O poeta e a burguesia em Modesta Mignon, de Honoré de Balzac

Melissa Raquel Zanetti Franchi

Resumo


O artigo investiga as relações conflituosas entre burgueses e artistas, atentando para o fato de que a classe artística, embora defensora de sua distinção em relação à classe emergente, dela depende para sobreviver, ainda que indiretamente. O romance Modesta Mignon apresenta um retrato situado dessa querela, bem como da importância que as aparências tinham na sociedade francesa. A dinâmica do mascaramento e desvendamento (VERON, 2002) é fundamental para a narrativa, assim como a antipatia de Balzac em relação à personagem Canalis, apontando para uma desmistificação do poeta (LABOURET, 2000). Dessa forma, é também escopo do artigo analisar os sentidos atribuídos por Balzac aos termos “poesia”, “poeta” e “gênio”, a fim de problematizar a representação do poeta e o imaginário romântico que perpassam o romance.


Palavras-chave


Balzac; poeta; gênio; burguesia

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