades com mais primeiros autores em artigos sobre intangíveis 2001 a
2018
Instituições
Quantidade Artigos
FURB
7
UFSC
7
UFMG
6
FEA/USP
4
UFRGS
4
FACC/UFRJ
3
UFES
3
Mackenzie
2
UERJ
2
UFC
2
UFPE
2
UFRGN
2
UFRJ
2
UnB/UFPB/UFRN
2
UNIOESTE
2
UNISINOS
2
Universidade de Brasília
2
USP
2
Faculdades Pedro Leopoldo
1
FGV
1
Fundação Dom Cabral
1
Instituto Politécnico de Setúbal
1
PUC/MG
1
PUC/SP
1
UEM
1
Ufersa
1
UFF
1
UFP
1
UFPB
1
UFRS
1
UFSC/UEM
1
UFSM
1
UNIFIN
1
UNINOVE
1
UNISANTOS
1
UNISUL
1
Universidade Comunitária de Chapecó
1
Universidade de Coimbra
1
Universidade de Huelva
1
Universidade Estadual Oeste Paraná
1
Universidade Vale do Rio dos Sinos
1
Universidade de Zaragoza
1
Universidade Federal de Uberlândia
1
UnoChapecó
1
UPM
1
USP/UFRJ
1
UTFPR
1
Sem Universidade Definida
4
Total
89
Fonte: Dados da pesquisa (2021).
Os resultados da Tabela 6 evidenciam que a Fundação Universidade Regional de
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Blumenau (FURB) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foram as IES que
mais tiveram primeiros autores quando o tema foi ativo intangível, no período de 2001 a 2018,
ambas com 7 publicações. Seguidas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que
teve 6 publicações com autores principais.
A pesquisa identificou a abordagem metodológica mais usual no conjunto de artigos
que trataram do tema ativo intangível, entre os anos de 2001 a 2018. Os dados são
evidenciados na Tabela 7.
Tabela 7 Abordagem metodológica mais usual 2001 a 2018
Fonte: Dados da pesquisa (2021).
Com base nos resultados da Tabela 7, constata-se que 40% dos estudos analisados a
abordagem utilizada é a quantitativa, que foi mencionada explicitamente nos artigos (36 dos
89 artigos). As pesquisas qualitativas foram de 18% (16 artigos) e as publicações que não
mencionaram qual abordagem foi utilizada responderam por 29% do total de artigos
pesquisados (26 artigos). A utilização de ambas as abordagens (Qualitativa-Quantitativa) foi
encontrado em 11 artigos (12% do total de artigos analisados).
Para avaliar os preceitos da Lei de Zipf, que trata da frequência de ocorrência de
palavras em um determinador conjunto, realizou-se análise com os resumos dos artigos,
utilizando o software Iramuteq. O resultado dessa análise é apresentado por meio de uma
nuvem de palavra (Figura 2). Ressalta-se que a nuvem de palavras é uma forma de
visualização de dados, que mostra a frequência com que as palavras aparecem em
determinado texto (FRANCISCO, 2011).
A análise com os resumos dos artigos pesquisados indica três termos principais:
Intangível, Ativo e Empresa. E de forma secundária os termos: Contábil, Estudo, Informação,
Pesquisa e Resultado. Os termos principais e secundários são condizentes com o tema
pesquisa que trata da temática ativo intangível na área de contabilidade.
Abordagem Metodológica
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Total
Qualitativa 2 3 1 1 1 4 3 1 16
Quantitativa 2 1 1 1 1 3 1 2 3 5 3 3 6 4 36
Quali-Quanti 2 4 1 2 1 1 11
Não Mencionada 1 3 2 1 4 1 1 1 2 2 1 1 2 2 1 1 26
Total 1 3 4 1 1 5 3 7 2 4 4 9 9 8 9 6 7 6 89
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Figura 2 Nuvem de palavras mais frequentes, resumos dos artigos 2001 a 2018
Fonte: Dados da pesquisa (2021).
Percebe-se que há uma relação direta entre as terminologias utilizadas, expressa
principalmente pela utilização dos termos Intangível e Ativo, tanto na pesquisa dos artigos,
quanto na frequência de ocorrência no montante de artigos analisados, que segue os preceitos
da lei de Zipf, que as palavras com menos letras são utilizadas com maior frequência.
A Tabela 8 apresenta os tipos de referências bibliográficas utilizadas pelos autores.
Especificando os tipos de bibliografias encontrados: livros, teses e dissertações, periódicos,
jornais, eventos científicos, endereços eletrônicos, leis e normas, entre outros.
Tabela 8 Tipos de referências bibliográficas 2001 a 2018
Fonte: Dados da pesquisa (2021).
Tipo de bibliografia Total %
Livro
Internacional 510 16,35
Nacional 688 22,06
Teses/Dissertações
Internacional 1 0,03
Nacional 196 6,28
Perdicos
Internacional 606 19,43
Nacional 516 16,54
Anais e Eventos Científicos
Internacional 12 0,38
Nacional 184 5,90
Jornais
Internacional 6 0,19
Nacional 0,00
Endereços Eletrônicos
Internacional 130 4,17
Nacional 96 3,08
Legislação
Internacional 46 1,47
Nacional 122 3,91
Outros
6 0,19
Total 3.119 100
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Os resultados quanto às referências mostram que do total de 3.119 referências, as
maiores frequências são de livros 1.198 referências seguidos de periódicos que tiveram 1.122.
Os livros correspondem a 38,41% do total das referências, sendo 16,35% internacionais e
22,06% nacionais. Observa-se, também, alto número de referências a periódicos e livros
internacionais com 35,78% do total, demonstrando assim que o tema Intangível tem bastante
influência no âmbito internacional. A média de referências foi de 35 por artigo.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo do estudo foi analisar, sob o ponto de vista da bibliometria, as
características das publicações, em periódicos nacionais da área de ciência contábeis, que
tiveram como temática de pesquisa o ativo intangível, no período de 2001 a 2018.
Concluiu-se que a maioria da produção acadêmica nos periódicos se referiu a trabalhos
com três autores, indicando assim uma tendência de que os atuais pesquisadores procuram
publicar seus artigos em grupo. Predominantemente houve mais autores principais do gênero
masculino, correspondendo a 53,93% do total de autores.
A Lei de Bradford teve como core do tema: Ativos Intangíveis, ou seja, o grupo de
periódicos altamente produtivos sobre o tema, a Revista Pensar Contábil (11 artigos), Revista
Catarinense da Ciência Contábil (7 artigos), ConTexto (6 artigos) e Revista Contabilidade &
Finanças (6 artigos).
Com relação à Lei de Lotka, os resultados se mostraram acima do padrão estabelecido
por Lotka, na presente pesquisa 83,14% dos autores publicaram apenas um artigo, também
tivemos autores que publicaram 5 artigos sobre Ativos Intangíveis. Pelos números confirma-
se a premissa do padrão Lotka em que muitos autores produzem pouco e poucos autores
produzem muito.
Quanto ao vínculo institucional do autor principal, as universidades com mais
publicações, no período de 2001 a 2018, foram: a Fundação Universidade Regional de
Blumenau (FURB) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), cada uma com 7,86%
das publicações (7 de 89 artigos).
Analisando as referências, pode-se observar maior procura por livros nacionais, 22,06 %
do total das referências utilizadas, e periódicos internacionais com 19,43% das referências
utilizadas. Também, registrou-se um alto número de referências de periódicos nacionais
(16,54%), seguidos dos livros internacionais com 16,35%.
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Ao tratarmos da Lei de Zipf, por meio da análise dos resumos dos artigos, destacaram-
se os seguintes termos: Intangível, Ativo, Empresa, em primeiro plano; seguidos de Contábil,
Estudo, Informação, Pesquisa e Resultado. Termos esses que associados podem ser usadas por
futuras pesquisas sobre a temática envolvendo os Ativos Intangíveis.
Considerando os objetivos da pesquisa e por utilizar como amostra, publicações em
periódicos da área de Ciências Contábeis, classificados pela Associação Nacional dos
Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (ANPCONT), alerta-se que esses
resultados não podem ser generalizados para outros periódicos e outras áreas. Contudo se
observa que a pesquisa pode contribuir para futuras pesquisas sobre a temática dos ativos
intangíveis.
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