Revista de Estudos em Organizações e Controladoria - REOC, ISSN 2763-9673, UNICENTRO, Irati-PR, v. 4, n. 1, p. 88-114, 
jan./jun., 2024. 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM NO GERENCIAMENTO DAS MICRO E 
PEQUENAS EMPRESAS NO MUNICÍPIO DE PRUDENTÓPOLIS - PARANÁ1 
 
FACTORS THAT INFLUENCE IN THE MANAGEMENT OF MICRO AND SMALL 
COMPANIES IN THE MUNICIPALITY OF PRUDENTÓPOLIS - PARANÁ 
 
 
MATHEUS PRATES KLUBER 
Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) 
E-mail: matheusprates9788@hotmail.com 
 
 
FLÁVIO RIBEIRO 
Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) 
E-mail: flavioribeiro@unicentro.br 
 
 
WILLSON GERIGK 
Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) 
E-mail: wgerigk@unicentro.br 
 
 
RESUMO 
É notória a expressão das micro e pequenas empresas (MPE´s) no cenário econômico nacional e 
regional, devido à enorme quantidade de empreendimentos deste porte, também por representarem 
desenvolvimento por meio da geração de empregos e do valor adicionado ao PIB do país. Neste 
sentido, entender as características dessas empresas é relevante para compreender como ocorre 
a gestão nessas organizações. Nesta perspectiva, o estudo em questão tem por objetivo identificar 
quais são os fatores que exercem maior influência no gerenciamento de MPE’s da área central da 
cidade de Prudentópolis, Paraná. Para a execução da pesquisa foi aplicado questionário composto 
por questões fechadas e abertas, entregue a 61 empresas, destes 47 empreendimentos retornaram 
o instrumento de pesquisa respondido. Em relação a análise dos dados, o trabalho utilizou-se da 
técnica de estatística descritiva e da análise fatorial. Os resultados apontam que os micro e 
pequenos empreendimentos da região central da cidade de Prudentópolis, Paraná, consideram o 
fator Planejamento como uma variável preponderante para a gestão da organização. Sendo assim, 
identificam-se como empreendimentos preocupados com a preparação de todas as suas atividades, 
para que quando executadas possam desenvolver-se de maneira que a gestão seja consequência 
do planejamento anteriormente elaborado, a fim de levar a empresa ao sucesso organizacional. 
 
Palavras-chave: Micro e Pequenas Empresas, Contabilidade Gerencial, Gestão Empresarial. 
 
ABSTRACT 
The expression of micro and small companies (MSCs) in the national and regional economic scenario 
is notorious, due to the large number of enterprises of this size, also because they represent 
development through the creation of jobs and the value added to the country's GDP. In this sense, 
understanding the characteristics of these companies is importat to understand how the 
management performed in these organizations occurs. In this perspective, the study in question aims 
to identify which factors have the greatest influence on the management of MSCs in the central area 
of Prudentópolis city, Paraná. For the execution of the research was aplicatequestionnaire was made 
up of closed and open questions, delivered to 61 companies, of these 47 enterprises returned the 
completed survey instrument. Regarding data analysis, the study used the descriptive statistics 
 
1 DOI: https://doi.org/10.5935/2763-9673.20240004 
 
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technique and factor analysis.The results indicate that micro and small enterprises in the central 
region of Prudentópolis city, Paraná, consider the factor Planning as a preponderant variable for the 
organization management. Thus, they identify themselves as enterprises concerned with the 
preparation of all their activities, so that when executed they can develop in a way that management 
is a consequence of planning  previously prepared, in order to lead the company to organizational 
success.  
 
Keywords: Micro and Small Enterprises, Management accounting, Business management. 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
As micro e pequenas empresas (MPE’s) são responsáveis por grande parte 
da movimentação da economia nacional, devido a sua quantidade exercem papel 
importante para o desenvolvimento econômico do país e das regiões em que 
atuam. De acordo com o Sebrae (2014), as micro e pequenas empresas, no último 
estudo realizado em 2011, contribuíram com 27% do PIB do Brasil, essa 
participação se deve ao seu elevado número de empresas, no mesmo ano eram de 
8,9 milhões de empreendimentos, que por sua vez geravam 52% dos empregos 
com carteira assinada no país. 
Na proporção em que crescem se desenvolvem e cumprem sua importância 
para a economia nacional, é possível notar em contrapartida que muitas das micro 
e pequenas empresas sofrem com um alto índice de mortalidade nos primeiros 
anos de funcionamento, conforme dados do Sebrae (2016), as microempresas, no 
ano mais atualizado da pesquisa 2012, apresentavam 45% de mortalidade nos dois 
primeiros anos de constituição, e as empresas de pequeno porte 2%. 
Tavares, Ferreira e Lima (2009) afirmam que é de se estranhar que a maioria 
das técnicas que são indicadas para a administração de pequenas empresas, são 
resultados de adaptações de métodos similares aos que são utilizados pelas 
grandes organizações, sem considerar as características particulares, tão pouco a 
utilidade que terão no contexto das pequenas empresas, e ainda, por existirem 
diferenças culturais, regionais e formais entre tais organizações. 
Para compreender a importância das micro e pequenas empresas, um 
aspecto essencial é a realização de estudos que auxiliem a entender as 
características empresariais presentes nessa categoria de empreendimento, para 
tornar mais clara a compreensão de como funciona a gestão das micro e pequenas 
empresas, especialmente, análises que envolvam fatores individuais que são 
diferenciados de empresa para empresa, ou seja, cada empreendimento possui 
fatores específicos de influência na gestão (Neitzke; Oliveira, 2014). 
As micro e pequenas empresas, por meio de suas características 
particulares, principalmente de porte e cultura, são mais flexíveis às dificuldades 
empresariais relacionadas à gestão (Souza; Qualharini, 2007). Segundo Santos e 
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Souza (2009) a gestão de uma empresa deve ser realizada de modo não só a 
identificar a situação presente da empresa, mas também prever ações que poderão 
se realizar no futuro, a fim de estruturar as melhores estratégias, e analisar todos 
os fatores que possam impactar no gerenciamento da organização. 
Observa-se então que os gestores das micro e pequenas empresas 
assumem um papel importante, pois, suas estratégias e a forma de gestão podem 
impactar diretamente o desenvolvimento da economia regional.  
Para Tavares, Ferreira e Lima (2009) são compreensíveis, neste contexto, 
que o gerenciamento de forma centralizada, aliada a dificuldade e a pressão 
ambiental sofrida pelos empresários, ensejem sistemas de gestão familiar, com 
pouca formalidade. Pelo modo estrutural das pequenas empresas, sendo flexível, 
e por ter decisões centralizadas em uma única pessoa, os proprietários, fazem com 
que o custo diminua, possibilitando assim, respostas ágeis com relação as 
mudanças externas. Porém, tal modo de gestão, não tem garantias de que seja o 
ideal para as MPE’s, mas possibilita a compreensão da gestão realizada pelos 
empresários. 
Os desafios para o gestor de uma MPE são inúmeros e variados, devendo o 
mesmo estar atento a todas as informações do mercado e aos fatores que norteiam 
as atividades operacionais e negociais da empresa. Nesta perspectiva, o presente 
estudo é norteado pela seguinte questão de pesquisa: Quais os fatores que 
influenciam no gerenciamento das micro e pequenas empresas do município 
de Prudentópolis? 
De forma específica o estudo pretende: (i) Qualificar as micro e pequenas 
empresas que atuam na área central da cidade de Prudentópolis-PR; (ii) Obter a 
quantidade de fatores que influenciam na gestão das MPE’s estudadas e; (iii) 
ranquear os fatores de influência no processo de gestão das MPE’s pesquisadas. 
Após a presente introdução é apresentado o referencial teórico, na 
sequência tem-se a metodologia da pesquisa, na quarta seção os resultados do 
estudo são apresentados e discutidos e na última as considerações finais são 
evidenciadas. 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
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Neste tópico serão abordados de forma descritivas conceitos e funções 
relacionadas a contabilidade gerencial e sua ligação ao processo de gestão 
empresarial, inter-relacionando a este processo o gerenciamento de micro e 
pequenas empresas. 
 
2.1. Contabilidade Gerencial 
 
Sabe-se que o objetivo da Ciência Contábil, é auxiliar os administradores 
das organizações na tomada de decisão por meio das informações contábeis 
disponibilizadas das mais variadas formas, como por exemplo, os demonstrativos 
contábeis. Segundo Silva (2008), a contabilidade atua na tomada de decisão como 
uma estruturação formal do processo decisório, baseando-se em princípios, 
funções e definições, que tem por principal objetivo auxiliar os gestores da 
organização a optarem pelas melhores alternativas. 
Uma das especificidades da Ciência Contábil é a contabilidade gerencial, 
que tem por objetivo subsidiar os gestores com informações que auxiliem no 
gerenciamento da organização. Essas informações podem ser tanto padronizadas 
como específicas para atender certa necessidade informacional. Atkinson et al. 
(2000, p. 36) definem a contabilidade gerencial como um processo para “[...] 
identificar, mensurar, reportar e analisar informações sobre os eventos econômicos 
das empresas”. 
Portella e Treter (2018) afirmam que a contabilidade gerencial está 
diretamente relacionada às áreas de controle e gerenciamento de uma 
organização, com o intuito de fornecer aos administradores informações que 
possibilitem aos mesmos gerirem os negócios de maneira eficiente. 
A contabilidade gerencial atua dentro da empresa com a função de 
proporcionar variedades de informações. Os gestores das empresas terão a tarefa 
de tomar decisões relativas à produção, vendas, orçamentos, planejamento e sanar 
as demais necessidades do meio empresarial. O competitivo campo empresarial 
necessita de informações gerenciais relevantes sobre os seus custos efetivos e 
precisam serem avisados se houver necessidade de melhorias em qualidade, 
eficiência e rapidez nas operações de produção (Almeida, 2013, p.7). 
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2.2. Gestão Empresarial Aliada a Contabilidade Gerencial 
 
Silva (2008) cita que o a utilização da contabilidade gerencial é um dos 
principais instrumentos que a gestão empresarial precisa para que a organização 
obtenha sucesso nas fases de planejamento, controle e na execução de todas as 
atividades operacionais, negociais e administrativas. 
Couten (2018) afirma que “[...] para que a organização cresça é necessário 
que os seus gestores tomem decisões, sendo que estas devem ser embasadas em 
informações fundamentadas em relatórios contábeis e gerenciais”. Padoveze e 
Benedicto (2005, p. 5) afirmam que “[...] o processo de gestão, também 
denominado de processo decisório, compreende as fases do planejamento, 
execução e controle da empresa, de suas áreas e atividades”. 
Baseando-se na função da contabilidade gerencial, sob a ótica de 
auxiliadora no processo de gestão empresarial, Almeida et al. (2013) descrevem 
que as habilidades de cada gestor em utilizar-se das informações contábeis 
gerenciais serão capazes de contribuir fortemente para o sucesso da entidade. 
Gomes (2011, p. 48) sustenta que “[...] concomitantemente às estratégias e 
ao planejamento como requisito para o sucesso empresarial, a administração 
desempenhada dentro desses empreendimentos envolve elementos essenciais 
para o desenvolvimento do negócio”. Neste contexto, é que o processo de gestão 
se torna indispensável para o sucesso empresarial, pois sem gerir as estratégias e 
planejamentos traçados, não se torna possível o alcance aos objetivos e metas 
definidas. 
Petry e Nascimento (2009) definem o processo de gestão como sendo um 
método ou uma forma de se realizarem, de maneira harmônica, ações conjuntas, 
tendo o objetivo de atingir um determinado fim organizacional. Tal fim desejado 
deve estar pautado por definições a todos os envolvidos na gestão da empresa, 
promovendo, assim, uma interação necessária para que os objetivos possam ser 
atingidos. 
A contabilidade gerencial, por sua vez, fornece aos administradores, 
informações dos mais diversos setores e níveis de atuação dentro da empresa, 
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informações estas que, sendo utilizadas pelos gestores, podem auxiliar na gestão 
empresarial, tanto das grandes como das micro e pequenas empresas. 
 
2.3. Micro e Pequenas Empresas 
 
As micro e pequenas empresas representam uma grande parte da economia 
nacional, são fortes geradoras de emprego e atuam de forma regionalizada 
tornando aquecida a economia de uma região, e por consequência a economia do 
país. 
 
Gráfico 1 - Valor Adicionado das MPE’s no Brasil. 
 
Fonte: Adaptado de Sebrae (2015). 
 
A explicação da importância das micro e pequenas empresas dá-se pela 
representação da participação do Valor Adicionado das MPE’s no PIB nacional, 
conforme evidenciado no Gráfico 1, pode-se verificar que no triênio analisado a 
participação no Valor Adicionado manteve-se constante, com uma média de 27%. 
 Segundo Couten (2018) as MPE’s estão em constante evolução, mostrando 
ser peças fundamentais para o desenvolvimento do país, por meio de sua 
participação ativa num cenário de mercado extremamente competitivo. Gomes 
(2011, p. 49) afirma que “[...] as MPEs representam uma parcela expressiva dos 
empreendimentos existentes no Brasil, o que gera uma concorrência acirrada entre 
elas desafiando os empresários a utilizar sua criatividade e formas para se 
manterem no mercado”. 
Carvajal Júnior e Kawamoto Júnior (2017) relatam que os gestores de uma 
empresa, devem assegurar por meio de suas habilidades e competências, a 
9,0% 9,5% 8,6%
27,1%
9,3% 9,2% 8,3%
26,7%
10,0% 9,1% 7,8%
27,0%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
Serviços Comércio Indústria Total Micro e Pequenas
Empresas2009 2010 2011
95 
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longevidade empresarial, fazendo com que a empresa gere resultados positivos, 
suficientes para que possa crescer no mercado. 
Segundo Petry e Nascimento (2009) os laços familiares estão reunidos em 
torno das crenças e valores, sendo assim, caracterizam-se por serem 
determinantes na definição dos modelos de gestão relacionado as micro e 
pequenas empresas, pois além dos objetivos empresariais traçados pelo gestor, 
deve ser levado em consideração as necessidades familiares, isso faz com que o 
processo de gestão seja aplicado de maneira distinta de empresa para empresa. 
 
2.4. Fatores que Influenciam na Gestão das Micro e Pequenas Empresas 
 
Aliado a forma de gerir uma organização, o gestor precisa atentar-se para os 
mais diversos fatores que podem caracterizar-se como influenciadores para suas 
tomadas de decisões, bem como suas práticas de gestão no âmbito geral da 
empresa. 
Os estudos atuais envolvendo pesquisas organizacionais buscam identificar 
junto as organizações, num contexto ambiental expandido, os fatores do ambiente 
interno e externo que influenciam na gestão das pequenas empresas (Gardelin; 
Rossetto; Verdinelli, 2013). 
Tavares, Ferreira e Lima (2009) citam que as questões culturais, regionais e 
formais que determinam as relações com o Estado, também são fatores de 
influência na gestão, uma vez que são distintas de nação para nação, bem como, 
de região para região dentro do país. 
Para Gardelin, Rossetto e Verdinelli (2013) cada organização possui um 
determinado ambiente real, que pode ser mensurado e que se caracteriza por ser 
externo a empresa, tendo em vista estes fatores advindos do ambiente externo da 
organização, podem ser impostas algumas limitações acerca da prática de gestão 
e tomada de decisão dos gestores de uma empresa de menor porte. 
Carvajal Júnior e Kawamoto Júnior (2017) descrevem como fatores internos 
à gestão das micro e pequenas empresas a relação dos custos com a formação de 
preço, fator importante para saber quanto foi o lucro da empresa em determinado 
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período. Também, o fator da manutenção do foco no cliente, ou seja, trabalhar com 
práticas de gestão e tomadas de decisão que visem o cliente. 
Na literatura contábil alguns estudos como os de Neitzke e Olivera (2014), 
Gardelin, Rossetto e Verdinelli (2013) e Tavares, Ferreira e Lima (2009) procuraram 
identificar os fatores que influenciam a gestão de micro e pequenas empresas. 
Neitzke e Oliveira (2014) investigaram os fatores que influenciam o processo de 
gestão de MPEs localizadas na região sul do Rio Grande do Sul. Os resultados 
indicaram que as empresas analisadas possuem pouca estrutura de planejamento, 
o que incorre na falta de definição de objetivos e metas de ação de curto e longo 
prazos. 
No estudo de Gardellin, Rosseto e Verdinelli (2013) buscou-se identificar a 
relação entre o comportamento estratégico e a incerteza ambiental na percepção 
dos gestores da cidade de Tapejara no Rio Grande do Sul. Os resultados obtidos 
revelaram que os gestores em sua maioria consideram estar num ambiente com 
baixa incerteza, e que a maioria das empresas adotam no comportamento do seu 
gestor uma postura prospectora. 
Na pesquisa de Tavares, Ferreira e Lima (2009) que investigou as práticas 
gerenciais propostas pela teoria administrativa no processo de decisão, tendo por 
base o nível de complexidade e de adequação da gestão relacionada ao ambiente 
de negócio, em micro e empresas de pequeno porte na Zona da Mata em Minas 
Gerais. Os resultados indicaram que há a necessidade de reformulação de 
conceitos por parte dos gestores dessas empresas. 
 
3. METODOLOGIA 
 
A pesquisa se caracteriza quanto ao objetivo de forma descritiva. No que se 
refere ao procedimento utilizado classifica-se como bibliográfica e de levantamento 
ou survey e em relação ao problema se caracteriza como quantitativa. 
Busca-se pela presente pesquisa levantar os fatores que influenciam na 
gestão das micro e pequenas empresas da área central da cidade de Prudentópolis 
(PR), de forma a descrever como tais fatores se relacionam como o processo de 
gestão das organizações pesquisadas. 
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O levantamento foi realizado por meio de questionário estruturado com 
perguntas fechadas e abertas, e visou captar os fatores que influenciam na gestão 
das MPE’s da área central da cidade de Prudentópolis (PR). 
Tal instrumento foi estruturado em três seções: 
1) a primeira tratou os dados demográficos da pesquisa, sendo: o gênero, a 
idade, a escolaridade do gestor e o ramo de atividade que atua a MPE, o objetivo 
dessa seção é qualificar os gestores e o empreendimento, foram analisadas com a 
utilização de estatísticas descritivas; 
2) a segunda parte abordou os fatores de influência na gestão de micro e 
pequenas empresas, foram segmentadas nos seguintes grupos: Planejamento; 
Clientes; Pessoas; Fornecedores; Qualidade e Produtividade e; Ponto de Venda, 
podendo responder: (i) não possui/não utiliza/não realiza; (ii) utiliza, mas 
esporadicamente; e (iii) utiliza/possui/realiza determinado fator em seu 
empreendimento; essa seção é baseada nos fatores da pesquisa de Neitzke e 
Oliveira (2014), e foram analisados mediante análise fatorial; e 
3) a terceira seção do questionário, contou com três questões abertas 
(discursivas), para que os gestores pudessem relatar ou descrever outros fatores 
de influência não elencados nos grupos de fatores apresentados na segunda seção 
do instrumento de coleta dos dados; também descrever suas percepções quanto 
as dificuldades de fazer a gestão do seus empreendimentos e, ainda, o que 
consideram como determinante para realizar um gerenciamento eficaz em uma 
empresa, nessas foi aplicada análise de conteúdo. 
Quanto a segunda seção do instrumento de coleta dos dados a intenção 
principal é possibilitar a de um ranking e identificar os fatores que exercem maior 
influência na gestão das micro e pequenas empresas na área central de 
Prudentópolis e compará-los aos fatores identificados na pesquisa de base, 
realizada por Neitzke e Oliveira (2014). E com as preguntas abertas buscou-se 
indicar os fatores específicos relacionados às empresas que atuam na área central 
de Prudentópolis (PR), fatores esses não contemplados no estudo de Neitzke e 
Oliveira (2014). 
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Assim, a pesquisa se caracteriza como quantitativa, pois o objetivo do 
trabalho é identificar quais são os fatores que influenciam na gestão da MPE’s de 
Prudentópolis, de forma a mensurá-los com técnicas estatísticas de análise 
descritivas, fatorial e de conteúdo, possibilitando o escalonamento dos fatores 
encontrados. 
A população da pesquisa foi constituída pelas micro e pequenas empresas 
do setor comercial localizadas na área central da cidade de Prudentópolis (PR), 
compreendida por 61 empreendimentos. E a amostra da pesquisa foi constituída 
por 47 empresas que responderam ao questionário, isso representou 77% de 
retorno. 
 
4. ANÁLISE DOS DADOS 
 
Nesta seção são apresentados os resultados obtidos pela pesquisa, tanto no 
que diz respeito à análise descritiva dos dados, referentes as respostas do 
questionário aplicado, como na identificação dos fatores que influenciam a gestão 
das micro e pequenas empresas da área central da cidade de Prudentópolis/PR. 
 
4.1. Análises Descritivas 
 
Pode-se destacar na análise o fato de que 70% dos respondentes é do 
gênero feminino. Outro aspecto relevante é a questão da idade dos gestores, 38% 
(18 dos respondentes) disseram estarem na faixa entre 26 a 35 anos. Cabe 
ressaltar a questão sobre a escolaridade dos gestores analisados, que 
responderam em 51% (24), possuírem ensino superior completo, quando 
comparado a questão idade com escolaridade, tem-se que dos 25 gestores que 
disseram possuir 35 anos ou menos, 17 deles possuem ensino superior completo. 
Os gestores que possuem ensino médio representaram 30% dos respondentes 
(14), com ensino superior incompleto foram 11% dos respondentes, 4% indicaram 
ter ensino fundamental e 2% disseram ter ensino fundamental incompleto, outros 
2% não informaram a escolaridade. 
Por fim, a última questão é relacionada ao ramo de atividade dos 
empreendimentos estudados, o mais significativo na pesquisa é o de vestuário, 
representado por 38% da amostra, 18 empresas. Ainda sobre essa informação, dos 
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18 empreendimentos de vestuário, 15 deles tem a gerência feminina, o que indica 
que as mulheres predominam na gestão desse ramo nas empresas analisadas.  
A Tabela 1 apresenta as respostas dos gestores relacionadas ao 
planejamento do empreendimento. 
 
Tabela 1 - Questões vinculadas ao planejamento. 
  Questões 
Não 
possuo/ 
Não utilizo/ 
Não 
realizo 
% 
Utilizo, 
 mas 
esporadicamente 
% 
Possuo/ 
Utilizo/ 
Realizo 
% 
P
la
n
e
ja
m
en
to
 Planejamento de curto e longo 
prazo 
6 13% 18 38% 23 49% 
Estabelecimento de objetivos 
e metas 
3 6% 14 30% 30 64% 
Dimencionamento de mercado 10 21% 16 34% 21 45% 
Mapeamento da concorrência 14 30% 16 34% 17 36% 
Fonte: Dados da pesquisa (2020). 
 
A Tabela 1 evidencia que a maioria dos gestores, 49% dos respondentes, 
utilizam o planejamento de curto e longo prazo na sua empresa. O que se pode 
notar é que tal planejamento é aplicado na operacionalidade dessas empresas na 
forma de objetivos e metas, uma vez, que o percentual de gestores que se utiliza 
desses métodos é de 64%. Para o item dimensionamento do mercado os 
respondentes afirmaram em 45% que possuem conhecimento sobre as 
informações sobre os acontecimentos de mercado para seu determinado ramo de 
atividade. 
Um equilíbrio nas respostas se mostra evidente na questão relacionada ao 
mapeamento da concorrência, onde praticamente 1/3 dos respondentes relatam 
não conhecer seus concorrentes, neste sentido outro terço dos respondentes não 
possuem informações específicas sobre sua concorrência de modo a conhecê-la 
completamente, e o terço final com percentual de 36% relata conhecer a 
concorrência. 
Para as questões vinculadas aos clientes, os resultados constam da Tabela 
2. Os respondentes que alegaram possuir conhecimento sobre a localização de 
suas clientes totalizaram 51%. O conhecimento evidenciado pelo mapeamento da 
clientela, faz com que os gestores tenham uma base de dados com informações 
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FATORES QUE INFLUENCIAM NO GERENCIAMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO MUNICÍPIO DE 
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Revista de Estudos em Organizações e Controladoria - REOC, ISSN 2763-9673, UNICENTRO, Irati-PR, v. 4, n. 1, p. 88-114, 
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cadastrais de seus clientes, num percentual de 68%, tal cadastro favorece os 
gestores no sentido de possibilitar o contato efetivo com seus clientes, podendo-se 
aproveitar disso para alavancar seus negócios. 
 
Tabela 2 - Questões vinculadas aos clientes. 
  Questões 
Não possuo/ 
Não utilizo/ 
Não realizo 
% 
Utilizo, 
 mas 
esporadicamente 
% 
Possuo/ 
Utilizo/ 
Realizo 
% 
C
li
en
te
s
 
Mapeamento de clientes 10 21% 13 28% 24 51% 
Cadastro de Clientes 5 11% 10 21% 32 68% 
Expectativas de compra 4 9% 12 26% 31 66% 
Priorização de Prazo de 
entregas 
11 23% 4 9% 32 68% 
Fonte: Dados da pesquisa (2020). 
 
Com relação ao item expectativas de compras, 66% dos gestores relataram 
que os clientes manifestam seus interesses e desejos em relação aos produtos 
oferecidos pelas empresas, isso pode fazer com que a empresa que atenda tal 
demanda seja valorizada pelo cliente e, consequentemente, continue a adquirir 
produtos da mesma, além de tornar-se promotora da empresa para outras pessoas, 
em decorrência de sua satisfação.  
Neste sentido, 68% dos respondentes afirmaram ter responsabilidade sobre 
o prazo de entregas das mercadorias acordadas com seus clientes, tal fato se 
reflete no bom relacionamento adquirido entre empresa e cliente, uma vez que a 
priorização no prazo de entrega está diretamente relacionada com a questão de 
relação estabelecida entre as partes. 
Na Tabela 3 evidenciam-se as respostas das questões vinculadas as 
pessoas, 87% dos gestores afirmaram possuir equipe de vendas para atender os 
clientes, esse percentual demonstra que grande parte das empresas analisadas 
possuem funcionários trabalhando de forma integral na organização; 45% dos 
respondentes relataram que a necessidade de treinamento dos funcionários é 
esporádica, ou seja, aplicada em algumas situações, esse mesmo percentual se 
reflete na aplicação do treinamento aos colaboradores, por entenderem que 
somente em algumas situações verificadas é preciso disponibilizar treinamentos.  
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Tabela 3 - Questões vinculadas às pessoas. 
  Questões 
Não possuo/ 
Não utilizo/ 
Não realizo 
% 
Utilizo, 
 mas 
esporadicamente 
% 
Possuo/ 
Utilizo/ 
Realizo 
% 
P
e
s
s
o
a
s
 
Equipe de vendas para 
atendimento aos clientes 
5 11% 1 2% 41 87% 
Necessidade de 
treinamento  
7 15% 21 45% 19 40% 
Treinamento de 
funcionários 
10 21% 21 45% 16 34% 
Estabelecimento de 
objetivos e estratégias de 
ação 
8 17% 16 34% 23 49% 
Definição de metas de 
vendas 
6 13% 14 30% 27 57% 
Conhecimento da 
Legislação Trabalhista 
4 9% 13 28% 30 64% 
Fonte: Dados da pesquisa (2020). 
 
No que diz respeito ao item estabelecimento de objetivos e estratégias de 
ação, 49% dos respondentes salientam possuir tais métodos aplicados aos seus 
funcionários, e que 57% dos gestores delegam metas de vendas aos 
colaboradores, por meio de tais estratégias gerenciais. Acerca da legislação 
trabalhista, 64% dos gestores afirmam conhecer as leis que regem a relação entre 
o empregado e o empregador. 
Os resultados da Tabela 4 apontam que 81% dos respondentes possui 
constante busca por novos fornecedores, para assim possibilitar a diversificação de 
empresas que forneçam o mesmo produto. Pode-se salientar também que 68% dos 
respondentes afirmaram possuir um cadastro de fornecedores ativo. 
Com maior igualdade entre as respostas, se evidencia a questão relacionada 
à ponderação do desempenho dos fornecedores, entretanto a maioria das 
empresas, representadas por 43%, relatam possuir registro da capacidade dos 
seus fornecedores em questões ligadas, principalmente, ao prazo de entrega dos 
produtos e quanto à agilidade de atendimento de seus fornecedores. 
 
 
 
 
 
 
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Tabela 4 - Questões vinculadas aos fornecedores. 
  Questões 
Não 
possuo/ 
Não utilizo/ 
Não 
realizo 
% 
Utilizo, 
 mas 
esporadicamente 
% 
Possuo/ 
Utilizo/ 
Realizo 
% 
F
o
rn
ec
ed
o
re
s
 Diversificação de 
fornecedores 
4 9% 5 11% 38 81% 
Cadastro de fornecedores 8 17% 7 15% 32 68% 
Ponderação do 
desempenho dos 
fornecedores  
13 28% 14 30% 20 43% 
Fonte: Dados da pesquisa (2020). 
 
Com relação as questões vinculadas à qualidade e a produtividade da 
empresa (Tabela 5), 68% dos gestores relataram possuir conhecimento sobre 
mecanismos de cálculo que mensurem o desempenho de produtividade da 
entidade. Ainda, 64% dos respondentes advogaram ter em suas empresas padrões 
definidos em suas atividades para a maximização de qualidade e agilidade. 
Entretanto, mesmo a maioria das empresas possuindo padronização de 
atividades, a avaliação perante os clientes é identificada como um meio de se ter 
feedback sobre tais atividades, pois 51% dos gestores afirmaram questionar seus 
clientes sobre a qualidade e agilidade com que estão sendo atendidos, e se ambas 
as condições suprem suas expectativas. 
 
Tabela 5 - Questões vinculadas à qualidade e produtividade. 
  Questões 
Não 
possuo/ 
Não utilizo/ 
Não realizo 
% 
Utilizo, 
 mas 
esporadicamente 
% 
Possuo/ 
Utilizo/ 
Realizo 
% 
Q
u
al
id
ad
e 
e
 
P
ro
d
u
ti
vi
d
a
d
e
 Mecanismos de cálculo da 
produtividade da empresa 
6 13% 9 19% 32 68% 
Padronização para a 
qualidade e agilidade 
6 13% 11 23% 30 64% 
Avaliação da qualidade 
perante as expectativas dos 
clientes 
8 17% 15 32% 24 51% 
Fonte: Dados da pesquisa (2020). 
 
Os resultados da Tabela 6, indicam que 47% dos gestores utilizam-se do 
marketing para promover seu ponto de venda, com a finalidade de aumentá-las; 
neste sentido, 62% revelaram realizar promoções para atrair clientes, diretamente 
relacionado ao fato de se realizar o marketing do ponto de venda, pois uma vez 
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divulgada a empresa e seus produtos, as promoções são identificadas como uma 
ação para que as vendas sejam efetivadas. 
 
Tabela 6 - Questões vinculadas ao ponto de venda. 
  Questões 
Não 
possuo/ 
Não utilizo/ 
Não 
realizo 
% 
Utilizo, 
 mas 
esporadicamente 
% 
Possuo/ 
Utilizo/ 
Realizo 
% 
P
o
n
to
 d
e
 V
en
d
a
 
Marketing PDV 15 32% 10 21% 22 47% 
Realização de promoções 4 9% 14 30% 29 62% 
Conhecimento de fatores 
que influenciam as decisões 
de compra dos clientes 
1 2% 13 28% 33 70% 
Percepção de promoções 
adequadas 
4 9% 14 30% 29 62% 
Informar clientes sobre 
promoções 
4 9% 7 15% 36 77% 
Fonte:  Dados da pesquisa (2020). 
 
Questionados a respeito do conhecimento dos fatores que influenciam as 
decisões de compras dos clientes, 70% dos gestores afirmaram possuir contato 
informal com seus clientes para buscar identificar quais são os fatores que motivam 
a compra de produtos; 62% dos respondentes indicaram que conseguem identificar 
o momento adequado de se realizar promoções. E em relação as promoções 
realizadas, 77% dos gestores relataram informar seus clientes sobre a realização 
das mesmas. 
Cabe salientar que os gestores na maioria das vezes responderam possuir, 
utilizar ou realizar determinada questão em seu negócio, isso denota que os fatores 
a eles expostos exercem influência na gestão de seus empreendimentos. 
 
4.2. Análise Fatorial 
 
Como primeiro passo para aplicação da análise fatorial, é preciso identificar 
se existem valores significativos de variáveis que possam justificar a aplicação da 
técnica, para isso utiliza-se do teste de esfericidade de Bartlett, complementada 
pelo teste de Kaiser-Meyer-Olkin – KMO. Hair et al. (1998) afirmam que os valores 
do teste KMO que forem iguais ou inferiores a 0,50 representam que utilizar-se da 
análise fatorial é inadequado, e que valores superiores a 0,50 apontam a 
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possibilidade de utilização dessa técnica estatística. Conforme Tabela 7, pode-se 
observar os testes de Bartlett e KMO.  
Tabela 7 - Testes de Bartlett e Kaiser-Mayer-Olkin (KMO). 
Teste de Kaiser-Mayer-Olkin para Adequação dos Dados 0,5761 
Teste de Esfericidade de 
Bartlett 
Qui-Quadrado 561,995 
Df 276 
Sig. 0,000 
Fonte: Dados da pesquisa (2020). 
 
O teste KMO apresentou valor igual a 0,5761, o que torna, conforme o 
conceito de Hair et al. (1998), a análise fatorial passível de aplicação. Com relação 
ao teste de esfericidade de Bartlett, nota-se que o mesmo apresentou um valor de 
0,000, evidenciando que existe correlação entre as variáveis analisadas. Os 
componentes principais extraídos da análise fatorial, conforme se observa na 
Tabela 8. 
 
Tabela 1 - Extração dos componentes principais. 
  
Somas de extração de carregamentos ao 
quadrado 
Somas rotativas de carregamentos ao 
quadrado 
Componente Total % de variância % cumulativa Total % de variância % cumulativa 
1 6,226 25,942 25,942 2,935 12,229 12,229 
2 2,884 12,016 37,958 2,775 11,564 23,793 
3 2,094 8,726 46,684 2,766 11,526 35,319 
4 1,874 7,809 54,493 2,477 10,322 45,641 
5 1,749 7,286 61,780 2,340 9,751 55,392 
6 1,249 5,204 66,983 2,153 8,970 64,362 
7 1,022 4,259 71,242 1,651 6,880 71,242 
Fonte: Dados da pesquisa (2020). 
 
Com relação a Tabela 8, podem ser verificados os autovalores para cada um 
dos fatores calculados, bem como, os respectivos percentuais de variância, 
individual e cumulativa. O critério para o tratamento dos dados foi considerar 
apenas os fatores que apresentassem valores superiores a 1, neste sentido, foi 
possível identificar 7 fatores, com valor superior a 1, dos 24 analisados. Estes 7 
fatores explicam 71% das variâncias das medidas originais (Figura 1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 1 - Relação valores e componentes. 
 
Fonte: Dados da pesquisa (2020). 
 
Os 7 fatores de maior representatividade são apresentados na Tabela 9, com 
as respectivas questões vinculadas a cada fator de influência. Posteriormente ao 
agrupamento das questões pode-se identificar a similaridade entre os fatores e as 
questões vinculadas. Considerando essa similaridade, o Fator 1 é denominado 
Planejamento; o Fator 2 = Política de Fornecedores; o Fator 3 = Gestão de 
Pessoas; o Fator 4 = Mapeamento de Mercado e Clientes; o Fator 5 = Informações 
Mercadológicas; o Fator 6 = Estratégia de Marketing, e o Fator 7 = Análise de 
Clientes. 
 
Tabela 2 – Agrupamento das questões por fator de influência. 
Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Fator 5 Fator 6 Fator 7 
Planejamento 
Política de 
Fornecedores 
Gestão de 
Pessoas 
Mapeamento de 
Mercado e 
Clientes 
Informações 
Mercadológicas 
Estratégia 
de 
Marketing 
Análise de 
Clientes 
Estabelecimento 
de objetivos e 
metas 
Diversificação de 
fornecedores 
Cadastro de 
Clientes 
Planejamento de 
curto e longo prazo 
Expectativas de 
compra 
Realização 
de 
promoções 
Conhecimento 
de fatores que 
influenciam as 
decisões de 
compra dos 
clientes 
Estabelecimento 
de objetivos e 
estratégias de ação 
Cadastro de 
fornecedores 
Priorização de 
Prazo de 
entregas 
Dimensionamento 
de mercado 
Avaliação da 
qualidade perante 
as expectativas dos 
clientes 
Percepção 
de 
promoções 
adequadas   
Definição de metas 
de vendas 
Ponderação do 
desempenho dos 
fornecedores 
Equipe de 
vendas para 
atendimento aos 
clientes 
Mapeamento da 
concorrência 
Marketing PDV 
    
  
Mecanismos de 
cálculo da 
produtividade da 
empresa 
Necessidade de 
treinamento  
Mapeamento de 
clientes 
      
  
Padronização 
para a qualidade 
e agilidade 
Treinamento de 
funcionários 
        
    
Conhecimento 
da Legislação 
Trabalhista         
Fonte: Dados da pesquisa (2020).  
 
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Pode-se dizer que o principal fator que influência na gestão das micro e 
pequenas empresas de Prudentópolis/PR é o Planejamento, que representa 
12,229% da variância, conforme Tabela 8. Neste sentido, as MPE’s estudadas 
consideram tal fator como sendo preponderante para a gestão de suas 
organizações. O segundo fator de maior influência é o de Política de Fornecedores, 
o mesmo abrange 11,564% da variância (Tabela 8). Identifica-se com base nas 
análises realizadas que o fator: Fornecedores, exerce grande influência na gestão 
das MPE’s investigadas, tais empresas levam em conta a política e o 
relacionamento que exercem com seus fornecedores.  
O terceiro fator do ranking é o de Gestão de Pessoas, compreende 11,526% 
da variância.  O quarto fator de maior relevância é o de Mapeamento de Mercado 
e Clientes, representando 10,322% da variância. O ranking dos fatores indica o 
quinto fator de maior relevância como sendo o de Informações Mercadológicas, 
representando 9,571% da variância. Em relação ao sexto fator da pesquisa, pode-
se verificar como sendo Estratégia de Marketing, com a representação de 8,970% 
da variância. O sétimo e último fator é o de Análise dos Clientes, que apresenta 
6,880% da variância, conforme apresentado na Tabela 8. 
Pode-se evidenciar, portanto, que de maneira geral há uma similaridade 
entre os fatores identificados na pesquisa de Neitzke e Oliveira (2014) e os fatores 
identificados nesta pesquisa, mas com diferentes posições no ranking de fatores 
(Quadro 1). 
 
Quadro 1 - Comparação entre os estudos. 
Neitzke e Oliveira (2014) Klüber, Ribeiro e Gerigk (2019) 
Local: Região Sul do Rio Grande do Sul Local: Região Central do município de 
Prudentópolis-PR 
Fator 1 – Gestão de Pessoas Fator 1 – Planejamento 
Fator 2 – Estratégia de Marketing Fator 2 – Política de Fornecedores 
Fator 3 – Mapeamento de Clientes e 
Fornecedores 
Fator 3 – Gestão de Pessoas 
Fator 4 - Planejamento Fator 4 – Mapeamento de Mercado e Clientes 
Fator 5 – Estratégia de Atendimento aos 
Clientes 
Fator 5 – Informações Mercadológicas 
Fator 6 – Informações Mercadológicas Fator 6 – Estratégia de Marketing
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Fator 7 – Política de Fornecedores Fator 7 – Análise de Clientes 
Fonte: Elaborado pelos autores (2020). 
 
A presente pesquisa identificou também um fator diferente da pesquisa base, 
a Análise de Clientes, relacionada a satisfação dos clientes quando da decisão de 
compra dos mesmos. Outro fator que apresenta diferença de um estudo para outro 
é o Mapeamento de Clientes, que na pesquisa de Neitzke e Oliveira (2014) esteve 
em conjunto com o Mapeamento de Fornecedores, e por sua vez na atual pesquisa 
o Mapeamento de Clientes se agrupou ao Mapeamento de Mercado.  
Neste sentido, entende-se que as micro e pequenas empresas sofrem 
influências de diversos fatores, independentemente da região que se localizam no 
país, considerando sempre que cada região possui suas particularidades, e que 
isso pode ser notado pela diferença da ordem no ranking em que se encontram os 
fatores da pesquisa de Neitzke e Oliveira (2014) e a do presente estudo, também 
por esta pesquisa identificar novos fatores não identificados nas empresas 
estudadas no Rio Grande do Sul.  
 
4.3. Análise Questões Abertas 
 
Neste item foram tratadas as análises das questões abertas propostas no 
questionário. Para esse tópico foi utilizado o Software Itamuteq, que procedeu 
análise de conteúdo das respostas dos gestores para destacar as palavras que 
representam suas respostas de maneira conjunta. Os resultados apresentados nas 
Figuras 2, 3 e 4. 
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Figura 2 – Demais fatores de influência. 
 
Fonte: Dados da pesquisa (2020). 
 
A Figura 2 está relacionada à primeira questão aberta realizada aos gestores 
das micro e pequenas empresas estudadas. Tal questionamento solicitou aos 
respondentes a descrição de demais fatores que exercem influência na gestão de 
seus empreendimentos, que não haviam sido listados nas questões fechadas.  
Pode-se observar que as palavras em destaque têm relação com as 
questões de maior influência respondidas pelos gestores, conforme descrito na 
análise fatorial, pois os itens Cliente e Planejamento, destacados nessa questão, 
ocupam a quarta e primeira posição no ranking fatorial, respectivamente. Ou seja, 
os respondentes compactuam das questões analisadas no tópico da análise 
fatorial, não citando outros fatores de maior relevância que não foram citados nas 
questões fechadas.  
Neste sentido, entende-se que tais empresas são extremamente 
preocupadas com os fatores relacionados a atendimento de qualidade aos clientes 
e à organização de planejamento estratégico. 
A segunda questão respondida pelos gestores das MPE’s analisadas, está 
relacionada com as dificuldades de se fazer a gestão do empreendimento, 
conforme suas percepções (Figura 3). A principal dificuldade enfrentada pelos 
gestores das micro e pequenas empresas da região central de Prudentópolis é a 
Concorrência. Ou seja, possuem dificuldades na gestão de seu negócio, por conta 
de algum fator relacionado aos seus concorrentes.  
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Figura 3 – Dificuldade em se fazer gestão. 
 
Fonte: Dados da pesquisa (2020). 
 
Destaca-se também algumas palavras expostas a figura, que possuem 
relação com o fator Gestão de Pessoas, como por exemplo as palavras 
“funcionário” e “motivação”, levando a entender que outra dificuldade enfrentada 
pelos gestores dessas empresas é manter os funcionários motivados em suas 
funções. 
Há de se considerar também que questões relacionadas aos produtos, que 
são fatores de dificuldade na gestão, tendo em vista, que tal palavra aliada a 
compra e venda (Figura 3), sugere que esses gestores consideram realizar a 
gestão de compra e venda do produto, como um fator de dificuldade na gestão. 
Por fim, a última questão aberta indagou os gestores das MPE’s, quais são 
os determinantes para realizar uma boa gestão nas empresas deste porte, 
especificamente, no município de Prudentópolis. 
A Figura 4 evidencia que os gestores das empresas estudadas entendem 
como determinante para realizar a gestão dos empreendimentos de micro e 
pequeno porte, relacionar-se com seus Clientes, identificado pela relação da 
atratividade do preço e pela qualidade oferecida no atendimento, bem como, pela 
agregação de novos clientes devido à qualidade de seus produtos. 
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Figura 4 – Fator determinante para a gestão em Prudentópolis/PR. 
 
 
Fonte: Dados da pesquisa (2020). 
 
Novamente o fator Planejamento ficou em destaque, identificando, portanto, 
que segundo os gestores respondentes é um fator determinante para realizar-se a 
gestão em micros e pequenos empreendimentos.  
Em síntese, quando analisadas as três questões abertas, pode-se dizer que 
as mesmas são consoantes às questões apresentadas na Análise Fatorial, 
corroborando, portanto, com o ranking dos fatores que influenciam a gestão das 
MPE’s investigadas. 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O estudo investigou os fatores que influenciam o gerenciamento de micro e 
pequenas empresas no município de Prudentópolis-PR. Neste sentido, para 
delimitar as análises, a investigação pautou-se na importância da região central da 
área urbana do município, selecionando como amostra os micro e pequenos 
empreendimentos localizados em tal região. 
Inicialmente, identificou-se que das 47 empresas que responderam a 
pesquisa a maioria dos empreendimentos são do ramo de vestuário, representando 
por 38% das empresas participantes da pesquisa. Cabe destacar ainda, que das 
47 organizações respondentes, 70% dos gestores são mulheres.  
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Com relação aos estudos realizados na análise fatorial, foi possível 
identificar o agrupamento das questões aplicadas no questionário, levando a 
possibilidade de se identificar quais são os fatores que influenciam a gestão das 
micro e pequenas empresas pesquisadas. Sendo assim, foram identificados sete 
fatores de influência, podendo ser ranqueados conforme os percentuais de 
variância na análise fatorial, de forma a evidenciar que o fator de maior influência 
nas MPE’s estudadas é o Planejamento, o segundo fator é Política de 
Fornecedores, o terceiro é Gestão de Pessoas, o quarto fator é Mapeamento de 
Mercado e Clientes, o quinto é Informações Mercadológicas, o sexto fator é 
Estratégia de Marketing e por fim, o sétimo fator do ranking é Análise de Clientes. 
Com base nos resultados apresentados, pode-se considerar que as micro e 
pequenas empresas da região central da cidade de Prudentópolis-PR, enfatizam 
questões relacionadas ao Planejamento da organização, levando a entender que 
essas empresas estão preocupadas com o modo de como planejam seus ideais de 
negócio e mercado, pensando na eficiência da gestão organizacional de modo que 
esta seja consequência de um bom planejamento, anteriormente realizado. 
Destaca-se ainda, que as empresas analisadas são criteriosas com relação 
aos produtos que compram, pois, o fator Política de Fornecedores é o segundo do 
ranking, identificando assim, que esses empreendimentos verificam a procedência 
e qualidade dos produtos oferecidos pelos fornecedores, tendo em vista que 
desejam oferecer a mesma procedência e qualidade aos seus clientes. 
Outro fator que denota importância para as MPE’s estudadas é a questão 
dos Clientes, pois, principalmente nas questões abertas, uma das palavras que tem 
maior destaque é Clientes. Com isso, pode-se presumir que os empreendimentos 
estudados consideram a satisfação de seus clientes como um fator de relevância 
para o desenvolvimento de seu negócio. 
Pode-se dizer que os micro e pequenos empreendimentos estudados 
possuem fatores que influenciam a gestão similares as MPE’s ao do estudo de 
Neitzke e Oliveira (2014), mas que por sua vez, também possuem características 
diferentes das empresas gaúchas. 
Conclui-se, portanto, que as micro e pequenas empresas que tem seus 
empreendimentos localizados na região central da cidade de Prundentópolis, 
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FATORES QUE INFLUENCIAM NO GERENCIAMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO MUNICÍPIO DE 
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Revista de Estudos em Organizações e Controladoria - REOC, ISSN 2763-9673, UNICENTRO, Irati-PR, v. 4, n. 1, p. 88-114, 
jan./jun., 2024. 
estado do Paraná, apesar de possuírem todas as dificuldades que qualquer micro 
e pequeno empreendimento enfrenta, consideram diversos fatores para a tomada 
de decisão e que o gerenciamento de seus negócios é pautado essencialmente em 
planejamento, fato que pode levar essas empresas a longevidade organizacional, 
pois, conforme preconiza a literatura relativa às pequenas organizações com fins 
lucrativos, um dos principais motivos da mortalidade de micro e pequenas 
empresas é a falta de planejamento, algo que conforme o presente estudo está 
sendo levado em conta para a realização da gestão nos empreendimentos 
analisados. 
A limitação deste estudo, está ligada ao seu desenvolvimento somente no 
município de Prudentópolis (PR), isso faz com os resultados se limitem a cultura 
organizacional das MPE’s da cidade estudada e não de uma região mais ampla. 
Para futuras pesquisas sugere-se verificar os fatores de influência de uma 
determinada região, para que se possa compreender a realidade de um maior 
número de empreendimentos. 
 
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