TERRORISMO E ESCRITURA NO ROMANCE “TEATRO” DE BERNARDO CARVALHO

Suelem Cristina Camilo, Daniel de Oliveira Gomes

Resumo


O presente artigo traz uma análise do romance “Teatro”, do escritor carioca Bernardo Carvalho. Tendo em vista que o romance traz uma analise da visão do terrorismo antes da sua maior explosão de ataques em 11 de setembro 2001, buscamos fazer uma relação entre a escritura e suas influencias ante ao terrorismo, bem como as conseqüências que essa relação pode gerar. Através de estudos bibliográficos baseados em Michel Foucault, Olivier Allain e Jean Baudrillard, tratamos brevemente a questão de representação no romance, tratando sua estruturação em comparação ao coup de théâtre. Buscamos fazer uma reflexão de como se dá esse golpe, característico das representações teatrais dentro de um romance tão complexo e elíptico e labiríntico como “Teatro”.  Em seguida, refletimos a questão do sujeito-autor em Carvalho, esse sujeito-autor em relação direta com o terrorismo, através dos pressupostos teóricos foucaultianos. Como conjuntos de texto se agrupam sob a autoria de um autor ou de outro, de que forma podemos considerar a influencia do autor sobre o texto. Para por fim consideramos quais as influencias dessa relação tão estreita pode gerar nas massas sociais, sendo o terrorismo algo gerado por elas e para elas, segundo os estudos de Jean Baudrillard sobre as massas. Através disso pensamos a questão da circulação midiática dessas escrituras-terroristas, fazendo com que elas se espalhem e se divulguem ante a população, como isso pode acarretar uma situação de pânico, exatamente como ocorre no romance carvaliano.

 

Palavras-chave: Carvalho, sujeito-autor, terrorismo, escritura.

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