ESTUDO SOBRE OS CAMINHOS DECOLONIAS: QUE CONHECIMENTOS ESTAMOS CONSTRUINDO NA UNIVERSIDADE?

Marcia Regina Ferreira, Carolina Schmidt, Diego Cavalheiro Costa, Valdecir Emerson Schneider

Resumo


Este artigo versa sobre que conhecimentos estamos construindo nas universidades brasileiras e sobre algumas questões que emergem ao refletirmos sobre isso: Que tecnologia está sendo discutida nas universidades? Que ciência está sendo construída nas universidades? Que conhecimentos estamos construído a partir de ações a favor da justiça, da igualdade e da diversidade epistêmica? Questões relevantes para a sociedade refletir, em especial, para os profissionais da educação que atuam no âmbito da Rede Federal de Educação Profissional, Cientifica e Tecnológica no Brasil. Tem-se como objetivo geral, investigar e analisar a partir de epistemologias decoloniais, os conceitos de ciência e tecnologia para o desenvolvimento humano. Enquanto objetivos específicos, buscou-se: mapear e discutir o estado da arte da abordagem decolonial e suas variações; fomentar a discussão sobre novas interpretações da ciência e tecnologia a partir de Álvaro Pinto e Fals Borda; compreender os conceitos de ciência e tecnologia no contexto da decolonialidade a fim de construir caminhos decoloniais. Por fim, busca-se conhecer os estudos decoloniais já realizados, a fim de refletir sobre que caminhos estamos construindo e que conhecimentos estamos construindo nas universidades. Para tanto, foi realizado uma pesquisa bibliográfica, pautadas em artigos científicos e livros de autores latino-americanos, em especial, os autores Álvaro Vieira Pinto (1969,2005 e 2008) e Orlando Fals Borda (1982,1978,2009 e 2009a), visando produzir uma nova compreensão dos conceitos de ciência e tecnologia, como também concretizar conhecimento acerca da abordagem decolonial. Além disto, foi realizado um estudo bibliométrico em seis principais sites acadêmicos de artigos e periódicos para coletar dados referentes ao tema decolonialidade na ciência e na tecnologia, detectando abrangência e extensão de sua divulgação. Ao pesquisar as perspectivas da Ciência e Tecnologia, buscou-se uma discussão a fim de fomentar a superação da idealização das teorias de outros, e por meio dessa a superação do culturalismo científico o enriquecimento acadêmico do saber sistêmico e endógeno. Ao abordar estas novas contribuições ao debate da ciência e da tecnologia, assinala a necessidade de uma descolonização epistêmica e a valorização do nosso contexto, a fim de construir de uma nova geopolítica do conhecimento.


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DOI: https://doi.org/10.5935/2763-9673.20230010

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