A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL SOCIAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE
EMPREENDIMENTOS E PRODUTOS TURÍSTICOS1
THE IMPORTANCE OF SOCIAL CAPITAL FOR THE DEVELOPMENT OF
TOURIST ENTERPRISES AND PRODUCTS
FABRÍCIO OLANIK
Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)
E-mail: olanikfabricio@gmail.com
DIOGO LÜDERS FERNANDES
Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)
E-mail: diggtur@yahoo.com.br
RONALDO FERREIRA MAGANHOTTO
Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)
E-mail: ronaldomaganhotto@gmail.com 
RESUMO
A   atitude   empreendedora   consiste  na   ação   que   leva   o   indivíduo   transformar   seus   sonhos   em   realidade,
modificando sua condição de vida e a dos que o cerca. No turismo esta atitude é fundamental para impulsionar o
desenvolvimento da atividade. Este trabalho tem como objetivo analisar a formatação e o funcionamento de um
empreendimento de turismo que trabalha no formato de empreendedorismo colaborativo em Turvo, estado do
Paraná. Para isso, utilizou-se de uma pesquisa qualitativa exploratória descritiva em uma empresa que atua no
turismo   de   forma   colaborativa.   Possibilitando,   com   isso,   utilizar   casos   de   sucesso   como   exemplos   para
inspiração o desenvolvimento de práticas turísticas sustentáveis e responsáveis.
Palavras-chave: Capital social; Empreendedorismo; Turismo; Turvo/PR.
ABSTRACT
The entrepreneurial attitude consists of the action that leads the individual to transform his dreams into reality,
modifying his life condition and that of those around him. In tourism, this attitude is fundamental to boost the
development of the activity. This work aims to analyze the formatting and operation of a tourism enterprise that
works in the format of collaborative entrepreneurship in Turvo, state of Paraná. For this, we used a descriptive
exploratory qualitative research in a company that operates in tourism in a collaborative way. Thus, making it
possible to use success stories as examples to inspire the development of sustainable and responsible tourism
practices.
Keywords: Social capital; Entrepreneurship; Tourism; Turvo/PR
1DOI: https://doi.org/10.5935/2763-9673.20230004
Revista de Estudos em Organizações e Controladoria-REOC, ISSN 2763-9673, UNICENTRO, Irati-PR, v. 3, n. 1, p. 66-84, jan./jun., 2023.
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A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL SOCIAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE EMPREENDIMENTOS E PRODUTOS TURÍSTICOS
1 INTRODUÇÃO
O empreendedorismo consiste em um agente vital para melhoria e desenvolvimento de
uma   localidade,   uma   vez   que   congrega   indivíduos   que   possuem   habilidades,   atitudes   e
capacidades   de   transformar   o   mundo   a   sua   volta   por   meio   de   iniciativas   inovadoras   e
criativas,   aproveitando   oportunidades   e   solucionando   problemas,   tornando-os   sujeitos
responsáveis  por  mudanças   no  ambiente  onde  estão  inseridos   (SCHAEFER;  MINELLO,
2017; BAKAR et al., 2015; MASON, 2011). 
Para diversos autores (DOLABELA; FILION, 2013; TAVARES; MOURA; ALVES,
2013) o empreendedor possui características que possibilitam uma nova visão do mundo onde
se encontra, percebendo obstáculos como oportunidades, transformando e adaptando suas
ideias e suas atitudes conforme as mudanças impostas pela sociedade. Portanto um indivíduo
dotado de habilidades que o orientam a agir, proativo, que usa da criatividade e da inovação
para concretizar sonhos e planos e colocá-los em prática seja nos campos dos sociais ou de
negócios. 
A atitude empreendedora consiste, portanto, na ação que leva o indivíduo transformar
seus sonhos em realidade, modificando sua condição de vida e a dos que o cerca, tendo como
principal motivação a necessidade de realização, pode-se entender que ser empreendedor é
possuir atitudes e comportamentos que possibilitam ver o mundo de forma mais proativa
assumindo certos riscos, inovando com perseverança, convivendo com as incertezas e as
mudanças (DOLABELA, 2008; AZEVEDO; ANDRADE, 2017).
O   empreendedorismo   proporciona   assim   a   geração   de   novos   conhecimentos   e
oportunidades   de   desenvolvimento,   por   meio   de   um   processo   de   aprendizagem   com
abordagem empreendedora busca capacitar o indivíduo a ser o protagonista de seu destino,
criando e aproveitando oportunidades para recriar a si mesmo e o local onde este vive. 
A partir do que foi descrito até o momento fica claro que o empreendedor não é
exclusivamente um empresário, mas sim um indivíduo que sonha, realiza e transforma a
realidade onde se encontra. Portanto empreender não se resume a ser empresário, mas sim ter
habilidades e competências que proporcione atitudes e ações proativas, inovadoras e criativas
frente aos desafios que a realidade lhe impõem, possibilitando o indivíduo encontrar soluções
e oportunidades que lhe auxiliam e transforme o meio e a sociedade na qual está inserido.
Neste mesmo pesamento e entendendo que empreender não consiste em uma ação
individual, mas sim em uma ação que necessita de uma coletividade para galgar maiores
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chance de sucesso, compreende-se a importância do capital social para o fortalecimento da
ação de empreender. Sendo o capital social compreendido como as relações da vida social,
das redes, das normas e da confiança que se forma dentro de uma coletividade que facilita a
cooperação para atingir objetivos comuns (OLIVEIRA  et   al., 2007; CASTRO; GÁLAN;
BRAVO, 2014; MAHATO; JHA; VERNA, 2022)
Portanto ao observar um empreendimento turístico em Turvo, estado do Paraná, foi
possível constatar que este se utilizou de forma espontânea destes conceitos, transformando
um município que não fomentava o turismo em um destino turístico, a partir desta constatação
o estudo orienta-se pelo seguinte problema de pesquisa: como um empreendimento de turismo
em Turvo/PR se transforma em um caso de sucesso de empreendedorismo colaborativo? 
O   estudo   tem   como   objetivo   analisar   a   formatação   e   o   funcionamento   de   um
empreendimento de turismo que se estrutura e trabalha com empreendedorismo colaborativo
em Turvo/PR.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
A   prática   do   turismo   está   baseada   no   deslocamento   voluntário   e   temporário   de
indivíduos ou grupos de pessoas de seu local de residência para outro lugar denominado de
destino   turístico,   as   viagens   normalmente   possuem   motivações   diversas   como:   lazer,
entretenimento, participação em eventos, tratamento de saúde, compras, conhecer aspectos
culturais,  trabalho entre  outros.  Nestes  deslocamentos e  no  uso turístico  dos  espaços  da
destinação ocorrem transformações de âmbitos econômicos, sociais, culturais, ambientais e
políticos. 
Para que o turismo possa ocorrer e os viajantes tenham suas necessidades de desejos
atendidos é preciso que haja mudanças em 4 elementos do lugar que receberá estes fluxos de
visitantes, para Boullón (2002) estes elementos são denominados de patrimônio turístico de
uma   destinação,   e   são:   atrativos,   equipamentos   e   serviços   turísticos,   infraestrutura   e
superestrutura. 
Os atrativos turísticos consistem na matéria prima do processo turístico, sem eles não
haveria a motivação da viagem ou o interesse em se deslocar dos turistas para o destino, estes
devem possuir o mínimo de instalações e facilidades para que possam ser utilizados pelos
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visitantes de forma segura e apropriada. Sua natureza pode ser diversa como: elementos
naturais, culturais, acontecimentos programados, produtos gastronômicos, instalações técnicas
e científicas, entre outros (BOULLÓN, 2002; MTUR, 2011).
Os   níveis   de   atratividade   de   cada   um   destes   elementos   são   variados   e   estão
diretamente relacionados aos fatores que lhe determinam a qualidade de seu uso. Portanto o
uso dos atrativos turísticos deve ser planejado, organizado e gerido de modo a manter seus
aspectos de atratividade e qualidade, de modo a possibilitar o uso e a manutenção do que
realmente atrai e satisfaça o desejo dos seus visitantes (MONDO, 2014).
Na formatação de um lugar em destino turístico além dos atrativos turísticos é preciso
a existência de equipamentos e serviços que possibilitem um aparato produtivo que permita o
deslocamento   e   a   permanência   do   turista   fora   do   seu   local   de   residência,   estes   são
denominados de empreendimentos turísticos.  Os ramos de  atuação destes  são diversos e
normalmente   representados   pela   iniciativa   privada   que   empreende   em   negócios   que
oferecerão serviços de transporte, agenciamento, hospedagem, alimentação, entretenimento.
4.1 Empreendedorismo e produtos turísticos
Os empreendimentos turísticos consistem em um conjunto de empresas que devem
oferecer ao visitante um serviço de qualidade, buscando entender seus desejos e necessidades
com a finalidade de satisfazer seus clientes e possibilitar uma experiência única e positiva
durante   a   visita   na   destinação.   Mesmo   sendo   estes   serviços   consumidos   de   forma
individualizada pelo turista a avaliação final do destino turístico é realizada pela experiência
única que o turista obteve ao utilizar os empreendimentos de forma conjunta. 
Este elemento será foco deste trabalho e suas características serão melhor discutidos
em tópico próprio, mas cabe aqui ressaltar que são os empreendimentos turísticos, a iniciativa
privada, que irão formatar e comercializar o produto turístico de uma destinação, o poder
público deve incentivar, fomentar e facilitar a organização dos produtos, porém cabe aos
empreendimentos turísticos a organização e a gestão do produto turístico. 
O terceiro  elemento do patrimônio turístico, segundo Boullón (2002), consiste  na
infraestrutura, que é responsável por apoiar e sustentar o básico para o funcionamento do
turismo,   oferecendo   o   suporte   quanto   ao   acesso,   a   energia,   o   saneamento   básico   e   a
comunicação. Por fim, a superestrutura consiste em sistema organizacional de cunho público
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e privado que possua recursos humanos e materiais, que venham a realizar a gestão e a
organização   do   destino   turístico,   são   exemplos:   órgãos   oficiais   de   turismo,   associações,
conselhos,   cooperativas,   entre   outros   (MIDDLETON,   2002;   BOULLÓN,   2002;
PETROCCHI, 2004).
A  união entre  estes  4  elementos,   descritos  anteriormente,   de  forma  organizada   e
disponibilizada aos consumidores a um determinado preço pode ser entendido como produto
turístico.
O produto segundo Kotler e Amstrong (2015) deve ser considerado qualquer coisa
oferecida a um determinado mercado para aquisição, uso ou consumo de modo a satisfazer
necessidades e desejos dos consumidores, desta forma, pode-se exemplificar um produto
como   sendo:   bens   físicos,   serviços,   experiências,   eventos,   pessoas,   lugares,   ideias,
informações e organizações. 
No caso  do  turismo o  produto  turístico de  acordo com  o Ministério do Turismo
(MTur) deve ser entendido como “[…] o conjunto de atrativos, equipamentos e serviços
turísticos acrescidos de facilidades, localizados em um ou mais municípios, ofertado de forma
organizada por um determinado preço.” (MITUR, 2011, p. 17). 
Ruschmann (1997) reforça este conceito afirmando que o produto turístico deve ser
entendido como o resultado de uma combinação de bens e serviços disponíveis ao consumo
do  turista.   Gun (1988)   em  conformidade   com as   definições  anteriores  reitera   esta  ideia
explicando que o produto turístico se caracteriza por uma experiência complexa de consumo
no qual o turista se utiliza de diversos serviços no processo de visitação de uma localidade. 
Portanto,   podemos   entender   o   produto   turístico   como   um   composto   de   atrativos
turísticos em conjunto com uma infraestrutura de suporte para atividade, acrescido de serviços
e equipamentos que proporcionam ao visitante o atendimento de suas necessidades e desejos,
comercializado   de   forma   organizada,   a   um   determinado   preço   que   é   formatado   com   a
finalidade de atender as expectativas do turista. 
São   por   meio   dos   produtos   turísticos   que   as   destinações   são   em   sua   maioria
consumidos pelos visitantes, tendo na formatação destes produtos um papel importante que
deve   levar   em   consideração   as   potencialidades   locais,   a   infraestrutura   existente   os
equipamentos e serviços turísticos disponíveis e, principalmente, o interesse e a experiência
dos consumidores, os turistas. 
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Portanto, o destino turístico pode ser entendido como o local para onde pessoas viajam
conforme   sua   escolha   espontânea,   onde   os   indivíduos   passam   um   tempo   determinado
vivenciando   e   experimentando   características   locais   que   se   tornaram   atrações   por   uma
percepção de algum tipo. Deste modo, pode-se dizer que um destino consiste na combinação
integrada e complexa de produtos, serviços e experiências locais. Os destinos passam a ser
valorizados por sua singularidade integrada a uma infraestrutura e serviços que possibilitem a
visitação e, consequentemente, experiências únicas, diferenciadas e inesquecíveis (BUHALIS,
2000; GÂNDARA et al., 2012; HORODYSKI, 2014). 
Isto porque a simples existência de atrativos naturais e culturais em um destino não é
suficiente para que este possa atrair e manter os turistas, é preciso que a destinação seja
acessível, tenha características únicas e locais, seja competitiva e capaz de motivar a vinda de
visitantes   e,   ainda,   tenha   uma   imagem   que   corresponda   à   realidade   encontrada.   Tais
características serão atingidas por meio do desenvolvimento que possibilite a integração da
infraestrutura,   empreendimentos   e   serviços   turísticos   e   os   atrativos,   buscando   o
aproveitamento máximo dos recursos naturais, culturais e humanos existentes, aliando uma
política ambiental responsável e um plano de marketing eficaz (GÂNDARA, 2004; BUTLER,
1994; BUHALIS, 2000). 
Os empreendimentos turísticos consistem em um conjunto de empreendimentos de
serviços que possibilitem um aparato produtivo que permitam ao visitante o deslocamento, a
permanência e a alimentação fora de sua residência, assim como a acolhida e os serviços de
agenciamento e entretenimento, sendo estes fundamentais para o funcionamento da atividade.
Uma vez que, conforme as necessidades dos clientes e buscando satisfazer os desejos dos
turistas   e   aumentar   sua   permanência   na   destinação   surgem   empreendimentos   turísticos
diversos que unidos formam produtos turísticos variados com a finalidade de atender  as
demandas dos visitantes. 
Em   sua   maioria   estes   empreendimentos   concentram-se   na   iniciativa   privada,   se
caracterizam por ser serviços, negócios direta e indiretamente existente para atender ao turista
e lhe ofereça uma boa estada na destinação, sua classificação segundo o MTUR (2011) é:
Serviços e equipamentos de hospedagem; Serviços e equipamentos de alimentação; Serviços e
equipamentos   de   agências   de   turismo;   Serviços   e   equipamentos   de   eventos;   Serviços   e
equipamentos de transporte turístico; Serviços e equipamentos de lazer; e Outros serviços e
equipamentos turísticos. 
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Destes serviços  o  foco de  nosso  estudo se  dará nos  Equipamentos e  serviços  de
Agências de viagens, está se caracteriza, segundo o MTUR (2011), em um empreendimento
que opera em um ou mais destinos oferecendo a estes produtos e serviços locais como:
passeios, traslado, city tour, entre outros. 
Como pode ser observado pela definição, estas agências de turismo receptivos devem
atender a demanda dos turistas na destinação e para isso devem organizar o produto turístico a
ser  oferecido  para   o cliente,   mais  que  um   simples canal  de   distribuição  de   vendas dos
produtos, estes empreendimentos podem promover a organização de produtos turísticos no
formato de pacotes (passeios) de modo a reunir demais empreendimentos e atrativos de forma
ordenada e a um determinado preço e colocar à disposição dos consumidores. 
Em destinos turísticos consolidados, a tarefa de organizar os passeios fica a cargo das
grandes operadoras de turismo, porém em destinação que estão na fase desenvolvimento a
elaboração e formatação de produtos turístico pode ser executado pelas agências de receptivo.
Esta tarefa consiste em uma complexa articulação entre prestadores de serviços turísticos,
proprietários   de   atrativos   e   conhecimento   das   demandas   dos   consumidores   e   das
potencialidades locais, para assim promover de forma coordenada produtos turísticos que
venham a satisfazer e a possibilitar uma experiência  de qualidade ao consumidor turista
(SMITH, 1994). 
Na maioria dos casos a organização destes produtos, chamados de passeios, deve ser
acompanhada de pelos empreendedores da agência de receptivo, uma vez que a compra e a
operação do mesmo se dará por sua empresa, e a avaliação do turista quanto a qualidade dos
serviços não se dará somente no momento da compra, mas sim estará relacionada a sua
experiência   ao   desfrutar   do   serviço   (passeio)   que   adquiriu,   isto   porque,   as   atividades
realizadas   serão   avaliadas   individualmente,   mas   a   qualidade   final   da   experiência   estará
relacionada diretamente à empresa que organizou e ofereceu o serviço ao turista (VALLS,
2004; EJARQUE, 2005).
4.2 Empreendedor turístico
No turismo muito destes produtos são desenvolvidos por pessoas empreendedoras, o
empreendedor possui características que possibilitam uma nova visão do mundo onde se
encontra, percebendo obstáculos como oportunidades, transformando e adaptando suas ideias
e  suas   atitudes conforme   as  mudanças   impostas  pela   sociedade.   Portanto, um   indivíduo
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dotado de habilidades que o orientam a agir, proativo, que usa da criatividade e da inovação
para concretizar sonhos e planos e colocá-los em prática seja nos campos dos sociais ou de
negócios (DOLABELA; FILION, 2013; TAVARES; MOURA; ALVES, 2013). 
A atitude empreendedora consiste, portanto, na ação que leva o indivíduo transformar
seus sonhos em realidade, modificando sua condição de vida e a dos que o cercam, tendo
como   principal   motivação   a   necessidade   de   realização,   pode-se   entender   que   ser
empreendedor é possuir atitudes e comportamentos que possibilitam ver o mundo de forma
mais   proativa   assumindo   certos   riscos,   inovando   com   perseverança   convivendo   com   as
incertezas e as mudanças (DOLABELA, 2008) 
Portanto   o   empreendedor   deve   ser   compreendido   como   o   indivíduo   que   tem   a
capacidade de transformar seus sonhos em realidade por meio de ações racionais e planejadas,
estes sonhos, conforme Dolabela e Filion (2013), podem ser caracterizados em três grupos
que interagem entre si: Sonho Coletivo (SC), Sonho Estruturante (SE) e Sonho de Atividade
(SA). 
Os sonhos coletivos consistem nos valores e expectativas de uma sociedade, estes
podem   ser   próprios   ou   criados   com   uma   determinada   finalidade   a   fim   de   solucionar
problemas   únicos   de   uma   comunidade,   o   turismo   muitas   das   vezes   se   torna   um   sonho
coletivo,   o   qual   é   entendido   como   uma   ferramenta   a   mais   para   amenizar   problemas
econômicos e proporcionar o desenvolvimento local (DOLABELA; FILION, 2013). 
Os sonhos coletivos são concretizados por meio dos estruturantes e de atividade, o SE
se caracteriza por ser o sonho que o indivíduo tem quanto ao seu próprio futuro, por sua vez
este será realmente estruturante quando tiver a capacidade de possibilitar a autorrealização do
indivíduo empreendedor, impulsionando este à ação. Por sua vez os SE são desenvolvidos e
realizados por meio dos Sonhos de Atividades, que será materializado por um plano de ação
que deve ser executado para que este se torne real, de modo a planejar as atividades a serem
desenvolvidas para concretizar os Sonhos Estruturantes (DOLABELA; FILION, 2013).
Na sociedade em que vivemos, onde as mudanças e as incertezas são uma constante
nas organizações, ser empreendedor não é um diferencial mas sim uma necessidade, buscando
soluções e realizações para problemas e insatisfações que surgem constantemente utilizando
recursos   muitas   vezes   escassos,   sendo   necessário   para   concretizar   objetivos:   pessoais,
profissionais e coletivos, ações e processos criativos por meio de uma abordagem inovadora
para realizar trabalhos e resoluções que atinjam o desempenho esperado.
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4.3 Capital social no turismo
Portanto, o recurso oriundo das relações em rede de uma sociedade são fundamentais
para que surja empreendimentos que busquem transformar a realidade, estes recursos são
conhecidos como capital social, que necessita de uma série de relações e normas entre as
pessoas   em   uma   rede   de   contato   que   visa   benefícios   comuns   como   informações,
conhecimentos, troca de experiências, suporte técnico, financeiro e humano compartilhado
entre os indivíduos desta rede (AZEVEDO; ANDRADE, 2017).
O capital social será maior quanto mais os indivíduos envolvidos nestas redes têm a
capacidade   de   trabalhar   em   conjunto   para   um   benefício   mútuo,   quando   as   pessoas
conseguirem   se   associar   de   formas   inovadoras   compartilhando   valores,   conhecimento   e
construindo um ambiente de troca, onde os interesses individuais possam ser subordinados ou
estarem   atrelados   aos   do   grupo   que   fazem   parte   (CASTRO;   GÁLAN;   BRAVO, 2014;
MAHATO; JHA; VERNA, 2022).
O capital social proporciona as organizações e aos empreendedores riquezas geradas
que somente são possíveis a um custo menos por meio da coletividade, de modo que a coesão
social  é muito  mais  que  das  instituições,  mas  sim  o  modo  como estas  se  relacionam  e
oportunizam a troca de riquezas como: conhecimento, experiências, valores e oportunidade
(SANTOS et al., 2017; BERTOLAMI et al., 2018).
A confiança e a cooperação são elementos fundamentais para que as sociedades e os
empreendedores possam ter capital social, a confiança facilita e estimula a vida em sociedade
e o conforto na troca de informações e conhecimentos, uma vez que a confiança é um recurso
oriundo do conhecimento mútuo entre os indivíduos. Já a cooperação consiste em um valor
que possibilita a realização de projetos coletivos, mesmo quando os indivíduos dos grupos
têm   opiniões   e   interesses   diferentes   mas   buscam   um   objetivo   em   comum   (AZEVEDO;
ANDRADE, 2017; MAHATO; JHA; VERNA, 2022).
Partilhando deste mesmo pensamento (SANTOS et al., 2017) esclarece que o capital
social deve ser entendido por meio de três dimensões. A primeira consiste na forma como as
pessoas e  atores se relacionam  e  se  conectam,  esta é  a dimensão  estrutural. A  segunda
dimensão, a relacional refere-se aos resultados e os ativos que são alcançados por meio destas
relações, e, por fim os recursos e visões que são compartilhados por estes atores, como as
informações que geram conhecimentos que podem ser utilizados por todos em busca de
atingir um benefício mútuo, esta dimensão é a cognitiva.
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A IMPORTÂNCIA DO CAPITAL SOCIAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE EMPREENDIMENTOS E PRODUTOS TURÍSTICOS
Para o empreendedorismo o  capital social  proporciona assim a geração  de  novos
conhecimentos e oportunidades de desenvolvimento que sozinho o indivíduo não teria ou
levaria muito tempo para alcançar, por meio de um processo de aprendizagem coletiva com
abordagem empreendedora busca capacitar o indivíduo a ser o protagonista de seu destino,
criando e aproveitando oportunidades para recriar a si mesmo e o local onde este vive. O
empreendedor não é exclusivamente um empresário, mas sim um ser que sonha, realiza e
transforma a realidade onde se encontra. 
Os destinos turísticos precisam do espírito empreendedor que estimule a geração de
capitais sociais, de pessoas que possuam a cultura empreendedora, de modo a constantemente
promover e organizar novos produtos, criando novas alternativas, novos empreendimentos
que possam formar oportunidades diversas de atender as mais variadas demandas dos turistas.
Por meio de uma visão empreendedora alavancada por meio de sociedades e de redes
que   possuem   um   capital   social   elevado,   seria   possível   reunir   os   elementos   necessários
existente em um território para formatação de um ou mais produtos turísticos, instigando nas
pessoas o interesse de promover uma prática econômica que possibilite a geração de emprego
e renda, por meio do uso responsável das potencialidades naturais e humanas organizando
empreendimentos, atrações e infraestrutura a fim de promover a visitação e a satisfação de
consumidores interessados em conhecer e desfrutar destas potencialidades.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa proposta neste estudo se baseia em um estudo qualitativo, exploratório e
descritivo, em um primeiro momento foi executado pesquisa bibliográfica sobre temáticas
como:   turismo   de   aventura;   ecoturismo;   turismo   cultural;   empreendedorismo   e
empreendedorismo   colaborativo.   Estes   temas   foram   pesquisados   em   livros,   periódicos
científicos,   trabalhos   acadêmicos   de   nível   de   pós-graduação.   Para   este   levantamento   se
utilizou as bases de dados como: Scielo, Scopus, Redalyc, Publicações de Turismo e o Portal
de   Periódicos   da   CAPES.   Esta   etapa   da   pesquisa   foi   de   fundamental   importância   para
embasar teoricamente o estudo e auxiliar na elaboração das demais etapas da investigação. 
Em um segundo momento o trabalho se baseou na técnica de coleta de dados mediante
a   realização   de   entrevistas,   com   o   empreendedor   e   sua   equipe,   caracterizadas   como
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semiestruturada, com a finalidade de entender todo o processo de criação e formatação do
empreendimento e dos serviços oferecidos, também, para entender como se desenvolvem as
parcerias   e   a   dinâmica   do   empreendedorismo   colaborativo   na   área   de   turismo.   Os
questionamentos que orientaram a entrevista foram: Você permiti que durante a apresentação
e a publicação desta pesquisa seja utilizado o nome  do empreendimento  assim como as
imagens disponíveis? Como surgiu a ideia de iniciar um empreendimento de turismo em uma
cidade  que  não   é  considerada um  destino   turístico?   O  que   lhe   motivou  e   o  inspirou a
empreender? Como se dá a formatação dos produtos turísticos oferecidos pela empresa, uma
vez que vocês não possuem as propriedades dos atrativos, como é o processo de motivação e
agregação das pessoas a ideia de abrir suas propriedades para o turismo? Quais as principais
dificuldades na formatação e na operacionalização das práticas e serviços que vocês oferecem
e como vocês a superam? Você acredita que o modelo colaborativo de turismo que vocês
conseguiram instituir em Turvo poderia ser replicado em outros destinos turísticos? Quais
seriam as principais oportunidades e os principais obstáculos para tal? Qual a importância da
rede social que você possuía antes e como ela ajudou na formação da empresa e produtos? E a
rede que se formou agora qual o peso dela para a continuidade do empreendimento? Quais são
os fatores que você identificaria para o sucesso do empreendimento Gralha Azul? 
Primeiramente estes questionamentos foram colocados no Google Forms e enviado ao
proprietário da empresa, logo após foi agendado com ele uma conversa por webconferência
com o uso do Google Meet, a qual foi gravada e posteriormente descrita. Esta conversa se deu
no dia 16 de junho 2022 as 20 horas e durou aproximadamente 40 minutos. 
Estava prevista uma visita até a empresa com o objetivo de vivenciar o funcionamento
dos produtos e serviços ofertadas pelo empreendimento, sendo anotado em um diário de
campo   a  partir  de   um   roteiro   de   observação   elementos   que  devem  ser  investigados   no
momento   da   execução   dos   produtos   turísticos   oferecidos,   porém   devido   a   situação   da
pandemia do COVID-19, vivenciada durante o ano de 2021 e 2022, esta etapa da pesquisa de
campo foi suspensa. 
A terceira e última etapa da pesquisa consistiu em analisar os dados encontrados na
pesquisa empírica, estes foram analisados por meio do emparelhamento teórico prático com
finalidade de contrapor a teoria e a realidade encontra em campo, por meio do cruzamento dos
dados da entrevista e a teoria estudada.
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4 ANÁLISE E DISCUSSÕES
A Gralha Azul é uma rede colaborativa de turismo em parceria com famílias rurais,
indígenas e quilombolas do município de Turvo, estado do Paraná, a iniciativa está pautada
em  uma  iniciativa   sustentável  que   visa  a  valorização   das culturas   locais incentivando   a
conservação da natureza e a geração de renda complementar as famílias parceiras por meio
das práticas de turismo, tendo como um dos seus principais atrativos a cultura, a história, a
natureza e a aventura (GRALHA AZUL, 2021). 
O Município de Turvos está localizado na região centro-sul do estado do Paraná, a 232
km da capital Curitiba, tem como municípios limítrofes, Guarapuava, Prudentópolis, Cândido
de Abreu, Boa Ventura de São Roque, Santa Maria do Oeste e Campina do Simão. Sua
população   é   estimada   em   13.340   habitantes,   60%   destes   residentes   na   zona   rural.   Seu
patrimônio cultural é diversificado resultante dos povos indígenas, quilombolas tropeiros e
imigrantes europeus que ocuparam as terras do município (VIAJE PARANA, 2021). 
Neste  cenário  de   belezas  naturais   e  riqueza  cultural   a empresa   Gralha  Azul  tem
oferecido aos visitantes do município mais de 20 opções de passeios, desde de esportes
radicais e roteiros culturais. Os roteiros podem ser personalizados para cada grupo e oferecem
atividades como rapel, boia-cross, trilhas em meio a mata de araucária, visita a cavernas, à
aldeia indígena, a comunidade quilombola, além de proporcionar a possibilidade de degustar
da culinária típica do município. Proporcionando desta forma aos visitantes uma experiência
de   imersão   de   forma   guiada   pela   comunidade   local   oportunizando   aprendizado   e
entretenimento (GRALHA AZUL, 2021). 
A Gralha Azul é uma iniciativa privada que consegui ver estas oportunidades em um
município que não era um destino turístico, mas devido a visão de mundo do seu fundador em
decorrência de suas experiências como viajante, inicia uma organização de pessoas entorno de
um   objetivo   comum   de   empreender   na   atividade   turística,   devido   a   entender   que   há
potencialidades no município e que por meio da prática do turismo de forma colaborativa
seria  possível gerar   renda   a  comunidade,   oportunizar   a  conservação  e  a   valorização  do
patrimônio cultural e natural, de modo a conectar as pessoas e proporcionar momentos únicos.
Desta forma, o empreendedor age como um agente que congrega as pessoas e as
impulsiona para desenvolver de forma conjunta em uma relação de benefícios mútuos, seu
sonho individual, tornando-o um sonho coletivo (DOLABELA; FILION, 2013). O turismo
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em Turvo surge desta iniciativa, tendo no empreendimento Gralha Azul uma iniciativa que
busca gerar ganhos a todos os parceiros e a comunidade de forma geral. 
Ao observar o relato do proprietário da Gralha Azul é possível entender como o
empreender pode, por meio de sua iniciativa, mudar a realidade de uma comunidade, ao criar
os roteiros de visitação por meio do mapeamento das potencialidades e a segmentação da
prática turística os organizadores da proposta já possuíam propriedades pré-selecionadas e ao
conversar com os proprietários ofereciam uma proposta meio pronta sugerindo a parceria por
meio da possibilidade de uso da propriedade em contrapartida de um arrendamento, sugerindo
e incentivando as famílias a oferecer algo a mais para agregar valor. Desta forma, a partir de
um “chamariz” que era criado pela Gralha Azul, as atividades propostas pela empresa, as
famílias podem oferecer produtos locais produzidos por elas de modo a complementar a renda
e   o   produto   principal,   os   principais   serviços   ou   produtos   oferecidos   são:   alimentação,
artesanato, passeios, transporte, hospedagem, entre outros. 
Como é observado pelo proprietário da Gralha Azul  na entrevista, as práticas  de
turismo de aventura e de ecoturismo foram mais fáceis de organizar do que os roteiros de
turismo   étnicos   culturais,   estes   passeios   proporcionam   experiências   diferenciadas,   mas
elaborá-los exigiram mais cuidado, uma vez que devem ser pensados sem que agridam a
comunidade  e  que  o  turista   possa  ter uma   experiência  de  imersão   junto  à  comunidade.
Portanto, este tipo de produto deve ser pensado sem perder a essência da cultura que está
sendo apresentada. As nuances são mais delicadas, assim buscou-se incentivar guias locais
para apresentar sua cultura e seus detalhes. 
Nestes relatos é possível observar que as atitudes empreendedoras de uma nova visão
do mundo onde se encontra, percebendo possibilidades e oportunidades, transformar e adaptar
as ideias e as atitudes de forma proativa, criativa e inovadora proporcionou o surgimento de
um negócio em turismo em um município no qual não se pensava em turismo (TAVARES;
MOURA; ALVES, 2013). Por meio de um agir empreendedor agregando pessoas, recursos e
conhecimento   a   empresa   Gralha   Azul   organiza   e   fomenta   produtos   turísticos   que
transformaram um município em destino turístico. 
Porém,   para   que   esta   iniciativa   galgasse   sucesso   foi   preciso   atravessar   alguns
obstáculos, os quais se utilizou de muitas das características empreendedoras como inovação,
criatividade, pensar e ver oportunidades, mas a comunicação assertiva e a confiança, segundo
o proprietário da empresa, foram um dos elementos importantes para congregar as pessoas, e
abrir suas propriedades fazendo que acreditassem na ideia agregando valor as atividades do
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campo, vendo no turismo a possibilidade de ganhar uma renda extra, pois as atividades da
maioria das propriedades parceiras possuem culturas de subsistência ou de baixa renda. A
capacidade de relacionamento, de conhecimento e a confiança entre o empreendedor e os
demais atores envolvidos na operacionalização da prática do turismo em Turvo, foi sem
dúvida um fator de sucesso para o empreendimento, estes elementos são descritos como
ativos   do   capital   social   que   surge   destas   relações   (AZEVEDO;   ANDRADE,   2017;
BERTOLAMI, et al., 2018).
Outro aspecto foi o fato de que o produto, roteiro, foi organizado de modo que se a
atividade desse lucro, todos ganhariam, se desse prejuízo quem arcaria era a Gralha Azul, uma
vez   que   esta   faria   o   investimento   em   infraestrutura,   equipamentos,   equipe,  marketing  e
vendas, desta forma,  os proprietários  teriam  uma  entrada  de  dinheiro  e  não  precisariam
investir.  Isso incentivou  que muitos aderissem  ao  projeto  e com a  renda extra  puderam
investir   em   melhorias   na   propriedade   para   melhor   receber   e   o   oferecer   atividades
complementares ao produto principal, acrescentando assim mais oportunidades de renda às
famílias. 
Outras  dificuldades  relatadas   pelo  proprietário   da Gralha   Azul  consistiram em:   a
ausência ou a demora do poder público em investir e despertar para o turismo no município,
sentido ele um pouco de abandono e tendo que trabalhar sozinho enquanto empreendedor; a
disponibilidade de tempo do empreendedor, de dia fazendo as visitas e a noite editando
material visual e negociando com fornecedor e feedback da equipe, além é claro a pandemia
que dificultou e interrompeu as atividades da empresa, e que agora estão se adaptando a nova
realidade, antes a empresa atendia grupos grandes, porém agora os grupos são menores o que
demanda mais trabalho na organização e execução do serviço. 
Mesmo frente a estas dificuldades a Gralha Azul obteve sucesso e vem se adaptando
as novas realidades, assim como continuam investindo na atividade, atualmente estão com
projeto   de   construção   de   uma   nova   sede.   Que   demonstra   novamente   uma   atitude
empreendedora dos gestores e proprietários da organização ao ver o mundo de forma mais
proativa assumindo riscos, de forma inovadora e com perseverança diante das incertezas e das
mudanças (DOLABELA, 2008).
O modelo de organização dos produtos turísticos da Gralha Azul e o modo como
foram   formatados   os   roteiros   consistem   em   uma   forma   inovadora   de   fazer   o   turismo
colaborativo entre iniciativa privada e comunidade, em uma parceria de baixa investimento e
de ganhos múltiplos, que está alicerçada em uma relação de confiança e companheirismo, a
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qual, segundo o proprietário  da  Gralha Azul,  não é  simples de  conseguir e  que  precisa
constantemente de atenção e cuidado para que as pessoas não desacreditem do projeto. Assim,
é preciso manter constantemente um contato com as famílias parceiras e equilibrar o fluxo de
visitas de modo a manter sempre visitantes em todas as propriedades de forma equitativa e
equilibrada. 
Ao ser questionado se o modelo de negócio organizado por eles poderia ser replicado
em  outras   localidades,  a  resposta  é   que  é  possível  pois   há métricas   bem  definidas   nos
contratos  e podem  ser  repassadas em  outras  localidades,  mas, o  problema  que  deve ser
pontuado é que é preciso ter uma equipe local, pois são eles que vão ter que fazer o contato
com as pessoas com a população da localidade e trazer eles para o projeto, é essa equipe que
deve conhecer tudo e a todos, além de atender e acompanhar os turistas. A iniciativa deve ser
uma base privada centrada nas famílias e na comunidade local. 
Para o proprietário os principais fatores de sucesso da Gralha Azul consistiram em:
rede de pessoas, a rede social anterior e originada pela iniciativa, ter a amizade saber como
conversa, a confiança e a valorização das pessoas são fatores fundamentais; a experiência do
empreendedor de vivência em outros lugares e a sua visão de mundo, que possibilitou a ele
ver o potencial do seu local é outro elemento que proporcionou o sucesso do empreendimento.
Além é claro de deixar de forma clara e transparente as condições e ganhos financeiros do
projeto   para   cada   parte   envolvida   e   cumprir   com   a   promessa   de   entrada   de   recursos
financeiros. Muito do que o empreendedor relata como principal fator de sucesso de seu
empreendimento consiste no capital social que este indivíduo tem junto a comunidade, a
confiança  e  a capacidade   de articular  as pessoas  na  cooperação  pela  realização  de  uma
atividade que vem a trazer benefícios mútuos, são elementos base do capital social (SANTOS
et al., 2017; MAHALO et al., 2022), que possibilitou agregar os indivíduos na formatação de
produtos turísticos e transformar Turvo em um destino turístico.
A Gralha Azul é um exemplo de como o turismo pode surgir da iniciativa privada e
agregar a esta iniciativa a população local, a tarefa de formatar os roteiros consiste em uma
complexa articulação entre prestadores de serviços turísticos, proprietários de atrativos, uma
equipe bem preparada, para divulgação, venda e execução dos produtos, conhecimento das
potencialidades locais, consciência da necessidade da conservação cultural e ambiental dos
atrativos, e a iniciativa de promover de forma coordenada a satisfação dos turistas por meio de
experiências de qualidade e a valorizar e possibilitar ganhos as comunidades locais por meio
de benefícios econômicos, sociais, culturais e ambientais (SMITH, 1994). 
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A organização aqui estudada é um caso claro de iniciativa privada que por meio das
ações   e   habilidades   empreendedoras   de   seu   proprietário,   visão   de   mundo,   criatividade,
inovação, comunicação e proatividade, transformou um sonho individual em coletivo por
meio da união de pessoas, que de forma planejada e organizada empreenderam no turismo de
forma colaborativa, originando em um município que não fomentava turismo em um destino
turístico com mais de 20 opções de serviços. 
Portanto, a visão empreendedora e o modelo de negócio organizado pela Gralha Azul
é um case de sucesso que pode ser replicado em outras localidades, mas para isso é preciso de
pessoas que tenham habilidades e comportamentos empreendedores de modo a ter a iniciativa
de identificar oportunidades e possibilidade de práticas turísticas e possam reunir pessoas em
um sonho coletivo de desenvolver a atividade de turística de modo colaborativo originando
ganhos econômicos, sociais, ambientais e culturais. Exemplos como estes demonstram que
empreender   é   mais   que   gerar   renda   e   postos   de   trabalho,   empreender   é   transformar   as
realidades locais.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A   empresa   Gralha   Azul   é   uma   iniciativa   privada   que   por   meio   de   uma   ação
colaborativa em turismo transformou o município de Turvo, no estado do Paraná, em um
destino turístico, com mais de 20 opções de serviços, como: práticas de turismo rural, de
aventura, de ecoturismo, imersão e visitação em comunidades indígenas e quilombolas. 
Esta organização surge da visão de mundo de um empreendedor que por meio de sua
proatividade e necessidade de realizar um negócio, de forma criativa e inovadora reúne um
grupo de famílias que vem a acompanhar e transformar a realidade a qual se encontram por
meio   do   turismo.   O   proprietário   do   empreendimento   ao   observar   as   possibilidades   e
oportunidades   dos   recursos   turísticos   naturais   e   culturais   do   município,   aliado   a   suas
experiências de viagens decide empreender em Turvo, organizando e formatando roteiros de
turismo de aventura, ecoturismo e turismo étnico cultural de forma colaborativa. 
Por meio de um modelo de negócio no qual os benefícios financeiros, culturais, sociais
e ambientais são compartilhados com as comunidades e famílias parceiras a empresa Gralha
Azul consegue ofertar diversas opções de passeios de práticas de aventura e experiências de
imersão culturais. 
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Portanto,   os   principais   elementos   que   tornaram   a   empresa   Gralha   Azul   um
empreendimento de turismo com um modelo de negócio colaborativo e transformar Turvo em
um destino turístico, são basicamente as habilidades e comportamentos empreendedor do seu
proprietário, a capacidade deste em transmitir e organizar uma atividade onde os benefícios
são  percebidos  pelos  parceiros,  a   rede  social  de   pessoas  que  fazem  parte  do  projeto,  a
valorização das pessoas, a confiança destas no projeto e a entrega de resultados oferecidos aos
envolvidos.
A cooperação em um projeto como o de turismo em Turvo/PR  demonstra como o
conhecimento de um empreendedor pode gerar condições de relacionar e envolver as pessoas
resultando em um ativo de capital social, que oportuniza a geração de trabalho e renda a
outros indivíduos, que sozinhos não teriam esta mesma oportunidade, mas que de forma
conjunta possibilitaram o surgimento da prática do turismo de modo coletivo gerado pela
visão empreendedora, viabilizando a realização de objetivos que individualmente não seriam
alcançados.
Este caso é um exemplo claro de como no turismo a cultura empreendedora é uma
necessidade para transformar a realidade e proporcionar a organização de ações coletivas que
venham a trazer ganhos econômicos, sociais, culturais e ambientais para uma localidade.
Transformando localidades com potenciais turísticos em destinações que reúnam produtos
diversificados   e   que   proporcionem   experiências   únicas   e   a   satisfação   de   turistas   e
comunidade.   Tendo   no   empreendedor   o   agente   transformador   da   realidade   que   reúne   e
incentiva outras pessoas a acompanhar e transformar um sonho individual em sonho coletivo.
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