Revista de Estudos em Organizações e Controladoria-REOC, ISSN 2763-9673, UNICENTRO, Irati-PR, v. 3, n. 2, p. 32-46,
jul./dez., 2023.
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL APLICADA NO DESENVOLVIMENTO DE
PESSOAS EM AMBIENTES ORGANIZACIONAIS NO PÓS PANDEMIA DE
COVID-19
1
EMOTIONAL INTELLIGENCE APPLIED IN EMPLOYEE DEVELOPMENT IN
ORGANIZATIONAL ENVIRONMENTS IN THE POST-COVID-19 PANDEMIC
ERA
MARCOS ROBERTO PISARSKI JUNIOR
Universidad de Guadalajara/MEX (CUC - Puerto Vallarta)
E-mail: marcos.pisarski@gmail.com
MARCELO JESUS NASCIMENTO LIMA
Universidade Estadual de Goiás (UnU Caldas Novas)
E-mail: marcelojesus.lima@ueg.br
RESUMO
Este trabalho surge da compreensão da necessidade de expor os ganhos do estudo da Inteligência
Emocional (IE) para o ambiente organizacional e para toda a sociedade. O cenário extremamente
competitivo e voraz em que os ambientes organizacionais veem se tornando no século XXI, sugere
que o entendimento de ciências que tratam do comportamento humano são elementos-chave para
se obter êxito. Em 2023, após três anos de pandemia de COVID-19, é visível que, de modo geral,
as pessoas estão mais sensíveis e consequentemente mais propensas a conflitos ou problemas
que antes eram resolvidos de maneira mais simples. O cenário organizacional mudou e exige que
seus líderes acompanhem essas mudanças e estejam preparados para lidar com pessoas, que por
sua vez são guiadas por suas emoções, e não apenas para fazer uma análise fria de resultados.
Através de uma revisão bibliográfica, este trabalho se propôs a analisar e compreender de maneira
mais precisa a relevância das pesquisas sobre IE, bem como sua aplicabilidade em variados
contextos, avanços e contribuições futuras, sobretudo diante das incertezas e transformações
resultantes da pandemia de COVID-19. Como resultado pode-se verificar que a Inteligência
Emocional (IE) tornou-se praticamente consensual no ambiente organizacional, sendo fundamental
para o desempenho e a liderança eficaz, principalmente em momentos de crises e incertezas, como
foi no período da pandemia de COVID-19.
Palavras-chave: Inteligência emocional, Desenvolvimento de pessoas, COVID-19, Liderança.
ABSTRACT
This paper stems from the understanding of the need to expose the gains of studying Emotional
Intelligence (EI) for the organizational environment and society. The extremely competitive and
voracious landscape in which organizational environments have been evolving in the 21st century
suggests that the understanding of sciences dealing with human behavior is a key element for
achieving success. In 2023, after three years of the COVID-19 pandemic, it is visible that, in general,
people are more sensitive and consequently more prone to conflicts or problems that were previously
resolved more simply. The organizational scenario has changed and demands that its leaders keep
up with these changes and be prepared to deal with people, who are guided by their emotions, rather
than just conducting a cold analysis of results. Through a literature review, this work aimed to analyze
and understand more precisely the relevance of research on EI, as well as its applicability in various
contexts, advancements, and future contributions, especially in the face of the uncertainties and
transformations resulting from the COVID-19 pandemic. As a result, it can be observed that
Emotional Intelligence (EI) has become virtually consensual in the organizational environment, being
fundamental for effective performance and leadership, particularly in times of crises and
uncertainties, such as during the COVID-19 pandemic.
Keywords: Emotional intelligence, Employee development, COVID-19, Leadership.
1
DOI: https://doi.org/10.5935/2763-9673.20230007
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1. INTRODUÇÃO
Inteligência Emocional (IE), segundo Nunes (2021), pode ser definida como
a capacidade de compreender, controlar e avaliar emoções, tanto próprias quanto
alheias. O termo "Inteligência Emocional" foi introduzido por Wayne Payne em sua
tese de doutorado em 1985, intitulada "Um Estudo de Emoção: Desenvolvendo
Inteligência Emocional".
Goleman (2012) despertou interesse fora do meio acadêmico com seu
artigo na revista Time, "Inteligência Emocional: Pode Importar mais do que QI".
Segundo Goleman (2012, p. 58), a "IE engloba a capacidade de autogerar
motivação, persistir em metas apesar de contratempos, controlar impulsos, manter
um estado mental positivo e preservar a capacidade de raciocinar sob pressão
emocional".
O estudo da IE deixou de ser exclusivo para gestores de recursos humanos
e tornou-se uma ferramenta estratégica para alavancar resultados e melhora do
ambiente organizacional. Contribuições de autores como Goleman (1995)
mudaram a percepção sobre a formação da IE e seus impactos nas organizações
e na sociedade. Goleman (1995) propôs que um bom líder não deve apenas possuir
alto QI, mas também habilidades como autoconhecimento, autocontrole,
motivação, empatia e habilidades sociais.
Desta forma, o objetivo deste trabalho é discutir e compreender de forma
mais clara a importância dos estudos sobre IE, sua aplicabilidade em diferentes
contextos, avanços e futuras contribuições, especialmente diante das incertezas e
mudanças decorrentes da pandemia de COVID-19, ocorrida nos períodos de 2020
a 2023.
Assim, com base em pesquisas bibliográficas de autores da área, como
Goleman, Moreira, Ferreira e Assaoka, este estudo busca compreender de forma
mais precisa como o entendimento da IE se aplica no desenvolvimento de pessoas
dentro das organizações.
Como resultado pode-se verificar que a importância da Inteligência
Emocional (IE) tornou-se praticamente consensual no ambiente organizacional,
sendo fundamental para o desempenho e a liderança eficaz. Foi possível verificar
também que a falta de IE em líderes pode resultar em ambientes de trabalho
instáveis, propensos a conflitos e impactar negativamente o clima organizacional,
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contribuindo para o aumento de doenças mentais, como ansiedade e depressão,
especialmente durante a pandemia de COVID-19.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este trabalho apresenta a sua fundamentação teórica dívida em duas
partes, sendo a primeira referindo-se a conceitos voltados a Inteligência Emocional
e suas interfaces na sociedade, e a segunda parte buscando categorizar o período
conhecido como pandemia de COVID-19, período de crise sanitária devido a
contaminação em massa da população global pelo vírus SARS-CoV-2.
2.1. Inteligência Emocional
Existem na atualidade diversos conceitos sobre como é definida a
Inteligência Emocional (IE) e seus componentes, muitos deles semelhantes entre
si, contudo a maioria parte da mesma premissa que Goleman (1995) apresentada
no Quadro 1.
Quadro 1 Conceitos e componentes da inteligência emocional
(continua)
Componentes da Inteligência
Emocional
Definição
Características
Autoconhecimento
Conhecer seus
sentimentos, pontos fortes
e fracos, suas motivações e
seus objetivos.
Autoconfiança
Senso de humor autode-
preciativo
Sede de crítica construtiva
Autocontrole
Controlar ou redirecionar
impulsos e estados de
espíritos nocivos.
Confiabilidade
Integridade
Tranquilidade diante das
ambiguidades e mudanças
Motivação
Ser motivado por
conquistas.
Paixão por trabalho e por
novos desafios
Disposição incansável
para melhor
Otimismo diante do fra-
casso
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(conclusão)
Empatia
Levar em conta os
sentimentos dos outros.
Expertise para atrair e re-
ter talentos
Capacidade de desenvol-
ver profissionais
Sensibilidade para diferen-
ças culturais
Destreza
Administrar
relacionamentos para
conduzir pessoas na
direção desejada.
Eficácia em conduzir mu-
danças
Poder persuasão
Extensa rede de contatos
Fonte: Adaptado de Goleman (2019).
Para Goleman (2019), o conjunto dessas habilidades, somadas ao
Quociente de Inteligência (QI), permitia que pessoas que ocupam cargos de
lideranças pudessem maximizar os seus resultados. Ele observou que o QI na
verdade só respondia por 20% de todos os resultados, sendo a IE que colaborava
com a maior à parte. Essa parte foi essencial para que as habilidades da IE
passassem a ser mais pautadas e partir de então mais líderes fosse preparado com
elas para então passar a diante.
Assaoka e Oliveira (2021) por sua vez, definiram essas habilidades como
sendo seis, e as colocaram como indispensáveis para que um líder que queira
contribuir para o desenvolvimento pessoal e coletivo das pessoas. Estes conceitos
são muitos semelhantes porque são trabalhos que se complementam, o próprio
trabalho de Assaoka e Oliveira (2021) utilizam materiais de Goleman (2019) como
referência. São eles: Autoconhecimento, Autocontrole, Empatia, Resiliência,
compreensão aos outros e comunicação (ASSAOKA; OLIVEIRA, 2021).
Desta forma, é possível sintetizar estes conceitos de maneira mais simples
por meio de uma obra intitulada “O Poder da Inteligência Emocional”, publicada em
2018, tendo como autores Boyatzis, McKee e Goleman (2018). Neste livro os
conceitos e as habilidades para o desenvolvimento a IE são apresentados de
maneira mais condensada e estruturada, como pode-se ver no Quadro 2, referindo-
se as competências pessoais.
Quadro 2 Competências pessoais
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Fonte: Boyatzis, McKee e Goleman (2018).
Quadro 3 Competências sociais
Competência Social: Talentos que determinam o modo como as pessoas se relacionam.
Consciência Social
Empatia: dar-se conta das emoções alheias, empreender a sua perspectiva e interessar-
se ativamente pelas preocupações dos outros;
Consciência organizacional: interpreta as correntes, os diagramas de influência e as políti-
cas em nível organizacional;
Serviço: reconhecer e atender as necessidades de seguidores, clientes ou compradores.
Gestão de Relacionamentos
Liderança inspiradora: guiar e motivar com uma visão convincente;
Influência: empregar um conjunto de táticas para persuadir;
Desenvolvimento dos outros: apoiar e fortalecer habilidades alheias com feedback e orien-
tação;
Estímulo a mudanças: instituir, administrar e liderar numa nova direção;
Administração de conflitos: resolver discórdias;
Criação de vínculos: cultivar e manter uma rede de relações;
Trabalho em equipe e colaboração: cooperação e formação de equipe.
Fonte: Boyatzis, McKee e Goleman (2018).
Percebe-se que estes conceitos se tornam mais abrangentes, pois
Goleman (2019) começou levantado seis características sobre a definição da IE e
por fim as reclassifica em quatro dívidas em dois subgrupos: Competências
Pessoais e Competências Sociais. Outras definições podem ser propostas por
outros autores, contudo, o que se pode notar a partir destas primeiras impressões
Competência Pessoal: Talentos que determinam o modo como as pessoas se conduzem.
Autoconsciência
Autoconsciência emocional: interpretar as próprias emoções e reconhecer o impacto de-
las;
Autoavaliação correta: conhecer pontos fortes e limites pessoais;
Autoconfiança: uma ideia bem fundamentada do próprio valor e das capacidades pesso-
ais.
Autogestão
Autocontrole emocional: manter sob controle emoções e impulsos desestabilizadores;
Transparência: demonstrar honestidade e integridade: confiabilidade;
Adaptabilidade: flexibilidade para se adaptar a novas situações ou superar obstáculos;
Realização: o desejo de melhorar o desempenho para alcançar padrões íntimos de exce-
lência;
Iniciativa: disposição para agir e aproveitar oportunidades;
Otimismo: ver o lado positivo dos acontecimentos.
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é que, o estudo da Inteligência Emocional vai se nortear sobre a percepção e o
conhecimento que o indivíduo tem sobre ele mesmo e como ele se comporta em
sociedade.
2.2. Pandemia COVID-19
A pandemia de COVID-19 foi uma crise sanitária de nível global que se
iniciou na China no final do ano de 2019. O vírus SARS CoV 2 provocou uma
doença respiratória semelhante a pneumonia, doença essa que ficou conhecida
como COVID-19. A doença se espalhava pelo toque e se alastrou com facilidade
pela China, parte da Europa e dos EUA. O potencial destrutivo desta doença e
facilidade como ela se propagava logo mudou seu status de uma simples epidemia
local para uma pandemia em escala global.
As autoridades sanitárias precisaram adotar medidas severas para conter
o contágio. Como não existia nenhum tipo de vacina ou tratamento, as medidas
mais eficazes naquele momento foram redobrar os cuidados com a higiene, uso de
máscaras e o distanciamento social. Este último causou muitos transtornos, pois
exigia mudanças profundas na maneira como as pessoas interagiam entre si. A
respeito de todos esses acontecimentos, até então sem precedentes, Garcia (2021,
p. 39) aponta:
Apesar do momento ter recebido comparações díspares como as crises
financeiras globais de 1929 e de 2008, as crises sanitárias, da peste negra
no século XIV, ou a gripe espanhola, em 1918, o é possível traçar
paralelos com eventos anteriores, uma vez que as circunstâncias são bem
diferentes: nunca houve milhões de pessoas fechadas em casa,
conectadas pela internet, com empresas e escolas fechadas por tempo
indeterminado.
Uma das medidas mais radicais adotadas por alguns governos para conter
o avanço da doença foi lockdown que exigia que as pessoas não saíssem de casa
até que fosse seguro. O isolamento provocou o fechamento de rias fábricas,
escritórios e diversos postos de emprego ao redor do globo e vários fenômenos
sociais decorrentes disso.
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Todos os serviços que dependiam de atendimento presencial foram
afetados e houve uma explosão de demanda por tecnologias que possibilitaram a
continuidade do trabalho e que ajudassem a contornar um pouco a situação. Pode-
se destacar as plataformas de reuniões on-line que tiveram um crescimento
exponencial durante este período.
Acompanhando esse mesmo ritmo, foram criados diversos aplicativos que
tinham objetivo de facilitar a acesso das pessoas a atendimento por saúde e para
mapear o avanço da doença, como aponta Cavalcante et al. (2021, p. 47) afirmando
que “neste período demandou-se com mais intensidade da área da saúde e de
condições humanizadas para o atendimento, disponibilidade de leitos hospitalares,
medicação, investimentos em inovação e tecnologia”.
Desta forma, a implementação de tecnologias avançadas direcionadas ao
campo da saúde tornou-se uma tática oficial do governo. Isso se reflete no
surgimento de aplicativos acessíveis ao público via internet, cujo propósito é coletar
dados e informações fundamentais para respaldar as medidas de combate à
pandemia. No entanto, a eficácia dessas plataformas online no Brasil é limitada
devido à disparidade socioeconômica da população (CAVALCANTE et al., 2021).
Os impactos provocados pela pandemia foram imensos e ainda são difíceis
de mensurar totalmente. É fato que, foram grandes as perdas, além das vidas,
foram bastante afetadas os aspectos econômicos, sociais e como viria a se
descobrir posteriormente, também de saúde mental.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O presente estudo trata-se de revisão bibliográfica que tem o propósito de
discorrer sobre as contribuições da Inteligência Emocional para o ambiente
organizacional. Para isso a pesquisa amparou-se em materiais científicos de
notaria relevância, entre artigos, livros e publicações disponíveis para trazer o
embasamento teórico a respeito do tema proposto e fazer análises consistentes.
Para elaboração deste trabalho foi feita uma ampla pesquisa qualitativa de
caráter bibliográfico, Gil (2002, p. 96), define pesquisa como sendo um
procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas
aos problemas. Neste sentido define que a “pesquisa bibliográfica apresenta-se
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como uma metodologia de pesquisa que subsidia teoricamente todas as demais
metodologias investigativas”.
Neste mesmo sentido, Silva et al. (2021, p. 96) afirma que é através desta
pesquisa bibliográfica que o pesquisador “toma conhecimento da dimensão teórica
acerca de seu tema de pesquisa; constrói a fundamentação teórica de forma segura
e confiável; e elenca as conceituações necessárias que darão sustentação teórica
à pesquisa que se pretende desenvolver”.
É também necessário apontar que o uso da abordagem qualitativa foi
essencial para o desenvolvimento deste trabalho. Isso baseia-se no conceito de
Flick apud. Silva (2021, p. 95) afirma que:
A pesquisa qualitativa é orientada para análise de casos concretos em sua
particularidade temporal e local, partindo das expressões e atividades das
pessoas em seus contextos locais. Portanto, a pesquisa qualitativa está
em condições de traçar caminhos para a psicologia e as ciências sociais
concretizarem as tendências mencionadas por Toulmin, de transformá-las
em programas de pesquisa e de manter a flexibilidade necessárias em
relação a seus objetos e tarefas.
Desta maneira, foram buscados nomes reconhecidos no meio acadêmico
e profissional para tratar do tema, tais como Daniel Goleman, para entender desde
conceituação da IE, o contexto em que ela se encaixa nas organizações
atualmente, a realidade pós-pandemia, bem como os desafios que ainda estão por
vir.
Além disso, para operacionalizar a compreensão da inteligência emocional,
foram considerados métodos de avaliação e desenvolvimento, como a análise dos
conceitos apontados, a investigação dos dilemas da Revolução Industrial, o
estudo da síndrome de burnout e a análise da crise do COVID-19 como casos
práticos. Esses instrumentos foram utilizados para ilustrar a importância da
inteligência emocional na adaptação e resolução de desafios presentes e futuros
no ambiente organizacional.
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO
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O final do século XX e início do século XXI ficaram marcados por um
fenômeno conhecido por Quarta Revolução Industrial ou Iindústria 4.0. Este
acontecimento marca uma nova fase para a indústria e para o setor de serviços,
pois aqui estão inseridos novos agentes que mudam toda a dinâmica dos negócios,
tais como a robótica, inteligência artificial, computação em nuvem, internet das
coisas, mídias sociais e a big data. Na Figura 1 se apresenta uma ilustração da
evolução das eras industriais.
Figura 1 Ilustração da evolução das eras industriais
Fonte: City Systems (2022).
Os primeiros 20 anos do século XXI tem destacado principalmente como a
internet e as redes sociais tornaram cada vez mais presentes na vida das
pessoas. Redes sociais como Twitter e Facebook, por exemplo, tem poder até
mesmo para influenciar no resultado de eleições.
Este ambiente globalizado e conectado também muda a maneira como os
consumidores interagem com os produtos, os produtos são feitos e pensados
sob demanda, desta maneira o consumidor pode até personalizá-los antes de
comprá-los e evita que as indústrias façam a comercialização de um determinado
produto que não vai ter saída depois. A respeito disso Kotler et al. (2017, p. 35)
aponta:
Os clientes não são mais receptores passivos de ações de segmentação,
direcionamento e posicionamento de empresa. A conectividade acelera a
dinâmica dos mercados a ponto de ser praticamente impossível para uma
empresa ficar sozinha e depender apenas de recursos internos para se
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manter bem-sucedida. As empresas precisam encarar a realidade de que,
para vencer, devem colaborar com grupos externos e até envolver a
participação dos clientes.
Este novo mundo super conectado, juntamente com a busca frenética pela
competitividade têm transformado os ambientes organizacionais em lugares cada
vez mais hostis. Não são raros casos pessoas que pedem demissão alegando
cobranças e jornadas de trabalho abusivas e até mesmo apresentando sinais de
esgotamento e transtornos como Síndrome de Burnout.
Isso se tornou uma verdadeira ‘pedra no sapato’ para muitas organizações,
que perceberam que além de lidar com a competitividade e todos os desafios
estratégicos externos, precisavam também, se manter atentos com a retenção de
talentos e com um ambiente organizacional que pudesse estimular ao invés de
adoecer seus colaboradores.
Ficou evidente a necessidade de que, as organizações tenham a
preocupação com o bem-estar de suas equipes e que coloquem a sua frente
pessoas que tenham não apenas habilidades técnicas, mas também habilidades
com relações humanas para cuidar e desenvolver essas pessoas. Portanto, aqui
se dava conta que as equipes precisavam de pessoas que não tivessem somente
um QI elevado, como também, possuíssem entendimento de inteligência
emocional.
Os estudos a respeito da IE ficaram populares nos anos 90 com Goleman,
contudo, é a partir do século XXI com o avanço da globalização e da Iindústria 4.0
que começam a ganhar cada vez mais destaque. Posteriormente, a pandemia de
COVID-19 deu ainda mais ênfase sobre a importância do entendimento e da
aplicação da IE dentro das organizações.
4.1. Contribuições do Estudo da Inteligência Emocional
O cenário altamente competitivo deste novo século fez com que as
empresas buscassem novos perfis de colaboradores para compor suas equipes.
Apenas habilidades técnicas, como explicado anteriormente, não são mais
suficientes. O próprio Goleman (1995) já sugeria que o QI era responsável apenas
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por 20% do sucesso das pessoas. Dentro dos ambientes corporativos essa ideia
também se propagou e outros estudos sobre a IE passaram a ganhar mais força.
Assim, em um movimento natural, as organizações passam a demandar
profissionais que tenham além do conhecimento técnico, um conjunto de
habilidades interpessoais que são essenciais para o bom convívio e melhor
desempenho de suas equipes, tais como, resolução de conflitos, trabalhar sob
pressão, capacidade de se auto motivar, motivar os outros e resiliência. A respeito
destas habilidades, Ferreira (2016, p. 3) aponta que “o profissional contemporâneo
precisa saber atuar na resolução de conflitos diversificados que envolvem múltiplos
interesses, conflitos que em grande parte são de natureza comportamental, ou seja,
é previsível esta dificuldade na condução dos trabalhos", e completa:
as pessoas são a causa de tudo que acontece e por definição não
gerenciamos apenas o trabalho em si, gerenciamos pessoas. Seres
humanos dotados de emoções contaminadas, sentimentos que devem ser
considerados como componentes essenciais ao ambiente de trabalho,
tendo a mesma validade de aceitação que ideias e conhecimentos
técnicos para um melhor aproveitamento dos recursos humanos, que com
suas atitudes, crenças e estados emocionais provocam reações em
cadeia influenciadoras de sucesso ou fracasso do empreendimento
(FERREIRA, 2016, p. 3).
Percebe-se, portanto, que se torna mais o comum o consenso sobre a
importância da IE para o ambiente organizacional. O novo foco passa a ser então,
encontrar as novas habilidades técnicas e as comportamentais que compõem o
perfil ideal de colaboradores. O grande o desafio, porém, é que nenhum ser
humano chega ‘pronto’ nas empresas, e quando a pessoa não vem com essas
soft skills, a organização precisa desenvolvê-las.
O desenvolvimento de ciências como a psicologia e psiquiatria tornou
possível o melhor entendimento sobre as emoções humanas, e isso consequente,
colaborou para readequação estratégica das organizações. Novas linhas estudos
como neurociências também deram sua contribuição, e sempre enfatizam o quão
relevante é a IE principalmente para cargos de liderança. Sobre o papel o do líder
Sousa (2020, p. 19) afirma que:
[...] o despreparo emocional pode gerar vários problemas. Normalmente
encontram-se deres sem nenhum preparo emocional, que se utilizam dos
seus cargos para inferiorizar os demais, que usam a autoridade e o poder,
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que se alteram ao menor sinal de tensão, que afastam e não atraem seus
liderados, fazendo do ambiente de trabalho uma verdadeira confusão
emocional.
Porém, realizando um contraponto, Moreira (2017, p. 93) aponta:
Com o desenvolvimento da liderança, consequentemente compreende-se
que ocorre um incremento da inteligência emocional resultando na
humanização do líder, que passa, por sua vez, a enxergar cada indivíduo
de forma diferente e o mais como um mero colaborador e sim, como
outro ser humano dotado de qualidades e defeitos, habilidades e
competências específicas e singulares.
Essas reflexões dão conta que uma diferença muito grande entre um
líder com inteligência emocional e outro não, e que isso, faz total diferença para o
ambiente organizacional. Uma vez que, enquanto existem líderes que fazem seus
liderados serem enxergados como pessoas valorizadas, há outros que somente as
pressionam e as diminuem, tornando o ambiente instável e potencialmente
propenso a conflitos.
Outro fato relevante é que essa inabilidade de alguns líderes colaborou
muito para uma piora do clima organizacional, e consequentemente, para o
aumento de doenças mentais. Ansiedade e depressão se tornaram um problema
frequente no meio corporativo, e que piorou ainda mais com a pandemia de COVID-
19. Fato este, que vem a corroborar com a ideia de um novo um perfil de
profissionais que será necessário no cenário pós-pandemia, como apresenta
Assaoka et al. (2021, p. 185):
A empatia, a resiliência e a criatividade serão competências imensamente
valorizadas e as organizações devem manter um olhar apartidário em
suas negociações, estando fundamentadas em experiências e
conhecimentos. Escutar, ponderar e discutir as ações, não somente com
a liderança, mas com toda a equipe, com o intuito de aumentar o leque de
soluções e oportunidades.
Diante destes desafios é fundamental que as organizações tenham em foco
que a capacitação de seus líderes é fator decisivo para que tenham uma equipe
saudável e motivada. Isso implica que o investimento no desenvolvimento de um
bom gestor é uma tarefa tanto do indivíduo, quanto da organização que ele
representa.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do que foi exposto, foi possível dimensionar que o aperfeiçoamento
através da Inteligência Emocional tem importância estratégica dentro das
organizações. O momento desafiador que a humanidade está passando com
mudanças aceleradas provocadas pelo avanço tecnológico, pandemia de COVID-
19 e até mesmo conflitos internacionais, sugere que o haverá calmaria quando
se falar de ambiente organizacional.
Por isso torna-se vital que as organizações tenham dentro de sua estratégia
o desenvolvimento de seus líderes e suas equipes por meio da inteligência
emocional. Ficou perceptível que os estudos da IE tiveram contribuições
consideráveis para o meio organização e essa tendência tende a se firmar à medida
que os desafios aparecem e ficam cada vez mais complexos.
As competências técnicas não serão abandonadas, contudo, o que se
no mercado é a consolidação destas mesmas competências técnicas em conjunto
com as competências emocionais, que se por sua vez passam a ganhar mais
destaque. Fica evidente, que haverá uma busca cada vem mais latente por
profissionais que apresentem soft skills elevadas.
A revisão bibliográfica permitiu expor que a IE está presente no cotidiano
das organizações, mesmo que, ainda não na proporção ideal, mas existem
contribuições científicas importantes para tratar do assunto. Daniel Goleman
marcou o início do movimento que deu grandes impulsos para o estudo da IE e
desde então cada vez mais autores têm se dedicado a entender melhor o tema.
Muitas coisas mudaram desde as publicações de Goleman nos anos 90, a
própria pandemia de COVID-19 é um marco que está provocando profundas
mudanças tanto no cenário organizacional quanto no social, visto o cenário de
inovação e transformação no qual o início dos anos 2020 passa.
Considerando o exposto, sugere-se que estudos futuros na área da
inteligência emocional (IE) se concentrem em investigar a eficácia de programas
de treinamento específicos para o desenvolvimento das competências emocionais
em ambientes organizacionais, especialmente diante das mudanças e desafios
trazidos pela pandemia de COVID-19 e pela 4ª Revolução Industrial.
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Marcos Roberto Pisarski Junior e Marcelo Jesus Nascimento Lima
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL APLICADA NO DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS EM AMBIENTES ORGANIZACIONAIS
NO PÓS PANDEMIA DE COVID-19
Revista de Estudos em Organizações e Controladoria-REOC, ISSN 2763-9673, UNICENTRO, Irati-PR, v. 3, n. 2, p. 32-46,
jul./dez., 2023.
Além disso, seria relevante explorar como a IE pode ser integrada de forma
mais ampla nas estratégias de gestão de talentos e liderança, visando não apenas
a melhoria do desempenho individual, mas também o fortalecimento da resiliência
organizacional em cenários de incerteza e transformação.
As percepções mostradas neste trabalho permitem dizer que existem
materiais consistentes a respeito da relevância da Inteligência Emocional para o
ambiente organizacional, contudo, neste cenário de muitas incertezas e mudanças
constantes, é recomendável que este tema seja ainda mais estudado e debatido
com o propósito de trazer mais contribuições para toda a sociedade.
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