FORMAS ÉPICAS NO TEATRO DE ONDJAKI E A ESSÊNCIA DO COMUNITARISMO CULTURAL

Marcele Aires Franceschini, Tarik Adão da Costa de Almeida

Resumo


O presente estudo se dispõe a uma leitura da peça Os vivos, o morto e o peixe-frito (2014), do escritor angolano Ondjaki, a partir da crítica materialista. Delineou-se como o autor retrata questões contemporâneas dos imigrantes africanos em solo português, que enfrentam desde a burocracia e a invisibilidade ao olhar de afeto coletivo entre as distintas nações e etnias que convivem no espaço do colonizador. A ação se dá em diferentes planos, indo da morosidade de uma fila no edifício “Imigração-Com-Fronteira” ao jogo de futebol entre Portugal e Angola. Como teoria, utilizaram-se os escritos de Abdala Jr. (2003; 2016), Costa (1989), Hildebrando (2000), Moura (2016; 2018), Rosenfeld (1997), entre outros. O objetivo é demonstrar como o teatro de Ondjaki revela a situação dos imigrantes dos PALOP na capital lisboeta, proporcionado reflexões acerca da situação histórica do colonialismo português em África.


Palavras-chave


Os vivos, o morto e o peixe-frito; Ondjaki; teatro dialético; comunitarismo cultural

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