Imbricamentos/disjunções de corpos (i)móveis em Aquarius

Thiago Henrique Ramari, Renata Marcelle Lara

Resumo


O artigo tematiza os imbricamentos e as disjunções que atravessam os laços que atam os corpos discursivos de um condomínio residencial, de uma moradora aposentada e do representante de uma construtora, na Recife contemporânea do longa-metragem Aquarius (2016), dirigido pelo cineasta brasileiro Kleber Mendonça Filho. Com base no escopo teórico-metodológico da Análise de Discurso materialista, a pesquisa objetiva compreender as relações de força que põem em confronto moradora e construtora, em vista de uma possível demolição do prédio, visibilizando, atravessando e ameaçando, como relações de sentido, os entrelaçamentos discursivos desses corpos e deles com o condomínio. O percurso analítico é composto por um gesto de interpretação que toma tais corpos como corpos (i)móveis, intricados frente à relação constitutiva que se dá entre sujeitos e cidades.

Palavras-chave


Análise de Discurso; Cidade; Relações de força; Relações de sentido; Corpo discursivo

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