Antónia Margarida de Castelo Branco aspectos recepcionais

Raquel Terezinha Rodrigues, Paula Volupca

Resumo


A autobiografia vem chamando cada vez mais a atenção de estudiosos de diversas áreas/disciplinas, como aponta Philippe Lejeune: “[...] a autobiografia leva-nos a nos abrir para outras disciplinas, essencialmente a psicanálise, a psicologia, a sociologia, a história. [...]” (LEJEUNE, 2008, p. 66). Essas áreas vêm constituindo-se como sinalizadoras de novos direcionamentos para o estudo das escritas de si, que passaram, ao longo dos últimos tempos, a serem consideradas como prática sócio-cultural, cujas dimensões histórica e contextual levam o pesquisador a integrar os elementos de outras disciplinas, a fim de formular suas ideias a respeito da temática. Assim, o objetivo deste trabalho é ler a fortuna crítica da Autobiografia de Antónia Margarida de Castelo Branco (1983) levando-se em conta alguns elementos da “Estética da Recepção” de Hans Robert Jauss (1994), dentre eles o “horizonte de expectativas” e a “fusão de horizontes”, a fim de se perceber os efeitos da obra sobre os leitores e a sua permanência ao longo do tempo.

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