OS RISCOS DA “CORAGEM DA VERDADE” NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE NA AMAZÔNIA

Flávia Marinho Lisbôa

Resumo


 Este artigo busca pontuar possíveis ecos das reflexões foucaultianas sobre a “coragem da verdade”, 40 anos depois da aula proferida pelo filósofo, em 22 de Fevereiro de 1984, a partir da análise genealógica em torno das resistências em contexto de defesa do meio ambiente na Amazônia. Buscamos na forma de ler as insurgências em torno da defesa do meio ambiente a coragem do enfrentamento aos grandes projetos que colocam em risco o bioma amazônico. Para isso, ao longo dessa reflexão, pontuamos como a ideia “coragem da verdade” nos ajuda a incidir nas formas de abordar a atualidade, jogando luz sobre as relações de conflito do presente em torno das urgências climáticas tão debatidas no cenário global. Assim, neste trabalho temos o intuito principal de mostrar regularidades tanto do poder hegemônico no sentido de garantir uma ordem de uso e relação com o território amazônico quanto as insurgências de sujeitos frente a esses ordenamentos predatórios, considerando como exemplo simbólico o caso de Zé Cláudio e Maria do Espírito Santo na defesa de um território em moldes extrativistas no interior do Pará, na Amazônia Oriental.

Palavras-chave


COP30, Ambientalistas, direitos humanos, racismo ambiental, Amazônia

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