HISTÓRIA E MEMÓRIA EM (DIS)CURSO: FERNANDO CATROGA E A POÉTICA DA AUSÊNCIA

Maria Cleci Venturini

Resumo


O foco de nossas discussões é a história e a memória em (dis)curso com vistas a interface com Fernando Catroga, por meio da noção poética da ausência, em que o autor  destaca a dimensão linguística para tratar dos símbolos funerários que tornam presente o ausente. O historiador é rigoroso em suas fontes, mas isso não significa aceitar, por exemplo, a distância entre a memória e a história. Assume posicionamentos e dá visibilidade a eles por meio de questionamentos e de metáforas que destacam a alteridade, a imaginação e  elementos de ficção na história e na memória. Dentro dessa perspectiva, elegemos como objeto discursivo Inês de Castro e o fazemos por meio de lugares e de discursos em que ela ressoa, como o ausente, presente. Para dar conta do objetivo proposto, recortamos dois espaços públicos: a Quinta das Lágrimas, em Coimbra, e o seu túmulo no Mosteiro de Alcobaça e um discurso - o sermão das exéquias – que busca legitimá-la como rainha de Portugal e esposa de D. Pedro.

DOI: 10.5935/2179-0027.20170033


Palavras-chave


discurso, memória, história, poética da ausência, espaço público

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