Ricardo Reis, o aristocrata desterrado: Alguns aspectos filosóficos

Luiz Rogério Camargo, Maria Natália Thimóteo

Resumo


Ricardo Reis é o heterônimo neoclássico de Fernando Pessoa que canta a brevidade de tudo, aliada à forte presença do carpe diem de Horácio, além do Estoicismo e do Epicurismo. Seus poemas estão repletos de ensinamentos sobre o melhor modo de viver a vida, mesmo sabendo de antemão que ela é frágil e passageira. É na filosofia herdada dos antigos que se constitui todo o cerne da poesia de Reis, e é através dela que ele concebe um mundo onde a calma, a moderação e a tranqüilidade devem ser as grandes qualidades do homem. Esse seria, talvez, o único modo de suportar a existência em um mundo onde o poeta mais parece um desterrado em constante busca pelo seu verdadeiro lugar. É destas e outras questões, pois, que este artigo procura tratar.


Palavras-chave


Ricardo Reis; Epicurismo; Estoicismo; Carpe diem

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