"A língua guarani, não sei o que está acontecendo, é como um metal que enferruja". A construção discursiva da ordem escolar monolíngue em uma escola na Grande Buenos Aires (Argentina).

Cecilia Tallatta, Virginia Unamuno

Resumo


Este trabalho faz parte de uma etnografia realizada em uma escola do Gran Buenos Aires (Argentina). Crianças que provém de regiões plurilingues são escolarizadas em uma escola que se reconhece como monolíngue. Identificamos um conjunto de operações discursivas que participam no "silenciamento" de línguas e que explicam a perpetuação da "ordem escolar monolíngue", bem como estratégias de resistência a essa ordem. Mostramos que, mais do que uma ordem dada, trata-se de um processo em que outras línguas são "cercadas" em territórios simbólicos onde o entender (mas não falar), o doméstico e o estrangeiro se conjugam para construir o território do "extraescolar". Isso permite questionar a ideia do plurilinguismo escolar como a soma das línguas "presentes" na escola.


Palavras-chave


ordem escolar monolíngue; silenciamento; interação; resistência

Texto completo:

PDF