Os Retirantes em Vidas Secas (1938), as Vidas Secas em Os Retirantes (1944)

Nelci Alves Coelho Silvestre

Resumo


Este artigo propõe um estudo sucinto de teorias sobre a relação entre texto e imagem, tema que remonta a Antiguidade Clássica e que continua sendo alvo de especulação na contemporaneidade. A pesquisa apresenta também a análise de textos extraídos de um romance e de uma tela, a fim de investigar possíveis semelhanças entre literatura e imagem, a partir da temática expressa nas referidas obras, sob os pressupostos teóricos de Hagstrum, Joly, Iser, Praz, Silva, Souriau e Oliveira. O corpus analisado é o romance Vidas Secas (1938) de Graciliano Ramos e a tela Os Retirantes (1944) de Cândido Portinari. Ambas as criações retratam o desespero e a angústia em que vivem os retirantes, o que confirma a convergência de elementos com relação à temática trabalhada pelos autores. É possível evidenciar que as duas artes se completam, cabendo ao leitor a missão de descortinar as relações entre as obras, a partir dos recursos textuais e imagéticos.

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