AH! DEIXA OS CARA, PRA QUE FICAR ZOANDO ELES?

valéria de Cássia Silveira Schwuchow

Resumo


Propomos neste artigo trazer mais um gesto de interpretação com base no entendimento de uma ortografia como um objeto simbólico significando para/por sujeitos quando falam e escrevem. Debatemos o tema, considerando a imposição de uma ortografia repercutindo em um efeito de dominação política que afeta os sujeitos no instante mesmo em que produz uma dominação ideológica de exclusão social. Sugerimos pensar uma (orto)grafia tomada como uma forma escrita que se estabelece na relação com a historicidade, isto é, em uma implicação do sujeito com o simbólico, sendo que, desse embate, constitui-se o sujeito e o funcionamento das línguas. A partir dessas premissas, vimo-nos diante da necessidade de compreender a noção de ortografia discursivizada em discursos sobre a língua. Para isso, compomos um arquivo do qual selecionamos o texto “Bases da Ortografia Portuguesa” (1885), no qual encontramos uma formulação para ortografia que a coloca frente a uma noção de língua inaugural para a memória de arquivo, estando essa relação – ortografia-língua – resgatada atualmente somente no eixo da constituição, do interdiscurso.


Palavras-chave


Ortografia; (Orto)grafia; Língua; Escrita; Sujeito

Texto completo:

PDF