O EPÍTÁFIO COMO LUGAR DO DISCURSO NO MONUMENTO CEMITERIAL

Fernanda Kieling Pedrazzi

Resumo


Vivos e mortos coexistem em alguns espaços sociais do Ocidente, o que inclui ambientes discursivos como o espaço cemiterial. A relação entre ambos é estabelecida pelos monumentos/documentos ali construídos e fixados para serem, seus homenageados, (re) memorados. Há, neste local, um diálogo possível através de signos e simbologias. Ali o epitáfio é materialidade da língua. “Se pôr na escuta das circulações cotidianas”, de acordo com Pêcheux (2008, p. 48), é parte de uma agenda do discurso que vem ao encontro da historiografia contemporânea, pautada na micro-história, ou história do cotidiano. São buscados os sentidos em 10 jazigos de um recorte de 101, e 13 epitáfios, num total de 32 disponíveis. O cemitério, enquanto arquivo a céu aberto, permite ler o epitáfio como marca do sujeito local e temporalmente situado, considerando o social de seu tempo na busca do sentido pelo processo discursivo.

DOI: 10.5935/2179-0027.20170025


Palavras-chave


Cemitério. Discurso. Epitáfio. Monumento. Morte.

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