ETHOS DISCURSIVO E MATERIALIDADE FÍLMICA: A REPRESENTAÇÃO SOCIOCULTURAL DA SURDEZ A PARTIR DA DISCURSIVIDADE CRÍTICA DE DUAS ESPECTADORAS DO FILME “UM LUGAR SILENCIOSO”

Rosemeri Bernieri de Souza

Resumo


Este artigo explora o ethos discursivo e outros conceitos a ele relacionados, sob a perspectiva da Análise do Discurso de linha francesa (MAINGUENEAU, 1996, 2002, 2011b, 2014, 2016; AMOSSY (2006). Analisa-se a repercussão do ethos discursivo do filme “um lugar silencioso”, a partir dos discursos de opinião de duas leitoras/receptoras dessa obra cinematográfica. Além disso, articula-se uma discussão sobre a representatividade cultural das pessoas surdas e a visibilidade da língua de sinais, uma vez que no elenco do filme há uma atriz surda e que a materialidade sinalizada foi adotada na composição do enredo. Conclui-se que o ethos da personagem surda é construído a partir dos estereótipos e ideologias que circulam na sociedade. Conclui-se que a avaliação do ethos, por parte das leitoras/receptoras, é determinada por seus juízos de valor, suas crenças e seus princípios, que são fatores local, social e historicamente determinados, influenciando a sua adesão ou não adesão à representação construída.


Palavras-chave


Ethos discursivo. Materialidade fílmica. Surdez. Representatividade cultural. Língua de Sinais.

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