FIGURAÇÕES DA MORTE EM CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA, DE GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ

Felipe da Silva Mendonça

Resumo


Este artigo tem como objetivo refletir sobre as figurações da morte em Crônica de uma morte anunciada (1981), de Gabriel García Márquez. Para tanto, recorremos a teóricos como Ariès (2012), Dastur (2002), Kübler-Ross (1996), Medeiros (2010) e Morin (1970), os quais discorrem sobre a morte, bem como autores que contribuíram para nossa reflexão acerca da forma romanesca e do romance curto de García Márquez, a saber: Ambrozio (1986), Bakhtin (1988), Lukács (2009), Palencia-Roth (1989), Rodríguez Mansilla (2006) e Watt (1990). A partir da análise realizada, destacamos a seguintes figurações da morte na obra em foco: relação entre morte e temporalidade; a morte enquanto experiência de outro; o horror à decomposição do cadáver; o homicídio como forma de afirmação da individualidade por meio do extermínio de outro; a negação da morte; a morte anunciada; e o compromisso com o corpo.

Palavras-chave


Crônica de uma morte anunciada; Morte; Homicídio; Romance; Gabriel García Márquez.

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