REFLEXÕES SOBRE A PRENDA GAÚCHA: MÁSCARAS DO/NO IMAGINÁRIO RIOGRANDENSE

Luana Vargas Aquino

Resumo


Este trabalho se dedica em explicitar algumas considerações sobre a construção das representações da mulher gaúcha dentro do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), a partir dos pressupostos da teoria da Análise de Discurso. A escrita tem como objeto de análise a figura da “prenda”, uma representação construída e instituída histórica e socialmente através do MTG. Ao propor essa análise, convocam-se tensionamentos acerca do imaginário simbólico e social e da noção de memória discursiva (ORLANDI, [1999]2015), propondo  um gesto de interpretação sobre as representações que cerceiam esse imaginário ao elencar as possíveis contradições que irrompem ao movimentarmos sentidos da palavra e seus efeitos. A partir do corpus da pesquisa – constituído por dois capítulos do livro Ser Peão, Ser Prenda e pela reportagem Primeira trans do Movimento Tradicionalista Gaúcho diz que quer ser aceita e respeitada, foram selecionados cinco recortes discursivos, que compõem a seção de análise desse artigo. Enfim, nossa problematização maior está ancorada na questão teórica que considera o sujeito como descentrado e lacunar, que por meio da contradição pode causar fissuras nessa estrutura, muito embora pontuamos que esse tema não se esgota em si mesmo, sempre havendo brechas e lacunas que podem, por meio da Análise de Discurso, serem movimentadas a partir de um olhar outro.

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