DA LÍNGUA QUE SEMPRE VAI ONDE O DENTE DÓI: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DO PAR DE PALAVRAS PRESIDENTA/PRESIDENTE

Laís Virginia Alves Medeiros, Michel Marques de Faria

Resumo


Este artigo, fundamentado na análise do discurso de linha materialista, analisa materiais que discutem o uso das palavras “presidenta” e/ou “presidente”. Partindo de um acontecimento que trouxe o debate à tona (a eleição de Dilma Rousseff à presidência do país), cotejamos diferentes materialidades que abordam a flexão de gênero em “presidenta”: uma coluna jornalística escrita de 2010, leis e pareceres da década de 1950 e um artigo de opinião com comentário publicado em 2015. A partir de análises ancoradas nas noções de formação discursiva, ideologia, juridismo, língua fluida e língua imaginária, concluímos que o debate a respeito desse par de palavras ultrapassa as esferas linguística e gramatical e permite circunscrever uma tomada de posição de cunho político. Nosso gesto de leitura aponta para a compreensão da inseparabilidade entre língua e político.

Palavras-chave


Análise do Discurso; Presidenta; Língua fluida; Língua imaginária; Mulher na língua.

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