TELEDRAMATURGIA E LITERATURA NO ENSINO: A ADAPTAÇÃO DE RIACHO DOCE PARA A TELEVISÃO

Jéfferson Balbino, Tania Scoparo

Resumo


É notório o alcance sociocultural que a teledramaturgia tem junto aos telespectadores brasileiros. Segundo diversos estudiosos da área, entre eles Renato Ortiz, Silvia Helena Simões Borelli e José Mário Ortiz Ramos (1991), Douglas Kellner (2001) e Sandra Reimão (2004), a teledramaturgia vai além de um mero produto mercadológico e de entretenimento, essencialmente, porque traz elementos sociais e culturais para seu cerne. Dessarte disso, ela se apropria de adaptações literárias, algo que é um grande ganho, sobretudo, aos telespectadores menos letrados que talvez não teriam contato com determinada obra literária, sem ser pelo crivo da adaptação televisiva. A teledramaturgia nacional trouxe grandes clássicos do cânone literário brasileiro para a sala dos telespectadores como, por exemplo, o romance Riacho Doce, do escritor José Lins do Rêgo que foi adaptado por Aguinaldo Silva e Ana Maria Moretzsohn e dirigida por Paulo Ubiratan e Reynaldo Boury, em 1990, no formato de minissérie, pela TV Globo. Assim sendo, esse artigo, com abordagem qualitativa e pesquisa bibliográfica, pretende investigar como a adaptação televisiva de Riacho Doce pode ser utilizada no ensino de literatura. Acredita-se que as adaptações auxiliam nas práticas de letramento literário e tornam um momento salutar de aquisição de experiências socioculturais.

 


Palavras-chave


Teledramaturgia. Literatura. Ensino.

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