Revista de Estudos em Organizações e Controladoria - REOC, UNICENTRO, Irati-PR, v. 1, n. 1, p. 100-121, jan./jun., 2021. Revista de Estudos em Organizações e Controladoria - REOC, UNICENTRO, Irati-PR, v. 1, n. 1, p. 100-121, jan./jun., 2021. 
ATIVOS INTANGÍVEIS: CARACTERÍSTICAS DAS PUBLICAÇÕES EM 
PERIÓDICOS NACIONAIS DA ÁREA DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
INTANGIBLE ASSETS: CHARACTERISTICS OF PUBLICATIONS IN NATIONAL 
JOURNALS IN THE FIELD OF ACCOUNTING SCIENCES 
ELCIO ANDRÉ ROTH 
E-mail: elcioandreroth@gmail.com 
RESUMO 
Esta  pesquisa  explorou  a  produção  acadêmica  que  abordou  Ativos  Intangíveis,  nos  periódicos  nacionais 
classificados como da área de Ciências Contábeis, pela Associação Nacional de Cursos de Pós-Graduação em 
Ciências  Contábeis  (ANPCONT)  e  com Qualis  na CAPES.  O  período  analisado foi de  2001 a 2018.  Foram 
pesquisados 36 periódicos e selecionados 89 artigos de 23 revistas. Na seleção dos artigos foram empregados os 
seguintes  termos:  ativos  intangíveis;  intangível;  contabilização  do  intangível;  reconhecimento  de  intangíveis; 
mensuração  de  intangíveis.  As  análises  envolveram:  periódicos,  palavras-chave,  autores  e  coautores,  ano  de 
publicação, instituição dos autores e coautores, método e técnica de pesquisa, citações, referências, entre outros 
dados. A partir do estudo bibliométrico, os resultados evidenciaram que o ano de 2014 foi o com maior número 
de publicações com o tema, destacou-se o periódico Pensar Contábil como a principal revista para o tema Ativo 
Intangível, entre os anos de 2001 a 2018, com onze publicações sobre o tema. Prevaleceram publicações em 
coautoria  e  a  predominância  de  referências  bibliográficas  de  artigos  em  periódicos,  com  33%  do  total  das 
referências.  As  instituições  de  ensino  com  mais  autores  foram  a  Universidade  Regional  de  Blumenau  e  a 
Universidade  Federal  de  Santa  Catarina.  A  análise  bibliométrica,  utilizando  a  Lei  de  Lotka,  revelou  que  o 
número de autores com uma única publicação é maior do que o indicado pelo padrão de Lotka, e que as áreas da 
contabilidade  detêm  de  um  padrão  bibliográfico  específico.  As  palavras  de  maior  frequência  nos  artigos 
analisados, Lei de Zipf, foram: Intangível, Ativo, Empresa, Contábil, Resultado, Informação. 
Palavras-chave: Intangíveis; Ativos intangíveis; Pesquisa bibliométrica. 
ABSTRACT 
This research explored the academic production that addressed Intangible Assets, in national journals classified 
as  in  the  area  of  Accounting  Sciences,  by  the  National  Association  of  Postgraduate  Courses  in  Accounting 
Sciences (ANPCONT) and with Qualis at CAPES. The period analyzed was from 2001 to 2018. 36 journals 
were searched and 89 articles from 23 journals were selected. In the selection of articles, the following terms 
were  used:  intangible  assets;  intangible;  accounting  for  intangible  assets;  recognition  of  intangibles; 
measurement  of  intangibles.  The  analyzes  involved:  journals,  keywords,  authors  and  co-authors,  year  of 
publication,  the  institution  of  authors  and  co-authors,  research  method  and  technique,  citations,  references, 
among  other  data.  From the  bibliometric  study, the  results  showed that  2014  was  the  year  with  the  highest 
number of publications on the subject, highlighting the journal Pensar Contábil as the main journal for the topic 
Intangible  Assets,  from  2001  to  2018,  with  eleven  publications.  Co-authored  publications  prevailed  and  the 
predominance  of  bibliographic  references  of  articles  in  journals,  with  33%  of  the  total  references.  The 
educational institutions with more authors were the Regional University of Blumenau and the Federal University 
of Santa Catarina. Bibliometric analysis using Lotka’s Law revealed that the  number of authors  with a single 
publication  is  larger  than  indicated  by  the  Lotka  standard  and  that  the  areas  of  accounting  hold  a  specific 
bibliographic standard. The most frequent words in the analyzed articles, Zipf’s Law, were: Intangible, Active, 
Company, Accounting, Result, Information. 
Keywords: Intangible; Intangible Assets; Bibliometric research. 
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1 INTRODUÇÃO 
A globalização e os avanços da tecnologia da informação estão acirrando a competição 
entre  as  empresas,  forçando-as,  cada  vez  mais,  a  se  diferenciarem  de  seus  concorrentes. 
Ativos  intangíveis,  como  marcas,  patentes,  concessões  públicas  e  capital  intelectual,  por 
exemplo, são ativos singulares, cujas características únicas poderiam permitir a diferenciação 
entre  as  empresas  e  a  obtenção  de  vantagens  competitivas.  Nesse  contexto,  a  geração  de 
riqueza nas empresas estaria diretamente relacionada  com os  ativos intangíveis, pois  esses 
ativos seriam responsáveis por desempenhos econômicos superiores e pela geração de valor 
aos  acionistas  e,  ainda,  que  uma  maior  presença  de  ativos  intangíveis  não  contabilizados 
poderia explicar as lacunas entre o valor de mercado das empresas e o valor refletido pela 
contabilidade tradicional (PEREZ; FAMÁ, 2006). 
O valor econômico de uma empresa é resultado da soma dos seus ativos tangíveis e 
intangíveis.  Os  ativos  intangíveis em  particular  têm  crescido  em importância  na  formação 
desse  valor.  Uma  evidência  disso  é  o  aumento  do  valor  de  mercado  das  companhias  em 
relação ao seu valor contábil (KAYO et al., 2006). 
A  era  do  conhecimento  trouxe  novas  possibilidades, tecnologias  e  novos  conceitos 
para as organizações, com isso um novo olhar sobre os ativos intangíveis ganharam forma e 
em  alguns  casos  chegam  a  superar  os  ativos  tangíveis  em  valor,  como  por  exemplo,  nas 
empresas  de  tecnologia,  que  tiveram  grande  valorização  de  seu  patrimônio  graças  a  nova 
maneira de contabilização de tais ativos (SCHMIDT; SANTOS, 2009). 
Segundo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC 04 (2010), o intangível é um 
ativo não monetário identificável sem substância física. Moraes Júnior (2009) descreve que 
são várias as classificações que podem se enquadrar dentro da definição de Ativo Intangível, 
sendo elas: softwares, patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, lista 
de  clientes,  direitos  sobre  hipotecas,  licenças  de  pesca,  quotas  de  importação,  franquias, 
relacionamentos  com  clientes  ou  fornecedores,  fidelidade  de  clientes,  participação  no 
mercado e direitos de comercialização.  
Contudo, somente serão reconhecidos como ativos intangíveis os itens que atendem 
aos critérios de identificabilidade, de controlabilidade e da existência de esperados benefícios 
econômicos  futuros,  caso  contrário,  o  gasto  para  adquirir  ou  gerar  internamente  tais  itens 
intangíveis é reconhecido como despesa (CARVALHO; LEMES; COSTA, 2009). 
A  contabilidade,  assim  como  outras  ciências  que  atuam  em  um  ambiente  muito 
complexo e dinâmico, necessita permanentemente aperfeiçoar seus fundamentos teóricos com 
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o  objetivo  de  conseguir  responder  às  demandas  dos  profissionais  da  área  e,  também, 
aprimorar  as  questões  teóricas  que  têm  implicações  pragmáticas,  tanto  para  os  usuários 
externos como para os internos da informação contábil (LIMA; GERIGK; RIBEIRO, 2016). 
O canal qualificado de disseminação dos avanços teóricos e empíricos, decorrentes das 
pesquisas científicas, tem sido os periódicos, que contam com a avaliação da Coordenação de 
Aperfeiçoamento de Pessoal  de  Nível  Superior (Capes), por meio  do sistema  Qualis. Este 
sistema  de  avaliação  consiste  em  um  conjunto  de  procedimentos  utilizados  para  a 
estratificação  da  qualidade  da  produção  intelectual  dos  programas  de  pós-graduação 
brasileiros.  Como  resultado,  disponibiliza  a  classificação  dos  veículos  utilizados  pelos 
programas de pós-graduação para a divulgação de suas pesquisas. Dessa forma, o Qualis afere 
a qualidade dos artigos e de outros tipos de produção intelectual, a partir da análise dos meios 
utilizados para a sua divulgação, ou seja, os periódicos científicos (CAPES, 2017).  
A publicação em periódicos é importante, pois, tem função precípua na concepção da 
qualidade da pesquisa e incremento do conhecimento. Para Larocca, Rosso e Souza (2005), na 
análise da qualidade formal e do progresso do conhecimento científico são considerados dois 
aspectos  essenciais:  avaliação  constante  e  comunicação  da  produção  científica.  De  acordo 
com Pizzani, Silva e Hayashi (2008) a ciência pode ser considerada como um amplo sistema 
social no qual uma de suas funções é disseminar o conhecimento. E uma das formas de se 
transmitir conhecimentos é por meio da divulgação científica. 
As  pesquisas  que  têm  por  objeto  as  publicações  científicas  são  relevantes,  pois 
fundamentam a ideia de que é imprescindível aos pesquisadores ficarem atentos para a forma 
que o conhecimento foi gerado em seu campo de estudo. As principais formas de análises 
destes  estudos  são  as  pesquisas  bibliométricas,  que  elaboram  levantamentos  sobre  estudos 
publicados anteriormente.  
A  pesquisa  bibliométrica  é  um  instrumento  de  mapeamento  e  avaliação  de 
informações  relevantes,  auxiliando  na  elaboração  de  novas  pesquisas  e  contribuí  no 
planejamento de futuras publicações, por indicar o que existe de pesquisa sobre determinado 
tema. As principais leis empregadas em estudos bibliométricos são: a Lei de Bradford (lei da 
dispersão), a Lei de Lotka (lei do quadrado inverso) e a Lei de Zipf (lei do mínimo esforço).  
Para  Lima,  Diniz  e  Silva  (2012)  os  estudos  bibliométricos  estão  ganhando 
proeminência entre os pesquisadores de todas as áreas no  Brasil, e na contabilidade não é 
diferente.  
Nesse  contexto,  a  presente  pesquisa  tem  por  finalidade  de  apresentar  as 
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especificidades das publicações brasileiras com o tema ativos intangíveis e será norteada pelo 
seguinte problema de pesquisa: quais são as características bibliométricas dos artigos que 
abordam o tema ativo intangível nos periódicos brasileiros da área de contabilidade? 
A contribuição teórica da pesquisa está baseada na possibilidade de observar o estágio 
em que se encontra o tema ativo intangível, junto aos meios apropriados de divulgação das 
pesquisas científicas (periódicos), detectando seus aspectos bibliométricos mais relevantes.  
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA  
O  referencial  teórico  aborda  o  entendimento  conceitual  da  área  contábil  quanto  os 
ativos intangíveis, também, acerca da bibliometria e suas principais leis: Lei de Bradford, Lei 
de Lotka e a Lei de Zipf. 
2.1 Ativo Intangível 
O  termo  intangível  tem  sua  origem  do  latim  tangere  ou  do  grego  tango,  cujo 
significado é tocar. Logo os bens intangíveis são os que não podem ser tocados porque não 
possuem  corpo  físico,  porém  relacionar  a  etimologia  da  palavra  à  aplicação  no  ambiente 
contábil não tem sido tarefa fácil desde que a contabilidade nacional vem se equiparando a 
contabilidade internacional (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999). 
Segundo CPC 04 (2010), o intangível é um ativo que geralmente não possui substância 
física  e  que,  pode  ser  resultado  de  eventos  passados  e  do  qual  se  espera  que  resultem 
benefícios econômicos futuros para a entidade. Para Padoveze (2010) são considerados ativos 
intangíveis os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos, destinados a manutenção da 
companhia ou exercidos com essa finalidade. 
Quando se avalia uma rentabilidade ou o desempenho de uma empresa, se observa o 
retorno do investimento ou do patrimônio líquido, assim, faz-se necessário redobrar a atenção 
em relação aos ativos intangíveis.  
Segundo Freire (2013), para as empresas não foi fácil adequar o método tangível de se 
contabilizar seus ativos para o método intangível, os estudos quanto aos ativos intangíveis na 
área contábil são relativamente novos, os  primeiros são datados da década de 1980, desde 
então os intangíveis só começaram a receber atenção das empresas quando o termo capital 
intelectual foi cunhado e apresentado como uma das novas riquezas dos negócios. 
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A  denominação  de  capital  intelectual  é  encontrada  na  literatura  sob  várias  formas, 
termos  relacionados  como  patrimônio  do  conhecimento,  gestão  do  conhecimento,  ativos 
intangíveis,  competências  e  habilidades,  inteligência  competitiva,  gestão  de  pessoas  e, 
inclusive,  ativos  do  conhecimento  e  processos  do  conhecimento  (OLIVEIRA;  BEUREN, 
2003). 
Kapferer (2000) exemplifica a natureza dos ativos intangíveis da seguinte forma: o que 
direciona os compradores de carro a escolher uma Mercedes? Segundo o autor, vários são os 
pressupostos  que  regem  os  compradores,  sendo  eles:  status,  tradição,  alta  tecnologia, 
estabilidade, sua dirigibilidade mesmo em altas velocidades, conforto entre outros. Os dois 
primeiros itens (status e tradição) têm essencialmente a natureza intangível, os outros itens 
mencionados, como a tecnologia, possuem a natureza tangível, pois podem ser manipulados. 
Pode-se concluir que cada tipo de ativo exerce um tipo de influência no comprador, como 
status e tradição são direcionadores de natureza intangível, conclui-se que a marca seja um 
ativo intangível. 
Antes da Lei nº 11.638/2007, os ativos intangíveis não eram mensurados corretamente, 
após sua promulgação, foi necessário que esse ativo fosse descrito nos balanços patrimoniais 
das  empresas,  principalmente  naquelas  que  comercializam  ações  nas  bolsas  de  valores 
(MANTOVANI; SANTOS, 2014). 
As principais alterações introduzidas com a Lei nº 11.638/2007 foram nos artigos 178 
e 179, conforme afirmam Braga e Almeida (2008), sendo elas: 
a)  Extinção  do  procedimento  de  reavaliação  espontânea  de  bens  do  ativo 
imobilizado e formação do grupo de contas de Ajustes de Avaliação Patrimonial. 
b)  Criação do grupo de contas de ativos intangíveis.  
c)  Capitalização  de  arrendamentos  mercantis,  decorrentes  de  operações  que 
transfiram a companhia os benefícios, riscos e controle de bens. 
Nos últimos anos as empresas têm buscado cada vez mais incorporar ativos intangíveis 
em  seus  patrimônios,  principalmente  àqueles  que  lhes  proporcionem  diferenciação  no 
mercado (RITTA; CUNHA; KLANN, 2017). Pode-se afirmar que os ativos intangíveis são 
relevantes  para  condução  dos  negócios  e  como  fonte  de  alavancagem  do  desempenho 
organizacional. 
Os  ativos  intangíveis  podem  ser  definidos  como  um  conjunto  estruturado  de 
conhecimentos, práticas  e atitudes  da  empresa  que, interagindo  com  seus ativos  tangíveis, 
contribuem para formação de valor da empresa (KAYO, 2002). Para Kayo et al. (2006, p. 73):  
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O valor econômico de uma empresa é resultado da soma dos seus ativos tangíveis e 
intangíveis. A grande valorização de companhias que se utilizam intensamente dos 
ativos  intangíveis  tem  mostrado  a  crescente  importância  desses  ativos  na 
manutenção de suas vantagens competitivas e, consequentemente, dos seus valores 
econômicos, contribuindo sobremaneira para a obtenção de benefícios com melhores 
condições para contratar empréstimos e financiamentos. 
Os ativos intangíveis se tornaram uma das fontes competitivas de maior importância 
nos  dias  atuais,  o  conhecimento  que  faz  parte  desse  processo  é  uma  fonte  de  recurso 
econômico,  lidar  com  esse  julgamento  e  com  o  tema  intangível,  se  constitui  em  um  dos 
maiores  desafios  para  a  contabilidade  atual.  É  necessário  que  a  mensuração  e  o 
reconhecimento  dos  ativos  intangíveis  sejam  realizados  de  maneira  correta  para  que  se 
melhore a gestão organizacional, avaliando e orientando as decisões dos provedores de capital 
(PEREZ; FAMÁ, 2006).  
Os  ativos  intangíveis  são  geradores  de  recursos  às  empresas,  basicamente  um  dos 
campos que mais gera riquezas são as descobertas, as práticas organizacionais e os recursos 
humanos, apesar dos recursos humanos serem parte tangível do processo, é nesse ambiente 
que  surge  grande  fonte  de  benefícios  intangíveis  que  são  habilidades,  ideias  e  capacidade 
mental (SCHMIDT; SANTOS, 2009). 
Os ativos intangíveis são apontados com um diferencial e conseguem contribuir para a 
obtenção  de  vantagens  competitivas  nas  organizações.  Isto  se  deve  a  uma  característica 
especial  do  ativo  intangível:  sua  singularidade.  Os  ativos  tangíveis  são  adquiridos  com 
relativa  facilidade  como,  por  exemplo:  máquinas,  equipamentos,  fábricas  etc.  Porém,  os 
ativos intangíveis, são únicos e de propriedade de uma organização (KAYO; et al., 2006). 
Barbosa  e  Gomes  (2002)  recorrem  a  uma  metáfora  para  melhor  exemplificar  a 
intangibilidade  de  certos  ativos  e  recursos  de  uma  empresa.  Comparam  a  empresa  a  uma 
árvore,  cujo  tronco,  ramos,  folhas  e  frutos  seriam  os  representantes  dos  ativos  e  recursos 
tangíveis, enquanto os intangíveis (invisíveis) seriam representados por suas raízes que, na 
maioria das vezes, correspondem a mais da metade da massa da árvore. Embora a análise de 
seus frutos e folhas possa nos dar uma boa ideia da saúde presente da árvore, somente uma 
investigação de suas raízes é que nos daria uma ideia da sua saúde futura. 
Usando uma  forma  sintetizada  os  ativos  intangíveis  podem  ser  definidos  como  um 
conjunto  estruturado  de  conhecimentos,  práticas  e  atitudes  que  a  empresa  possui  que, 
interagindo com seus ativos tangíveis (ativo fixo e capital de giro), contribuem para formação 
do valor das empresas (KAYO, 2002). 
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2.2 Bibliometria 
A bibliometria é um dos métodos de pesquisa acadêmica, entende-se a bibliometria, 
segundo Araújo (2006, p. 12), como uma “técnica quantitativa e estatística de medição dos 
índices de produção e disseminação do conhecimento científico”. Inicialmente desenvolveu-
se  pela  utilização  de  leis  empíricas,  dentre  as  principais  estão  o  método  de  medição  da 
produtividade de cientistas de Lotka (1926), a lei de dispersão do conhecimento científico de 
Bradford (1934) e o modelo de distribuição e frequência de palavras de Zipf (1949). 
Para Lopes et al. (2012), a bibliometria é uma técnica quantitativa e estatística, usada 
para medir índices de produção e para melhor disseminação do conhecimento, serve também 
para acompanhar os desenvolvimentos de determinada área científica, os padrões de autoria e 
publicações  e  o  uso  dos  resultados  das  investigações.  Para  Araújo  (2006),  o  início  da 
bibliometria  se  deu  no  século  XX,  inicialmente  como  uma  “ferramenta”  para  que  fosse 
acompanhado o crescimento e desenvolvimento das diversas áreas da ciência.    
A  bibliometria,  no  começo,  era  aplicada  na  medição  de  livros,  ou  seja,  medir  a 
quantidade de edições e de exemplares, a quantidade de palavras contidas nos livros, espaço 
ocupado pelos livros nas bibliotecas e estatísticas relativas à indústria do livro, principalmente, 
em acervos bibliotecários. Aos poucos foi se voltando para o estudo de outros formatos de 
produção bibliográfica, tais como artigos de periódicos e outros tipos de documentos, para 
depois ocupar-se, também, da produtividade de autores e do estudo de citações (ARAÚJO, 
2006). 
No Brasil, os estudos bibliométricos cresceram rapidamente a partir da década de 1970. 
Principalmente com a utilização da bibliometria como instrumento de estudo pelo Instituto 
Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD), fundado em 1954 para apoiar o controle 
bibliográfico.  Atualmente,  denominado  Instituto  Brasileiro  de  Informação  Científica  e 
Tecnológica  (IBICT).  No  entanto,  na  década  de  1980  houve  uma  queda  nas  produções 
bibliométricas, retomando a produtividade na década de 1990, devido às possibilidades e as 
facilidades trazidas pela tecnologia da informação e comunicação (ARAÚJO, 2006). 
Os principais objetivos da bibliometria são os seguintes: i) Identificar as tendências e o 
crescimento  do  conhecimento  em  uma  área;  ii)  Identificar  as  revistas  do  núcleo  de  uma 
disciplina; iii) Mensurar a cobertura das revistas secundárias; iv) Identificar os usuários de 
uma  disciplina;  v)  Prever  as  tendências  de  publicação;  vi)  Estudar  a  dispersão  e  a 
obsolescência  da  literatura  científica;  vii)  Prever  a  produtividade  de  autores  individuais, 
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organizações e países; viii) Medir o grau e padrões de colaboração entre autores; ix) Analisar 
os  processos  de  citação  e  co-citação;  x)  Determinar  o  desempenho  dos  sistemas  de 
recuperação da informação; xi) Avaliar os aspectos estatísticos da linguagem; xii) Avaliar a 
circulação e o uso de documentos num centro de documentação; xiii) Medir o crescimento de 
determinadas áreas e o surgimento de novos temas (VANTI 2002).  
O início do Século XX houve a necessidade do estudo e da avaliação das atividades de 
produção e comunicação científica. Assim, surgiu a necessidade de desenvolver leis empíricas 
sobre o comportamento dessa literatura. O principal marco do desenvolvimento dessa técnica 
foi o surgimento das leis da bibliometria, como o método de produtividade de cientistas de 
Lotka (1926), a lei da dispersão do conhecimento científico de Bradford (1934) e o modelo de 
distribuição e frequência de palavras de Zipf (1949) (ARAÚJO, 2006). 
A  Lei  de  Bradford,  segundo  Araújo  (2006),  tem  como  preocupação  de  análise  a 
produtividade dos periódicos, sua premissa básica é descobrir a extensão na qual artigos de 
um assunto científico específico apareciam em periódicos destinados a outros assuntos, esses 
estudos,  que  em  1934,  culminaram  na  criação  da  fórmula  da  dispersão.  Dispondo  os 
periódicos em ordem decrescente de produtividade de artigos sobre um  determinado tema, 
encontraremos  um  núcleo  de  periódicos  mais  particularmente  devotados  ao  tema  e  vários 
grupos ou zonas que incluem o mesmo número de artigos que o núcleo, sempre que o número 
de periódicos existentes no núcleo e nas zonas sucessivas seja de ordem de 1: n: n2: n3 e 
assim sucessivamente. 
Observa-se  então,  como  parâmetro  da  Lei  Bradford  que  na  medida  em  que  são 
produzidos os primeiros artigos sobre um novo assunto, eles serão submetidos a uma pequena 
seleção  por  periódicos  apropriados  e  são  aceitos.  A  sequência  do  processo  é  que  esses 
periódicos,  inicialmente  selecionados,  acabam  atraindo  mais  artigos,  da  mesma  área  ou 
assunto.  Porém,  em  contrapartida, outros  artigos  começarão  a  ser  escritos  sobre  o  mesmo 
assunto. Enfim, no final, o assunto começa a se desenvolver e surge assim um novo núcleo de 
periódicos  mais  produtivos,  no  que  se  refere  à  edição  de  artigos  sobre  o  assunto.  Esse 
fenômeno é conhecido como o “mecanismo do sucesso gerando sucesso” (BROOKES, 1969, 
p. 954). 
A  Lei  de  Bradford,  estabelece  que  os  periódicos  devem  ser  ordenados  por  ordem 
decrescente  de  produtividade,  com  soma  parcial.  O  total  de  artigos  deve  ser  somado  e 
dividido por três; o grupo que  tiver mais artigos, até o total de 1/3 dos artigos, é o  “core” 
daquele assunto (grupo de periódicos altamente produtivos). O segundo e o terceiro grupo são 
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as extensões (cada um deles sucessivamente com menor produtividade). A razão do número 
de periódicos em qualquer zona pelo número de periódicos na zona precedente é chamada 
“multiplicador  de  Bradford”:  à  medida  que  o  número  de  zonas  for  aumentando,  o 
multiplicador diminuirá (ARAÚJO, 2006). 
A  Lei  de  Lotka,  conhecida  também  como  Lei  dos  Quadrados  Inversos,  objetiva 
determinar  a  produtividade  dos  autores.  Considera  que  uma  grande  porção  da  literatura 
científica é produzida por um pequeno número de autores, e um grande número de pequenos 
produtores se iguala em produção, a pequena quantidade de grandes produtores. Tendo como 
fórmula  a  lei  dos  quadrados  inversos:  y
x
  =  6/p
2
x
a
,  onde  y
x
  é  a  frequência  de  autores 
publicando  número  x  de  trabalhos  e  a  é  um  valor  constante  para  cada  campo  científico 
(ARAÚJO, 2006). 
Para  Ferreira  (2010)  essa  lei  consiste  em  que  um  número  de  autores  que  tenham 
publicado exatamente  (n) trabalhos  é  inversamente  proporcional  a  (n²).  Em  um  respectivo 
período de tempo, levando em consideração um número n de artigos analisados, o número de 
autores que escreveram dois artigos seria correspondente a 1/4 dos autores que escreveram um 
artigo,  e  autores  que  escreveram  três  artigos  corresponderiam  a  1/9  dos  autores  que 
escreveram um artigo, e assim sucessivamente (GUEDES; BORSCHIVER, 2005). 
Para a correta aplicação da Lei de Lotka, uma das questões que mais tem relevância 
refere-se as três possíveis formas de contagem da autoria: i) direta: quando se atribui crédito 
apenas ao autor nomeado em primeiro lugar; ii) completa: quando se atribui crédito a todos os 
autores; iii) contagem ajustada: o crédito é fracionado entre outros autores. Na opinião dos 
pesquisadores que utilizam essas leis em seus estudos a contagem direta e ajustada conduz a 
pesquisa a resultados similares (ALVARADO, 1984). 
A terceira lei clássica da bibliometria é a Lei de Zipf, também conhecida como Lei do 
Menor Esforço, foi formulada em 1949, com o intuito de descrever a relação entre a ordem da 
série de uma palavra em um determinado texto suficientemente grande, assim mensurando a 
frequência da ocorrência de palavras em um determinado texto (SANTOS, 2015). 
Zipf  observou  que  num  texto  suficientemente  longo,  existia  uma  relação  entre  a 
frequência que determinada palavra ocorria e sua posição no ranking de palavras ordenadas 
de  forma  decrescente  segundo  sua  frequência  de  ocorrência.  Assim,  a  palavra  de  maior 
frequência de ocorrência tem ordem de série 1, a de segunda maior frequência de ocorrência, 
ordem de série 2 e, assim, consecutivamente. Consistindo na definição de que o produto de 
uma ordem de séries de determinada palavra multiplicado pela frequência de ocorrência em 
109 
Elcio André Roth 
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um  texto  era  aproximadamente  constante  em  uma  variável  aproximada  de  26500. 
Representada pela fórmula: r.f = k, onde: r é a posição da palavra; f é a sua frequência; e k é a 
constante (GUEDES; BORSCHIVER, 2005).  
A partir dessa constante Zipf formulou o princípio do menor esforço, definiu que em 
um texto suficientemente longo existe uma economia do uso de palavras, as palavras com 
menos letras são utilizadas com maior frequência, tornando o texto mais fácil de ser lido, uma 
mesma palavra será usada muitas vezes (ARAÚJO, 2006). 
O termo bibliometria surgiu em 1969, trazido por Alan Pritchard, o termo surgiu após 
Pritchard substitui-lo do termo “bibliografia estatística” que vinha sendo usado desde 1922, 
quando Edward Whyndham Hulme apresentou o método em um estudo pioneiro de Cole e 
Eales de 1917 acerca da bibliografia de anatomia (VANTI, 2002).  
Na  área  contábil  a  pesquisa  bibliométrica  surge  impulsionada  pela  necessidade  de 
conhecer  o  avanço  surgido  na  área  com  a  divulgação  de  informações  relevantes  para  a 
comunidade científica. A produção científica na área contábil é marcada fortemente no século 
XX,  incentivada  sobre  tudo  pelas  mudanças  sociais  e  econômicas  ocorridas  na  sociedade 
(MENDES et al., 2015). 
A pesquisa contábil brasileira principalmente desempenhada por docentes e discentes 
despertam  a  atenção,  para  disseminação  dos  estudos  em  periódicos  e  eventos  científicos. 
Valorizando-se os  aspectos  e a importância desses meios de proliferação do conhecimento 
científico, destaca-se como de suma importância o estudo da produção científica como fator 
relevante para a ciência contábil (OLIVEIRA; CARVALHO, 2008). 
3 METODOLOGIA 
A finalidade dessa pesquisa é apresentar e descrever, com base na metodologia aqui 
especificada,  as  características  bibliométrica  das  publicações  das  pesquisas  brasileiras  que 
abordaram o tema ativo intangível em periódicos nacionais da área de contabilidade. Quanto 
aos objetivos o estudo é caracterizado como descritivo, os procedimentos empregados foram 
pesquisa  bibliográfica  e  documental  e  a  abordagem  é  quantitativa,  além  de  configurar-se 
como um estudo bibliométrico. 
O objetivo geral do estudo é expor os aspectos das publicações científicas nacionais 
com  a  temática  ativos  intangíveis,  sob  o  enfoque  da  bibliometria.  A  Figura  1  resume  os 
procedimentos empregados nesta pesquisa. 
110 
Elcio André Roth 
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Esquema para o desenvolvimento da pesquisa 
1. Escolha dos periódicos 
Pesquisa na ANPCONT – 
Associação Nacional dos 
Programas de Pós-graduação 
em Ciências Contábeis 
Periódicos brasileiros classificados como da área de Contabilidade 
2. Escolha dos artigos 
Período: 2001 a 2018 
Busca, nas páginas dos periódicos, de artigos com termos (palavras-chave): 
1.Intangível(is) - 2. Ativo(s) Intangível(is) - 
3.Contabilização do Intangível - 4. Reconhecimento de Intangíveis - 5. Mensuração 
de Ativos Intangíveis. 
As buscas serão realizadas no Título, no Resumo e nas Palavras-chave. 
3. Caracterização dos artigos 
Análise dos artigos selecionados, de acordo com os seguintes aspectos: periódico, autor(es), ano de publicação, 
instituição, autores e coautores, método e técnica de pesquisa empregada, citações, referências entre outros dados. 
4. Organização dos dados coletados em informações 
Elaborar panorama sobre o tema pesquisado nos periódicos analisados 
Figura 1 – Esquema para o desenvolvimento da pesquisa 
Fonte: O autor (2021). 
Os artigos analisados foram os constantes nos periódicos indicados pela Associação 
Nacional de Cursos de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (ANPCONT), como da área de 
Ciências Contábeis. Este recorte tem por objetivo analisar os artigos que se encontram nos 
periódicos considerados como da área de contabilidade, devido à especificidade da temática. 
E o período de análise foi entre os anos de 2001 a 2018. 
A seleção dos artigos deu-se por meio dos seguintes termos: intangível(is), ativo(s) 
intangível(is), contabilização do intangível, reconhecimento de intangíveis e mensuração de 
intangíveis. A busca foi realizada levando em conta o Título, o Resumo e as Palavras-chave, 
dos artigos. Os periódicos nacionais, indicados pela ANPCONT como da área de Ciências 
Contábeis, totalizaram 36 revistas. A amostra analisada na pesquisa resultou em 89 (oitenta e 
nove) artigos selecionados, de 23 desses periódicos. 
No que se refere a delimitação, os dados foram obtidos da seguinte forma: seleção dos 
periódicos,  caracterização  dos  mesmos  levando  em  conta  autores  e  coautores,  métodos  e 
técnicas empregadas, referências, entre outros.  
111 
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Após  a  seleção  dos  artigos  foi  realizado  tratamento  dos  dados  para  as  análises 
descritivas,  para  apresentar  e  descrever  as  principais  características  das  publicações,  bem 
como, proceder à aplicação das leis de Bradford, de Lotka e de Zipf ao conjunto dos artigos 
pesquisados. 
4 RESULTADOS DA PESQUISA 
  A  primeira  questão  abordada  refere-se  à  identificação  das  publicações  sobre  os  ativos 
intangíveis e os periódicos nacionais que os fizeram entre os anos de 2001 a 2018. A Tabela 1 
apresenta a quantidade de artigos selecionados que abordaram o tema Ativo Intangível. 
Tabela 1 – Distribuição dos artigos por periódicos - 2001 a 2018 
Fonte: Dados da pesquisa (2021). 
O número obtido resultou em 89 (oitenta e nove) artigos selecionados, tendo como 
critério publicações em revistas classificadas, pela Associação Nacional de Cursos de Pós-
Graduação  em  Ciências  Contábeis  (ANPCONT),  como  da  área  de  Ciências  Contábeis, 
independentemente do seu Qualis/CAPES. A seleção deu-se por meio dos seguintes termos: 
Periódicos
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Total
Revista Pensar Contábil 2 1 1 1 1 1 3 1 11
Revista Catarinense da Ciência Contábil 1 1 2 2 1 7
ConTexto 1 2 1 1 1 6
Revista Contabilidade e Finanças 1 2 1 1 1 6
Base - Revista de Adm. e Contabilidade 1 1 2 1 5
ReCont 2 1 2 5
Revista Contemporânea de Contabilidade 1 1 2 1 5
Revista Enfoque Contábil 1 1 1 1 1 5
Revista Mineira de Contabilidade - RMC 1 1 2 1 5
Brazilian Business Review 1 1 2 4
Revista Contabilidade e Organizações  1 1 1 1 4
Revista de Contabilidade do Mestrado  1 2 1 4
Revista Ambiente Contábil 1 1 1 3
Revista de Contabilidade e Controladoria 1 1 1 3
Revista Gestão, Finanças e Contabilidade 1 2 3
Revista TECAP 3 3
Revista Universo Contábil 1 2 3
Revista Brasileira de Gestão de Negócios 1 1 2
Advances in Scientific and Applied Acc 1 1
CAP - Accouting and Amangement 1 1
Revista Evidenciação Contábil & Finanças 1 1
Revista Sinergia (ICEAC) 1 1
Revista Sociedade, Contabilidade e Gestão 1 1
Total 1 2 3 0 2 4 4 5 2 3 6 9 11 12 11 5 5 4 89
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intangível(is),  ativo(s)  intangível(is),  contabilização  do  intangível,  reconhecimento  de 
intangíveis e mensuração de intangíveis, presentes no Título, Resumo e/ou Palavras-chave. 
Os  critérios  de  seleção  indicaram  que  dos  36  periódicos  nacionais  analisados,  23 
apresentaram publicações com o tema ativo(s) intangível(is). Tendo como média geral 4,94 
artigos sobre a temática, no conjunto total de periódicos brasileiros da área de contabilidade. 
Destaca-se o ano de 2014, período com o maior número de artigos publicados abordando a 
temática,  com  12  (doze)  artigos.  No  período  de  2004,  no  entanto,  não  foram  encontradas 
publicações sobre o tema, no conjunto de revistas analisado. 
A Revista Pensar Contábil mostrou-se como a principal periódico para o tema Ativo 
Intangível, entre 2001 a 2018, considerando os critérios de seleção dos artigos empregados 
pela pesquisa, com 11 (onze) publicações, sendo três no ano de 2015, duas publicações no ano 
de 2006 e uma publicação nos anos de 2007, 2011, 2012, 2013, 2014 e 2018. 
Considerando a Lei de Bradford estabeleceu como escore o número 29,67 (89/3). O 
core  principal  foi  composto  por  4  revistas:  Revista  Pensar  Contábil  (11  artigos),  Revista 
Catarinense da Ciência Contábil (7 artigos), ConTexto (6 artigos) e a Revista Contabilidade & 
Finanças  (6  artigos).  O  segundo  core  teve  6  revistas:  Base  –  Revista  de  Administração  e 
Contabilidade, ReCont, Revista Contemporânea de Contabilidade, Revista Enfoque Contábil, 
Revista  Mineira  de  Contabilidade  –  RMC  (todas  com  5  artigos)  e  a  Brazilian  Business 
Review (com 4 artigos). E o terceiro core contou com 13 revistas (Tabela 1). 
A Tabela 2 apresenta o número de artigos por autor e compara-se com o Padrão de 
Lotka (60,80%). Os resultados mostram que 83,14% dos autores publicaram apenas 1 artigo, 
o que representou pouco mais de 22 pontos percentuais acima do padrão estabelecido pela Lei 
de Lotka. Os pesquisadores com duas publicações tiveram porcentagem inferior aos padrões 
de Lotka, porém com 4 e 5 publicações os resultados foram superiores ao Padrão de Lotka. 
Tabela 2 – Número de artigos publicados por autor – 2001 a 2018 
Número de artigos por autor 
Número de artigos por autor 
Frequência registrada por autor 
(%) Pesquisa 
Padrão Lotka  (%) 
1 artigo 
74 
83,14 
60,80 
2 artigos 
2 
2,24 
15,20 
3 artigos 
0 
0,00 
6,80 
4 artigos 
8 
8,98 
3,80 
5 artigos 
5 
5,61 
2,40 
6 artigos 
0 
0,00 
1,70 
7 artigos 
0 
0,00 
1,20 
Mais de 7 artigos 
0 
0,00 
8,10 
Total 
89 
100,00 
100,00 
Fonte: Dados da pesquisa (2021). 
113 
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O resultado deste estudo segue o padrão de áreas correlatas da contabilidade, como os 
encontrados  nos  estudos  de  Ribeiro  (2013),  que  analisou  as  publicações  na  Revista 
Contemporânea de Contabilidade durante o período de 2004 a 2012, e de Leite Filho (2008), o 
qual teve como temática a análise dos padrões de produtividade na área de contabilidade em 
congressos nacionais. Ambos estudos identificaram padrões próximos dos encontrados nesta 
pesquisa.  
A pesquisa identificou os autores como o maior número de publicações abordando o 
tema  ativo  intangível,  segundo  os  critérios  da  presente  pesquisa.  A  Tabela  3  apresenta  o 
ranking dos autores com maior número de publicações no período avaliado. 
Tabela 3 – Ranking dos autores com maior número de publicações – 2001 a 2018. 
Autores 
Quantidade 
Frequência relativa 
José Luiz Santos 
5 
5,62% 
Maria Thereza Pompa Antunes 
4 
4,49% 
Geovane Dias de Moura 
4 
4,49% 
Valnir Alberto Brandt 
2 
2,25% 
Outros 
74 
83,15% 
Total 
89 
100% 
Fonte: Dados da pesquisa (2021). 
Conforme mostra a Tabela 3, o autor mais produtivo sobre o tema ativo intangível, 
sem considerar coautorias, foi José Luiz Santos, responde por 5,62% do total das publicações 
analisadas (5 de 89 publicações), com 4 publicações e respondendo por 4,49% do total das 
publicações  temos  Maria  Thereza  Pompa  Antunes  e  Geovane  Dias  de  Moura  com  4 
publicações cada, e com duas publicações respondendo por 2,25% do total das publicações 
temos Valnir Alberto Brandt, os outros setenta e quatro autores publicaram apenas um artigo 
no  período  analisado,  2001  a  2018.  O  Quadro  1 apresenta  os  artigos do  autor  com  maior 
número de publicações. 
Quadro 1 – Publicações autor mais produtivo no tema ativo intangível – 2001 a 2018 
José Luiz Santos 
Análise e Evidenciação da Propriedade Intelectual 
Ativos Intangíveis 
Ativos Intangíveis - Análise das Principais Alterações Introduzidas pelos FAZ 141 e 142 
Ativos Intangíveis: Fonte de Vantagem Competitiva 
A Importância do Capital Intelectual na Sociedade do Conhecimento 
Fonte: Dados da pesquisa (2021). 
A quantidade de autores por artigo é evidenciada na Tabela 4. Identifica-se que 13% 
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dos autores  escreveram  sozinhos,  resultados que  são diferentes  aos encontrados em  outros 
estudos de áreas semelhantes, como os de Mendes et al. (2015) e de Santos (2015). Nesse 
estudo, diferente da Lei de Lotka, a maioria dos artigos foi escrito por 3 autores, 33% do total 
de artigos; seguido dos com 2 autores que representaram 27% do total das publicações; com 4 
autores 17% do total e  com um autor 13% das publicações. As publicações em coautorias 
foram de 87%, observa-se, assim, preferência em publicar em conjunto.  
Tabela 4 – Quantidade de autores por artigo – 2001 a 2018 
N° de autores 
Quantidade de artigos 
% 
1 autor 
12 
13% 
2 autores 
24 
27% 
3 autores 
29 
33% 
4 autores 
15 
17% 
5 autores 
9 
10% 
Total 
89 
100% 
Fonte: Dados da pesquisa (2021). 
Em relação ao gênero dos autores, a Tabela 5 evidencia que na temática pesquisada, 
ativos  intangíveis,  a  maioria  dos  autores  principais  são  do  sexo  masculino  48,  o  que 
representa 54% do total dos autores, do sexo feminino foram 46%, ou 41 autores.  
Tabela 5 – Gênero dos autores – 2001 a 2018 
Gênero dos Autores 
Total 
Percentual 
Feminino 
41 
46,07% 
Masculino 
48 
53,93% 
Total 
89 
100,00% 
Fonte: Dados da pesquisa (2021). 
A diferença quantitativa encontrada entre homens e mulheres, foi inferior a pesquisa 
feita por Leite Filho (2008), que encontrou um resultado em que 70,8% dos autores eram do 
sexo  masculino  e  apenas  29,2%  do  sexo  feminino.  Também analisando  estudos  de  Santos 
(2015), verifica-se uma tendência para a redução da diferença quantitativa entre os gêneros no 
decorrer dos anos. 
A Tabela 6 apresenta a quantidade de  artigos explorando o vínculo institucional do 
autor principal da publicação, o objetivo é detectar qual(is) foi(ram) a(s) Instituição(ões) com 
o maior número de autores no período avaliado. 
115 
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Tabela 6 – Universidades com mais primeiros autores em artigos sobre intangíveis – 2001 a 
2018 
Instituições 
Quantidade Artigos 
FURB 
7 
UFSC 
7 
UFMG 
6 
FEA/USP 
4 
UFRGS 
4 
FACC/UFRJ 
3 
UFES 
3 
Mackenzie 
2 
UERJ 
2 
UFC 
2 
UFPE 
2 
UFRGN 
2 
UFRJ 
2 
UnB/UFPB/UFRN 
2 
UNIOESTE 
2 
UNISINOS 
2 
Universidade de Brasília 
2 
USP 
2 
Faculdades Pedro Leopoldo 
1 
FGV 
1 
Fundação Dom Cabral 
1 
Instituto Politécnico de Setúbal 
1 
PUC/MG 
1 
PUC/SP 
1 
UEM 
1 
Ufersa 
1 
UFF 
1 
UFP  
1 
UFPB 
1 
UFRS 
1 
UFSC/UEM 
1 
UFSM 
1 
UNIFIN 
1 
UNINOVE 
1 
UNISANTOS 
1 
UNISUL 
1 
Universidade Comunitária de Chapecó 
1 
Universidade de Coimbra 
1 
Universidade de Huelva 
1 
Universidade Estadual Oeste Paraná 
1 
Universidade Vale do Rio dos Sinos 
1 
Universidade de Zaragoza 
1 
Universidade Federal de Uberlândia 
1 
UnoChapecó 
1 
UPM 
1 
USP/UFRJ 
1 
UTFPR 
1 
Sem Universidade Definida 
4 
Total 
89 
Fonte: Dados da pesquisa (2021). 
Os  resultados  da  Tabela  6  evidenciam  que  a  Fundação  Universidade  Regional  de 
116 
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Blumenau (FURB) e a  Universidade  Federal de  Santa  Catarina (UFSC) foram as  IES que 
mais tiveram primeiros autores quando o tema foi ativo intangível, no período de 2001 a 2018, 
ambas com 7 publicações. Seguidas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que 
teve 6 publicações com autores principais.  
A pesquisa identificou a abordagem metodológica mais usual no conjunto de artigos 
que  trataram  do  tema  ativo  intangível,  entre  os  anos  de  2001  a  2018.  Os  dados  são 
evidenciados na Tabela 7. 
Tabela 7 – Abordagem metodológica mais usual – 2001 a 2018 
Fonte: Dados da pesquisa (2021). 
Com base nos resultados da Tabela 7, constata-se que 40% dos estudos analisados a 
abordagem utilizada é a quantitativa, que foi mencionada explicitamente nos artigos (36 dos 
89 artigos). As pesquisas qualitativas foram de 18% (16 artigos) e as publicações que não 
mencionaram  qual  abordagem  foi  utilizada  responderam  por  29%  do  total  de  artigos 
pesquisados (26 artigos). A utilização de ambas as abordagens (Qualitativa-Quantitativa) foi 
encontrado em 11 artigos (12% do total de artigos analisados). 
Para  avaliar  os  preceitos  da  Lei  de  Zipf,  que  trata  da  frequência  de  ocorrência  de 
palavras  em  um  determinador  conjunto,  realizou-se  análise  com  os  resumos  dos  artigos, 
utilizando  o  software  Iramuteq.  O  resultado dessa análise  é  apresentado  por  meio  de  uma 
nuvem  de  palavra  (Figura  2).  Ressalta-se  que  a  nuvem  de  palavras  é  uma  forma  de 
visualização  de  dados,  que  mostra  a  frequência  com  que  as  palavras  aparecem  em 
determinado texto (FRANCISCO, 2011). 
A  análise  com  os  resumos  dos  artigos  pesquisados  indica  três  termos  principais: 
Intangível, Ativo e Empresa. E de forma secundária os termos: Contábil, Estudo, Informação, 
Pesquisa  e  Resultado.  Os  termos  principais  e  secundários  são  condizentes  com  o  tema 
pesquisa que trata da temática ativo intangível na área de contabilidade. 
Abordagem Metodológica
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Total
Qualitativa 2 3 1 1 1 4 3 1 16
Quantitativa 2 1 1 1 1 3 1 2 3 5 3 3 6 4 36
Quali-Quanti 2 4 1 2 1 1 11
Não Mencionada 1 3 2 1 4 1 1 1 2 2 1 1 2 2 1 1 26
Total 1 3 4 1 1 5 3 7 2 4 4 9 9 8 9 6 7 6 89
117 
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Figura 2 – Nuvem de palavras mais frequentes, resumos dos artigos – 2001 a 2018 
Fonte: Dados da pesquisa (2021). 
Percebe-se  que  há  uma  relação  direta  entre  as  terminologias  utilizadas,  expressa 
principalmente pela utilização dos termos Intangível e Ativo, tanto na pesquisa dos artigos, 
quanto na frequência de ocorrência no montante de artigos analisados, que segue os preceitos 
da lei de Zipf, que as palavras com menos letras são utilizadas com maior frequência. 
A  Tabela 8 apresenta os tipos  de  referências  bibliográficas utilizadas pelos autores. 
Especificando os tipos de bibliografias encontrados: livros, teses e dissertações, periódicos, 
jornais, eventos científicos, endereços eletrônicos, leis e normas, entre outros. 
Tabela 8 – Tipos de referências bibliográficas – 2001 a 2018 
Fonte: Dados da pesquisa (2021). 
Tipo de bibliografia Total %
Livro
Internacional 510 16,35
Nacional 688 22,06
Teses/Dissertações
Internacional 1 0,03
Nacional 196 6,28
Periódicos
Internacional 606 19,43
Nacional 516 16,54
Anais e Eventos Científicos
Internacional 12 0,38
Nacional 184 5,90
Jornais
Internacional 6 0,19
Nacional 0,00
Endereços Eletrônicos
Internacional 130 4,17
Nacional 96 3,08
Legislação
Internacional 46 1,47
Nacional 122 3,91
Outros
6 0,19
Total 3.119 100
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Elcio André Roth 
ATIVOS INTANGÍVEIS: CARACTERÍSTICAS DAS PUBLICAÇÕES EM PERIÓDICOS NACIONAIS DA ÁREA DE CIÊNCIAS 
CONTÁBEIS 
Revista de Estudos em Organizações e Controladoria - REOC, UNICENTRO, Irati-PR, v. 1, n. 1, pp. 100-121, jan./jun., 2021. 
Os  resultados  quanto  às  referências  mostram  que  do  total  de  3.119  referências,  as 
maiores frequências são de livros 1.198 referências seguidos de periódicos que tiveram 1.122. 
Os livros  correspondem  a  38,41%  do  total  das  referências,  sendo  16,35%  internacionais e 
22,06%  nacionais.  Observa-se,  também,  alto  número  de  referências  a  periódicos  e  livros 
internacionais com 35,78% do total, demonstrando assim que o tema Intangível tem bastante 
influência no âmbito internacional. A média de referências foi de 35 por artigo. 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O  objetivo  do  estudo  foi  analisar,  sob  o  ponto  de  vista  da  bibliometria,  as 
características  das  publicações,  em  periódicos  nacionais  da  área  de  ciência  contábeis,  que 
tiveram como temática de pesquisa o ativo intangível, no período de 2001 a 2018. 
Concluiu-se que a maioria da produção acadêmica nos periódicos se referiu a trabalhos 
com três autores, indicando assim uma tendência de que os atuais pesquisadores procuram 
publicar seus artigos em grupo. Predominantemente houve mais autores principais do gênero 
masculino, correspondendo a 53,93% do total de autores. 
A Lei de Bradford teve como core do tema: Ativos Intangíveis, ou seja, o grupo de 
periódicos altamente produtivos sobre o tema, a Revista Pensar Contábil (11 artigos), Revista 
Catarinense da Ciência Contábil (7 artigos), ConTexto (6 artigos) e Revista Contabilidade & 
Finanças (6 artigos). 
Com relação à Lei de Lotka, os resultados se mostraram acima do padrão estabelecido 
por Lotka, na presente pesquisa 83,14% dos autores publicaram apenas um artigo, também 
tivemos autores que publicaram 5 artigos sobre Ativos Intangíveis. Pelos números confirma-
se  a  premissa  do  padrão  Lotka  em  que  muitos  autores  produzem  pouco  e  poucos  autores 
produzem muito. 
Quanto  ao  vínculo  institucional  do  autor  principal,  as  universidades  com  mais 
publicações,  no  período  de  2001  a  2018,  foram:  a  Fundação  Universidade  Regional  de 
Blumenau (FURB) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), cada uma com 7,86% 
das publicações (7 de 89 artigos). 
Analisando as referências, pode-se observar maior procura por livros nacionais, 22,06 % 
do total  das  referências utilizadas, e periódicos internacionais com  19,43%  das  referências 
utilizadas.  Também,  registrou-se  um  alto  número  de  referências  de  periódicos  nacionais 
(16,54%), seguidos dos livros internacionais com 16,35%. 
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Elcio André Roth 
ATIVOS INTANGÍVEIS: CARACTERÍSTICAS DAS PUBLICAÇÕES EM PERIÓDICOS NACIONAIS DA ÁREA DE CIÊNCIAS 
CONTÁBEIS 
Revista de Estudos em Organizações e Controladoria - REOC, UNICENTRO, Irati-PR, v. 1, n. 1, pp. 100-121, jan./jun., 2021. 
Ao tratarmos da Lei de Zipf, por meio da análise dos resumos dos artigos, destacaram-
se os seguintes termos: Intangível, Ativo, Empresa, em primeiro plano; seguidos de Contábil, 
Estudo, Informação, Pesquisa e Resultado. Termos esses que associados podem ser usadas por 
futuras pesquisas sobre a temática envolvendo os Ativos Intangíveis.  
Considerando os objetivos da pesquisa e por utilizar como amostra, publicações em 
periódicos  da  área  de  Ciências  Contábeis,  classificados  pela  Associação  Nacional  dos 
Programas  de  Pós-Graduação  em  Ciências  Contábeis  (ANPCONT),  alerta-se  que  esses 
resultados não  podem  ser  generalizados  para outros  periódicos  e outras  áreas.  Contudo  se 
observa que a  pesquisa pode  contribuir  para futuras pesquisas sobre  a temática dos  ativos 
intangíveis. 
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