OS NOMES E AS COISAS: (RE)DISCUTINDO A LINGUAGEM DO CRÁTILO DE PLATÃO

Amanda Mikaelly Nobre de Souza

Resumo


Este artigo apresenta uma (re)discussão de cunho teórico acerca da linguagem, especificadamente no que tange à aplicação dos nomes em relação às coisas, trazida por Platão no Diálogo Crátilo. Para tanto, este estudo encontra-se organizado em três partes: i) Síntese do Crátilo; ii) Os nomes e as coisas: por natureza ou convenção? iii) (Re)discutindo a linguagem: do Crátilo aos diálogos atuais. Assim, intenciona-se com este artigo expor, de modo organizado, as principais ideias postas no texto platônico e, a partir disso, rediscutir a noção de linguagem. Com embasamento nas discussões de Dietzsch (2007), Oliveira (2001), Mondada e Dubois (2003) e Piqué (1996), especificadamente, o estudo realizado revela que o conhecimento em torno da linguagem é inconclusivo, não há respostas a respeito da aplicação dos nomes em relação às coisas, e dinâmico, os objetos que nomeiam as coisas são resultados de (re)construções de natureza intersubjetiva. Espera-se, com este artigo, conduzir uma compreensão esclarecedora acerca desse diálogo, que apresenta uma discussão canônica sobre do ato de nomear, de referir-se às coisas, hoje ressignificada nos estudos linguísticos, estes inevitavelmente alicerçados nas investigações de cunho filosófico.


Palavras-chave


Linguagem. Realidade. Crátilo. Atualidade.

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