ESPELHO E REFLEXO DA VIRILIDADE: MODOS DE SUBJETIVAÇÃO DO HOMEM E DA MULHER EM “ONDE NASCEM OS FORTES”

Tacia Rocha, Ismara Tasso

Resumo


O dispositivo virilidade tem dado “visibilidade” e “enunciabilidade” (DELEUZE, 1990) a modos outros de subjetivação do homem e da mulher na mídia. Sob tal temática e adotando a perspectiva dos estudos discursivos foucaultianos, o objetivo deste estudo é compreender o modo como a “tecnologia do eu” é agenciada pela supersérie Onde nascem os fortes (2018), exibida pela TV Globo, na qual o sujeito homem confessa a si mesmo a partir do que aprendeu com o sujeito mulher, revelando “novos” modos de ser e de estar na cultura mediante a urgência histórica da igualdade de gênero. Os resultados revelam que a (sub)versão de papéis de gêneros organizados pelo dispositivo virilidade faz reconhecer a mulher como um sujeito de coragem e de justiça e, nesse processo, convoca a homem a tomá-la como espelho para formulação de sua própria virilidade.

Palavras-chave


Discurso televisivo. Técnicas de si. Virilidade. Dispositivo.

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