POESIA, MEMÓRIA E RESISTÊNCIA: A CRÍTICA SUBTERRÂNEA EM CORA CORALINA

Stanis David Lacowicz

Resumo


Pretendemos analisar nesse trabalho a relação do eu-lírico feminino de Cora Coralina com a constituição de uma poesia de resistência, a fim de problematizar a aparente estabilização dos impulsos de ruptura característicos dessa modalidade de literatura. Desse modo, a partir dos poemas “Assim eu vejo a vida” e “Conclusões de Aninha”, buscaremos fazer emersos pontos da voz poemática que se apresentem como manifestação de uma postura crítica sobre a sociedade, posição que se volta para as questões memorialística e mítica, e que tangenciam aspectos da crítica feminista. Portanto, nossa proposta buscaria esses pontos de protesto, ainda que silenciosos, subliminares ou subterrâneos, na poesia de Cora Coralina. Para esse trabalho, tomaremos por base os estudos de Constância Lima Duarte (2003) e Bella Josef (1989), acerca da crítica feminista e escrita feminina, bem como os estudos de Octavio Paz (1982) e Alfredo Bosi (1997), sobre poesia e resistência.

Palavras-chave


Cora Coralina; memória; resistência

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