O Portunhol Selvagem de Douglas Diegues: hibridismo linguístico-cultural na América Latina

Warleson Peres

Resumo


O presente artigo pretende discutir a hibridação linguístico-cultural que ocorre na Tríplice Fronteira, originando o portunhol – junção entre as línguas hispano-americana e brasileira – de modo especial, o Portunhol Selvagem: a língua poética de Douglas Diegues. A partir da análise de alguns de seus sonetos selvagens sob a luz de teóricos como Sérgio Buarque de Holanda, Néstor Garcia Canclini, Henri Lefebvre, Georges Didi-Huberman entre outros, almeja-se promover uma discussão acerca de elementos que podem ser relacionados à captação de herança das culturas originais, mas que se tornaram identificações para os habitantes das fronteiras. Assim, busca-se ainda, refletir sobre a importância da criação e utilização dessa língua poética, que vem ganhando relevância no campo literário contemporâneo apesar de ser vista de forma estigmatizada, por não representar a oficialidade dos Estados-nação.

DOI: 10.5935/2179-0027.20180005


Palavras-chave


Fronteira; Culturas Híbridas; Identidade; Portunhol Selvagem.

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