ENTRE A LIBERDADE E O CONTROLE DO SUJEITO: EMPRESARIAMENTO E BIOPODER DA VIDA ÍNTIMA NA CONTEMPORANEIDADE

ANÍSIO BATISTA PEREIRA, Bianca Ayala Melo Di Alencar

Resumo


A presente investigação objetiva problematizar/refletir em que medida nossos desejos de prazer são capturados e objetivados, reduzindo, a partir dessas estratégias de empresariamento, nossa possibilidade de resistência e de exercício de uma subjetividade singular. O corpus consiste em propagandas de produtos sexuais e de reportagens sobre as determinações governamentais em relação a essas práticas, no sentido de coibi-las. Para tanto, tomaremos como suporte teórico-metodológico algumas formulações de Michel Foucault (1984; 1985; 1988; 2008a; 2008b; 2010; 2016; 2018), pelas explanações de sexualidade, verdade, subjetividade e biopolítica/biopoder, com o auxílio dos teóricos Pierre Dardot e Christian Laval (2016) no que concerne à cultura de empresa e a nova subjetividade. As análises apontam para uma contradição que pode dividir o sujeito em relação à sua posição frente aos incentivos da mídia e às interferências proibitivas do governo, suscitando comportamentos de resistência e de práticas de liberdade nesses jogos de verdade sobre o exercício da sexualidade.


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