Revista de Estudos em Organizações e Controladoria - REOC, ISSN 2763-9673, UNICENTRO, Irati-PR, v. 4, n. 1, p. 115-
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DESAFIOS E OPORTUNIDADES NA GESTÃO DE PESSOAS: IMPACTOS DO 
PROGRAMA BRASIL MAIS PRODUTIVIDADE EM PEQUENOS NEGÓCIOS1 
CHALLENGES AND OPPORTUNITIES IN HUMAN RESOURCE 
MANAGEMENT: IMPACTS OF THE BRAZIL MORE PRODUCTIVITY 
PROGRAM ON SMALL BUSINESSES 
CARLOS ALEXANDRE DOS SANTOS 
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) 
E-mail: carlosadmsantos1986@gmail.com 
LEANDRO HUPALO 
Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP) 
E-mail: leandrohupalo.lh@gmail.com 
RESUMO 
O  presente  estudo  analisa  os  desafios  e  as  oportunidades  da  gestão  de  pessoas  em  micro  e 
pequenas  empresas  catarinenses  participantes  do  Programa  Brasil  Mais  Produtividade. 
Contextualizado em um cenário de globalização e crescente competitividade, o trabalho destaca a 
importância da gestão de pessoas como ferramenta estratégica para aumentar a produtividade e 
alcançar vantagem competitiva. O objetivo é investigar como essas empresas lidam com a gestão 
de  pessoas,  identificar  as  ferramentas  utilizadas  e  avaliar  os  impactos  dessas  práticas  no 
desempenho organizacional. Justifica-se a pesquisa pela relevância de práticas efetivas de gestão 
de  pessoas  para  o  fortalecimento  da  competitividade,  especialmente  em  empresas  de  pequeno 
porte com recursos limitados. A metodologia empregada combina uma abordagem quantitativa e 
descritiva,  utilizando  entrevistas  semiestruturadas  com  40  empresas  participantes  do  programa 
entre 2022 e 2023. As entrevistas permitiram identificar as ações e ferramentas aplicadas antes e 
após o programa. Entre os principais resultados, destaca-se que 75% das empresas já adotavam 
práticas  de  gestão  de  pessoas,  como  feedbacks  e  reuniões,  que  mostraram  correlação  com  a 
redução da rotatividade e melhorias no clima organizacional. Após o programa, 77,5% das empresas 
implementaram  novas ações, refletindo uma  mudança cultural significativa.  No  entanto, desafios 
como  a  falta  de  conhecimento  técnico  e  o  receio  de  investir  na  qualificação  de  colaboradores 
permanecem. 
Palavras-chave: Gestão de Pessoas, Produtividade, Pequenas Empresas. 
ABSTRACT 
This study examines the challenges and opportunities of human resource management in micro and 
small businesses in Santa Catarina participating in the Brazil More Productivity Program. Set against 
a backdrop of globalization and increasing competitiveness, the study emphasizes HR management 
as  a  strategic  tool  to  boost  productivity  and  achieve  competitive  advantage.  The  objective  is  to 
investigate how these companies manage HR, identify the tools employed, and assess the impact 
of  these  practices  on  organizational  performance.  The  research is  justified  by  the  importance  of 
effective HR practices in strengthening competitiveness, particularly in small businesses with limited 
resources.  The  methodology  combines  a  quantitative  and  descriptive  approach,  using  semi-
structured interviews with 40 companies participating in the program between 2022 and 2023. The 
interviews identified actions and tools applied before and after the program. Key findings reveal that 
75%  of  the  companies  already  employed  HR  practices,  such  as  feedback  and  team  meetings, 
correlating with reduced turnover and improved organizational climate. Post-program, 77.5% of the 
1 DOI: https://doi.org/10.5935/2763-9673.20240005 
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companies implemented new actions, reflecting a significant cultural shift. However, challenges like 
lack of technical knowledge and reluctance to invest in employee qualifications persist. 
Keywords: Human Resource Management, Productivity, Small Businesses. 
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1. INTRODUÇÃO 
As empresas estão constantemente em busca de formas novas para fazer o 
gerenciamento  das  suas  pessoas,  sobretudo  pelo  fato  de  que  perceberam  a 
importância das pessoas dentro das empresas. Segundo Fisher (2002), o mundo 
está passando por um intenso processo de globalização, principalmente no âmbito 
econômico, tecnológico e nas comunicações, e isso tem afetado muito a gestão 
das  empresas,  de  modo  que  no  decorrer  dessas  mudanças  as  organizações 
precisam ajustar suas estratégias, o que envolve, com destaque, as pessoas que 
fazem o processo acontecer.  
Nesse  sentido,  a  globalização  tem  proporcionado  oportunidades  para  as 
empresas explorarem novos mercados e fortalecerem suas redes de conexão em 
escala  internacional,  sendo  necessário  que  as  empresas  desenvolvam  práticas 
eficazes para lidar com a diversidade, promover um ambiente de trabalho inclusivo 
e estimular o desenvolvimento contínuo dos colaboradores (Silva; Carvalho, 2019; 
Soffa; Lima, 2022). 
Se por um lado a competitividade entre as empresas se mostra cada vez 
mais  acirrada  em  todos  os  aspectos,  por outro,  o  ambiente  organizacional  está 
exigindo uma postura mais adequada de seus líderes, dos seus colaboradores e 
da  própria  empresa  como  instituição,  sendo  necessário  cuidado  com  o  trato 
interpessoal, geração de  ambiente harmonioso e promoção de boas práticas de 
trabalho, garantindo assim a eficiência do processo produtivo e por conseguinte o 
sucesso da organização conforme seus propósitos (Silva; Santos, 2018; Carvalho; 
Gomes, 2019; Oliveira; Souza, 2020). 
As organizações precisam trabalhar seus produtos e serviços de forma cada 
vez mais inteligente e eficiente, para que possam entregar aos seus clientes um 
produto ou serviço cada vez melhor, gerando a satisfação destes, e assim promover 
mais  negócios.  Embora  promover  uma  experiencia  satisfatória  para  os 
consumidores  não  seja  uma  tarefa  fácil,  esse  é  o  grande  objetivo  de  toda 
organização,  e o mais importante, fazer isso muito  bem de  modo que  possa  se 
tornar uma vantagem diante dos seus concorrentes. 
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Dessa  forma,  o  estudo  tem  como  objetivo  identificar  como  a  gestão  de 
pessoas afeta o desempenho das empresas atendidas pelo Programa Brasil Mais 
Produtividade e,  para isso,  se  propõe a discutir  como essas  empresas  tratam  o 
tema gestão de pessoas no seu cotidiano, identificar quais ferramentas de gestão 
que estas empresas estão utilizando e analisar quais os impactos produzidos nas 
empresas. 
O estudo se organiza em apresentação dos objetivos e contextualização do 
tema, seguido de pesquisa de referência teórica para a  sustentação do mesmo, 
apresentação dos procedimentos metodológicos empregados e resultados obtidos 
com a pesquisa junto às empresas entrevistadas, apresenta as considerações com 
os objetivos da pesquisa. Por fim, a terceira parte apresenta os impactos das ações 
adotadas e as considerações finais do autor. 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
A  administração  de  pessoas  tem  seu  foco  na  convivência  dos  seres 
humanos,  isso  porque  as  pessoas  passam boa  parte de  suas  vidas  dentro das 
empresas. Nesse sentido, Gil (2010) define gestão de pessoas como uma função 
gerencial que tem por propósito a cooperação das pessoas que atuam dentro da 
organização para que os objetivos tanto organizacionais quanto individuais sejam 
alcançados.   
Segundo Chiavenato (2004), a gestão de pessoas possui muitos objetivos, 
entretanto o setor deve sempre buscar contribuir para a eficácia da organização e 
isso acontece pelo auxílio que a área dá para o alcance das metas da empresa e 
realização  da  sua  missão  organizacional.  Além  disso  a  gestão  de  pessoas  é 
responsável por oferecer competitividade à organização, garantir a motivação das 
pessoas  e  fazer  com  que  elas  sejam  mais  produtivas.  Essa  produtividade  das 
pessoas  gera benefícios  para  todos  os envolvidos,  sejam  clientes,  parceiros ou 
demais colaboradores.  
A  gestão  de  pessoas,  explica  Chiavenato  (2009),  deve  ser  uma  área 
participativa  e  atuante,  promovendo  a  capacitação,  envolvimento  e 
desenvolvimento do capital humano da organização. Segundo o autor, o setor é o 
principal responsável pela formação dos profissionais das empresas, e sendo assim 
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é um dos agentes mais importantes para que a organização tenha êxito. O sucesso 
ou fracasso de qualquer empresa passa pela gestão de pessoas. 
Na  definição  dada  por  Fisher  e  Fleury  (1998),  gestão  de  pessoas  é  o 
conjunto  de  práticas e  ferramentas  que  a  organização  emprega  para  orientar  o 
comportamento humano e as relações laborais dentro do ambiente de trabalho. O 
autor complementa que o termo surgiu em substituição da chamada administração 
de  recursos  humanos,  embora  essa  expressão  ainda  seja  usada  no  ambiente 
corporativo para tratar da relação empresa x colaboradores.  
A  gestão  de  pessoas  abrange,  na  visão  de  Chiavenato  (2009),  seis 
processos, que são: agregar pessoas, aplicar pessoas, recompensar as pessoas, 
desenvolver as pessoas, manter as pessoas e por fim monitorar pessoas. Esses 
processos podem, então, definir o desafio da área de gestão de pessoas dentro da 
organização. 
Dentre os maiores desafios da gestão de pessoas está a responsabilidade 
de reter talentos. Segundo Chiavenato (2004), para que uma organização cresça é 
fundamental  que  esta  desenvolva  a  capacidade  de  manter  os  colaboradores 
talentosos  na empresa,  entretanto, ter  pessoas  não  significa ter  talentos,  afinal, 
talentos são um tipo especial de pessoas, isto é, são pessoas que tem algo que as 
diferenciam das demais pessoas. O autor ressalta que talentos são profissionais 
com conhecimento, habilidades e atitudes bastante desenvolvidos, o que os torna 
um tipo de recurso especial, podendo ser classificado como capital humano. 
Para Mayo (2003), da mesma forma que as empresas investem e cuidam do 
seu capital financeiro, devem cuidar e desenvolver também do seu capital humano. 
Na  visão  do  autor,  reter  e  desenvolver  capital  humano  é  menos  custoso  que 
encontrar novos talentos com potencial para se tornarem capital humano. 
O  desenvolvimento  das  pessoas,  conforme  Dutra  (2009),  normalmente  é 
recompensado, isso porque as pessoas têm grande capacidade de agregar valor 
para  a  empresa.  Logo,  seja  por  meio  do  aumento  de  salário,  de  benefícios 
oferecidos, ou mesmo pela promoção de acesso a programas de capacitação, ou 
ainda linhas de subsídio para formação profissional ou pessoal, todas essas ações 
são importantes sob a perspectiva estratégica de formação de capital humano.  
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Segundo  Fleury  e  Fleury  (1995),  a  crescente  competitividade  global  bem 
como  o  alinhamento  das  políticas  de  gestão  de  recursos  humanos  a  partir  da 
década de 90 influenciaram os processos de gestão e as estratégias empresariais, 
que incorporaram o conceito de competência como base para o gerenciamento das 
pessoas. 
Para  Carbone  et  al.  (2009),  é  a  partir  desse  novo  modelo  de  gestão 
organizacional  que  a  área  de  gestão  de  pessoas  passa  a  incorporar  políticas, 
planos e ações nos diferentes níveis hierárquicos da organização, norteando assim, 
todos  os  seus  subsistemas  sob  a  perspectiva  da  aquisição  das  competências 
necessárias para concretização dos objetivos da empresa. 
Diagnósticos e trabalhos de consultoria, realizados nos últimos anos, aponta 
Fleury  e  Fleury  (1995),  mostram  mudanças  significativas  nos  processos  de 
empresas que adotaram o conceito da gestão por competência, de modo que fora 
possível  observar  o  emprego  de  novas  técnicas  de  recrutamento  e  seleção  de 
pessoas afim de identificar pessoas com perfil de potencial crescimento profissional 
e resiliência, facilitando, dessa forma a adaptação ao pensamento estratégico da 
empresa,  inclusive  os  processos  de  treinamento  e  desenvolvimento  de  pessoal 
assumiram novos papeis.  
Entretanto não basta apenas recrutar pessoas com perfil de capital humano, 
pontua Chiavenato (2008), é necessário manter esses profissionais motivados e 
satisfeitos  para  que  a  organização  possa  dessa  forma,  usufruir  dos  benefícios 
desse  capital.  Nesse  sentido  é  de  suma  importância  que  a  empresa  adote 
dispositivos para monitorar o clima organizacional.  
Maximiano  (2009),  descreve  Clima  Organizacional  como  uma  medida  de 
como as pessoas se sentem em relação ao trabalho, a empresa e seus gestores. 
O conceito está diretamente ligado ao grau de satisfação no trabalho, sendo esse 
um  dos  principais  fatores  associados  a  retenção  de  pessoas,  e  isso  afeta 
significativamente a produtividade da organização. 
Uma  empresa  é  produtiva  quando  atinge  os  objetivos  estabelecidos. 
Segundo  Robbins,  Judge  e  Sobral  (2011),  produtividade  tem  relação  com  a 
capacidade que a empresa tem de atingir esses objetivos com eficiência e eficácia. 
O autor complementa enfatizando que as avaliações habituais de eficiência levam 
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em consideração o retorno sobre o investimento, a produção por hora trabalhada, 
o lucro sobre o faturamento, todavia, em todos os casos a eficiência das empresas 
depende  do  desempenho  das  pessoas.  Sendo  assim  não  se  pode  desprezar  a 
importância da administração participativa no ambiente organizacional. 
Para Maximiano (2009), a administração participativa pode ser interpretada 
como  o  processo  pelo  qual  todos  os  colaboradores  e  clientes  se  envolvem  no 
processo de compartilhamento de experiencias. Para ele participar dos processos 
de produção aumentam o nível de satisfação da equipe e enobrece o trabalho da 
organização. 
A administração só será participativa, conforme Fogari e Teixeira (2012), se 
de fato, ouvir a opinião dos colaboradores e clientes sobre os produtos e serviços, 
de modo a possibilitar contribuições reais para os processos. Segundo o autor, um 
dos  grandes  benefícios  disso,  é  a  diminuição  das  deficiências  dos  processos  e 
redução  dos  custos  dos  produtos  e  serviços,  além  de  elevar  o  grau  de 
confiabilidade da organização.  
A importância das pessoas para o sucesso da organização é notável, para 
isso,  a  formação  de  uma  equipe  de  qualidade  é  um  ponto  muito  importante, 
Lacombe  (2005)  destaca  que  é  fundamental  formar  uma  equipe  competente, 
embora essa não seja uma tarefa nada simples. Além disso, é necessária muita 
habilidade para conduzir a equipe, promover motivação e obter dela engajamento 
e  lealdade.  Por  fim  o  autor  pontua  que  é  preciso  desenvolver  a  equipe 
constantemente, para aprimorar seus conhecimentos e competências, através de 
programas  de  treinamento formais e informais.  Esses processos são  orientados 
sobretudo, pela avaliação de desempenho. 
Avaliação  de  desempenho,  de  acordo  com  Chiavenato  (2008),  pode  ser 
entendida como um processo que tem por objetivo estimar o valor, excelência e 
competências  de  uma  pessoa,  além  de  promover  uma  visão  mais  clara  das 
contribuições dessa pessoa para a organização. O autor destaca que a avaliação 
de  desempenho  recebe  vários  nomes,  como  avaliação  de  mérito,  avaliação  de 
pessoal, relatório de progresso ou ainda avaliação de eficiência grupal, embora em 
todos esses casos o objetivo seja o mesmo. 
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Ainda  segundo  Chiavenato  (2008),  a  avaliação  de  desempenho  é  uma 
ferramenta  de  gestão  de  pessoas,  pela qual  é  possível  analisar  o  desempenho 
individual  e  ou  coletivo  do  grupo  de  trabalho,  nela  ocorre  um  processo  de 
identificação,  diagnóstico  e  análise  dos  comportamentos  de  um  colaborador  ou 
grupo de colaboradores durante um intervalo de tempo, através da análise da sua 
postura profissional e conhecimento técnico em relação a atividade laboral em que 
está inserido. 
Para Marras (2011), a avaliação de desempenho é um instrumento gerencial 
que permite que o gestor mensure os resultados obtidos por um colaborador ou 
equipe, desta forma é possível compreender o estágio atual de um colaborador ou 
equipe,  levantar  os  treinamentos  e  ajustes  necessários  para  esse  profissional, 
promovendo  assim a melhoria  da  eficiência operacional  da  empresa.  Por  fim, o 
autor destaca que a avaliação de desempenho também favorece a adaptação dos 
colaboradores para cargos estipulados.  
Para  Dessler  (2003),  vantagem  competitiva  pode  ser  qualquer  fator  que 
permita  que a  organização tenha um  diferencial nos  seus produtos  ou  serviços, 
diante dos seus concorrentes, e que assim, possa aumentar sua participação no 
mercado.  O  principal  instrumento  de  vantagem  competitiva,  segundo  Bohlander 
(2005),  são  as  pessoas.  O  autor  aponta,  ainda,  que  para  que  isso  ocorra  os 
seguintes  critérios  devem  ser  atendidos:  o  recurso  humano  deve  ser  capaz  de 
agregar valor ao produto ou serviço, essas pessoas devem ser diferenciadas, isto 
é,  suas  competências  não  estão  disponíveis  para  os  concorrentes,  esses 
profissionais  devem  ser  difíceis  de  imitar  e  por  fim,  esses  recursos  devem  ser 
organizados,  seus  talentos  podem  ser  combinados,  agregando  suporte 
organizacional. 
Para Chiavenato (2009), durante muito tempo as pessoas eram vistas como 
meros recursos dentro do processo produtivo de qualquer organização, porém, com 
o advento dos avanços tecnológicos um novo conceito surgiu, e a partir de então 
passou-se a valorizar mais o conhecimento. É aí que as pessoas passaram a ser 
vistas como um valioso instrumento para as organizações, de modo que o capital 
financeiro,  até  então  o  mais  valioso  para  as  empresas  cedeu  lugar  ao  capital 
humano, completa o autor. 
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As pessoas estão por trás do sucesso das organizações, Dessler (2003), 
destaca  que  máquinas  não  são  capazes  de  ter  ideias,  não  resolvem  de  forma 
criativa os problemas que surgem, nem são capazes de aproveitar oportunidades 
que aparecem, de modo que somente as pessoas possuem essa capacidade, até 
o momento. Segundo o autor, é a força de trabalho que confere as empresas um 
verdadeiro poder competitivo. 
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
  O  estudo  caracteriza-se  por  uma  abordagem  predominantemente 
quantitativa  que,  segundo  Fonseca  (2002),  se  concentra  na  objetividade.  Para 
Michel (2005) essa abordagem é adequada para garantir a precisão dos resultados 
e evitar distorções nas análises e interpretações, o que possibilita uma margem 
segura quanto às inferências. A  pesquisa caracteriza-se  como descritiva quanto 
aos objetivos. Conforme Triviños (1987) e Gil (2019), a pesquisa descritiva pretende 
descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade.  
Quanto  aos  procedimentos  o  estudo  caracteriza-se  como  pesquisa  com 
survey que, segundo Santos (1999), busca informação diretamente com um grupo 
de  interesse  a  respeito  dos  dados  que  se  deseja  obter.  Trata-se  de  um 
procedimento  útil,  especialmente  em  pesquisas  exploratórias  e  descritivas.  A 
pesquisa  com  survey  pode  ser  referida  como  sendo  a  obtenção  de  dados  ou 
informações  sobre  as  características  ou  as  opiniões  de  determinado  grupo  de 
pessoas,  indicado  como  representante  de  uma  população-alvo,  utilizando  um 
questionário como instrumento de pesquisa (Fonseca, 2002). 
A realização da pesquisa deu-se por meio de entrevista semiestruturada com 
perguntas abertas e fechadas. Para Triviños (1987), a entrevista semiestruturada 
tem como característica questionamentos básicos que são apoiados em teorias e 
hipóteses que se relacionam ao tema da pesquisa. Segundo Manzini (1991), esse 
tipo  de  entrevista  pode  fazer  emergir  informações  de  forma  mais  livre  e  as 
respostas não estão condicionadas a uma padronização de alternativas.  
O instrumento de pesquisa foi aplicado para 40 empresas participantes do 
Programa  Brasil  Mais  Produtividade  entre  julho  de  2022  e  dezembro  de  2023, 
enquadradas como ME ou EPP, localizadas nos municípios catarinenses de Arroio 
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Trinta, Caçador, Fraiburgo, Joaçaba, Videira e Salto Veloso e que priorizaram um 
problema relacionado ao tema gestão de pessoas no programa. 
4. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
O  Programa  Brasil  Mais  Produtividade,  de  abrangência  nacional,  é  uma 
iniciativa do Governo Federal que, por meio dos seus parceiros, entre eles o Serviço 
Nacional  de  Apoio  às  Micro  e  Pequenas  Empresas  (Sebrae),  busca  auxiliar  as 
micro e pequenas empresas a melhorarem sua competitividade e produtividade de 
seus negócios. O programa atua junto as empresas por meio de acompanhamento 
de um Agente Local de Inovação que orienta sobre a aplicação de ferramentas e 
fornece suporte técnico aos empresários de forma gratuita por seis meses Sebrae 
(2020).  
Sendo a gestão de pessoas de indiscutível relevância para a eficiência das 
empresas,  independentemente  do  tamanho  ou  segmento,  o  referido  estudo  se 
propôs  a  levantar  como  as  empresas  atendidas  pelo  Programa  Brasil  Mais 
Produtividade lidam com o assunto, quais as ferramentas que adotam e de que 
forma essas ações interferem nos resultados da empresa, proporcionando assim 
vantagem competitiva.  
O  estudo  foi  realizado  com  40  empresas  de  diversos  segmentos  que 
participaram do projeto durante os Ciclos 1, 2 e 3, entre julho de 2022 e dezembro 
de  2023,  com  duração  de  seis  meses  cada,  nos  municípios  de  Arroio  Trinta, 
Caçador,  Fraiburgo, Joaçaba,  Salto  Veloso  e Videira,  municípios  localizados na 
região  Meio  Oeste  de  Santa  Catarina,  por  meio  de  entrevista,  preservando  a 
natureza  explicativa  e  a  abordagem  quantitativa.  Para  garantir  a  efetividade  do 
estudo,  a  pesquisa  foi  realizada  com  empresas  que  possuíam  mais  de  cinco 
colaboradores  no  seu  quadro  funcional,  de  modo  que  os  resultados  serão 
apresentados na sequência. 
Ao questionar os respondentes, se a empresa pratica algum tipo de ação 
voltada para a gestão de pessoas, 75% responderam que sim, afirmando que a 
empresa possui ações focadas no gerenciamento do seu quadro de colaboradores 
contra 25% que disseram que a empresa não possui ações focadas. A pesquisa 
mostrou,  ainda,  que  82,5%  das  empresas  pesquisadas  possuem  metas 
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estabelecidas  e  que  os  colaboradores  conhecem  essas  metas  e,  dessas  88% 
possuem algum tipo de benefício por atingimento das mesmas. O estudo apontou 
que 70% das empresas participantes do estudo acreditam ser mais fácil fazer a 
gestão comercial e de produção a partir da definição de metas de resultados. 
O Gráfico 1 apresenta os benefícios concedidos aos  colaboradores  pelas 
empresas. 
Gráfico 1 - Benefícios concedidos aos colaboradores. 
Fonte: Os autores (2023). 
Conforme o Gráfico 1, os principais benefícios concedidos pelas empresas 
são comissão, como recompensa financeira, seguida de vale alimentação, prêmios 
não-financeiros, incentivo aos estudos e plano de saúde. Cabe destacar que cada 
empresa poderia mencionar mais de um benefício concedido aos colaboradores.  
O Gráfico 2 apresenta as principais ferramentas utilizadas pelas empresas 
na gestão de pessoas. 
Gráfico 2 - Principais ferramentas adotadas pelas empresas para fazer a gestão de pessoas. 
28 27
34
12
Comissão Vale Alimentação Plano de Saúde Incentivo aos
estudos
Prêmios não
financeiros
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Fonte: Os autores (2023). 
O Gráfico 1 evidencia que as formas mais comuns de ferramentas de gestão 
de pessoas adotadas pelas empresas são feedback individual e reuniões com toda 
a equipe, e que essas duas estratégias são usadas de forma correlacionadas, isto 
é, as empresas que costumam fazer feedbacks individuais também costumam fazer 
reuniões coletivas com as equipes. Vale destacar que estas são as formas mais 
comuns e mais simples de ferramentas de gestão de pessoas e tem seu foco na 
melhoria da comunicação interpessoal. Em relação ao indicador de rotatividade, a 
partir dos dados da pesquisa, identifica-se que a esta é 45% menor nas empresas 
que  adotam  duas  ou  mais  ferramentas  de  gestão  de  pessoas  em  relação  as 
empresas que não praticam qualquer estratégia para gerir pessoal. 
Ao  serem  questionadas  sobre  a  frequência com  que  a  equipe  passa  por 
qualificação,  25%  das  empresas afirmam que  os colaboradores são  treinados e 
qualificados apenas quando entram na empresa, isto é, não costumam passar por 
aperfeiçoamentos e reciclagens durante sua jornada laboral. E  apenas 29% dos 
entrevistados disseram que seus colaboradores passam por qualificação semestral 
ou  anualmente,  enquanto os  demais  responderam  que  seus  colaboradores  não 
passam por qualificações e reciclagens periódicas. 
O estudo revelou, ainda, que cerca de 60% das empresas acreditam que 
qualificar seus colaboradores resulta em aumento de rotatividade, isto é, segundo 
20
2
12
8
18
11
6
Feedback
Entrevista de Desligamento
Avaliação de Desempenho
Pesquisa de Clima Organizacional
Reuniões periódicas com a equipe
Confraternizações
Cafés/Almoços/Jantares
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estes, quanto mais qualificado o colaborador for, maior será a chance de ele sair 
da empresa em busca outras oportunidades no mercado de trabalho. 
Cerca 75% das empresas participantes do estudo atribuem os sucessos ou 
fracassos da empresa ao desempenho da sua equipe de trabalho, o que se mostra 
paradoxal. Se por um lado as empresas temem investir na equipe de trabalho e 
perder  seus  trabalhadores  para  a  concorrência,  por  outro,  reconhecem  que 
precisam de colaboradores qualificados para atingirem seus objetivos. 
O  Gráfico  3  apresenta as  principais dificuldades  ou  impedimentos para  a 
realização da gestão de pessoas nas empresas participantes do estudo. 
Gráfico 3 - Principais dificuldades ou impedimentos para realização da gestão de pessoas. 
Fonte: Os autores (2023). 
Conforme o Gráfico 3, entre as principais dificuldades ou impedimentos para 
a realização da gestão de pessoas destacam-se a falta de conhecimento técnico 
(45%),  a falta de profissional na empresa (30%)  e  falta de tempo (22%). Nesse 
sentido,  os  dados  obtidos  apontam  que  quase  metade  das  empresas  que 
participaram  da  pesquisa  não  fazem  ou  tem  dificuldades  para  fazer  gestão  de 
pessoas por falta de competência do gestor.  
Ao longo do Programa Brasil Mais Produtividade as empresas participantes 
foram  acompanhadas  por  profissionais  qualificados,  os  Agentes  Locais  de 
Inovação, que ajudaram as empresas a buscarem a melhoria da sua produtividade 
por  meio  de ações  práticas,  simples e  de  baixo custo.  Em  muitos  casos, foram 
9
12
18
1
Falta de tempo Falta de profissional na
empresa
Falta de conhecimento
técnico
Outras motivações
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identificados diversos problemas que estavam comprometendo a produtividade da 
empresa de forma direta ou indireta, contribuindo para a construção de planos de 
ação com o objetivo de mitigar ou resolver os problemas relatados. 
Como já apresentado, a gestão de pessoas é de suma importância para as 
empresas, afinal, é através das pessoas que as organizações conseguem realizar 
seus negócios e cumprir seus objetivos, isto é, os resultados da empresa passam 
pelas pessoas, tornando-as um recurso estratégico para as organizações, mesmo 
que  este  não  seja  o  problema  principal  identificado  ou,  até  mesmo,  priorizado. 
Diante  disso  é  óbvio  que  para  que  as  empresas  possam  aumentar  sua 
produtividade necessitem implementar ações com foco nas relações de gestão de 
pessoal. 
A Tabela 1 apresenta as ações realizadas pelas empresas antes e depois 
da participação no Programa Brasil Mais Produtividade. 
Tabela 1 - Ações realizadas pelas empresas antes  e depois da participação no Programa Brasil 
Mais Produtividade. 
Ações realizadas  Antes  Depois 
Feedback  5  15 
Entrevista de desligamento  1  1 
Avaliação de desempenho  1  11 
Pesquisa de clima organizacional  2  8 
Reuniões periódicas  3  15 
Confraternizações  7  4 
Cafés/almoços/jantares  5  1 
Fonte: Os autores (2023). 
De acordo com a Tabela 1, ações como avaliação de desempenho, reuniões 
periódicas,  pesquisa  de  clima  organizacional  e  feedback  foram  as  que  mais 
apresentaram  aumento  na  comparação entre antes e  depois  da  participação  do 
programa. Em contrapartida, na mesma comparação, ações relacionadas à oferta 
de cafés/almoços/jantares e confraternizações apresentaram considerável queda 
entre as empresas participantes do estudo, demonstrando que estas passaram a 
investir em ações diretamente alinhadas com a melhoria dos processos internos. 
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Nesse  sentido,  o  estudo  aponta,  ainda,  que  77,5%  das  empresas  implantaram 
ações direcionadas a gestão de pessoas após a participação no projeto. 
O Gráfico 4 apresenta a percepção das empresas em relação aos benefícios 
percebidos a partir das ações implementadas com foco na gestão de pessoas. 
Gráfico 4 - Percepção das empresas em relação aos benefícios das ações implementadas. 
Fonte: Os autores (2023). 
A partir do Gráfico 4, percebe-se que, entre os principais ganhos observados 
pelas  empresas  a  partir  da  implementação  de  ações  direcionadas  a  gestão  de 
pessoas,  destaca-se  a  melhoria  no  relacionamento  interpessoal,  seja  sob  a 
perspectiva horizontal (colegas de mesmo nível hierárquico), ou vertical (gestores 
e subordinados). Evidencia-se, desta forma, que as ações também colaboram para 
a melhoria do engajamento das pessoas nas metas estabelecidas e na resolução 
de  problemas  cotidianos,  tornando  a  comunicação  mais  eficiente  e  impactando 
positivamente nos resultados financeiros, seja por meio do aumento das vendas ou 
pela redução de custos. 
O  Programa  Brasil  Mais  Produtividade,  ao  oferecer  suporte  técnico  e 
acompanhamento por Agentes Locais de Inovação, tem demonstrado um impacto 
significativo  na  gestão  de  pessoas  nas  micro  e  pequenas  empresas  (MPEs) 
participantes. A pesquisa realizada revelou que 75% das empresas adotam ações 
voltadas para a gestão de pessoas, o que corrobora a importância desse aspecto 
para  a  competitividade  e  produtividade  organizacional.  Segundo  Costa  e  Silva 
(2020),  práticas  de  gestão  de  pessoas  são  fundamentais  para  a  retenção  de 
70%
85%
57,5%
45%
22,5%
Relacionamento Interpessoal
Comunicação
Engajamento
Satisfação
Resultados financeiros
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talentos  e  para  a  satisfação  dos  colaboradores,  refletindo  diretamente  na 
performance das empresas. Além disso, a definição de metas, que foi mencionada 
por  82,5%  das  empresas,  é  uma  estratégia  reconhecida  por  facilitar  a  gestão 
comercial  e  de  produção,  conforme  evidenciado  por  estudos  que  destacam  a 
relação entre metas claras e o desempenho organizacional (Tavares; Rodrigues, 
2018).  
Os  benefícios  concedidos  aos  colaboradores,  como  comissões  e  vale 
alimentação,  também  se  mostram  como  ferramentas  eficazes  para  engajar  os 
funcionários e aumentar a produtividade. A literatura aponta que a implementação 
de políticas de benefícios adequadas pode resultar em maior satisfação e retenção 
de  talentos nas  MPEs,  o que  é  corroborado por  Bittar, Di  Serio e  Vasconcellos 
(2018), que enfatizam a relevância de práticas inovadoras na gestão de recursos 
humanos para o desenvolvimento das empresas. O estudo revelou que 70% das 
empresas acreditam que a gestão de pessoas é facilitada pela definição de metas, 
o que reforça a ideia de que a clareza nas expectativas e recompensas pode levar 
a um ambiente de trabalho mais produtivo e motivado.  
Entretanto, a pesquisa também identificou desafios significativos na gestão 
de pessoas, como a falta de conhecimento técnico e a escassez de profissionais 
especializados.  Esses  fatores  são  corroborados  por  Nadal  et  al.  (2021),  que 
discutem como a falta de capacitação pode limitar a eficácia das práticas de gestão 
do  conhecimento  em  MPEs.  A dificuldade  em  implementar  ações  de  gestão  de 
pessoas, como evidenciado pela falta de tempo e recursos, é um obstáculo comum 
enfrentado  por  essas  empresas,  conforme  apontado  por  Rodrigues,  Gresele  e 
Walter (2023), que  discute a importância de um planejamento  estratégico eficaz 
para a sobrevivência das MPEs. 
Por  fim,  os  resultados  da  pesquisa  indicam que, apesar das dificuldades, 
77,5%  das  empresas  implementaram  ações  direcionadas  à  gestão  de  pessoas 
após a participação no programa. Isso sugere que a intervenção do Programa Brasil 
Mais  Produtividade  pode  ter  um  papel  crucial  na  transformação  da  cultura 
organizacional e na melhoria das práticas de gestão de pessoas. A relação entre a 
gestão de pessoas e o desempenho organizacional é amplamente reconhecida na 
literatura,  como  afirmado  por  Deggerone  e  Deffaci  (2022),  que  destacam  a 
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importância do engajamento dos colaboradores para o sucesso das organizações. 
Portanto, a continuidade de iniciativas como o Programa Brasil Mais Produtividade 
é vital para fortalecer a capacidade das MPEs em enfrentar os desafios do mercado 
e promover um ambiente de trabalho mais produtivo e satisfatório. 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O estudo preocupou-se em identificar como o tema gestão de pessoas afeta 
o desempenho das empresas participantes do Programa Brasil mais Produtividade 
por meio da discussão de como essas empresas tratam o assunto no seu cotidiano, 
investigando  as  ferramentas  adotadas e analisando  os impactos produzidos por 
essas ações. 
Nesse  sentido,  constatou-se  que  75%  das  empresas  possuem  ações 
voltadas para a gestão de pessoas, evidenciando que o tema ocupa significativa 
relevância  entre  os  entrevistados.  Observou-se,  ainda,  que  as  ações 
implementadas  por  essas  empresas  têm  como  objetivo  principal  promover  a 
motivação  dos  seus  colaboradores.  Muitas  dessas  ações  estão  relacionadas  a 
benefícios concedidos aos colaboradores, sobretudo do setor do comércio. 
Observa-se que, entre as ferramentas adotadas, há uma preocupação no 
trato da comunicação com os colaboradores, utilizando-se de estratégias que visam 
tornar o processo mais eficiente. Vale ressaltar que a comunicação é ponto chave 
para  entender  como  as pessoas  estão  sentindo-se  na empresa  e assim  intervir 
efetivamente. 
A  pesquisa  apresenta,  também,  o  receio  que  as  empresas  possuem  em 
qualificar  seus  colaboradores  e  perdê-los  para  a  concorrência,  bem  como  a 
displicência com que  a qualificação continuada é  tratada. Todavia, não  se pode 
desconsiderar  o  fato  de  que  tal  negligência  acarreta  consequências  que 
comprometem o desempenho da empresa a médio e longo prazo. 
O  estudo  realizado  revelou  que,  embora  as  empresas,  em  sua  grande 
maioria, percebam a importância de se praticar uma gestão de pessoas de forma 
efetiva  e  compreendam  que  as  pessoas  são  peças-chave  para  o  alcance  da 
vantagem competitiva por meio do monitoramento de desempenhos e aplicação de 
estratégias adequadas ao trato com pessoal, esbarram na deficiência causada pela 
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falta de competência técnica dos próprios gestores e/ou pela falta de profissionais 
qualificados para atuarem de forma eficaz nesse processo. 
É  possível,  ainda,  destacar  a  importância  do  Programa  Brasil  Mais 
produtividade como instrumento de disseminação de conhecimento e ferramenta 
de suporte para as empresas de pequeno e médio porte, promovendo o debate e 
apresentando  ferramentas  práticas  para  a  gestão  dos  recursos  humanos, 
demostrando, assim, que a preocupação com tema pode produzir o aumento da 
produtividade e garantir a desejada vantagem competitiva num mercado cada vez 
mais competitivo. 
Os  objetivos  incialmente  listados  foram  atingidos  ao  longo  do  estudo  e 
produziram  uma  melhor  compreensão  dos  impactos  do  tema  na  população 
pesquisada. Entretanto, cabe reconhecer a importância de uma investigação mais 
aprofundada para o melhor entendimento dos efeitos de longo prazo relacionados 
as ações com foco na gestão, os impactos produzidos na rotatividade de pessoal e 
no  desenvolvimento  das  competências  necessárias  para  a  gestão  de  pessoas. 
Nesse sentido, sugere-se a continuidade do estudo com um rol maior de empresas 
e de outras regiões de santa Catarina, permitindo uma comparação de diferentes 
cenários. 
6. AGRADECIMENTOS 
Ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e 
à  Fundação  de  Amparo  à  Pesquisa  e  Inovação  do  Estado  de  Santa  Catarina 
(FAPESC) “Edital 19/2024”. 
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