A (IN)SENSIBILIDADE DA LÍNGUA: UM PARADOXO NO CONTEXTO ESCOLAR INDÍGENA DE DOURADOS, MS

Alexandra Aparecida de Araújo Figueiredo

Resumo


As reflexões propostas neste artigo têm como objetivo compreender os desafios ao se propor uma educação escolar indígena que contemple as singularidades destes sujeitos, no que se refere à questão da língua. Nessa direção, buscamos na Análise do Discurso de orientação francesa, na linha Pêchetiana, a partir de autores como Pêcheux (2004), Orlandi (1990) e Mariani (2004) a base para compreender os discursos de alguns indígenas sobre sua relação com a língua materna e os desafios para uma educação escolar distinta do modelo colonizador. Dessa forma, mobilizamos alguns conceitos como condições de produção, formação discursiva e silenciamento.  Assim, as análises nos mostraram que apesar da busca incessante de apagamento e silenciamento da língua e do sujeito indígena, os sentidos sobre a relevância de uma língua que se constitui por meio da tríade, língua/alma/sujeito, ainda irrompe em seus discursos como forma de resistência e atravessa o imaginário social indígena.


Palavras-chave


Análise do discurso; Língua indígena; silenciamento

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