ENTRE O MAR E AS RUÍNAS DO PASSADO. AS CONFIGURAÇÕES TOPOGRÁFICAS EM O MAR, DE JOHN BANVILLE

Dilorrara Ribeiro Gomes, Adolfo José de Souza Frota

Resumo


Pretendemos neste artigo fazer uma reflexão acerca da memória e do espaço no romance do escritor irlandês John Banville, O mar. O passado, então, se configura como o mais importante tempo para a construção na narrativa, pois é no presente, através das lembranças, que Max Morden, protagonista da história, retoma e relembra episódios perdidos de períodos marcantes de sua vida. Assim, pelo recurso mnemônico, que se materializa através de relatos escritos, é que Max tenta preservar parte de suas experiências. Também observamos que a narrativa trabalha experiências extremas em dois extremos da vida do seu protagonista, pois Max, um senhor sexagenário, está lidando com a recente morte de sua esposa, assim como se recorda do trauma de ter testemunhado a morte de duas crianças, afogadas em Ballyless, quando ele também era criança. O mar é um relato com forte carga emocional e que reflete sobre a nossa finitude e nosso apego ao passado pelo resgate mnemônico e também sobre o nosso apego a determinados espaços, com seus valores simbólicos.


Palavras-chave


Vida; Passado; Memória; Espaço.

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