MATERNIDADE COMO NOVUM EM THE HANDMAID'S TALE (1985) DE MARGARET ATWOOD

Neide Garcia Pinheiro, Mabiana Camargo

Resumo


Este artigo tem como enfoque The Handmaid’s Tale (1985)[1] da escritora canadense Margaret Atwood, explorando especificamente um dos temas centrais do romance: a maternidade. Considerando a possibilidade de inserir a obra de Atwood no modo literário Ficção Científica (FC), utilizamos o conceito de novum, formulado pelo filósofo e teórico de FC, Darko Suvin (2010)[2], o qual também permite que a narrativa se expanda sob a classificação de Ficção Científica Feminista e/ou Ficção Especulativa. Apresentar a teorização do estilo literário de The Handmaid’s Tale é fundamental para entender quais são os enquadramentos – totalmente novos e estranhos à realidade empírica– em que se apresenta o tema central, a maternidade. As FC/FE distinguem-se por utilizarem técnicas que radicalizam os discursos e ideologias que circulam no contexto do autor. Nessas narrativas, eles são totalmente deturpados, exagerados, invertidos, contrariados ou ainda reinventados. Assim, a questão da maternidade no romance de Atwood mostra-se central quando se apresenta de maneira única e desconcertante para o nosso entendimento sobre ela; além disso, a maternidade configura todas as relações sociais, políticas e de gênero da narrativa.


[1]Neste artigo, trabalha-se com uma edição do romance, em língua inglesa, de 1998.

[2]Neste artigo, trabalha-se com uma edição de 2010, Defined by a Hollow, na qual, especificamente, no Capítulo 3, Darko Suvin reapresenta o texto sobre o novum elaborado em 1977.


Palavras-chave


Ficção Científica Feminista, Ficção Especulativa, novum, maternidade

Texto completo:

PDF